sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Com a proteção dos Arcanjos, contemos

                                                       

Com a proteção dos Arcanjos, contemos 

Batalha, cura e missão 

No dia 29 de setembro, a Igreja celebrará a Festa dos Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael, tendo como textos bíblicos: Dn 7,9.13-14 (ou Ap 12,7-12a); Sl 137 (138); Jo 1,47-51). 

Os nomes dos arcanjos revelam uma missão, e no Missal Romano, temos o comentário que nos apresenta cada Arcanjo com uma missão específica: 

Miguel: nome hebraico que significa – “Quem é como Deus?”. 

É o Arcanjo que se insurgiu contra satanás e seus seguidores (Jd 9; Ap 12,7; Zc 13,1-2); é o defensor dos amigos de Deus (Dn 10,12.21), e protetor do Seu povo (Dn 12,1). 

No Novo testamento, encontramos na Carta de São Judas (v.9), em que ele é nos apresentado numa luta contra Satanás pelo corpo de Moisés. 

Também encontramos no Livro do Apocalipse (Ap 12,7), em que Miguel e os anjos combatem contra o dragão. 

Celebra-se, no dia 29 de setembro, em Roma, o aniversário da dedicação de uma Igreja a este Arcanjo. 

Cedo se tornou muito popular no culto cristão; inclusive na Liturgia dos mortos é pedido ao mesmo que acompanhe as almas, ao céu. 

Gabriel: significa - “A força de Deus”.

É um dos espíritos que estão junto de Deus (Lc 1,19), e revela a Daniel os segredos do Plano de Deus (Dn 8,16; 9,21-22); anuncia a Zacarias o nascimento de João Batista (Lc 1,11-20); anuncia a Maria o Nascimento do Salvador, Jesus Cristo, Lc 1,26-38). 

Rafael: significa – “Deus curou”.

Está entre os sete Anjos que estão diante do Trono de Deus (Tb 12,15; Ap 8,2); acompanha e protege Tobias nas peripécias de sua viagem como portador de salvação e cura-lhe o pai cego. 

O Evangelista São Lucas apresenta muitas vezes a intervenção dos anjos nas origens da Igreja, porque com a vinda de Cristo, a humanidade entrou num novo tempo, no qual Deus Se faz próximo da humanidade e o céu está unido a terra. 

Na passagem da Epístola aos Hebreus (Hb 1,14), os anjos vêm de Deus, como “enviados a serviço, para vantagem daqueles que devem ser salvos”. 

Afirma o Missal Romano, especialmente na Liturgia Eucarística, que a Igreja, peregrina sobre a terra, associa-se às multidões dos Anjos que, na Jerusalém Celeste, cantam a glória de Deus (Ap 5,11; SC 8). 

Na primeira Oração da Missa, reconhecemos a bondade divina que nos colocou seus Anjos que servem a Deus no céu, como nossos protetores aqui na terra. 

Na Oração sobre as Oferendas, pedimos que os Anjos levem à presença de Deus, nossas oferendas de louvor, apresentadas com humildes preces, e que sejam por Deus recebidas com agrado, por meio de Cristo, que é Nosso Senhor. 

Na última Oração, uma vez alimentados pela força do Pão do Céu, a Eucaristia, pedimos a Deus que, sob a proteção dos Seus Anjos, progridamos no caminho da Salvação, pelo mesmo Cristo e Senhor Nosso. 

Finalmente, no Prefácio dos Anjos desta Missa, assim rezamos:

“... É a Vós que glorificamos (Deus Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso), ao louvarmos os Anjos, que criastes e que foram dignos do Vosso amor. A admiração que eles merecem nos mostra como sois grande e como deveis ser amado acima de todas as criaturas...”. 

Contemos sempre com suas presenças, ainda que não os vejamos, para experimentarmos, em todos os momentos, a força de Deus, curados de nossas enfermidades, fraquezas, para que assim sejamos, também, alegres anunciadores da Boa Notícia do Reino, sobretudo aos que mais precisarem. 

Concluindo, contemos sempre com a presença e a companhia dos anjos e arcanjos, a fim de que vivamos o bom combate da fé, sobretudo quando surgirem dificuldades e provações, na realização de nossa missão por Deus confiada, como discípulos missionários do Senhor, pois também precisamos da cura, para que, sãos de corpo e espírito, não esmoreçamos em nosso testemunho de fé, rejuvenescendo nossa esperança no fortalecimento da caridade. 

Oremos: 

“Ó Deus, que organizais de modo admirável o serviço dos Anjos e dos homens, fazei sejamos protegidos na terra por aqueles que Vos servem no céu. Por N.S.J.C. Amém”.


Fonte: Missal Quotidiano – Editora Paulus – pp.1752-1754


Oração aos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

                                                    

Oração aos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

No dia 29 de setembro, celebramos a Festa dos Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

Rezemos esta oração feita pelo Papa em homilia no dia 29 de setembro de 2017, na Casa Santa Marta. Embora simples, muito nos ajuda a viver a graça da missão que o Senhor nos confia.

Sejam os Arcanjos, que contemplam a face de Deus, presentes em nosso testemunho de fé, em nossa ação evangelizadora, nas pequenas e grandes batalhas do quotidiano, como tão bem expressou o Papa na mesma homilia:

“Somos – por assim dizer – ‘irmãos’ na vocação’. E eles estão diante do Senhor para servi-Lo, louvá-Lo e também para contemplar a glória do rosto do Senhor. Os anjos são os grandes contemplativos. Eles contemplam o Senhor; servem e contemplam. Mas também o Senhor os envia para nos acompanhar no caminho da vida.”

Rezemos com o Papa:

“Miguel, ajude-nos na luta; cada um sabe qual luta tem em sua vida hoje. Cada um de nós conhece a luta principal, que faz arriscar a salvação.

Ajude-nos, Gabriel, traga-nos notícias, traga-nos a Boa Notícia da Salvação, que Jesus está conosco, que Jesus nos salvou e nos dê esperança.

Rafael, segure a nossa mão e nos ajude no caminho para não errarmos a estrada, para não permanecermos parados. Sempre caminhando, mas ajudados por você”. Amém.

Arcanjo São Miguel, rogai por nós

 


                  Arcanjo São Miguel, rogai por nós
 
                                                                  “Quem é como Deus?”
 
Com a Igreja, celebramos no dia 29 de setembro a Festa dos Arcanjos, cada qual com uma missão peculiar: São Miguel - “quem é como Deus?”; São Gabriel – “a força de Deus”; São Rafael - “Deus curou”.
 
Tendo nossa Diocese de Guanhães São Miguel como padroeiro, reflitamos sobre este arcanjo e a sua missão, pedindo a sua intercessão em nossa ação evangelizadora, para o autêntico e fecundo testemunho de nossa fé, esperança e caridade, sobretudo quando vierem as dificuldades e provações próprias da condição humana, pois tão somente assim, seremos alegres discípulos missionários do Senhor.
 
São Miguel, segundo as Escrituras, insurgiu contra satanás e seus seguidores (Jd 9; Ap 12,7; Zc 13,1-2); é o defensor dos amigos de Deus (Dn 10,12.21), e protetor do Seu povo (Dn 12,1). 
 
No Novo testamento, na Carta de São Judas (v.9), ele é nos apresentado numa luta contra Satanás pelo corpo de Moisés; e no Livro do Apocalipse (Ap 12,7), vemos a luta em que Miguel e os anjos combatem contra o dragão. 
 
Muito cedo, São Miguel se tornou popular no culto cristão; inclusive, na Liturgia dos mortos, é pedido a ele que acompanhe as almas ao céu. 
 
Oremos: Enviai-nos, Senhor os Vossos Arcanjos, e de modo especial o Vosso Arcanjo Miguel, cujo nome revela uma missão: “Quem é como Deus?”, para com Ele vencermos os combates do quotidiano, bem como a força do Maligno. Amém.

Os Arcanjos, enviai-nos, Senhor

 


Os Arcanjos, enviai-nos, Senhor

Enviai, Senhor, Vossos Arcanjos ao nosso encontro,
Sobretudo nestes momentos tão difíceis por que passamos,
Em que o sol parece se pôr como que para sempre,
Sem perspectivas de contemplar um novo amanhecer.
 
Devido a uma enfermidade, a partida de quem amamos
Para a eternidade, doce lembrança de momentos vividos,
Amargo gosto da ausência para um abraço, uma palavra,
Ainda que os tenhamos vivos na memória e coração.
 
Não fosse a fé que temos na Ressurreição,
Como suportaríamos a dor da saudade que nos consome?
Ah, se não fosse a presença amável dos Anjos e Arcanjos conosco,
Revelando-nos a divina onipotência de amor que nos envolve!
 
Vossos Arcanjos enviai-nos, Senhor, suplicamos-Vos.
Enviai Vosso Arcanjo Miguel, cujo nome revela uma missão:
“Quem é como Deus?”, para com Ele vencermos os combates
De nomes tantos do quotidiano, bem como a força do Maligno.
 
Vossos Arcanjos, enviai-nos, Senhor, suplicamos-Vos,
Enviai Vosso Arcanjo Gabriel, para renovar em nós
A fé, a coragem e a confiança incondicional em vosso poder,
Vossa força que vem em socorro de nossa humana fraqueza.
 
Vossos Arcanjos enviai-nos, Senhor, suplicamos-Vos.
Enviai Vosso Arcanjo Rafael, trazendo-nos de Vós a Cura
De nossas enfermidades físicas ou espirituais,
Que nos fragilizam no carregar da cruz quotidiana.
 
Vossos Arcanjos enviai-nos, Senhor, suplicamos-Vos.
Rafael, para a cura de nossas enfermidades múltiplas,
Gabriel, para nos comunicar a força divina,
Miguel, para vencermos o bom combate da fé. Amém.
 

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Em poucas palavras...

 


“Amigo é quem ajuda o outro sem falar de prêmio...”

“Amigo é quem ajuda o outro sem falar de prêmio nem de recompensa. Não necessita de leis ou mandamentos; sabe o que agrada ao seu amigo e realiza-o porque crê que vale a pena realizá-lo.

Semelhante deve ser a nossa atividade a respeito de Deus. Descobrirmos a Sua vontade e cumprimo-la.

Em princípio não importa o prêmio ou castigo. Mais ainda, pensamos que Deus não pode jamais ser nosso devedor, por mais que tenhamos procurado cumprir até o fim os seus mandamentos.” (1)

 

(1) Comentários à Bíblia Litúrgica – Gráfica de Coimbra 2 – pág. 1171 – Comentário da passagem do Evangelho Lc 17,5-10

 

A unidade do culto e da vida

A unidade do culto e da vida

“A vida celebra-se, o culto vive-se”

A passagem bíblica do Livro do Profeta Ageu, proclamada na quinta-feira da 25ª Semana do Tempo Comum - ano ímpar- (Ag 1,1-8) apresenta um tema muito significativo para a História do Povo de Deus: a edificação da Casa do Senhor.

Num período dificílimo, período do pós-exílio, tempo de reconstrução de tudo, a comunidade se encontrava em ruínas, com o imperativo da reconstrução do templo. Assim se uniram os repatriados que se ajudaram uns aos outros.

O profeta Ageu via a profunda unidade entre o culto e a vida, por isto a necessidade desta reconstrução com a participação de todos.

Assim lemos no comentário do Missal Quotidiano:

“Os cristãos não devem engolfar-se no mundo ou dele fugir. ‘Quem vai além ou não permanece na doutrina de Cristo não possui a Deus’ (2 Jo 9), mas Cristo nos ‘enviou ao mundo’ (Jo 17,18). A relação entre culto e vida pode mudar com os tempos, porém não pode ser destruída: a vida celebra-se, o culto vive-se.” (1)

Roguemos a Deus as graças e luzes necessárias para não sermos envolvidos e seduzidos pela mentalidade do mundo, com suas propostas sedutoras enganadoras, mas que também não fujamos, e não vivamos alheios ao que acontece em nossa volta.

Bem diz um dos Documentos da Igreja, aludindo sobre a íntima união da Igreja com toda a família humana:

As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração”. (2)

A autenticidade de vida cristã exige de nós que jamais divorciemos a vida do culto e o culto da vida, como bem expressou o Missal Quotidiano: “A vida celebra-se, o culto vive-se”, e tão apenas com a força e ação do Espírito, viveremos a Boa-Nova de Jesus, comprometidos com o Reino de Deus por Ele inaugurado.

(1) Missal Quotidiano - Editora Paulus - 1995 - página 1308
(2) Gaudium Et Spes – Vaticano II – n.1

A vida está acima dos bens que passam

 


A vida está acima dos bens que passam

No dia 28 de setembro, com a Igreja, celebramos a memória do mártir São Venceslau (Séc. X).

Sejamos enriquecidos à luz da Primeira Legenda Paleoslava:

“Pela morte de seu pai Bratislau, os habitantes da Boêmia constituíram Venceslau seu príncipe. E pela graça de Deus ele era perfeito. Pois fazia o bem a todos os pobres, vestia os nus, alimentava os famintos, acolhia os peregrinos consoante a palavra evangélica. Não admitia que se causasse danos às viúvas, amava a todos, pobres e ricos, servia os servos de Deus, adornava muitas igrejas.

Mas alguns homens da Boêmia tornaram-se soberbos e persuadiram a Boleslau, seu irmão mais moço, dizendo: “Teu irmão Venceslau, conspirando com a mãe e seus homens, vai te matar”.

Celebrando-se festas da dedicação das igrejas em todas as cidades, Venceslau visitava-as todas. Entrou na cidade de Boleslávia, num domingo, festa de Cosme e Damião. Terminada a missa, quis voltar a Praga. Mas Boleslau, com más intenções, reteve-o dizendo: ‘Por que te vais embora, irmão?’ De manhã, soaram os sinos para o ofício matutino. Ouvindo o som dos sinos, Venceslau disse: ‘Louvor a ti, Senhor, que me deste viver até esta manhã’. Levantou-se e foi ao ofício matutino.

Boleslau logo o alcançou à porta. Venceslau olhou-o e disse: ‘Irmão, ontem nos serviste bem’. O demônio inclinou-se ao ouvido de Boleslau e perverteu seu coração; desembainhando a espada, respondeu-lhe: ‘Vou, agora, servir-te melhor’. Dito isto, feriu-lhe a cabeça com a espada.

Venceslau, voltando-se para ele, disse: “Qual é a tua intenção, irmão?” E agarrando-o, lançou-o por terra. Mas acorreu um dos conselheiros de Boleslau e feriu a mão de Venceslau. Este, com a mão ferida, largou o irmão e refugiou-se na igreja. Contudo dois malfeitores o mataram à porta da igreja. Veio um terceiro e traspassou-lhe o lado com a espada. Vensceslau expirou logo com estas palavras: Em tuas mãos, Senhor, entrego o meu espírito (cf. Sl 30,6).”

Quando lemos sobre o martírio de São Venceslau, imediatamente nos vem à mente as primeiras páginas do Livro do Gênesis (Gn 4,1-16), sobre o fratricídio de Abel por seu irmão Caim.

Lamentavelmente, páginas como esta e de São Venceslau, continuam se repetindo, ainda que de modos diversos, e talvez não chegando à sua expressão máxima.

Por vezes, contendas entre irmãos por questões mínimas, relacionadas à herança, inveja, ciúme, enfermidade, ou outras motivações.

Roguemos a Deus por tantos quanto possam estar vivendo situações difíceis de relacionamento com os irmãos da própria família, ou mesmo da família maior, a comunidade de que possam fazer parte.

Oremos:

Ó Deus, que inspirastes ao rei e mártir São Venceslau preferir o Reino do céu ao da terra, dai que, por suas preces, saibamos renunciar a nós mesmos e seguir-Vos de todo o coração. Por N.S.J.C. Amém.”

 

PS: “Venceslau nasceu na Boêmia, cerca do ano 907; de uma tia paterna recebeu sólida formação cristã e assumiu o governo de seu ducado por volta de 925. Suportou muitas dificuldades no governo e na formação cristã de seus súditos.

Traído por seu irmão Boleslau, foi morto por uns sicários no ano de 935. Foi logo venerado como mártir e escolhido pela Boêmia como seu patrono principal” (Liturgia das Horas – Tempo Comum – Volume II - pág. 1308)

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