sexta-feira, 12 de dezembro de 2025
Natal: a Luz do Senhor brilhará radiante
Natal do Senhor: Transbordamento do Amor Divino
Natal do Senhor: Transbordamento do Amor Divino
“Ó doce intercâmbio, ó misteriosa iniciativa... Ó imensa benignidade e amor de Deus”
Vivendo o Tempo do Advento, preparemo-nos à luz da Carta a Diogneto (Séc. II), que nos fala sobre o Amor de Deus revelado por meio do Seu Filho, Jesus Cristo:
“Nenhum homem viu a Deus nem O conheceu, mas Ele mesmo Se manifestou. Manifestou-Se pela fé, pois só a ela é concedida a visão de Deus. O Senhor e Criador do universo, Deus, que fez todas as coisas e as dispôs em ordem, não só amou os homens, mas também foi paciente com eles.
Deus sempre foi, é e será o mesmo: benigno e bom, isento de ira, veraz; só Ele é bom. E quando concebeu Seu grande e inefável desígnio, só o comunicou a Seu Filho. Enquanto mantinha oculto e em reserva Seu plano de sabedoria, parecia abandonar-nos e esquecer-se de nós.
Mas, quando revelou por Seu Filho amado e manifestou o que havia preparado desde o princípio, ofereceu-nos tudo ao mesmo tempo: participar de Seus benefícios, ver e compreender. Quem de nós poderia jamais esperar tamanha generosidade?
Tendo Deus, portanto, tudo disposto em Si mesmo com o Seu Filho, deixou-nos, até estes últimos tempos, seguir nossos impulsos desordenados, desviados do caminho reto pelos maus prazeres e paixões.
Não que Ele tivesse algum gosto com nossos pecados; tolerando-os, não aprovava aquele tempo de iniquidade, mas preparava este tempo de justiça.
Assim, convencidos de termos sido, naquele período, indignos da vida em razão de nossas obras, tornemo-nos agora dignos dela pela bondade de Deus. E depois de mostrar nossa incapacidade de entrar pelas próprias forças no Reino de Deus, nos tornemos capazes disso pelo poder divino.
Quando, pois, a nossa iniquidade atingiu o auge e se tornou manifesto que a paga merecida do castigo e da morte estava iminente, chegou o tempo estabelecido por Deus para revelar sua bondade e poder.
Ó imensa benignidade e amor de Deus! Ele não nos odiou, não nos rejeitou nem Se vingou de nós, mas nos suportou com paciência. Cheio de compaixão, assumiu nossos pecados, entregou Seu próprio Filho como preço de nossa redenção: o santo pelos pecadores, o inocente pelos maus, o justo pelos injustos, o incorruptível pelos corruptíveis, o imortal pelos mortais. O que poderia apagar nossos pecados a não ser Sua justiça? Por quem poderíamos ser justificados, nós, ímpios e maus, senão pelo Filho de Deus?
Ó doce intercâmbio, ó misteriosa iniciativa, ó surpreendente benefício, ser a iniquidade de muitos vencida por um só justo e a justiça de um só justificar muitos ímpios!”
Intensifiquemos nossa preparação para bem celebrarmos o Natal do Senhor, e seremos totalmente envolvidos pelo Seu amor, bem como nosso coração terá a graça do transbordamento deste amor imensurável de Deus.
Contemplemos com este mavioso intercâmbio com a Encarnação do Verbo, a misteriosa iniciativa divina que sempre nos surpreende com o Seu infinito Amor, que jamais nos desampara, sobretudo em momentos tão difíceis por que passamos.
A poucos dias de celebrarmos o Natal do Senhor, que todos nos abramos à comunicação do Amor de Deus, que veio, vem e virá sempre ao nosso encontro.
Que de modo muito especial, nossas famílias se abram a esta Boa Notícia, para que a luz de Deus ilumine mais forte na Noite tão esperada, e em todos os dias do novo ano que se aproxima.
A ausência da conversão é o esvaziamento do Natal!
Natal: contemplemos as maravilhas de Deus
“Nunc Dimittis”
“Nunc Dimittis”
A Igreja reza à noite, todos os dias, a Oração das Completas, e nela está contido o “Nunc Dimittis” - "agora deixe partir", rezado por Simeão, homem justo e piedoso, quando da apresentação do Senhor no Templo (Lc 2,29-32).
Cristo, Luz das nações e glória de Seu povo, é um cântico evangélico que pode também ser rezado por quantos puderem nas orações da noite, ao terminar um dia de intensas atividades, preocupações e eventual cansaço, para um bom descanso e um novo dia bem iniciado:
“–29 Deixai, agora, Vosso servo ir em paz,
conforme prometestes, ó Senhor.
–30 Pois meus olhos viram Vossa salvação
31 que preparastes ante a face das nações:
–32 uma Luz que brilhará para os gentios
e para a glória de Israel, o Vosso povo.”
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Antífona: Salvai-nos, Senhor, quando velamos, guardai-nos também quando dormimos! Nossa mente vigie com o Cristo, nosso corpo repouse em Sua paz!







