segunda-feira, 1 de setembro de 2025

A Palavra do Senhor é luz para o meu caminho

                                                     

A Palavra do Senhor é luz para o meu caminho

Ressoem em nós, as palavras do Apóstolo:

“E não só isso, pois nos gloriamos também de nossas tribulações,
sabendo que a tribulação gera a constância, A constância leva a uma virtude provada E a virtude provada desabrocha em esperança. E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,3-5).

Quando a Palavra de Deus é anunciada com ardor e zelo,
E encontra um coração que a acolhe com fé pura e fecunda,
Comunica a alegria que é dom do Espírito e fruto desta fé.

Quando a Palavra de Deus é anunciada com mesmo ardor e zelo,
E encontra um coração que a acolhe com pouca fé e entusiasmo,
Não se consegue enxergar, para além dos fatos dolorosos, a Manifestação da força e ação do Espírito.

Quando a Palavra de Deus é anunciada com ardor e zelo,
E encontra um coração que a acolhe com fé comprovada,
Edifica-se uma Igreja peregrina e profética.

Quando a Palavra de Deus é assim anunciada,
A Igreja torna-se verdadeiramente a Igreja do
Crucificado Ressuscitado, aberta e enriquecida pela graça divina.

Quando a Palavra de Deus é anunciada com ardor e zelo,
E encontra um coração que a acolhe com fé,
Os dias de sofrimentos, crise e contestações ganham novo sentido. Amém.

Sementes da Primavera do Reino, Dom Joaquim semeou entre nós!

Sementes da Primavera do Reino,
Dom Joaquim semeou entre nós!

Em setembro de 2013, dedicaríamos a Edição do Jornal da Paróquia Santo Antônio Gopoúva - Diocese de Guarulhos,  à Sagrada Escritura, pois o mês de setembro é especialmente a ela dedicado, por sua importância, em todos os dias do ano, para iluminar nossa fé, sustentar a nossa caminhada cristã, para que a chama da caridade jamais se apague e a esperança não se reduza a uma espera passiva, sem maiores compromissos com o Reino de Deus, em total fidelidade ao Senhor.

Porém, um fato marcou a história de nossa Diocese: a morte de nosso querido Bispo Dom Joaquim (01/09/13). 

Mudar a temática central do jornal devido a isto? Indubitavelmente não. Pois é impossível falar de Dom Joaquim sem relacionarmos a sua vida com a paixão que tinha pela Palavra de Deus, e ao quanto nos incentivou, em tão pouco tempo de convivência, à prática da Leitura Orante, para uma espiritualidade mais autêntica e comprometida com a vida, com os valores do Evangelho.

Sua presença em nosso meio nos fez entender melhor o que há séculos disse o Bispo Santo Agostinho: “A Sagrada Escritura é para nos ajudar a decifrar o mundo; para nos devolver o olhar da fé e da contemplação, e transformar a realidade numa grande revelação de Deus”.

Em suas visitas pastorais pelas comunidades de nossa Diocese, revelou um senso aguçado para compreensão da realidade, e propunha que voltássemos à essência de nosso Batismo: ser sal da terra, luz do mundo e fermento na massa. Era preciso que rompêssemos uma eventual acomodação e instalação em que pudéssemos nos encontrar, para que fôssemos ao encontro de situações extremamente desafiadoras: o mundo da política, shoppings, escolas, universidades, favelas, cortiços.

Sempre à luz da Palavra Divina, pela qual pautava sua vida e ação de zeloso pastor, nos acenava para o amor de Deus, que nos criou para a felicidade alcançar fazendo feliz o outro.

Não poupou motivação para que nós, padres, não descuidássemos, junto às comunidades, do tríplice múnus de santificar, ensinar e governar as Paróquias que nos foram confiadas, para que o rebanho fosse melhor evangelizado,e todos tivéssemos vida mais digna e plena.

Assim como o Evangelista Lucas, cujo Evangelho aprofundamos neste ano, repetia insistentemente a importância do hoje para a prática do bem, que não pode ser jamais adiado, pois só temos o hoje para o bem fazer.

Como afirmou o Apóstolo Paulo, ele combateu o bom combate, completou a corrida e guardou a fé, na proximidade da primavera, como a bela estação das flores que desabrocham. 

Que a morte de Dom Joaquim seja para nós um momento de revisão, e de fazer brotar e florescer as sementes que ele plantou no chão do coração de todos, quer diocesanos ou não.

Assim como chegará a primavera, cremos que sua presença em nosso meio foi fundamental, verdadeiramente um lançar de sementes do Verbo, para que floresça a primavera do Reino. 

“Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele fica só. Mas, se morre, produz muito fruto.” (Jn 12, 24). Dom Joaquim foi também um grão de trigo que morreu para não ficar só, desabrochou na eternidade com a promessa da imortalidade do Senhor para todo aquele que n’Ele crê.

Por ora, é preciso renovar compromissos com a primavera do Reino, sempre inspirados e nutridos pela Palavra Divina, e que a memória de nosso querido Bispo nos ajude a viver uma fé mais luminosa, crendo que uma nova Igreja, um mundo novo são possíveis. 

Trevas ou luz, pecados capitais e os dons do Espírito, como ele escreveu em seu livro, a escolha está em nossas mãos. Somente acolhendo e vivendo os dons do Espírito, que a Sagrada Escritura nos apresenta, é que a primavera do Reino de Deus se tornará uma realidade em pequenos sinais já contemplados: um mundo mais justo, solidário e fraterno. 

Dom Joaquim, que os Anjos e Santos te recebam nos céus

Dom Joaquim, que os Anjos e Santos te recebam nos céus

Primeiro de setembro de dois mil e treze, presidi a primeira Celebração Eucarística na Catedral de Guarulhos, de corpo presente, do 3º Bispo Diocesano de Guarulhos – SP, Dom Joaquim Justino Carreira.

Tínhamos uma Assembleia numerosa: Padres, Diáconos, Seminaristas, Religiosos e Religiosas, e o Povo de Deus; todos unidos na mesma Fé para a Celebração do Mistério da Eucaristia.

Foram proclamadas as Leituras deste dia: 1 Ts 4,13-18;  Sl 95/96;  Lc  4,16-30).

Na introdução, falei da graça e responsabilidade a mim confiada na presidência da Santa Missa.

Em seguida, refleti brevemente a Palavra, começando pelo Evangelho, acenando para a Missão de Jesus de evangelizar os pobres, anunciar a Boa Nova do Evangelho, solidarizar-Se com os empobrecidos, e proclamar o Ano da Graça do Senhor. Esta é a missão de Jesus e de todos aqueles que O seguem.

O Salmo, com seu refrão, afirma que o Senhor vem julgar a nossa terra, em perfeito cumprimento do que nos falou o Apóstolo Paulo, na primeira leitura:

“Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais, como os outros homens que não têm esperança.

Se cremos que Jesus morreu e Ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que n’Ele morreram”.

Cremos que aqueles que viverem com fidelidade, ardor e zelo a missão não morrem para sempre, de modo que também cremos que Dom Joaquim está vivo na glória de Deus, pelo zelo com que viveu a missão de Pastor da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Referindo-me propriamente ao Bispo, acentuei sete pontos:

1 – Dom Joaquim afirmava com insistência, em suas pregações e escritos, que Deus nos criou por amor e com amor para sermos felizes fazendo os outros felizes. Nisto crendo, não apenas repetia, mas procurava tornar esta afirmação uma verdade em sua vida. Agora cabe a nós fazermos o mesmo.

2 – O livro de sua autoria: “Trevas ou Luz” – sete pecados capitais e os sete dons do Espírito Santo – temos que ser sal da terra, luz do mundo e fermento na massa...

3 – Insistiu, no pouco tempo à frente da Diocese, sobre o tríplice múnus que não podemos jamais olvidar: santificar, ensinar e governar a Igreja que o Senhor nos confiou.

4 – Era um homem profundamente atento aos desafios da cidade e do tempo em que vivemos: crianças nas ruas, escolas, universidades, presídios, shoppings, juventude, meios de comunicação social. Como a Igreja pode e deve se fazer presente nestes espaços? Esta interrogação o acompanhava e com todos compartilhava, questionando, desinstalando, provocando a busca de caminhos...

5 - O testemunho inesquecível que deu ao suportar a enfermidade nestes últimos meses, a sua  breve passagem na Missa dos Santos Óleos e no Envio dos peregrinos da JMJ. Apesar de enfermo, fragilizado, fez-se presente, por instantes apenas, mas que ficarão marcados para sempre em nossa mente e coração.

6 – Seu Lema Episcopal  – “Pax vobis” – tendo comunicado e se comprometido com a Paz, hoje está na plenitude da paz: céu!

7 – Tinha o nosso Bispo um amor indiscutível à Igreja. E, assim, convidei a todos a rezar o Creio, que tantas vezes ele professou, e pelas verdades que na vida o acompanhou: “Creio em Deus Pai todo Poderoso...”

Dom Joaquim é mais um sol a brilhar no Reino do Pai, como homem piedoso e justo que foi – “Os justos brilharão como o sol no Reino do meu Pai” (Mt 13, 43).

Encerrando a Missa, antes da Bênção final, motivei uma Ave Maria dizendo:
“Dom Joaquim tinha por Maria grande devoção, levava-a em seus lábios e nas entranhas de seu coração. Hoje contempla nos céus a face terna de Maria. Ó admirável e desejável contemplação!”.

Motivei e ouvimos uma calorosa salva de palmas como expressão de carinho e reconhecimento de sua presença amorosa em nosso meio.

Que Dom Joaquim descanse em paz! Quanto a nós, vamos continuar nosso combate, até que um dia tenhamos a graça de nos encontrarmos nos céus.

Que o Senhor lhe conceda a Coroa da Glória reservada para aqueles que combateram o bom combate, completaram a corrida e guardaram a fé (1 Tm 4, 7-8).

Dom Joaquim, tendo passado pela morte, agora participa do Banquete Eterno que Deus lhe preparou, juntamente com todos os Anjos e Santos, e de modo especial com a Mãe de Deus.

Ave Maria, cheia de graça...

Amor e ardor na fidelidade ao Senhor! (XXIIIDTC)

             


 

Amor e ardor na fidelidade ao Senhor!

 

Reflitamos sobre as exigências para seguir Jesus à luz da passagem do Evangelho de Lucas (Lc 14,25-33).

Constatamos que não se trata de um caminho marcado por facilidades. Ao contrário, o caminho da Cruz exige renúncia, coragem, desapegos, desprendimentos como veremos à luz da mencionada passagem.

Caminhemos com o Senhor rumo a Jerusalém. Seguir o Senhor, não é falta de opção, ao contrário, é a melhor e a mais decisiva opção que fazemos em nossa vida. 

Trata-se da mais radical, pois deve ser feita na raiz de nosso coração, na raiz de nossa vida, de modo que nossa vida é redimensionada e deverá ser pautada pela Sabedoria Divina que nos é revelada, de modo especial na Sagrada Escritura.

 

Esta escolha implica fortalecimento do coração com o Amor Divino, e a nossa mente com sua mais bela e desejada Sabedoria (Sb. 9,13-18).

 

O amor é essencial para que se fortifique novo modo de se relacionar rompendo barreiras, superando preconceitos, numa relação de irmãos e irmãs em Cristo como nos fala o Apóstolo à Filemon ( Fm 9b-10.12-17).

 

A Sabedoria Divina possibilita-nos o conhecimento da vontade de Deus, acompanha-nos em nossos discernimentos para viver a Sua vontade com paciência, constância e prudência.

 

Assim conclui-se que só por amor e com Sabedoria Divina trilharemos o caminho da cruz que, por mais paradoxal que possa parecer, é o caminho da felicidade.

 

Neste caminho três exigências para que sejamos cristãos, de fato:

 

 Ø   O desapego afetivo em relação à família e até a própria vida;

 

 Ø   A disponibilidade para carregar a cruz, na mais perfeita e completa imitação do Sublime Mestre e Divino Salvador;

 

 Ø   A renúncia de tudo, deixando absoluto espaço para Aquele que é o Absoluto em nossa vida.

 

Deste modo, compreenderemos e veremos confirmada a Palavra do Senhor: “Quem perder sua vida por causa de mim, ganhá-la-á” (Lc 9,22-25).

 

Como vemos nas Parábolas do Evangelho, aquele que se coloca a caminho com o Senhor, precisa da “sabedoria do arquiteto” e a “prudência de um rei”, para um seguimento que não seja entusiasmo momentâneo.

 

Sejamos realistas como o arquiteto e prudentes como o rei evitando ilusões fáceis, não reduzindo o cristianismo apenas ao “cultivo de boa vontade”.

 

Sábios e criativos, saberemos enfrentar os riscos que o compromisso cristão nos apresenta a cada momento, contando com a Fonte da Sabedoria, a presença do Espírito.

 

Por isto, concluamos com compromisso de mais tempo dedicado à oração e leitura da Palavra Divina, pedindo ao Senhor, uma vez por Ele amados e seduzidos, que jamais O desapontemos no caminhar da fé.

 

Tenhamos a maturidade de suportar os riscos de nossa fé cristã, com a certeza de que na fidelidade vivida na construção do Reino, nutridos provisoriamente no Banquete da Vida, um dia no Banquete Eterno a Coroa da Glória nos será alcançada.

 

Se quisermos seguir Jesus... Por onde iremos?  
Pelo caminho da facilidade ou da felicidade?

O que é necessário para que sigamos o Senhor?

Sem cruz não há fidelidade no seguimento ao Senhor!

Sem despojamento, desprendimento e

renúncia não há discipulado!

 

Como discípulos missionários do Senhor,

amemos com o Amor do Amado.

Eis a fonte, princípio e meta de um autêntico,

frutuoso e desejado discipulado!

  

domingo, 31 de agosto de 2025

“Eu te amo, Senhor Jesus...”

 


“Eu te amo, Senhor Jesus...”

“Eu te amo, Senhor Jesus, minha alegria e descanso, com todo o meu coração, com toda a minha mente, com toda a minha alma e com todas as minhas forças; e se vês que não te amo como deveria, ao menos desejo amar‑te, e, se não o desejo suficientemente, pelo menos quero desejá‑lo desse modo [...].

Ó Corpo sacratíssimo aberto pelas cinco chagas, coloca‑te como selo sobre o meu coração e imprime nele a tua caridade!

Sela os meus pés, para que saiba seguir os teus passos; 
sela as minhas mãos, para que realizem sempre boas obras; 
sela o meu peito, para que arda para sempre em vibrantes atos de amor por Ti.

Ó Sangue preciosíssimo, que lavas e purificas todos os homens! Lava a minha alma e põe um sinal no meu rosto, para que não ame a ninguém senão a Ti” (1)

 

(1)Card. J. Bona, El sacrificio de la Misa, Rialp, Madrid, 1963, págs. 164‑165

Exigências para a participação do Banquete do Reino (XXIIDTCC)

                                          



Exigências para a participação do Banquete do Reino

“Porque quem se eleva será humilhado e
quem se humilha será elevado” (Lc 14, 11)

A Liturgia do 22º Domingo do Tempo Comum (ano C) nos convida a refletir sobre o Banquete do Reino e a necessária revisão: se estamos, verdadeiramente, credenciados para dele participar, com as exigências que o Senhor nos ensina e vive.

Na primeira Leitura, ouvimos uma passagem do Livro do Eclesiástico (Eclo 3,19-21.30-31), que nos convida a refletir sobre a humildade, como caminho para sermos agradáveis a Deus e, ao mesmo tempo, para termos êxito e sermos felizes, colocando-nos, por amor e alegremente, a serviço do outro, sobretudo quando este outro é o que mais precisa.

O aprofundamento sobre a Sabedoria Divina e a sua vivência é certeza do viver bem e feliz. A Sabedoria Divina somente pode ser saboreada por quem viver a humildade, ou seja, quem assumir com simplicidade o próprio lugar, pondo a render os talentos, sem jamais humilhar o outro com uma eventual superioridade, mas colocando os próprios dons a serviço de todos, com simplicidade e amor.

Bem diferente é o soberbo, que permite crescer nas entranhas de seu coração a árvore da maldade, com suas raízes tão profundas.

A vida cristã será sempre o desafio de não sermos soberbos, mas humildes servidores, não pelo nosso mérito, mas pela graça de Deus, porque tudo é dom de Deus.

Na passagem da segunda Leitura, o autor da Carta aos Hebreus (Hb 12,18-19.22-24) nos exorta a viver maior proximidade e intimidade com o Senhor, fortalecendo a humildade, a gratuidade e o amor desinteressado, como Ele por excelência viveu.

Trata-se de um convite à superação de uma fé cômoda e sem grandes resistências, redescobrindo a novidade e a exigência do cristianismo: comunhão, proximidade e intimidade maior com Deus. Um amor autêntico que se faz dom, doação, entrega, serviço.

É preciso que a comunidade volte à fidelidade de sua vocação, desinstalando-se, rompendo a preguiça e enfrentando com coragem a perseguição, com uma conduta consequente daquele que abraçou a fé: amor e serviço.

Com isto, supera-se a morna conduta cristã, sem jamais recuar, revelando ao mundo um rosto do Deus vivo e verdadeiro que nos consome e inflama nosso coração de amor.

O Senhor nos precedeu, agora é a hora da comunidade. É preciso revisitar a História do Povo de Deus e reencontrar o entusiasmo.

Ontem, como hoje, quantas coisas nos acontecem e, se não mantivermos a fé, poderemos perder o entusiasmo, a chama acesa do primeiro amor!

É preciso que trilhemos, como discípulos missionários do Senhor, o caminho da humildade, que é diferente do caminho da humilhação.

Na passagem do Evangelho (Lc 14,1.7-14), vemos que bem diferentes são os critérios para participar do Banquete do Reino em relação ao banquete farisaico.

A lógica divina contrapõe a humildade à superioridade, a simplicidade ao orgulho, o serviço à ambição, o ocupar o último lugar ao invés dos primeiros, a solidariedade para com os últimos e não se servir do próximo.

São dois banquetes totalmente diferentes: o primeiro é o Banquete do Amor, serviço e inclusão; o segundo, do egoísmo, indiferença, mera exclusão.

O banquete farisaico é marcado pelo complexo de superioridade, orgulho, ambição. Há a procura dos primeiros lugares.

De outro lado, as credenciais para participação do Banquete do Reino são: humildade, simplicidade, serviço por amor desinteressado, colocando-se no lugar dos últimos para serviço dos últimos.

De fato, a competição é necessária, desde que não leve à destruição do outro, mas à busca de maior qualificação para melhor servir. Esta deve ser a marca daqueles que se põem a caminho com o Divino Mestre Jesus: amor vivido com autenticidade edifica e fortalece a comunidade.

Iluminadora a citação do Missal Dominical (p.1223): “Para todos, em qualquer plano da hierarquia social que se encontrem, escolher o último lugar significa usar o próprio lugar para o serviço dos últimos e não para o domínio sobre eles”.

Deste modo, a conversão é um apelo constante em nossa caminhada cristã. Cremos e professamos a fé em Jesus Cristo que, com Sua morte, assumida livremente na Cruz, nos apresentou um Deus cuja Sabedoria é imprevisível e impensável; tão distante da sabedoria humana que ninguém poderia encontrá-la.

Assim afirma o Missal Dominical (pp.1222-1223): “Jesus seria um entre os muitos mestres de virtude, se não tivesse vivido até o fim Sua Palavra, e se Sua Pessoa, Sua Palavra, Sua vida não fossem a revelação definitiva de Deus.

A Cruz é Sua Sabedoria, Seu Livro, Sua Palavra reveladora. A morte de Jesus não é o fim de uma tentativa de instaurar um novo Reino; é o Seu ato de nascimento;... Converter-se à Sabedoria de Deus é ver na Cruz que a verdade do Amor tem na morte o seu teste. Quem entra no Reino começa uma nova sabedoria.”

Reflitamos:

- Quais são os convidados de nossos banquetes?
- Participamos com todo o zelo do Banquete do Reino que o Senhor nos convida ou nos sentimos familiarizados no banquete farisaico?

- Quanto há de humildade, gratuidade e amor autêntico em nossa prática pastoral?

- Qual é o entusiasmo que temos na fidelidade ao Senhor, como Seus discípulos missionários?

Oremos:

Senhor, livrai-nos do banquete farisaico, e ensinai-nos a viver a lógica do Banquete do Reino de Deus, vivendo com humildade, gratuidade, amor e solicitude com os últimos, os Vossos preferidos.

Senhor, dai-nos a sabedoria para nos colocarmos como últimos, a serviço de todos. Amém.



PS: Fonte de pesquisa: www.Dehonianos.org/portal

Ladainha de São José

                                                   

Ladainha de São José
 
Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
 
Cristo, ouvi-nos.
Cristo, atendei-nos.
 
Pai celeste que sois Deus,
tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus,
tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
tende piedade de nós.
 
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós.
São José, nosso intercessor, rogai por nós.
São José, castíssimo esposo de Maria e guardião do Redentor, rogai por nós.

São José, provedor da Sagrada Família de Nazaré, rogai por nós.
São José, modelo de amor e liberdade na fidelidade a Deus, rogai por nós.
São José, cooperador do grande Mistério da Redenção, rogai por nós;
São José, homem do silêncio eloquente e da doação de si mesmo, rogai por nós.
São José, que tem um coração de pai, rogai por nós.
São José, que ensinou Jesus a andar, segurando-O pela mão, rogai por nós.
São José, que guardou o Menino Jesus e seguiu Seus passos, sem jamais d’Ele se afastar, rogai por nós.
São José, modelo de pai e educador para os filhos, rogai por nós.
São José, pai amado pelo povo cristão, rogai por nós.
São José, modelo de fé, esperança e caridade, rogai por nós.
São José, sempre pronto a cumprir a vontade de Deus, rogai por nós.
São José, testemunha da adoração dos pastores e reis magos, rogai por nós.
São José, Padroeiro Universal da Igreja, rogai por nós.
São José, amparo e guia nos momentos de dificuldades, rogai por nós.
São José, modelo de simplicidade e dedicação ao próximo, rogai por nós.
São José, pai na ternura, rogai por nós.
São José, pai na obediência, rogai por nós.
São José, pai no acolhimento dos Mistérios de Deus, rogai por nós.
São José, modelo de paciência e confiança em Deus, rogai por nós.
São José, que pronunciou seu “fiat”, cotidianamente, rogai por nós.
São José, homem misericordioso como o pai da parábola da misericórdia, rogai por nós.
São José, que não procurou “atalhos” das facilidades, mas enfrentou de olhos abertos aquilo que lhe acontecia, rogai por nós.
São José, modelo de homem respeitoso, dedicado e responsável, rogai por nós.
São José, pai com coragem criativa e forte, rogai por nós.
São José, modelo de audácia e obstinação, rogai por nós.
São José, que fez dos problemas uma oportunidade, com absoluta confiança em Deus, rogai por nós.
São José, pai  trabalhador, rogai por nós.
São José, humilde carpinteiro, rogai por nós.
São José, patrono dos operários, rogai por nós.
São José, que cultivava no coração o Projeto de Deus, para que vivamos um mundo onde não haja nenhum jovem, pessoa ou família sem trabalho, rogai por nós.

São José, que para Jesus é a sombra do Pai Celeste na terra, rogai por nós.
São José, modelo de acolhedor dos mais frágeis, rogai por nós.
São José, padroeiro dos que deixam a sua terra por causa das guerras, do ódio, da perseguição e da miséria, rogai por nós.
São José, defensor dos miseráveis, necessitados, aflitos  e exilados, rogai por nós.

São José, protetor dos pobres, moribundos, enfermos e desempregados, rogai por nós.

São José, solidário conosco na libertação de todo o mal e de todos os vírus que gerem morte, rogai por nós.

São José, padroeiro da boa morte, rogai por nós.
 
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
perdoai-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo,
tende piedade de nós.
 
Rogai por nós, São José.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
 
Oremos:
 
Ó Pai de amor, por Vossa imensa bondade, Vos dignastes escolher a São José por esposo castíssimo de Maria, Mãe Santíssima de Jesus, conferindo a paternidade legal ao Menino Deus; concedei-nos a graça de aumentar nosso amor por ele, contar com a sua intercessão e imitar as suas virtudes e o seu zelo, como discípulos missionários do Senhor, em comunhão com o Espírito Santo. Amém.
 


PS: Inspirado na Carta Apostólica “Patris Corde” – Papa Francisco

 

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