sexta-feira, 27 de junho de 2025

Misericórdia, Senhor!

                                                        

Misericórdia, Senhor!

Ao celebrar o 2º Domingo da Páscoa, retomamos as palavras do Papa São João Paulo II, no dia 30 de abril de 2000, quando canonizou Santa Faustina:

“É importante, então, que acolhamos inteiramente a mensagem que nos vem da Palavra de Deus neste segundo Domingo de Páscoa, que de agora em diante na Igreja inteira tomará o nome de ‘Domingo da Divina Misericórdia’”.

Ato de consagração do destino do mundo à Misericórdia Divina
(Papa São João Paulo II)

“Deus, Pai misericordioso que revelaste o Teu amor no Teu Filho Jesus Cristo e O derramaste sobre nós no Espírito Santo, Consolador; confiamos-Te hoje o destino do mundo e de cada homem.

Inclina-Te sobre nós, pecadores; cura a nossa debilidade, vence o mal e faz com que todos os habitantes da terra conheçam a tua misericórdia para que em Ti, Deus Uno e Trino encontrem sempre a esperança.

Pai eterno, pela dolorosa Paixão e Ressurreição do Teu Filho, tem misericórdia de nós e do mundo inteiro. Amém!”

Crer, esperar e amar

                                                         

Crer, esperar e amar

Eucaristia é o Mistério maior de nossa fé, pois dela vivemos, nos alimentamos e nos refazemos de nossos cansaços, renovamos nossas forças para avançar adiante nos sagrados compromissos que dela emanam:

'A Eucaristia é ‘fonte e ápice de toda a vida cristã'. 'Os demais Sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam. Pois a santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa’’’ (1)

A Eucaristia bem celebrada redimensiona as virtudes divinas que nos movem:

“Antes de agirmos, a Eucaristia convida-nos a viver as três dimensões mais pessoais e íntimas da experiência cristã, ou seja, crer, esperar e amar. É uma questão de sangue, de corpo, de vida e de morte.

A Eucaristia abrange o homem todo, não é apenas um rito ou uma aspiração, mas sim um sinal que recorda e exige a realidade: Um Sacramento” (2)

Crer, esperar e amar:

Crer num novo mundo possível, sem jamais perder a esperança. Manter viva a fé, dando razão de nossa esperança vivendo a essência do ser cristão, amar;

Amar a Deus e ao próximo, inseparavelmente, como nos ensinou e o Mandamento o Senhor nos deu;

Crer como mais bela expressão de fé em Deus e em Sua onipotência;

Esperar no Senhor, mas não nos omitirmos do que a nós for próprio.

Amar sempre; amor intenso e profundo, amor de Cruz, como o Senhor viveu.

Crer, esperar e amar, somente possível, quando da Eucaristia partícipes e nutridos, e sagrados compromissos com o Reino, mais do que renovados, assumidos e fortalecidos.



(1)        Catecismo da Igreja Católica §1324
(2)        Lecionário Comentado – Editora Paulus – 2011 – p.881
Passagem do Evangelho de Marcos (Mc 14,12-16.22-26)

Oração ao Bom Jesus

 


Oração ao Bom Jesus

Senhor Bom Jesus, pela Vossa encarnação, Vós experimentastes no próprio corpo, a dor e as feridas, as chagas e os sofrimentos causados pela maldade humana. Tivestes compaixão diante da fome e do abandono do Seu povo que vivia como ovelhas sem pastor. E no mistério de Vossa Cruz, assumistes com toda a misericórdia, as dores de cada um de nós e de toda a humanidade.

      

Vós, que estais aqui de braços abertos para nos acolher, derramai sobre nós e toda a humanidade a plenitude da Vossa misericórdia. Aceitai o nosso louvor, ajudai-nos a sermos firmes na fé e na esperança a vencer todas as dificuldades; defendei-nos dos perigos e do pecado. Perdoai-nos, Senhor, e livrai-nos de todo os males do corpo e da alma. Compadecei-Vos de cada um de nós e concedei-nos a graça de que mais precisamos... (cada um em silêncio pede a graça).

 

       Abençoai, ó Bom Jesus, nosso trabalho e fazei que nunca falte o pão em nossa mesa. Concedei-nos harmonia, diálogo e entendimento em todas as famílias. Convertei-nos pelo Vosso amor e tornai-nos “misericordiosos como o Pai do Céu” (Lc 6,36). E pela intercessão da Virgem Santíssima, Mãe de Deus e nossa Mãe, fazei que o Reino de Deus seja estabelecido entre nós. Amém.

 

          Reza-se um Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.

 

 

PS: Oração rezada na Comunidade Bom Jesus de Frei Lagonegro - Paróquia Santo Antônio de Coluna - MG

autoria desconhecida

Dai-nos, Senhor o Divino remédio e proteção (1)

 


Dai-nos, Senhor o Divino remédio e proteção

“O Sangue do Bom Jesus derramado por todos nós na Cruz 
seja nosso remédio e proteção”
“Se queres, podes me curar” (cf. Mt 8,2).

Oremos:
 
Ó Deus, aos pés do Vosso Filho, o Bom Jesus,
Contemplamos o infinito amor que tendes por nós,
e porque nos amais, nos destes o Vosso Filho,
para que todo aquele que n’Ele viver e crer não morra, mas tenha a vida eterna.
 
Cremos, Ó Deus, que o Sangue derramado do Vosso Filho por amor de nós,
é a verdadeira expressão da Vossa misericórdia para a Redenção da humanidade;
um amor invencível e imensurável que nos faz novas criaturas,
a fim de que morramos para o pecado e vivamos para Vós.
 
Que o Sangue do Vosso Filho nos lave, nos purifique plenamente,
e o fogo abrasador do Vosso Amor faça arder nosso coração,
para que sejamos curados e protegidos de toda enfermidade,
e  de modo especial, livrai-nos do vírus da covid-19 ou de qualquer outro que gere sofrimento, dor, luto e morte.

Nós Vos pedimos, Ó Deus, dai-nos firmeza, coragem, graça
e força, para que, em nossa fraqueza e miséria, 
acolhidos e envolvidos pelo Vosso abraço misericordioso,
firmemos os passos com a presença do Bom Jesus e o Santo Espírito.
 
Ó Deus, nutridos pelo Pão da Palavra e da Eucaristia,
suplicamos por todos os falecidos nesta pandemia,
e fortalecei seus familiares que sofrem a dor de suas  ausências,
e por tantas pessoas solidárias, sinais de esperança
neste momento tão difícil que vivemos,
e que a Boa Nova da Ressurreição dê a todos coragem e
perseverança no bom combate da fé. Amém.

Dai-nos, Senhor, o Divino remédio e proteção (2)

                                                    


Dai-nos, Senhor, o Divino remédio e proteção
 
“O Sangue do Bom Jesus derramado por todos
nós na Cruz seja nosso remédio e proteção”
“Se queres, podes me curar” (cf. Mt 8,2).


A Diocese de Guanhães foi agraciada com a realização do 234º Jubileu do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos – Conceição do Mato Dentro – MG, de 13 a 24 de junho de 2021, com o tema: “O Sangue do Bom Jesus derramado por todos nós na Cruz, seja nosso remédio e proteção”; e com o lema: “Se queres, podes me curar” (cf. Mt 8,2).


Como fruto deste grande retiro espiritual que foi o Jubileu, ofereço esta singela oração:

Ó Deus, aos pés do Vosso Filho, o Bom Jesus,
Contemplamos o infinito amor que tendes por nós,
E porque nos amais, nos destes o Vosso Filho,
Para que todo aquele que n’Ele viver e crer não morra, mas tenha a vida eterna.
 
Cremos, Ó Deus, que o Sangue derramado do Vosso Filho por amor de nós,
É a verdadeira expressão da Vossa misericórdia para a redenção da humanidade;
Um amor invencível e imensurável que nos faz novas criaturas,
A fim de que morramos para o pecado e vivamos para Deus.
 
Nós Vos pedimos, Ó Deus, dai-nos firmeza, coragem, graça
E força, para que, em nossa fraqueza e miséria, 
Acolhidos e envolvidos pelo Vosso abraço misericordioso,
Firmemos os passos com a presença do Bom Jesus e o Santo Espírito. 

Que o Sangue do Vosso Filho nos lave, nos purifique plenamente,
E o fogo abrasador do Vosso Amor faça arder nosso coração,
para que sejamos curados e protegidos de toda enfermidade,
e  de modo especial, livrai-nos do vírus da covid ou de qualquer outro que gere sofrimento, luto, dor e morte.

Ó Deus, nutridos pelo Pão da Palavra e da Eucaristia,
Suplicamos por todos os falecidos nesta pandemia, e fortalecei seus familiares que sofrem a dor de suas ausências,
e que a Boa Nova da Ressurreição dê a todos coragem e perseverança no bom combate da fé. Amém.



PS: Escrito em junho de 2021 

Correspondamos à fidelidade e ao amor de Deus

 


Correspondamos à fidelidade e ao amor de Deus

Como discípulos missionários do Senhor, reflitamos sobre o batismo, o acontecimento capital de nossa vida, o grande milagre da nossa vida, que antes de ser um compromisso com a Trindade Santa, é sempre um ato de amor para com a humanidade, à luz da passagem do Livro do Êxodo (Ex 14,5-18) – “Saberão que Eu sou o Senhor, quando Eu for glorificado às custas do Faraó” (cf. Ex 15,17).

Oremos

Senhor Deus, pusestes à prova o Seu povo, que começou a sequência de infidelidades, mas jamais o abandonaste, porque é próprio de quem ama, não abandonar o amado.

Por amor, quisestes levá-lo à liberdade, mas fostes esquecido, e à infidelidade respondeste com fidelidade, pois tens uma Palavra somente, Palavra que jamais retirais, pois irrevogável.

Senhor Deus, contemplo a história do êxodo como a história de nossa libertação e de renovada escravidão; uma história de fidelidade e infidelidade, atos de obediência e rebeldia, em que esperais sempre retorno e pronto a nos acolher.

Senhor, Deus, que viveis em comunhão com Filho e o Espírito Santo, nós Vos glorificamos e damos graças, pois pelo Batismo nos concedeis a graça de nos tornarmos cristãos, membros ativos de uma Igreja verdadeiramente Sinodal, caminhando sempre juntos, a serviço do Vosso Reino. Amém.

 

 

Fonte: Missal Cotidiano - Editora Paulus – p.1046

Neste Coração manso e humilde...(SCJ)

                                                       

Neste Coração manso e humilde...

"Vinde, pois, e aprendei de mim,
que sou manso e humilde de coração!"

Reflitamos sobre o Sagrado Coração de Jesus, à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 11,25-30).

Retomemos o  Sermão do Bispo São João Crisóstomo (séc. IV), que nos fala sobre a humildade e mansidão de coração de Nosso Senhor.

“Vês, amante de Cristo, quanta seja a misericórdia do Criador para conosco?

Vês como nas mesmas ameaças brilha a benignidade? Vês como Sua misericórdia se antecede a Sua indignação? Vês como o castigo é superado pela bondade?

Isto não é maravilhoso! Porque Ele mesmo é manso e benigno Senhor nosso, e solícito, como é de Seu costume, de nossa salvação, que claramente nos fala no Evangelho, como a pouco nos fazia quando nos lia:

Vinde a mim e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração! Quanto Se abaixa o Criador, e, apesar disso, a criatura não O reverencia!

Vinde e aprendei de mim!, disse o Senhor quando veio aos Seus servos para consolá-los em suas quedas. Assim Cristo Se porta conosco, e assim nos demonstra a Sua misericórdia.

Quando convinha castigar os pecadores e acabar com sua espécie que O irritou, justamente então Se dirige aos réus com Palavras brandas e lhes diz:

Vinde e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração! Deus Se humilha e o homem se ensoberbece!

Manso é o juiz e soberbo o réu! Humilde voz lança o artífice, e o barro fala como se fosse algum rei! Ó, vinde e aprendei de mim, que Sou manso e humilde de coração!

Não vos curvaram os acontecimentos anteriores; não vos amansaram os que logo se seguiram; nem finalmente os que ao pouco sobrevieram!

Porém Ele, como então, também agora, uma vez que fez tremer as criaturas, logo as pacificou com a Sua misericórdia. Vinde, pois, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração!

Ele não vem com chicote para açoitar, mas com nossa natureza para curar! Vinde e vede Sua inefável bondade!

Quem não ama ao amo que não açoita? Quem não se admira do juiz que suplica ao réu? Te enches completamente de admiração a humildade de Suas Palavras?

Sou Artífice e amo a minha obra! Eu sou Obreiro e perdoo aquele que Eu mesmo inventei! Se eu uso do supremo direito que me dá minha dignidade, não levantarei a humanidade caída; e como ela padece de uma enfermidade incurável, se não uso de remédios suaves, ela não poderá se curar!

Se não trato a humanidade e a pessoa humana com benignidade, perece! Se somente uso de ameaças, perde-se! Por isto, aplico, como a quem está caído, medicamentos de suavidade. Abaixo-me ao máximo na comiseração para levantá-la de sua queda!

Aquele que está em pé não consegue levantar ao caído se não abaixar sua mão. Pois vinde e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração! Não falo para ostentação: pelos fatos vos dei experiência. Que Eu seja manso e humilde de coração, podes deduzir do estado em que me vês e ao qual Eu vim.

Analisa minha forma e qual seja minha dignidade: medita-o e adora-me! Por ti me humilhei! Pensa de que lugar desci e em que lugar falo contigo.

Sendo o céu meu trono, agora falo contigo na terra. Nas alturas sou glorificado, porém, como magnânimo, não me encolerizo, porque sou manso e humilde de coração!

Se Eu não fosse um manso Filho do Rei, não teria escolhido por mãe uma serva. 

Se Eu não fosse manso, o Artífice das substâncias visíveis e invisíveis, não teria me desterrado aqui convosco.

Se não fosse manso, não teria estado Eu, o Pai do século futuro, envolto em pano.

Se não fosse manso, não teria suportado a pobreza do presépio, Eu que possuo todas as riquezas de todas as criaturas.

Se não fosse manso, não me teria encontrado entre animais, Eu a quem os querubins não ousam olhar.

Se Eu não fosse manso, que com minha saliva dou vista aos cegos, jamais teria sido cuspido pela boca de homens maus.

Se não fosse manso, nunca teria tolerado a bofetada de um servo, Eu que sou quem dá liberdade aos servos.

Se não fosse manso, jamais teria apresentado minhas costas aos açoites em benefício dos escravos.

Mas por que não digo o que é ainda maior?

Se eu não fosse manso, nunca teria carregado a dívida de morte, Eu que nada devia, em lugar daqueles que deviam padecê-la.” (1)

Concluindo, a mansidão do Senhor e o Seu Amor dão “vertigem”, porque ultrapassam todas as medidas, parâmetros, lógicas humanas.

Neste Coração manso e humilde, o discípulo amado recostou sua cabeça, e também nós, podemos fazer quantas vezes quisermos, para que nos sintamos amados, perdoados, e renovados para carregar, com fidelidade e coragem, nossa cruz.

Neste Coração manso e humilde encontramos espaço, porque dilatado na Cruz, para que nele coubéssemos.

Neste Coração manso e humilde, encontramos forças para alcançarmos a vida plena e digna já, nesta travessia por que passamos, até que um dia possamos na glória dos céus, entrar, e a face do Pai contemplar, na plena comunhão do Espírito, vivendo e crendo em Jesus, que Se fez o Caminho, a Verdade e a Vida.

Neste Coração manso e humilde, enfermos renovam forças; desesperados reencontram a esperança; os fracassos superados seguidos de vitórias; entristecidos reencontram a alegria; aflitos reencontram a paz; pecadores, a pureza de alma; ansiosos, a serenidade; dependentes, a sobriedade; os apáticos e indiferentes se libertam destas amarras em sadios compromissos com a Boa Nova do Reino.

Neste Coração manso e humilde...



(1) Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – pp. 267-268.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG