segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Síntese Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017 (Papa Francisco)

Síntese Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017 (Papa Francisco)

“A missão no coração da fé cristã”

Em sua Mensagem para o Dia Mundial das Missões 2017, o Papa nos apresenta a Pessoa de Jesus “o primeiro e maior evangelizador” como falara o Bem-Aventurado Papa Paulo VI em sua Exortação Apostólica ‘Evangelii nuntiandi' n. 7).

Na missão de anunciar a Boa-Nova do Evangelho, fala-nos da natureza da Igreja que é ser missionária.

Apresenta-nos três questões fundamentais diante de um mundo dilacerado por numerosas guerras fratricidas, frustrações, conflitos, vitimando tantos inocentes:

- “Qual é o fundamento da missão?”
- “Qual é o coração da missão?”
- “Quais são as atitudes vitais da missão?”

A missão da igreja que vivendo segundo o Espírito anuncia a vida de Jesus Cristo Ressuscitado, que é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14,6), ao anunciar o poder transformador do Evangelho, portador de alegria contagiante porque oferece uma vida nova:

“É Caminho que nos convida a segui-Lo com confiança e coragem. E, seguindo Jesus como nosso Caminho, fazemos experiência da Sua Verdade e recebemos a sua Vida, que é plena comunhão com Deus Pai na força do Espírito Santo, liberta-nos de toda a forma de egoísmo e torna-se fonte de criatividade no amor”.

A missão da Igreja, portanto, é Jesus Cristo que continua a evangelizar e agir no tempo presente, tempo favorável de nossa Salvação. E esta missão se dá na experiência viva da vida e graça do Ressuscitado.

Sendo a missão a Pessoa de Jesus Cristo, lembra as palavras do Papa Bento XVI: “ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (Carta. enc. Deus caritas est, 1), para nos revigorar e nos impulsionar na missão de anúncio e testemunho do Ressuscitado.

Portanto, pelo Batismo, o Evangelho se torna fonte de vida nova, libertando do domínio do pecado, iluminado e transformado pelo Espírito Santo.

Através da Confirmação, torna-se unção fortalecedora que, graças ao mesmo Espírito, indica caminhos e estratégias novas de testemunho e proximidade.

E pela Eucaristia, torna-se alimento do homem novo, “remédio de imortalidade” como afirmou Santo Inácio de  Antioquia.

Apresenta-nos a Igreja na figura do Bom Samaritano, “curando as feridas sanguinolentas da humanidade, e a sua missão de Bom Pastor, buscando sem descanso quem se extraviou por veredas enviesadas e sem saída... E podemos pensar em tantos testemunhos – testemunhos sem conta – de como o Evangelho ajuda a superar os fechamentos, os conflitos, o racismo, o tribalismo, promovendo por todo o lado a reconciliação, a fraternidade e a partilha entre todos”.

Esta missão tem como inspiração a espiritualidade do êxodo, peregrinação e exílio contínuos: Trata-se de «sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 20).

Portanto, a Igreja é um instrumento e mediação do Reino, e se reporta à sua primeira Exortação: “é preferível uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças’ (n.49).

Apresenta a juventude como esperança da missão: Os jovens são a esperança da missão. A pessoa de Jesus e a Boa-Nova proclamada por Ele continuam a fascinar muitos jovens. Estes buscam percursos onde possam concretizar a coragem e os ímpetos do coração ao serviço da humanidade...”, os caminheiros da fé, felizes por levarem Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra.

Na conclusão, destaca o importante serviço das Pontifícias Obras Missionárias como instrumento precioso, para suscitar em cada comunidade cristã o desejo de sair das próprias fronteiras e das próprias seguranças, anunciando o Evangelho a todos.

Finaliza apresentando-nos Maria, Mãe da Evangelização, que, movida pelo Espírito, acolheu o Verbo da vida na profundidade da sua fé humilde, para que tenhamos, crendo no Ressuscitado, uma santa ousadia de procurar novos caminhos para que chegue a todos o dom da Salvação.

domingo, 29 de setembro de 2024

Arcanjo São Miguel, rogai por nós

                                                           



                  Arcanjo São Miguel, rogai por nós
 
                                                                  “Quem é como Deus?”
 
Com a Igreja, celebramos no dia 29 de setembro a Festa dos Arcanjos, cada qual com uma missão peculiar: São Miguel - “quem é como Deus?”; São Gabriel – “a força de Deus”; São Rafael - “Deus curou”.
 
Tendo nossa Diocese de Guanhães São Miguel como padroeiro, reflitamos sobre este arcanjo e a sua missão, pedindo a sua intercessão em nossa ação evangelizadora, para o autêntico e fecundo testemunho de nossa fé, esperança e caridade, sobretudo quando vierem as dificuldades e provações próprias da condição humana, pois tão somente assim, seremos alegres discípulos missionários do Senhor.
 
São Miguel, segundo as Escrituras, insurgiu contra satanás e seus seguidores (Jd 9; Ap 12,7; Zc 13,1-2); é o defensor dos amigos de Deus (Dn 10,12.21), e protetor do Seu povo (Dn 12,1). 
 
No Novo testamento, na Carta de São Judas (v.9), ele é nos apresentado numa luta contra Satanás pelo corpo de Moisés; e no Livro do Apocalipse (Ap 12,7), vemos a luta em que Miguel e os anjos combatem contra o dragão. 
 
Muito cedo, São Miguel se tornou popular no culto cristão; inclusive, na Liturgia dos mortos, é pedido a ele que acompanhe as almas ao céu. 
 
OremosEnviai-nos, Senhor os Vossos Arcanjos, e de modo especial o Vosso Arcanjo Miguel, cujo nome revela uma missão: “Quem é como Deus?”, para com Ele vencermos os combates do cotidiano, bem como a força do Maligno. Amém.

Ninguém pode reter a ação do Espírito de Deus (26/02)

 


Ninguém pode reter a ação do Espírito de Deus
 
“Não o proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome
 para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor” (Mc 9, 39-40).
 
Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Marcos (Mc 9,38-40, sobre a ação divina que não pode ser controlada por ninguém: o Espírito de Deus sopra onde e quando quiser.  
 
Urge superar toda forma de arrogância, ciúmes em relação à ação de Deus e ainda, arrancar, de dentro de nós, tudo o que não constrói o Reino de Deus.
 
É preciso cortar todo egoísmo, autossuficiência que destroem a vida, porque o fim dos injustos é a “geena”, o inferno, a ausência do Amor de Deus, a condenação de viver sem o amor que foi rejeitado:
 
“O Espírito é capaz de soprar e de fazer palpitar os corações também noutros locais, como nas mesquitas, nas sinagogas, nos areópagos, no templo que nós chamamos e nos parece pagão. Deveríamos, por isso, pedir ao Senhor, a graça de aprender a alegrarmo-nos pelo bem, onde quer que ele se concretize, de nos alegrarmos por todo o bem, sem nos importarmos com quem o pratica: seja pequeno ou crescido; seja jovem ou ancião; seja leigo ou consagrado; seja infeliz ou afortunado; seja doente ou saudável; seja alguém que se abre para a vida ou alguém que está para prestar contas com Aquele que generosamente lha concedeu”. (1)
 
Vemos que não é próprio dos discípulos do Senhor atitudes que revelem arrogância, sectarismos, intransigência, intolerância, presunção, ciúmes, mesquinhez, pretensão de monopolização do próprio Jesus e Sua Boa Nova:
“João e os outros discípulos não conseguiram ainda pensar segundo a lógica de Jesus, Seu Mestre, a qual é para Ele, na perspectiva da Cruz, lógica de serviço e de humilde diaconia. Preferem nesse momento a lógica espalhada e exclusiva do sectarismo e da separação, ou seja, pretendem ter o exclusivo e o monopólio da Salvação” (2).
Reflitamos:
- O que precisamos cortar para superar qualquer sombra de dominação e monopólio do Espírito e melhor nos colocarmos a serviço dos últimos?
- Quais são as verdadeiras motivações no trabalho que realizamos em nossa Pastoral, em nossa Comunidade? 
 
- Onde e quando percebemos a ação de Deus além dos limites de nossa comunidade?
- Quais pessoas que professam uma crença diferente da nossa e nas quais contemplamos também a ação de Deus?
 
- Percebemos a manifestação e ação do Espírito onde, quando e em quem Ele bem quer?
 
Renovemos nossa alegria de viver como instrumentos nas mãos de Deus, para maior fidelidade ao Projeto que Jesus inaugurou, a Boa-Nova do Reino, com a força e ação do Espírito, sem jamais termos a pretensão de exaurir Suas forças, detê-Lo, monopolizá-Lo.
 
Alegremo-nos com a inesgotável ação e presença do Espírito, que move a História, dentro e fora da própria Igreja.
 
Oremos:
 
Ó Deus, dai-nos a graça, como discípulos missionários do Senhor, contemplar e nos alegrar com a ação do Vosso Espírito, que age em quem, quando e onde quiser promovendo a vida, fazendo suscitar brotos de esperança onde nada mais parece possível; ainda que não professando a mesma fé que professamos, mas vivendo a caridade que não conhece fronteiras. Amém.
 
(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - pág. 443.
(2) Idem pág. 441.
 

Não sejamos pedra de tropeço, nem motivo de escândalo (XXVDIDTCB)

 


Não sejamos pedra de tropeço, nem motivo de escândalo

“E, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço.” (cf. Mc 9,42)

Senhor, somos Teus discípulos missionários, peregrinos da esperança de tempos novos, como Igreja à serviço do Reino de amor, vida e fraternidade e paz.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que escandalizamos nosso próximo com a nossa vida, colocando à prova a fé dos mais humildes.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que nossa atitude e conduta possa ser um perigo para a fé dos mais simples.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que escandalizemos, vivendo de tal modo que levemos alguém ao abandono do caminho da Igreja.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais escandalizar nossos irmãos e irmãs matando a alegria da fé em Deus no coração dos simples.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que escandalizemos, manipulando a religião para alimentar culpa e medo de Deus.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais que escandalizemos e façamos sofrer os pequeninos impondo sobre os ombros dos mais vulneráveis pesados fardos do legalismo e do moralismo.

Ajudai-nos, Senhor, e não permitais toda e qualquer forma de escândalo que possa causar a morte.

Ajudai-nos, Senhor, para que, como Igreja, cortemos na raiz toda forma daquilo que parece valioso, mas pode ser causa de escândalo.

Ajudai-nos, Senhor, para que, como Igreja, cortemos as raízes do clericalismo, de toda e qualquer forma de poder opressor das consciências.

Ajudai-nos, Senhor, para que, como Igreja, não tenhamos novas páginas de abuso sexual de menores, da suntuosidade, de rigorismo, a cultura da aparência e da ostentação, a riqueza escandalosa, a falta de humanidade, ritualismos extravagantes, a insensibilidade diante da miséria e violência. Amém.


PS: Fonte inspiradora – Reflexão do Pe. Adroaldo Palaoro – SJ, para o 26° Domingo do Tempo Comum.

 

Em poucas palavras... (XXVIDTCB)

 


Pecados que bradam ao céu

“A tradição catequética lembra também a existência de «pecados que bradam ao céu».

Bradam ao céu: o sangue de Abel (Gn 4,10); o pecado dos sodomitas (Gn 18,20; 19,13); o clamor do povo oprimido no Egito (Ex 3,7-10); o lamento do estrangeiro, da viúva e do órfão (Ex 20,20-22); a injustiça para com o assalariado (Dt 24,14-15; Tg 5,4).”  (1)

 

(1)               Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1867

Oração ao Arcanjo São Miguel

                                                    

Oração ao Arcanjo São Miguel

Ó Deus, pela intercessão do Arcanjo São Miguel, Padroeiro de nossa Diocese, protegei-a assim como as nossas cidades. Ajudai-nos na luta contra o pecado do egoísmo, da indiferença e do desânimo, para maior fidelidade a Vós.

Libertai-nos de toda maledicência e murmuração; expulsai de nosso meio tudo que gera divisão. Colocai em nosso coração muita coragem para lutar contra as forças do mal.

Fazei de nós ardentes discípulos missionários do Vosso Filho Jesus, iluminados e apaixonados pelo Evangelho, a fim de vivermos a fraternidade, a justiça, o amor e a solidariedade.

Alimentados pelo Pão da Palavra e da Eucaristia, a Vós confiamos e entregamos nossas paróquias, comunidades, famílias,  trabalhadores e enfermos.

Ensinai-nos a viver plenamente a vossa vontade, acolhendo no coração o que o Arcanjo São Miguel nos revela por sua missão: “Quem como Deus?”.

Tudo isso Vos pedimos por meio do Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém! 

Autores:
Pe. Hermes Firmiano Pedro – Diocese de Guanhães - MG
Dom Otacilio F. Lacerda

Oração aos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

                                                             

Oração aos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael

No dia 29 de setembro, celebramos a Festa dos Arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael.

Rezemos esta oração feita pelo Papa em homilia no dia 29 de setembro de 2017, na Casa Santa Marta. Embora simples, muito nos ajuda a viver a graça da missão que o Senhor nos confia.

Sejam os Arcanjos, que contemplam a face de Deus, presentes em nosso testemunho de fé, em nossa ação evangelizadora, nas pequenas e grandes batalhas do cotidiano, como tão bem expressou o Papa na mesma homilia:

“Somos – por assim dizer – ‘irmãos’ na vocação’. E eles estão diante do Senhor para servi-Lo, louvá-Lo e também para contemplar a glória do rosto do Senhor. Os anjos são os grandes contemplativos. Eles contemplam o Senhor; servem e contemplam. Mas também o Senhor os envia para nos acompanhar no caminho da vida.”

Rezemos com o Papa:

“Miguel, ajude-nos na luta; cada um sabe qual luta tem em sua vida hoje. Cada um de nós conhece a luta principal, que faz arriscar a salvação.

Ajude-nos, Gabriel, traga-nos notícias, traga-nos a Boa Notícia da Salvação, que Jesus está conosco, que Jesus nos salvou e nos dê esperança.

Rafael, segure a nossa mão e nos ajude no caminho para não errarmos a estrada, para não permanecermos parados. Sempre caminhando, mas ajudados por você”. Amém.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG