terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Uma reflexão ecológica

                                                                 

Uma reflexão ecológica

Mais do que nunca precisamos cuidar melhor de nossa casa que é o planeta. Crentes ou não é preciso cuidar da Obra de nosso Criador.

Providencialmente, refletimos este importante assunto na Campanha da Fraternidade 2011 que nos propôs o tema: “Fraternidade e a vida no Planeta” e como lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22).

Como disse São Paulo também a criação espera ser reconciliada – “Pois a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus...”. Neste sentido, apresento quatro “erres” que devem fazer parte de nossa vida cada vez mais:

Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar, porque são práticas comuns que favorecem a sociedade, na medida em que minimizam a necessidade de insumos naturais e ao mesmo tempo a deposição de resíduos.

O primeiro “R” é Repensar:
Repensar os nossos hábitos de consumo e comportamentos. Vejamos onde podemos economizar e evitar a produção de lixo.

O segundo “R” é Reduzir:
Reduzir o consumo e o uso de embalagens e produtos não recicláveis.

O terceiro “R” é Reaproveitar:
Reaproveitar materiais, papéis, embalagens etc., que muitas vezes vão para o lixo mas que poderiam continuar sendo usados ou doados para outras pes­soas.

O quarto “R” é Reciclar:
Fazer a coleta seletiva do lixo. Reciclá-lo ou doá-lo para quem o recicla. Muitas pessoas esperam pelo nosso lixo devidamente separado.

Parece pouco, mas o Planeta agradece, e assim estaremos crescendo e dominando a terra (domínio não como esgotamento, destruição, apropriação inconsequente) como nos fala o primeiro Livro Sagrado do Gênesis.

Eis aqui uma proposta, ao mesmo tempo em que cuidamos do Planeta, estaremos fazendo bem a nós mesmos e a tantos quantos precisam de nossa ajuda.

Jamais digamos que nada podemos fazer e que não há nada que tenhamos que mudar. Cuidemos do Planeta, com a consciência de que devemos preservá-lo para as gerações que virão, sem nenhuma sombra ou possibilidade de egoísmo, indiferença, ignorância neste assunto.

Pois, ou nos convertemos no uso das coisas, na relação com elas, ou estaremos comprometendo não somente o futuro, mas já estaremos mais do que comprometendo o presente, haja vista os acidentes ambientais que já observamos...

Urge novas iniciativas e postura diante do Planeta, na sustentabilidade, na relação com o meio ambiente. Não temas apenas para teses, reportagens e livros, mas conteúdo que assegurem a própria vida... Sei que ainda estamos no começo, mas é sempre tempo de começar o que é bom...

Assim como pedimos a Deus o pão de cada dia, também devemos nos comprometer em cuidar da nossa “casa”, o Planeta, todos os dias.

Com o Senhor, não nos perdemos no labirinto das ideias

Com o Senhor, não nos perdemos no labirinto das ideias

É preciso que saibamos parar e rever como escrevemos nossa história, em todos os âmbitos; entrar no labirinto das ideias, tanto pessoais como coletivas, e ver por onde se escreveu as linhas da história.

Reler os fatos, ser capaz de fazer retrospectivas, relembrar os acontecimentos vivenciados, alegres ou tristes, angustiantes ou esperançosos.

Fatos que expressaram a beleza da vida ou a sua violação; sonhos esperados e realizados ou em pesadelos transformados, e dos quais não se poderá jamais acordar.

Assim é a história, um misto de fatos memoráveis pela beleza neles contidas, ou fatos que não nos causam alegria alguma em recordá-los, porque deixaram marcas, cicatrizes para sempre.

Procuramos saídas das trevas por que possamos viver, ou que momentaneamente nos encontrarmos, em busca da luz para iluminar caminhos, decisões, escolhas, reconciliações, realizações.

Procuramos saídas para nos libertarmos de mentiras que se multiplicam, em busca da verdade que nos fazem verdadeiramente livres, e de modo especial a Verdade do Evangelho, que é o próprio Jesus – “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8, 32)

No labirinto das ideias, procuramos saídas para a morte de múltiplas expressões, que duela ceifando a vida por vezes tão frágil, tão indefesa, como vemos em atentados suicidas, guerras prolongadas, destruições abomináveis de crianças e suas famílias.

Procuramos saídas para não nos perdermos no emaranhado do sentimento devorador do ódio, com seus frutos amargos que roubam a beleza e sacralidade da vida, e maculam o olhar para o outro como templo de Deus, porque d’Ele feitos imagem e semelhança.

Procuramos a saída para o amor, e esta somente a encontraremos quando fizermos o mergulho mais profundo, que ultrapassa a mente e os limites da racionalidade, porque se mergulha no coração, onde descobrimos a presença d’Aquele que em nós fez Sua morada.

No labirinto das ideias, podemos nos perder no caminho da escuridão, mentira, morte, ódio ou, incansavelmente, sermos guiados pelo Espírito, caminhando com Aquele que Se fez Deus conosco, para nos revelar a face de Seu Pai Eterno de Amor, Jesus.

Assim encontraremos não somente a saída, mas o melhor caminho para relações mais humanas e fraternas, marcadas pela luz, verdade, vida e amor, e cremos que somente Jesus, Nosso Senhor, é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Trilhando com Ele, o Caminho, pautando nossa vida pela Verdade do Evangelho, teremos vida plena e seremos verdadeiramente livres e não nos perderemos no labirinto das ideias.


PS: Fonte inspiradora (1 Jo 2,3-11)

Em poucas palavras...

 


Maria, imagem puríssima da esperança

“Pelos profetas, Deus forma o seu povo na esperança da salvação, na expectativa duma aliança nova e eterna, destinada a todos os homens (Is 2,2-4), e que será gravada nos corações (Jr31,31-34; Hb 10,16). Os profetas anunciam uma redenção radical do povo de Deus, a purificação de todas as suas infidelidades (Ez 36), uma salvação que abrangerá todas as nações (Is 49,5-6; 53,11).

Serão sobretudo os pobres e os humildes do Senhor (Sf 2,3) os portadores desta esperança. As mulheres santas como Sara, Rebeca, Raquel, Míriam, Débora, Ana, Judite e Ester conservaram viva a esperança da salvação de Israel. Maria é a imagem puríssima desta esperança (Lc 1,38).” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 64

Quando nos abrimos ao Espírito...

Quando nos abrimos ao Espírito...

Ah, a vida! A beleza da vida está em suas surpresas, nas repentinas decisões a serem tomadas, e na Sabedoria que nunca nos desampara.

A Sabedoria Divina vem quase imperceptivelmente ao nosso encontro, mesmo que não a supliquemos pela exiguidade do tempo para escuta, reflexão, elaboração de proposta... Ela vem como resposta da alma, do coração...
Quem não viveu semelhante experiência?

Um dia, uma proposição... Se de Deus foi inspiração,
confesso que não sei, verdadeiramente não sei;
Sei apenas que foi acolhida plenamente,
E, a Deus, elevo meu agradecimento alegremente.

Se a Deus agradeço, logo é d’Ele a inspiração!
Vejo na paradoxalidade da minha ignorância,
De Deus a presença e indispensável assistência
Que para o bem da Igreja, concede luz e ciência.

Abrir-se ao Espírito, em Sua atenta escuta,
Nos faz, com Ele, mais profundamente sintonizados
E com indiscutível certeza, mais que fortalecidos,
Em todo momento, amados e assistidos!

Quando nos abrimos ao Espírito,
Delícias infinitas, d’Ele, acolhemos,
E com muito maior acerto, insisto,
As surpresas da vida saborearemos! 

Tu és uma Carta Viva de Cristo

Tu és uma Carta Viva de Cristo

“... escrita não com tinta,
mas com o Espírito de Deus vivo, não em
tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, nos corações”

Hoje os pássaros cantavam mais forte ao amanhecer,
Parecia algo especial querendo me dizer.

Despertando lentamente para um novo dia,
Repassei os compromissos na agenda da mente.
E um dos pássaros cantou mais tarde nos ouvidos:
“Há alguém especial em tua vida fazendo aniversário.”

E para este, e quantos fizerem aniversário, minha mensagem
Inspirada nas Palavras do Apóstolo das Nações: Paulo.

“Começaremos de novo a nos recomendar? Ou será que, como alguns, precisamos de cartas de recomendação para vós ou da vossa parte? Nossa carta sois vós, carta escrita em vossos corações, reconhecida e lida por todos os homens.

Evidentemente, sois uma Carta de Cristo, entregue ao nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, nos corações” (2Cor 3,1-3).

Sim, és uma Carta de Cristo,
Escrita não com uma tinta delével pelo tempo e fatos;

E aquilo que se escreve com Amor se eterniza,
Porque Eterno é o Amor de Deus.

Peço a Deus que continues sendo esta Carta de Cristo
Em minha vida e de tantos quantos fazes parte.

Desejo-te todo bem, graça e luz divinas,
Para que em teu coração sintas o SHALOM divino.

Que Deus te conceda mais um, dois, três... anos,
E que cada dia seja de memorável e deleitável história,

Porque não escreves, com parcimônia e covardia,
Cada linha da Carta Divina que tu és, assim creio.

Tens a Tinta do Espírito, porque sois de Deus;
Tens em ti a imagem d’Ele que te criou por Amor.

Vive a vocação para qual Deus te predestinou;
Sê santo e irrepreensível sob o olhar do Amor de Deus (Ef 1,4).

Parabéns, aniversariante! Parabéns Carta Viva de Cristo!
Que esta Carta continue comunicando a Boa-Nova do Verbo.

Alegria, força, saúde, coragem, amor  e luz.
Copiosas Bênçãos,
Abraço e SHALOM!

“O que está acontecendo contigo?”

“O que está acontecendo contigo?”

“Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a Oração, as súplicas e a ação de graças"
(Fl 4, 6)

“O que está acontecendo contigo?”
Alguém, com lágrimas vertentes, poderá me responder:
“Já não tenho mais o emprego ;
Somarei a tantos milhões que amargam sua falta;
Terei que reinventar um novo modo de sobreviver,
Sem na fé vacilar, jamais na esperança esmorecer”.

“O que está acontecendo contigo?”
Outro, neste momento, poderá me responder:
“Vi alguém partir para ficar para sempre, com a inevitabilidade da morte.
Está difícil recomeçar meu caminho, mas sei que é preciso.
Ainda que a ausência e a saudade me consumam vorazmente,
Crer na Ressurreição até que um dia nos encontremos novamente”.

“O que está acontecendo contigo?”
Alguém talvez nem forças terá para responder, mas dirá:
“Roubaram meus sonhos, pisotearam minhas utopias,
Escureceram meu horizonte do inédito que buscava,
Dizendo que não passavam de ilusórias fantasias.
Mas preciso revigorar minhas forças, a força da profecia”.

“O que está acontecendo contigo?”
Apontando para o chão em que pisamos responde:
“Veja o chão que pisamos; o céu que nos cobre.
Estenda teu olhar para o planeta Terra, nossa casa comum.
Estou em silêncio, ouvindo do Planeta seus gemidos e clamores.
O que fazer para recriar e cuidar melhor de nossa casa comum?”

“O que está acontecendo contigo?”
Também preciso dar minha resposta com sinceridade:
“Refletindo sobre a vida, nossa humana condição,
E o que fazer para elevar e qualificar a condição humana.
Que pães e peixes tenho para oferecer?
Que posso fazer para um novo amanhecer?”

“O que está acontecendo contigo?”
Dê ao Senhor neste momento a tua resposta:
Dê tuas respostas: se bem,  diga a Ele com sinceridade
E com toda simplicidade: estou bem, em paz, porque contigo.
Do contrário, abra teu coração e, antes mesmo de falares,
Ele bem saberá, e com certeza uma Boa-Nova te dirá”.

Em poucas palavras...

                                                            

Amores inseparáveis 

“Se alguém disser: Eu amo a Deus", mas odiar a seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama a seu irmão ao qual vê, como pode amar a Deus, que não vê? “ (1 Jo 4, 20)...

...O citado versículo joanino deve, antes, ser interpretado no sentido de que o amor ao próximo é uma estrada para encontrar também a Deus, e que o fechar os olhos diante do próximo torna cegos também diante de Deus" .(1)


(1) Papa Bento XVI - Encíclica “Deus caritas est” n.16


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