Deus nos consola em nossas aflições
“–1 Inclinai, ó Senhor, Vosso
ouvido,
escutai, pois sou pobre e infeliz!
=2 Protegei-me, que sou Vosso amigo,
e salvai Vosso servo, meu Deus,
que espera e confia em Vós!
–3 Piedade de mim, ó Senhor,
porque clamo por Vós todo o dia!
–4 Animai e alegrai Vosso servo,
pois a Vós eu elevo a minh'alma.
–5 Ó Senhor, Vós sois bom e clemente,
sois perdão para quem Vos invoca.
–6 Escutai, ó Senhor, minha prece,
o lamento da minha oração!
–7 No meu dia de angústia eu Vos chamo,
porque sei que me haveis de escutar.
–8 Não existe entre os deuses nenhum
que convosco se possa igualar;
– não existe outra obra no mundo
comparável às Vossas, Senhor!
–9 As nações que criastes virão
adorar e louvar Vosso nome.
–10 Sois tão grande e fazeis maravilhas:
Vós somente sois Deus e Senhor!
–11 Ensinai-me os Vossos caminhos,
e na Vossa verdade andarei;
– meu coração orientai para Vós:
que respeite, Senhor, Vosso nome!
–12 Dou-Vos graças com toda a minh'alma,
sem cessar louvarei Vosso nome!
–13 Vosso amor para mim foi imenso:
retirai-me do abismo da morte!
=14 Contra mim se levantam soberbos,
e malvados me querem matar;
não Vos levam em conta, Senhor!
–15 Vós, porém, sois clemente e fiel,
sois amor, paciência e perdão.
=16 Tende pena e olhai para mim!
Confirmai com vigor Vosso servo,
de Vossa serva o filho salvai.
–17 Concedei-me um sinal que me prove
a verdade do Vosso amor.
– O inimigo humilhado verá
que me destes ajuda e consolo.”
O Salmo
85(86) é a oração do pobre nas dificuldades:
“No meio
das angústias, o salmista pede a proteção divina e louva a Deus, o único que
faz maravilhas (v.10). Confiante na misericórdia divina, enfrenta o perigo e
pede a graça de viver uma vida digna.” (1)
Este é o
convite que o Apóstolo nos faz em sua Carta aos Coríntios:
“Bendito
seja o Deus, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação. Ele nos consola
em toda a nossa tribulação, para que possamos consolar os que se acham em
alguma tribulação, por meio da consolação com a qual nós mesmos somos consolados
por Deus.” (2 Cor 1,4.5)
Peregrinando
na esperança, como filhos e filhas, experimentamos a bondade do Pai que tanto
nos ama e, também, devemos ser bondosos com os irmãos e irmãs, com quem
angústias e esperanças, alegrias e tristezas compartilhamos.
Sejamos livres
para amar e servir, de tal modo que se a dor vier, perderá sua força obsessiva
e opressora, porque experimentamos e confiamos na misericórdia, bondade e
consolação divinas, e o nosso sofrimento é embebido de amor e serenidade, e não
desistimos do bom combate da fé. Amém.
(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – p. 800
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