“Igreja missionária, testemunha de misericórdia”
Celebrando o Mês Missionário, voltemos à mensagem do Papa Francisco para Dia Mundial das Missões (2016), com o tema: “Igreja missionária, testemunha de misericórdia”.
Ao longo da Mensagem, o Papa retoma alguns parágrafos da Bula “Misericordiae Vultus”, para que continuemos aprofundando o Jubileu Extraordinário da Misericórdia.
Convida-nos a olhar a missão “ad gentes” como uma grande, imensa obra de misericórdia quer espiritual quer material, e para tanto precisamos “sair”, como discípulos missionários, colocando em comum talentos, criatividade, sabedoria e experiência para levar a mensagem da ternura e compaixão de Deus à família humana inteira.
A missão é a concretização do mandato do Evangelho – «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28, 19-20). Esta nunca se dá por terminada, pois a Igreja vive em estado permanente de missão, e somos impelidos a ser presença nos mais diversos cenários, com seus inúmeros desafios, numa renovada “saída” missionária: “...sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (Exortação Apostólica Evangelii gaudium n. 20).
É missão da Igreja anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho, a todos e em todos os cantos da terra, pois esta gera íntima alegria no coração do Pai, sempre que encontra cada criatura humana, de modo especial os descartados, os oprimidos, pois Deus comove-se e estremece de compaixão (cf. Os 11, 8), e é misericordioso para com todos, Sua ternura estende-se sobre todas as criaturas (cf. Sl 144, 8-9).
Citando o Papa São João Paulo II, exorta-nos a viver a misericórdia, que encontra a sua manifestação mais alta e perfeita no Verbo encarnado, porque Jesus Cristo, com Sua Palavra e Vida, revela o rosto do Pai, rico em misericórdia.
Para tanto o discípulo missionário tem que aceitar e seguir Jesus por meio do Evangelho e dos Sacramentos, com a ação do Espírito Santo, para que seja misericordioso como o Pai celestial, aprendendo a amar como Ele nos ama e fazendo da própria vida um dom gratuito, um sinal da Sua bondade.
Ressalta o protagonismo feminino ao lado da presença masculina, no mundo missionário, no anúncio do Evangelho e no serviço sociocaritativo. Ser discípulo missionário é ser um vinhateiro misericordioso do Evangelho (cf. Lc 13, 7-9; Jo 15, 1), com paciência, dedicação e esforço, levar a Palavra de Deus aos lugares mais desafiadores, pois cada povo e cultura têm direito de receber a mensagem de salvação, que é dom de Deus para todos, sobretudo se considerarmos as injustiças, guerras, crises humanitárias que aguardam por uma solução, acentua o Papa.
Para que tenhamos uma “Igreja missionária, testemunha de misericórdia”, nossa Diocese (paróquias, comunidades religiosas, associações e movimentos) precisa estar devidamente motivada e conscientizada da Coleta Missionária, a ser realizada no penúltimo domingo do mês de outubro.
Este gesto expressa a comunhão eclesial missionária, uma Igreja que não se fecha em suas preocupações particulares, mas tem horizontes alargados.
Este gesto expressa a comunhão eclesial missionária, uma Igreja que não se fecha em suas preocupações particulares, mas tem horizontes alargados.
Finaliza a mensagem fazendo-nos voltar para Santa Maria, ícone sublime da humanidade redimida, modelo missionário para a Igreja, pedindo a ela que nos ensine a gerar e guardar a presença viva e misteriosa do Senhor Ressuscitado, que renova e enche de jubilosa misericórdia as relações entre as pessoas, as culturas e os povos.
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