A autenticidade da oração
“Ouvi a tua oração, vi as tuas lágrimas” (Is 38,5)
Na sexta-feira da 15ª Semana do Tempo Comum (ano par), ouvimos a passagem do Livro do Profeta Isaías (Is 38,1-6.21-22.7-8), que nos apresenta a súplica de Ezequias e a cura alcançada.
Vemos que a oração jamais consistirá em impor a Deus nossa vontade, ao contrário, é colocarmo-nos totalmente nas mãos do Senhor, com nossas fraquezas, dúvidas, medos, cansaços, contrariedades, adversidades e quanto mais possa ser mencionado, bem como, toda confiança, humildade, simplicidade de coração.
Mas é fundamental que a oração seja a expressão de uma relação íntima e profunda de amor com Deus, pois se não aprendemos a Deus amar, jamais saberemos orar.
Aprendamos, a cada dia, contemplar e sentir a presença do amor misericordioso de Deus e, assim, a oração será nosso contínuo diálogo com Ele, sem jamais sair de Sua presença, contando com sua graça, luz e paz:
“Mas só ’boa’ a oração que não pretende ligar Deus aos nossos caprichos ou interesses. Devemos crer em Seu amor, saber entrar confiantemente em Seu plano, que é sempre um plano de salvação, embora diferente do nosso. Porque ainda não aprenderam a amar, muitos cristãos nunca aprenderam a orar” (1)
A oração como fruto do amor a Deus, é certeza de que jamais nos sentiremos desamparados em nossa fraqueza, miséria, e condição de criaturas e pecadores, mas sentiremos a força, onipotência e a infinita misericórdia divina que vem em nosso socorro.
(1) Missal Cotidiano – Editora Paulus – 1998 – p. 1039
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