terça-feira, 9 de janeiro de 2024

“Emoção, proximidade e coerência” no Ministério Presbiteral (14/01)

                                             

        
“Emoção, proximidade e coerência” no Ministério Presbiteral

A passagem do Evangelho de Marcos (Mc 1,21b-28), nos apresenta a ação de Jesus na sinagoga, ensinando em dia de sábado com notável autoridade, e Sua fama se espalhava por toda a região da Galileia.

Em uma de suas homilias, na Casa Santa Marta (Vaticano), o Papa Francisco falou sobre as três características que se sustentam a autoridade do sacerdote: emoção, proximidade e coerência.

Jesus estabeleceu esta autoridade pastoral, com sua Palavra e ação, pois diferente dos ensinamentos dos escribas e doutores da lei de Israel, que ensinavam de suas cátedras, afastados das pessoas, o ensinamento de Jesus “provoca o estupor, movimento no coração”, afirmou o Papa, e ainda mais, “Jesus tinha autoridade porque se aproximava das pessoas”.

Dada Sua proximidade com o povo, entendia, acolhia, curava e ensinava com proximidade“Porque estava próximo, entendia; mas acolhia, curava e ensinava com proximidade. Aquilo que dá autoridade a um pastor ou desperta a autoridade que é dada pelo Pai é a proximidade: proximidade a Deus na oração – um pastor que não reza, um pastor que não busca Deus perdeu a proximidade das pessoas”, afirmou o Papa.

Também lembrou que “o pastor separado das pessoas não chega a elas com a mensagem. Proximidade, esta dupla proximidade. Esta é a unção do pastor que se comove diante do dom de Deus na oração, e se pode comover diante dos pecados, do problema, das doenças das pessoas: deixa comover o pastor”.

Jesus, diferentemente dos escribas e doutores da lei, tinha a capacidade de se comover, porque estava próximo das pessoas e revelava a própria presença de Deus. Em relação a estes pode dizer: “Façam aquilo que dizem, mas não aquilo que fazem”.

O Papa fez uma advertência contra a vida dupla: “É duro ver pastores com vida dupla: é uma ferida na Igreja. Os pastores doentes, que perderam a autoridade e seguem em frente com esta vida dupla... E Jesus é muito forte com eles. Não somente diz às pessoas para ouvi-los, mas para não fazer aquilo que fazem, mas o que diz a eles? ‘Mas vocês são sepulcros caiados’: belíssimos na doutrina, por fora. Mas por dentro, podridão. Este é o fim do pastor que não tem proximidade com Deus na oração e com as pessoas na compaixão”.

Mas também comunicou uma mensagem de esperança aos sacerdotes e pastores do rebanho: “Eu diria aos pastores que viveram a vida separados de Deus e do povo, das pessoas: ‘Mas, não percam a esperança. Sempre existe a possibilidade’”.

Conclui com estas oportunas palavras: “A autoridade: a autoridade, dom de Deus. Somente vem d’Ele. E Jesus a dá aos seus. Autoridade no falar, que vem da proximidade com Deus e com as pessoas, as duas coisas sempre juntas. Autoridade que é coerência, não dupla vida. É autoridade, e se um pastor a perde, que ao menos não perca a esperança, como Eli: sempre há tempo para aproximar-se e despertar a autoridade e a profecia”.

Unamo-nos ao Papa Francisco, acompanhando, apoiando e rezando pelas vocações sacerdotais e religiosas, para que vivam, de fato, estas três características, que devem estar presentes em suas vidas e ministério:

“Emoção, proximidade e coerência”, em plena e incondicional fidelidade ao Senhor e os enviou, com a presença e ação do Espírito Santo, a serviço do Reino de Deus, como servidores da Igreja, zelosas sentinelas do rebanho.


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