terça-feira, 22 de outubro de 2024

A autêntica e fecunda solidariedade

                                                      

A autêntica e fecunda solidariedade

Ouvimos, na terça-feira da 29ª Semana do Tempo Comum (ano ímpar), a passagem da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm 5,12.15b.17-19.20b-21), que nos convida a refletir sobre a solidariedade.

Vejamos o que nos diz o Comentário do Missal Cotidiano:

“A solidariedade é um traço característico de nossa sociedade. Manifestos e discursos, sindicatos e sociedades de empresários, greves e coletas, modelos de desenvolvimento e dependência socioeconômicos, crise energética e equilíbrio importações/exportações... são apenas alguns dos inúmeros pontos fortes da rede de solidariedade que faz o nosso mundo uma ‘aldeia global’.

É sobre esse contínuo e concreto entrelaçamento do bem e do mal que a Bíblia hoje projeta a figura de Cristo. Requer-se esforço para vê-Lo na vida cotidiana.

A solidariedade em Cristo é inteiramente fundada na obediência de Jesus à vontade do Pai. Conhecemos muitas pseudocomunhões, que fecham um grupo contra outros. A solidariedade em Cristo é o movimento oposto: abre-nos constantemente à salvação de todos.” (1)

Em tempos difíceis que passamos, mais do que nunca, emerge a força da “solidariedade”, e esta somente será fecunda se tiver a marca da solidariedade vivida por Jesus, que Se fez solidário com os pobres, os pequeninos, os marginalizados e os pecadores que todos somos.

A solidariedade implica em abertura para a salvação de todas as pessoas e da pessoa toda, em sua dimensão humana, afetiva, intelectual, espiritual e corporal.

Talvez nunca se tenha falado tanto em “solidariedade”, o que é importante, mas não basta. A solidariedade autêntica vivida, não pode ser a perpetuação de uma sociedade que multiplique a pobreza e o sofrimento de milhões.

É preciso que a autêntica solidariedade esteja na pauta do dia, não apenas como debate, “slogan”, mas em ações concretas e efetivas, como a mais bela expressão do amor a Deus, que se realiza inseparavelmente no amor ao próximo: amor em dimensão vertical (Deus) e horizontal (próximo).


(1) Missal Cotidiano – Editora Paulus - p.1402

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