segunda-feira, 13 de maio de 2024

Com Maria, sejamos fieis discípulos missionários do Senhor

Com Maria, sejamos fiéis discípulos missionários do Senhor

Muitos são os desafios da ação evangelizadora em todo o tempo, e jamais podemos nos descuidar, para que, com amor zelo e alegria, firmemos nossos passos na fidelidade do anúncio e testemunho da Boa-Nova do Evangelho.

E para que tudo isto se concretize, voltemos nosso olhar para Maria, a Mãe de Jesus, a Estrela da Evangelização, iluminados pelo que dela nos falam os Evangelhos e a Tradição da Igreja, sobretudo na formulação e compreensão dos Dogmas Marianos.

Muitas lições temos a aprender com Maria, para que, de fato, sejamos discípulos missionários do Seu Filho, tendo d’Ele mesmos pensamentos e sentimentos, totalmente a Ele configurados e confiantes, assim como Ela nos disse no primeiro sinal das Bodas de Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser “ (Jo 2, 5).

A primeira lição é a abertura aos planos divinos, quando ela disse sim ao anjo Gabriel para ser a Mãe do Salvador. Também nós, quantas vezes inspirados em Maria, damos nosso sim para que a vontade de Deus prevaleça.

Com ela, aprendemos a prontidão e a disponibilidade para servir a quem precisa, como Ela o fez ao se dirigir apressadamente na região montanhosa, grávida, para servir sua prima Isabel, também grávida, em idade avançada. Sem desculpas e lentidão, o discípulo deve colocar-se sempre em atitude de amor, doação e serviço.

Nesta mesma visita, temos ainda outras lições: em tempos sombrios, em que a verdade duela com a mentira, o amor com o ódio, a vida com a morte, irradiarmos alegria e luz, como sinais e instrumentos da presença do Espírito Santo que nos assiste

E, com o Magnificat cantado por ela, aprendemos o canto da esperança dos pobres, que em Deus confiam e se comprometem com um mundo novo, marcado por novas relações políticas, econômicas, religiosas e sociais.

Com Maria, aprendemos a contemplar e a confiar na presença e ação misericordiosa de Deus, que não se distancia da história, mas nela Se encarna na Pessoa de Jesus, e nesta encarnação, nossa humanidade é resgatada, reconciliada, e voltamos à plena comunhão, que no Paraíso, por desobediência e desejo de onipotência, perdemos. O pecado, que entrara por um homem, por outro, Jesus, foi definitivamente destruído.

No Mistério da Paixão, também aprendemos com Maria, o amor incondicional ao Filho, de quem não se separou, permanecendo fiel, em dores, lágrimas vertidas e a alma em indescritível sofrimento. Ela permaneceu aos pés da cruz até o fim, e assim nos ensina também a mesma fidelidade viver: com renúncias necessárias quotidianamente, nossa cruz tomar, completando em nossa carne o que falta à Paixão de Cristo, por amor à Sua Igreja (Cl 1, 24).

No Mistério Pascal, Maria testemunha a fé no Cristo vivo, glorioso, Ressuscitado, quando se encontra com os discípulos para a Ceia (At 1,14); alimenta-se do Corpo e Sangue do Filho que fora gerado em seu ventre, agora dado em comida e bebida para os discípulos, Pão que alimenta, Bebida que inebria.

Na fidelidade ao Senhor, Maria sempre vivenciou o bom combate da fé, e hoje um dos sinais desta fidelidade se manifesta no fortalecimento de nossas Pastorais, sobretudo as pastorais Sociais.

Contemos com Maria, Mãe de Deus e nossa, que conosco caminha. Não tenhamos medo, como discípulos missionários, pois ela sempre está presente na vida e ação da Igreja, para que no empenho irrenunciável com o Reino de Deus pelo Seu Filho inaugurado, nos comprometamos para que todos tenhamos vida plena e feliz.

Sejamos assistidos pelo Espírito Santo, o verdadeiro protagonista da Ação Evangelizadora, e aprendizes das mais belas lições que Maria nos ensina.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG