Uma vida que não vai em direção da Cruz não é cristã. É preciso viver a “loucura da Cruz” – a loucura do Amor em fidelidade ao Amor Maior, Jesus.
domingo, 3 de agosto de 2025
“Loucura da Cruz” – Loucura do Amor (XVIIIDTCC)
Uma vida que não vai em direção da Cruz não é cristã. É preciso viver a “loucura da Cruz” – a loucura do Amor em fidelidade ao Amor Maior, Jesus.
A insensatez e a loucura (XVIIIDTCC)
Partilha e solidariedade (XVIIIDTCC)
“Usemos as coisas temporais, mas desejemos as eternas” (XVIIIDTCC)
“Usemos
as coisas temporais, mas desejemos as eternas”
“Se não
podeis deixar as coisas do mundo,
fazei uso
delas de tal modo que não vos prendam a ele...”
Sejamos enriquecidos por uma das homilias sobre os
Evangelhos, escrita pelo Papa São Gregório Magno (séc. V).
“Desejaria
exortar-vos a deixar tudo, mas não me atrevo. Se não podeis deixar as coisas do
mundo, fazei uso delas de tal modo que não vos prendam a ele, possuindo os bens
terrenos sem deixar que vos possuam.
Tudo o que possuís
esteja sob o domínio do vosso espírito, para que não fiqueis presos pelo amor
das coisas terenas, sendo por elas dominados.
Usemos as coisas
temporais, mas desejemos as eternas. As coisas temporais sejam simples ajuda
para a caminhada, mas as eternas, o termo do vosso peregrinar.
Tudo o que se passa
neste mundo seja considerado como acessório. Que o olhar do nosso espírito se
volte para frente, fixando-nos firmemente nos bens futuros que esperamos
alcançar.
Extirpemos
radicalmente os vícios, não só das nossas ações, mas também dos pensamentos.
Que o prazer da carne, o ardor da cobiça e o fogo da ambição não nos afastem da
Ceia do Senhor!
Até as coisas boas
que realizamos no mundo, não nos apeguemos a elas, de modo que as coisas
agradáveis sirvam ao nosso corpo sem prejudicar o nosso coração.
Por isso, irmãos,
não ousamos dizer-vos que deixeis tudo. Entretanto, se o quiserdes, mesmo
possuindo-as, deixareis todas as coisas se tiverdes o coração voltado para o
alto. Pois quem põe a serviço da vida todas as coisas necessárias, sem ser por
elas dominado, usa do mundo como se dele não usasse.
Tais coisas estão ao
seu serviço, mas sem perturbar o propósito de quem aspira às do alto. Os que
assim procedem têm à sua disposição tudo o que é terreno, não como objeto de
sua ambição, mas de sua utilidade. Por conseguinte, nada detenha o desejo do vosso
espírito, nenhuma afeição vos prenda a este mundo.
Se amarmos o que é
bom, deleite-se o nosso espírito com bens ainda melhores, isto é, os bens
celestes. Se tememos o mal, ponhamos diante dos olhos os males eternos. Desse
modo, contemplando na eternidade o que mais devemos amar e o que mais devemos
temer, não nos deixaremos prender ao que existe na terra.
Para assim
procedermos, contamos com o auxílio do Mediador entre Deus e os homens. Por
meio d’Ele logo obteremos tudo, se amarmos realmente Aquele que, sendo Deus,
vive e reina com o Pai e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém.”
Os cristãos estando no mundo não são do mundo e devem ter atitude diferente
frente aos bens, de modo especial nos exorta o Papa São Gregório Magno, com
sabedoria e sobriedade devem usar as coisas, e não por elas serem possuídos.
Quanto mais Eucarísticos e Pascais formos, maior será:
- A nossa liberdade e desprendimento diante de tudo e de
todos para maior fidelidade ao Senhor;
- A nossa disponibilidade para amá-Lo e servi-Lo na
pessoa do nosso próximo;
- O nosso contentamento com o que possuímos, afinal não
precisamos muito para sermos felizes, quando nosso coração encontrou no Senhor
o divino deleite e inebriamento;
- A nossa gratidão pelo que possuímos, sem cairmos
no consumismo que não dá o verdadeiro sentido e preenchimento da alma.
Concluindo, maior alegria sentiremos quando menos
trêfegos formos e soubermos trafegar entre as privações e provações da vida,
com toda confiança no Senhor, buscando as coisas do alto onde habita Deus, como
tão bem expressou o Apóstolo Paulo – “Se, portanto, ressuscitastes com
Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de
Deus.” (Cl 3,1).
Oremos:
“Ó Deus, sois o amparo dos que em Vós
esperam e, sem Vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de
amor para conosco, para que, conduzidos por Vós, usemos de tal modo os bens que
passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo,
Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém!” (1)
(1) Oração da Coleta do 17º Domingo do Tempo Comum – Missal Romano – antiga Edição.
Só Deus nos basta! (XVIIIDTCC)
- Em que empenhamos nossos esforços?
- O que nos preenche e nos dá alegria?
- Adoração ou deificação?
Deus não muda, a paciência tudo alcança; quem a Deus tem nada lhe falta: só Deus basta.”
O Presbítero e a vocação à perfeição (1)
Configurados com Cristo Sacerdote e chamados à perfeição, não obstante a condição da fraqueza humana:
São instrumentos vivos de Cristo, o Eterno Sacerdote, portanto devem atingir a perfeição querida por Jesus:
“Como, pois, cada Sacerdote, a seu modo, faz as vezes da própria Pessoa de Cristo, é também enriquecido por uma graça especial, para que, no serviço dos homens a ele confiados e de todo o povo de Deus, possa alcançar melhor a perfeição d’Aquele a quem representa, e para que veja a fraqueza do homem carnal curada pela santidade d’Aquele que por nós Se fez Pontífice santo, inocente, sem mancha, separado dos pecadores (Hb 7,26).”
O Presbítero, se dócil ao Espírito, firma-se na vida espiritual, em comunhão com o Bispo e a Família Presbiteral, orientando-se para a perfeição da vida:
Através dos Presbíteros, embora ministros indignos, se dóceis ao impulso e a direção do Espírito Santo, em íntima união com Cristo, numa crescente santidade de vida, Deus manifesta Suas maravilhas por meio deles:
Entre o transitório e o eterno (XVIIIDTCC)
Entre o transitório e o eterno
“Pois a figura deste mundo passa” (1 Cor 7,31)