sábado, 6 de dezembro de 2025
Advento: Conversão e renovação pelo Fogo do Espírito (IIDTAA)
Creio n’Aquele que veio, vem e virá: Jesus
Creio
n’Aquele que veio, vem e virá: Jesus
“Aguardamos
o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo.Ele
transformará o nosso corpo humilhado e
o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com
o poder que tem de sujeitar a Si todas as coisas.” ( Fl 3,20b-21)
Creio na Encarnação Do
Verbo, feito Carne, envolto em faixas e reclinado num presépio, e assim ao vir
pela primeira vez, revestido de nossa fragilidade, para realizar o plano eterno
do amor de Deus para nós, suportando a cruz, sem recusar a Sua ignomínia, abrindo-nos
o caminho da Salvação.
Creio que virá pela
segunda vez, revestido da glória de Sua majestade, num manto de luz, cercado de
uma multidão de anjos, para nos conceder em plenitude os bens prometidos que hoje,
vigilantes, esperamos.
Creio na
primeira vinda de Cristo que foi nossa redenção, e na Sua segunda vinda, quando
aparecerá como nossa vida.
Creio na
Sua presença contínua em espírito e poder, como numa senda, guiando-nos da primeira
para a segunda vinda gloriosa, que vigilantes esperamos. Amém.
Fontes: Prefácio
do Advento I; São Cirilo de Jerusalém – séc. IV; São Bernardo (séc. XII)
Tempo do Advento: Ele virá ao nosso encontro
Tempo
do Advento: Ele virá ao nosso encontro
“Irmãos,
ficai firmes até à vinda do Senhor. Vede
o agricultor: ele espera o precioso fruto da terra e fica firme até cair a
chuva do outono ou da primavera. Também
vós, ficai firmes e fortalecei vossos corações, porque
a vinda do Senhor está próxima. Eis que o juiz está às portas.” (Tg 5,7-8.9b)
No Tempo do Advento beleza, leveza e suavidade se encontram,Entrelaçam-se
de tal modo, que é impossível separá-las.
Mas
trazem implícita a necessária mudança e conversão:
“Preparai
os caminhos do Senhor” clama o Profeta.
Trazem,
sem ruídos indesejáveis a alegre notícia:
Em
breve, celebraremos o Mistério da Divina Encarnação.
Um
Deus se fará um frágil doce e terno Menino,
Fragilidade
na manjedoura será nossa divina luz.
Na
fome, a experimentar como toda criança,
Será
Pão da Vida para humanidade alimentar.
Seu
sangue, circulando em tão frágeis veias,
Será
o Sangue da Redenção na Divina Ceia.
Advento:
a esperança de que a escuridão do pecado
Cederá
lugar à luz, pelo Verbo entre nós encarnado.
Advento:
alegre anúncio de uma vinda iminente,
Sua
presença será, tão somente, pelos pobres testemunhada.
É
tempo de dobrarmos nossos joelhos por um tempo,
Mas,
renovados, continuar o longo caminho.
Advento:
contas do Rosário desfiadas,
Mistérios
contemplados, fé, esperança e caridade renovadas.
Preparar para celebrar a primeira vinda do
Senhor;
Aguardar
a segunda, viver com zelo a intermediária.
Advento:
Ele veio, Ele vem, Ele há de vir!
Natal:
a alegria e o amor em nosso coração a transbordar...
A COROA DO ADVENTO
A COROA DO ADVENTO
“Sugere-se
a coroa do advento, com o progressivo acender das suas quatro luzes, domingo
após domingo, até à solenidade do Natal, é memória das várias etapas da
história da salvação antes de Cristo e símbolo da luz profética que vai iluminando
a noite da expectativa, até o surgimento do Sol da Justiça (DPPL, n.98).
Pode-se
valorizar o uso das cores nas velas e, sendo assim, observe uma possível ordem
de acendimento (roxa, verde, rosa, branca).
Contudo,
pode-se optar por uma única cor e valorizar o acendimento da luz.
Deve-se
colocar as velas somente que serão acesas. Observe para que os ramos que
compõem a coroa disposta ao redor das velas, estejam sempre verdes e sejam
naturais.” (1)
(1) Guia Litúrgico-Pastoral – revisado e atualizado – 4ª Edição - 2025 - CNBB – p. 24
Uma voz clama no deserto (IIDTAA)
Uma
voz clama no deserto
O Comentário sobre o Profeta Isaías, escrito pelo bispo Eusébio de Cesareia, nos convida a refletir sobre a missão de João Batista, uma voz que clama no deserto, bem como a nossa missão como discípulos missionários do Senhor.
“Uma voz clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, aplainai a estrada de nosso Deus’ (Is 40,3). O profeta afirma claramente que não será em Jerusalém, mas no deserto que se realizará esta profecia, isto é, a manifestação da glória do Senhor e o anúncio da salvação de Deus para toda a humanidade.
Na verdade, tudo isto se realizou literalmente na história, quando João Batista anunciou no deserto do Jordão a vinda salvífica de Deus e ali se revelou a salvação de Deus. De fato, Cristo manifestou-Se a todos em Sua glória quando, depois de Seu batismo, os céus se abriram e o Espírito Santo, descendo em forma de pomba, pousou sobre Ele; e a voz do Pai se fez ouvir, dando testemunho do Filho: Este é o meu Filho amado, escutai-O (Mt 17,5).
Estas coisas foram ditas porque Deus deveria vir ao deserto, desde sempre fechado e inacessível. Com efeito, todas as nações pagãs estavam privadas do conhecimento de Deus, e os homens justos e os profetas de Deus nunca haviam penetrado neles.
Por este motivo, a voz ordena que se prepare um caminho para a Palavra de Deus e se aplainem os terrenos escarpados e ásperos, a fim de que o nosso Deus possa entrar quando vier. Preparai o caminho do Senhor (Mc 1,3): é esta a pregação evangélica que traz um novo consolo e deseja ardentemente que o anúncio da salvação de Deus chegue a todos os homens.
Sobe a um alto monte, tu, que trazes a boa-nova a Sião. Levanta com força a voz, tu, que trazes a boa-nova a Jerusalém (Is 40,9). Depois que se mencionou a voz que clama no deserto, convêm perfeitamente estas palavras, que se referem aos evangelistas e anunciam a vinda de Deus entre os homens. De fato, a alusão aos evangelistas devia logicamente seguir a profecia sobre João Batista.
Que Sião é esta, senão a que antes se chamava Jerusalém? Era realmente um monte, como declara esta palavra da Escritura: O monte Sião que escolhestes para morada (Sl 73,2). E o Apóstolo: Vós vos aproximastes do monte de Sião (Hb 12,22). Não será uma alusão ao grupo dos apóstolos, escolhido entre o antigo povo da circuncisão?
Tal
é, pois, Sião ou Jerusalém, que recebeu a Salvação de Deus, e que foi edificada
sobre o monte de Deus, isto é, sobre o Verbo, seu Filho único. A ela, que subiu
ao alto monte, é que Deus ordena anunciar a palavra da salvação. Mas quem
anuncia a boa-nova, senão o coro dos evangelistas? E o que significa anunciar a
boa-nova? É proclamar a todos os homens, e em primeiro lugar às cidades de
Judá, a vinda de Cristo à terra.”
Tempo
do Advento, tempo favorável de recolhimento e revisão de nossa fidelidade e
testemunho no seguimento do Senhor, como discípulos missionários Seus.
Tempo
de preparar o caminho do Senhor, de preparar nossos corações para bem
celebrarmos o Seu Nascimento, Mistério profundo e inesgotável de nossa fé.
Como
Igreja Sinodal que somos, tempo de proclamar a todas as pessoas que Ele veio,
vem e virá, gloriosamente, e por isto devemos permanecer vigilantes e orantes,
empenhados na prática da justiça, fortalecendo vínculos de comunhão e
fraternidade, fazendo progressos contínuos na prática da caridade.
Que
ao chegar a noite do Natal, nosso coração esteja devidamente preparado para
celebrar Sua chegada a cada instante em nossa vida, não mais na manjedoura de
Belém, como fato do passado, tão apenas recordado.
Como cristãos, não apenas comemoramos o Natal, nós celebramos, e
isto implica em sincero esforço de conversão, contando sempre com a
misericórdia e graça divinas e, tão somente assim, a luz de Deus iluminará a noite tão
esperada e todas as noites escuras de nossa vida.
João Batista: seu grito ressoa pelos séculos (IIDTAA)
Conversão: voltar-se à fonte da vida e do perdão, Jesus (IIDTAA)
Conversão: voltar-se à fonte da vida e do perdão, Jesus











