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quarta-feira, 26 de novembro de 2025
“Ai da alma em que não habita Cristo!”
Tempo de vigilância e perseverança na fé
– O tempo da vinda do Filho do Homem.
(3) – Missal Dominical - Editora Paulus - p. 1296.
(4) – Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - p. 809.
Rezando com os Salmos - Sl 101 (102)
O Senhor nos consola em todas as aflições
“–1
Súplicas de um aflito que, prostrado,
expõe seu
lamento diante do Senhor.
–2 Ouvi,
Senhor, e escutai minha oração,
e chegue até Vós o meu clamor!
–3 De mim não oculteis a Vossa face
no dia em que estou angustiado!
– Inclinai o Vosso ouvido para mim,
ao invocar-Vos atendei-me sem demora!
–4 Como fumaça se desfazem os meus dias,
estão queimando como brasas os meus ossos.
–5 Meu coração se tornou seco igual à erva,
até esqueço de tomar meu alimento.
–6 À força de gemer e lamentar,
tornei-me tão somente pele e osso.
–7 Eu pareço um pelicano no deserto,
sou igual a uma coruja entre ruínas.
–8 Perdi o sono e passo a noite a suspirar
como a ave solitária no telhado.
–9 Meus inimigos me insultam todo o dia,
enfurecidos lançam pragas contra mim.
–10 É cinza em vez de pão minha comida,
minha bebida eu misturo com as lágrimas.
–11 Em Vossa indignação, em Vossa ira
me exaltastes, mas depois me rejeitastes;
–12 os meus dias como sombras vão passando,
e aos poucos vou murchando como a erva.
–13 Mas Vós, Senhor, permaneceis eternamente,
de geração em geração sereis lembrado!
–14 Levantai-Vos, tende pena de Sião,
já é tempo de mostrar misericórdia!
–15 Pois Vossos servos têm amor aos seus escombros
e sentem compaixão de sua ruína.
–16 As nações respeitarão o Vosso nome,
e os reis de toda a terra, a Vossa glória;
–17 quando o Senhor reconstruir Jerusalém
e aparecer com gloriosa majestade,
–18 ele ouvirá a oração dos oprimidos
e não desprezará a sua prece.
–19 Para as futuras gerações se escreva isto,
e um povo novo a ser criado louve a Deus.
–20 Ele inclinou-Se de seu templo nas alturas,
e o Senhor olhou a terra do alto céu,
–21 para os gemidos dos cativos escutar
e da morte libertar os condenados.
–22 Para que cantem o seu nome em Sião
e louve ao Senhor Jerusalém,
–23 quando os povos e as nações se reunirem
e todos os impérios o servirem.
–24 Ele abateu as minhas forças no caminho
e encurtou a duração da minha vida.
= Agora eu Vos suplico, ó meu Deus;
25 não me leveis já na metade dos meus dias,
Vós, cujos anos são eternos, ó Senhor!
–26 A terra no princípio Vós criastes,
por Vossas mãos também os céus foram criados;
–27 eles perecem, Vós porém permaneceis;
como veste os mudais e todos passam;
– ficam velhos todos eles como roupa,
28 mas Vossos anos não têm fim, sois sempre o mesmo!
=29 Assim também a geração dos Vossos servos
terá casa e viverá em segurança,
e ante Vós se firmará sua descendência.”
O Salmo
101(102) é uma súplica de um aflito que confia na força e bondade divinas, e a
Deus revela seus anseios – “Bendito seja Deus que nos consola em todas as
nossas aflições!” (2Cor 1,4):
“O
salmista implora o socorro divino, descrevendo com imagens pungentes a sua
infelicidade. Pede também com firme confiança a reconstrução de Jerusalém
destruída.” (1)
Também
podemos passar por momentos de aflição e façamos deste Salmo nossa súplica com
toda a confiança na onipotência e bondade divina que vem em socorro de nossas
fraquezas, como expressou o Apóstolo Paulo:
“Da mesma
forma, o Espírito vem em socorro de nossa fraqueza, pois não sabemos o que
pedir. É o próprio Espírito que intercede em nosso favor, com gemidos
inexprimíveis.” (Rm 8,26). Amém.
(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – p. 811
Rezando com os Salmos - 100 (101)
Trilhemos o caminho do bem
e da justiça
“–1
Eu quero cantar o amor e a justiça,
cantar os meus hinos a Vós, ó Senhor!
–2 Desejo trilhar o caminho do bem,
mas quando vireis até mim, ó Senhor?
– Viverei na pureza do meu coração,
no meio de toda a minha família.
–3 Diante dos olhos eu nunca terei
qualquer coisa má, injustiça ou pecado.
– Detesto o crime de quem vos renega;
que não me atraia de modo nenhum!
–4 Bem longe de mim, corações depravados,
nem nome eu conheço de quem é malvado.
–5 Farei que se cale diante de mim
quem é falso e às ocultas difama seu próximo;
– o coração orgulhoso, o olhar arrogante
não vou suportar e não quero nem ver.
–6 Aos fiéis desta terra eu volto meus olhos;
que eles estejam bem perto de mim!
– Aquele que vive fazendo o bem
será meu ministro, será meu amigo.
–7 Na minha morada não pode habitar
o homem perverso e aquele que engana;
– aquele que mente e que faz injustiça
perante meus olhos não pode ficar.
–8 Em cada manhã haverei de acabar
com todos os ímpios que vivem na terra;
– farei suprimir da cidade de Deus
a todos aqueles que fazem o mal.”
O Salmo
100(101) nos apresenta os propósitos de um rei justo:
Programa
de um rei fiel a Deus, inspirado na meditação da Lei e na sabedoria de Israel:
amar ao bem, fugir da iniquidade, rodear-se de gente reta e sincera, proteger
os justos e exterminar os malfeitores.” (1)
Como
discípulos missionários do Senhor tenhamos estes santos propósitos impelidos
pelo Mandamento que o Senhor nos deu, atentos às Suas Palavras – “Se me
amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15).
(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – p. 811
Em poucas palavras...
Vigilância necessária em relação aos meios de comunicação social
“Os meios de comunicação social (em particular os mass-média) podem gerar uma certa passividade nos utentes, fazendo deles consumidores pouco cautelosos de mensagens e espetáculos.
Os utentes devem impor a si próprios moderação e disciplina em relação aos mass-média.
Hão de formar-se uma consciência esclarecida e reta, para resistir mais facilmente às influências menos honestas.” (1)
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n.2496
A beleza do Tempo do Advento (Ano A) (IDTAA)
Vigilância na espera do Senhor que vem (IDTAA)
Tempo do Advento: tempo de gestar o novo! (IDTAA)
Tempo do Advento: tempo de gestar o novo!
Tempo do Advento, um tempo intenso de oração, novenas, celebrações penitenciais, gestos de reconciliação, multiplicação de sinais de partilha e solidariedade...
Advento, tempo litúrgico com beleza própria, em que celebramos a vinda de Jesus Cristo, no tempo e na história da humanidade, trazendo-nos a preciosa graça da salvação.
A cor roxa, predominante na liturgia, não é sinal de tristeza, como em tempos fúnebres, mas um singelo convite à reflexão, meditação e oração. Acentua-se em nosso coração a alegre expectativa, ativa e contagiante, para recebermos dignamente o Senhor quando Ele vier.
Num Sermão memorável, São Bernardo (abade do século XII) afirma a tríplice vinda do Senhor, acenando para uma vinda intermediária entre a primeira e a última:
“... Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens... Na última, todo homem verá a salvação de Deus e olharão para Aquele que transpassaram.
A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o veem em si mesmos e recebem a salvação.
Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de Sua graça; na última, virá com todo o esplendor de Sua glória.
Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação”.
Nesta vinda intermediária do Senhor, algumas atitudes são esperadas de todos os presbíteros e comunidades.
A primeira, e sempre necessária, é a vigilância na fé, acolhendo os sinais de Sua presença em nosso meio.
Ao lado desta vigilância, o imperativo da conversão, preparação dos caminhos do Senhor, numa incansável busca de acertar nossos projetos com o Projeto do Criador.
Pode-se assim acolher e testemunhar a alegria que procede do Verbo, que Se encarna e Se faz um de nós, assumindo nossa condição humana, exatamente igual a nós, exceto no pecado.
As celebrações eucarísticas, com a riqueza litúrgica de cada domingo, nos convidam ao mergulho no mistério desta Encarnação, fazendo de nossa existência lugar privilegiado de Sua morada, para que na total fidelidade a Ele, asseguremos morada na eternidade.
Urge adentrar neste caminho celebrativo e inovador de alegrias e esperanças, rompendo todas as amarras de angústias e tristezas.
Mais uma vez, o Criador aposta em nós e em nossa capacidade de iluminar a história, a vida de milhões de pessoas que vivem nas trevas do ódio, da mentira, da opressão.
Que o Mistério d’Aquele que veio, vem e virá traga para todos nós, presbíteros e comunidades, mais ardor e empenho em nossa missão, para que o próximo Natal seja uma festa repleta de amor e luz!









