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quarta-feira, 31 de dezembro de 2025
A Solenidade de Maria, Mãe de Deus
Em poucas palavras... (Mãe de Deus)
“Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus”
“Chamada nos Evangelhos «a Mãe de Jesus» (Jo 2, 1; 19, 25; Mt 13,55), Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e desde antes do nascimento do seu Filho, como «a Mãe do meu Senhor» (Lc 1, 43).
Com efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade.
A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus («Theotokos») (Concílio de Éfeso – 431 d.C).” (1)
(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n.495
Com Maria, coração aberto à graça divina
Um Ano que termina, outro que inicia...
Gratidão e súplica
Gratidão e súplica
“O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a Sua face, e Se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o Seu rosto e te dê a paz!” (Nm 6,24-26).
Fim de mais um ano, momento de fazer planos para o próximo.
Revisar e repassar o calendário e a agenda...
Quantos acontecimentos para relembrar e, também, celebrar.
Grafei com a cor dourada os dias com acontecimentos memoráveis.
Não foram dezenas, mas ainda que um apenas, impulso para os demais.
Precisamos destes como um oásis, em travessia de árido deserto, que por vezes enfrentamos.
Com a cor prateada, os dias também expressivos,
Com acontecimentos e a beleza e densidade próprias,
Que refazem nossas forças para passos firmados pelos sonhos.
Com cinza escuro de uma nuvem pronta para desaguar,
Os dias marcados por preocupações, na espera de que passem,
Como uma tempestade, que depois deixa sua leveza e pureza no ar.
Com o verde, aqueles que ficaram marcados por pequenos gestos,
Como sementes lançadas e a serem cultivadas,
Para flores e frutos saborosos serem colhidos, ainda que não os veja.
Com o azul da rosa exótica de um jardim cultivado,
Os dias com acontecimentos que me fizeram sentir
Que o céu é possível, se buscarmos as coisas do alto.
Com o amarelo, os dias que clamaram por vigilância e cuidado, para que a vida e a nossa casa comum
não fossem vilipendiadas, destruídas, dor e sofrimento dos empobrecidos amenizados.
Embora as cores múltiplas tão diferenciadas,
Em todo o tempo e circunstâncias
A Deus gratidão pelo ano que finda,
Acompanhada de súplicas ao que se inicia.
Em poucas palavras...
Deus quer que sejamos santos...
Deus Pai de Amor deseja que, através da ação do Espírito Santo em nós, nos pareçamos cada vez mais com o Seu Filho Jesus Cristo.
Deste modo, seremos testemunhas de santidade, e esta é possível a todos os membros da Igreja, como ela nos ensina, pois Deus quer que todos sejamos Santos, participantes de Sua Vida e Amor.
Feliz Ano Novo!
Em poucas palavras...
Maria, modelo de vida cristã
“Maria não é a meta da existência cristã, mas seu modelo e, neste sentido é insubstituível.” (1)
(1) Comentário Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 1767
Abençoados por Deus e protegidos por Maria
Sua amável presença é sentida como o exalar de um suave perfume
Maria, Mãe de Deus
“Hino à Mãe de Deus”
Com Maria, contemplemos e adoremos a Divina Criança
Com Maria, contemplemos e adoremos a Divina Criança
Ao celebrar a Solenidade da Mãe de Deus, Maria, sejamos enriquecidos pelo Sermão de São Basílio de Selêucia (séc. V).
“O Criador do Universo, o todo-poderoso, nascido da Virgem Mãe de Deus, uniu-se à natureza humana; Ele assumiu uma carne verdadeiramente dotada de uma alma, e não experimentou culpa alguma: ‘Ele não cometeu pecado, nem se achou falsidade em sua boca’.
Corpo sagrado que abrigava o Senhor! Em Maria foi anulada a constatação de nosso pecado, pois foi nela que Deus Se fez homem, permanecendo Deus.
Ele quis submeter-se a esta gravidez, e Se humilhou ao nascer como nós, sem abandonar o seio do Pai, satisfez-Se com os afagos de sua Mãe. Porque Deus não fica dividido quando cumpre sua vontade; isto é, mesmo permanecendo para todos indivisível, Ele dá a Salvação ao mundo.
Gabriel veio à Virgem Maria sem deixar o céu, e o Verbo de Deus que abraça toda a criação, enquanto nela esteve encarnado, não cessou de ser adorado no céu.
Será necessário intervir com tudo o que os profetas disseram anunciando o advento de Cristo que nasceria da mãe de Deus? Que voz seria assaz sublime para entoar hinos que convenham a sua dignidade? De que flores nós lhe trançaríamos a coroa que a ela é devida? Porque é dela que ‘germinará a flor de Jessé’, e que tem coroado nossa raça de glória e de honra.
Que presentes dignos dela lhe ofereceremos, quando tudo o que há no mundo é indigno dela? Porque, se São Paulo disse dos demais santos: que o mundo não era digno’ deles, o que diremos da Mãe de Deus que resplandeceu acima de todos os mártires tanto quanto o sol brilha mais do que as estrelas?
Ó Virgindade pela qual os anjos, inicialmente distanciados do gênero humano, se alegram com razão por serem colocados a serviço dos homens! E Gabriel exulta por ser incumbido de anunciar a concepção divina, porque ele percorre sua mensagem de Salvação que invoca a alegria e a graça.
‘Alegra-te, cheia de graça’, assume um rosto jovial, pois é de ti que vai nascer a alegria de todos, com Este que, depois de ter destruído a potência da morte, e ter dado a todos a esperança de ressuscitar, nos libertará da antiga maldição.
O Emanuel foi rebento deste mundo que outrora havia criado, aparecendo como um recém-nascido, Ele que era Deus antes da eternidade; recostado em uma manjedoura, excluído do habitat comum. Então veio para preparar as moradas eternas.
Confinado a uma gruta e apontado por uma estrela, cumulado de presentes pelos magos e pagando o resgate do pecado, carregado nos braços de Simeão e abraçando o Universo pela extensão de sua potência divina, visto como um infante pelos pastores e reconhecido como Deus pelo exército dos anjos que cantavam ‘sua glória no céu, a paz sobre a terra, a benevolência de Deus para os homens’.
Tudo isso, a Santa Mãe do Senhor do Universo ‘meditava em seu coração’, diz o Evangelho. Ela se alegrava interiormente pela reunião destas maravilhas, ao mesmo tempo em que é transtornada pela grandeza de Seu Filho que é Deus, grandeza que ela percebe pelos olhos da alma.
Como ela (Maria) ficava a contemplar o Divino Infante, como eu o creio, por impulsos cheios de respeito, ela estava sozinha a conversar com o Único.” (1)
Iniciamos mais um ano com a certeza de que a graça e o amor de Deus serão abundantemente derramados em nossos corações por meio do Espírito Santo; e também, que Ele, feito infante, frágil e com sua Vida, Paixão, Morte e Ressurreição, trouxe-nos vida plena e feliz, abrindo-nos as portas da eternidade.
Convictos também de que não nos faltará o olhar, o afago de Sua Amantíssima Mãe, Mãe de Deus e nossa Mãe em todos os momentos, assim como Jesus sempre o teve: na Encarnação, na vida, na Paixão e Morte, ao pé da Cruz, Mistério de amor e dor, e na alegria da gloriosa Ressurreição, ao lado dos apóstolos.
Iniciando um ano novo, sejamos abençoados por Deus e contemos com o olhar e ternura de Maria, que jamais se desviou e se afastou de Seu Filho, agora e na hora de nossa morte. Amém.
(1) Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 – pp. 297-298
Em poucas palavras... (Mãe de Deus)
Maria, a Estrela do Mar
“A piedade dos primeiros cristãos dá ao nome de Maria diversos significados: Muito amada, Estrela do Mar, Senhora, Princesa, Luz, Formosa...
É São Jerônimo quem a chama Stella Maris, Estrela do Mar; Ela nos guia para o porto seguro no meio de todas as tempestades da vida.” (1)
(1) hablarcomdios.org - Francisco Fernandez-Carvajal.
A Luz Divina iluminará nossos passos
“E o Verbo Se fez carne,
e habitou entre nós” (Jo 1,14)
Com o olhar voltado para o ano novo, a fim de que evitemos novos erros, multiplicar os acertos, em nossa árdua missão evangelizadora.
São oportunas, neste sentido, as palavras do Papa Francisco em sua Exortação Apostólica:
“Convido todo o cristão, em qualquer lugar e situação que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo menos a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de procurá-Lo dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convite não lhe diz respeito, já que ‘da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído’” (Evangelii Gaudium n.3).
Momento propício para este encontro e renovação, foi para nós, o Tempo do Advento, em que nos preparamos para a celebração do acontecimento que mudou o rumo da História da humanidade: a Encarnação do Verbo: “E o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14).
Além da espiritualidade própria da Liturgia do Advento, tivemos a graça das Novenas de Natal, acompanhada do indispensável e fecundo Sacramento da Penitência, para bem celebrar o nascimento do Senhor no mais profundo de nós, que veio uma vez mais ao nosso encontro, com o desejo de que O acolhêssemos.
Vivendo a alegria do Natal celebrado, urge multiplicar gestos de amor, partilha, reconciliação, fraternidade, solidariedade e paz, afastando-nos de todo o mal, procurando viver com equilíbrio, justiça e piedade, como nos falou a segunda Leitura da Missa da Noite de Natal (Tt 2,11-14).
Urge que nos empenhemos, para que a Noite de Natal jamais fique reduzida a ceias, amigos secretos e trocas de presentes, o que levaria ao esvaziamento do seu verdadeiro sentido, que é a celebração do Nascimento do Menino Jesus, Aquele que cresceu em tamanho, sabedoria e graça diante de Deus, e deu Sua vida por todos nós, para que fôssemos redimidos e salvos, mas que antes nos comunicou a Boa-Nova do Reino.
Celebramos o Natal com gosto de Páscoa, renovando os sagrados compromissos na espera de um novo céu e uma nova terra, alegres e solícitos, pois Jesus, é a própria Misericórdia Divina que se encarnou para conosco caminhar, de modo que, parafraseando o Evangelista afirmamos: “O Verbo Se fez Misericórdia e encarnou entre nós e nós vimos a Sua Glória” (cf. Jo 1,14).
Iniciamos mais um ano tendo feito este encontro e acolhida do Verbo, deixando-nos envolver pelo Seu amor e ternura, iluminados por Sua Luz, que nunca se apaga, e nos acompanha em todos os instantes.
Deste modo, conduzidos pelo Divino Espírito, sejamos misericordiosos como o Pai, firmando os nossos passos, para que tenhamos uma vida plena e feliz, empenhados na construção de um mundo justo e fraterno, como sinal do Reino de Deus por Jesus inaugurado.
Que a Luz Divina, que veio ao nosso encontro ilumine todos os dias do novo a ser iniciado.


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