segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Não estamos sozinhos na “escuridão da noite”

                                                       

Não estamos sozinhos na “escuridão da noite”

No dia 29 de dezembro, na Liturgia da Missa, ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 2,22-35), em que Maria e José  apresentam o Menino Jesus no templo, quarenta dias após o seu nascimento, dando pleno cumprimento da Lei de Moisés.

Sejamos enriquecidos pelo Sermão do Bispo São Sofrônio (séc VII) em alusão a este acontecimento:

“Todos nós que celebramos e veneramos com tanta piedade o Mistério do encontro do Senhor, corramos para Ele cheios de entusiasmo.

Ninguém deixe de participar deste encontro, ninguém recuse levar Sua luz.

Acrescentamos também algo ao brilho das velas, para significar o esplendor divino daquele que Se aproxima e ilumina todas as coisas; Ele dissipa as trevas do mal com a Sua luz eterna, e também manifesta o esplendor da alma, com o qual devemos correr ao encontro com Cristo.

Do mesmo modo que a Mãe de Deus Virgem imaculada trouxe nos braços a verdadeira luz e a comunicou aos que jaziam nas trevas, assim também nós: iluminados pelo Seu fulgor e trazendo na mão uma luz que brilha diante de todos, corramos prontamente ao encontro Daquele que é a verdadeira luz.

Realmente, a luz veio ao mundo (Jo 1,9) e dispersou as sombras que o cobriam; o Sol que nasce do alto nos visitou (Lc 1,78) e iluminou os que jaziam nas trevas.

É este o significado do Mistério que hoje celebramos. Por isso caminhamos com lâmpadas nas mãos, por isso acorremos trazendo as luzes, não apenas simbolizando que a luz já brilhou para nós, mas também para anunciar o esplendor maior que dela nos virá no futuro.

Por este motivo, vamos todos juntos, corramos ao encontro de Deus.

Chegou a verdadeira luz, que vindo ao mundo ilumina todo ser humano (Jo 1, 9).

Portanto, irmãos, deixemos que ela nos ilumine, que ela brilhe sobre todos nós. Que ninguém fique excluído deste esplendor, ninguém insista em continuar mergulhado na noite. Mas avancemos todos resplandecentes.

Iluminados, por este fulgor, vamos todos ao Seu encontro e com o velho Simeão recebamos a luz clara e eterna.

Associemo-nos a sua alegria e cantemos com ele um hino de ação de graças ao Criador e Pai da luz, que enviou a luz verdadeira e, afastando todas as trevas, nos fez participantes do Seu esplendor.

A Salvação de Deus, preparada diante de todos os povos, manifestou a glória que nos pertence, a nós que somos o novo Israel.

Também fez com que víssemos, graças a Ele, essa Salvação e fôssemos absolvidos da antiga e tenebrosa culpa.

Assim aconteceu com Simeão que, depois de ver a Cristo, foi libertado dos laços da vida presente.

Também nós abraçando, pela fé, a Cristo Jesus que nasce em Belém, de pagãos que éramos, nos tornamos povo de Deus – Jesus é, com efeito, a Salvação de Deus Pai – e vemos com nossos próprios olhos o Deus feito homem.

E porque vimos a presença de Deus, e a recebemos, por assim dizer, nos braços do nosso espírito, somos chamados de novo Israel.

Todos os anos celebramos novamente esta festa, para nunca esquecermos d’Aquele que um dia há de voltar.” (1)

Os Santos Padres da Igreja dizem que, nesta apresentação, Maria oferecia seu Filho para a obra da redenção, com a qual Ele estava comprometido desde o princípio.

Normalmente, contemplamos este acontecimento quando rezamos os Mistérios gozosos, que trazem em si o germe dos mistérios dolorosos, luminosos e gloriosos.

Vemos Simeão, homem justo e piedoso, no templo, anunciando a Maria que uma espada lhe transpassaria a alma, referindo-se à missão d’Aquela criança, luz das nações, Salvador de todos os povos, causa de queda e reerguimento de muitos:

“Agora, Senhor, deixai o Vosso servo ir em paz, segundo a Vossa Palavra. Porque os meus olhos viram a Vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de Vosso povo de Israel (Lc 2,29-32).”

Nos braços de Simeão, o Menino Jesus não é só oferecido ao Pai, mas também ao mundo…

Maria é assim a Mãe da humanidade. O dom da vida vem através de Maria.

Aquele que foi apresentado no templo é a luz do mundo e a  Salvação tão esperada, agora por Ele há de ser realizada, porque veio habitar no meio da humanidade a Luz de Deus enviada ao mundo, redenção da humanidade.

Acolhamos Jesus como nossa Luz e Salvação, e renovemos a alegria e o compromisso de anunciá-Lo e testemunhá-Lo ao mundo, porque pelo batismo somos sal da terra e luz do mundo!

Urge que façamos de nossa vida uma agradável oferenda ao Senhor, lembrando que oferta há de ser agradável sacrifício, celebrado no altar do Sacrifício do Senhor.

Ofertar nossa vida cotidianamente implica em sacrifícios, constantes renúncias, tomando nossa cruz, e, com serenidade e fidelidade, segui-Lo, até que um dia possamos fazer da cruz instrumento de travessia para a eternidade, para o céu.

Contemplando a Sagrada Família e acolhendo Jesus como nossa Salvação e nossa Luz, é tempo de sermos, no coração do mundo, sal e luz. 

Deus jamais nos deixará sozinhos na escuridão da noite.

Não há noite eterna para a Fonte de Luz eterna!

 

(1) Liturgia das Horas Vol. III pp.1236/7.

A vontade divina acima de tudo

                                                            

A vontade divina acima de tudo

 “Eis que venho fazer, com prazer,
a Vossa vontade, Senhor” 
Sl 39

Rezamos no Pai Nosso: – “seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu”.

De fato, a vontade de Deus deve sempre prevalecer sobre a nossa, porque ela tem horizontes mais vastos que nos levam a atitudes de comunhão, doação, partilha, justiça, solidariedade, amor e verdade.

Nem sempre a nossa vontade poderá coincidir com a vontade de Deus, no entanto, sendo a vontade de Deus, que seja feita com “prazer”, com alegria, prontidão, generosidade, altruísmo, sem nada reclamarmos ou obstáculos e condições colocarmos.

É tempo de graça para que correspondamos mais ao amor de Deus, procurando maior empenho na realização de Sua vontade, pois tão somente assim, tempos novos teremos, marcados pela alegria, vida, amor e paz.

Deus seja louvado!

                                                               

Deus seja louvado!

Olhando para o ano que está terminando, 
faltando apenas alguns dias, vi que:

Amo o que faço!
Creio no que faço;
No bem que semeio;
Na luz que espalho;
Nas flores que entrego;
Nas dores dos espinhos que suporto.

Não quero dar coroa para ninguém,
Tampouco quero ser uma cruz a ser carregada,
Mas quero a minha cruz carregar,
Com renúncias necessárias
Para seguimento crível.
No mínimo corresponder ao Amor incrível:
O Amor de Deus pela humanidade,
O Amor de Deus por mim.

Olho para o ano que começará 
e renovo meu compromisso 
de a Deus amar e servir.

Se à tarde veio o sofrimento,
As dores, as lágrimas e o pranto, minhas forças absorver,
Vejo a alegria florescer mais que subitamente no amanhecer:
A Alegria Pascal que reluz em cada amanhecer.

Por tudo isto, Deus seja louvado!

“Em tudo dai graças a Deus”

                                                          

“Em tudo dai graças a Deus”

 “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar.
Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de
Deus em Cristo Jesus para convosco. Não extingais o Espírito”
(1Ts 5, 16-19)

Como Maria, Vossa serva, ó Deus, quero dizer: “Minha alma glorifica o Senhor e exulta meu espírito em Deus meu Salvador”.

Dou Graças, ó Deus, pelas maravilhas que realiza em minha vida, na vida do Vosso povo e de Vossa Igreja.

Graças por ser Bispo, pastor do rebanho, o homem da comunhão das Mesas: Mesa da Palavra, da Eucaristia e do cotidiano.

Dou graças, ó Deus, pelos que tiveram a graça de ser ordenados para o Ministério Diaconal, Presbiteral e Episcopal.

Dou graças pelos/as que se consagram à vida Religiosa, com os votos da pobreza, obediência e castidade.

Dou graças por aqueles que ouviram Vosso chamado e estão se preparando para o Sacramento da Ordem.

Dou graças, ó Deus, pela atuação evangelizadora de nossas comunidades, nutridas pela Espiritualidade Eucarística.

Dou graças por aqueles que estão no vasto e complicado mundo da política, da economia, da cultura, dos meios de comunicação, e em tantos âmbitos sal e luz.

Dou graças por aqueles que edificam e santificam suas famílias, a fim de que sejam santuários vivos de Deus.

Dou graças, ó Deus, pelos cantos que sobem aos céus, de perdão, de prece e de gratidão...

Dou graças, ó Deus, pelas crianças que nos comunicam a presença de Deus com sua pureza de alma.

Dou graças, ó Deus, pela alegria do reencontro com os que fazem parte de minha vida.

Dou graças, ó Deus, pela graça de podermos confessar nossos pecados pelo Sacramento da Penitência e possibilitar o encontro de nossa miséria com a Misericórdia Divina.

Dou graças por ser partícipe do Banquete da Eucaristia e poder oferecer ao povo de Deus a graça de se alimentar com o Pão da Imortalidade, Pão da vida Eterna, e iluminá-lo com a Luz da Palavra Divina.

Dou-Vos graças, ó Deus, por crer na Força da Páscoa, que nos leva a acolher da Divina Fonte, do próprio Jesus, a força na fraqueza, a glória na humilhação e a vida na morte.

Ainda há muito para Vos dar graças, ó bom Deus... Dou graças, enfim, pelas graças tantas que nem mesmo sou capaz de perceber. Obrigado, Senhor!

Um Ano que termina, outro que inicia...

                                                          

Um Ano que termina, outro que inicia...
       
Textos, obras, escritos, a história;
A arte, a música, a ideologia,
O sonho, a utopia, a reflexão espiritual...
Um relacionamento de amizade ou conjugal...

Mais um Ano que termina...
Tempo favorável para retrospectivas frutuosas:
Rever as atitudes, avaliar os sentimentos.

Tudo pode ser uma auspiciosa procura e encontro, ou não...
Que cada um faça suas buscas.
faça seus encontros e reencontros.
Refaça seus caminhos e concretize seus sonhos.

Tenhamos coragem de olhar para trás,
E erros, mais que dar conta, admitir, perdão a Deus pedir.
Acertos, mais que exaltação, aprimoramentos...
E louvores a Deus elevar.

Um Ano Novo que inicia...
Deixemos algumas coisas para trás, outras nem tanto.
Que olhemos para frente,
Com olhar de confiança e esperança;
Ousadia e coragem...

Assim é a história de cada um:
Aprendizado com o passado
Para um presente mais amadurecido.
No futuro, por certo, flores e frutos,
Colher com alegria e gratidão,
Por ter a vida, com graça e encanto,
Deliciosamente vivido!

Deus quer sempre o melhor de nós para nós mesmos.
Faço votos que esta reflexão nos propicie esta necessária avaliação:
Simples, mas não menos ousadas propostas fazer,
Para a que a Luz de Deus em mais um Ano venha a resplandecer.
Haverá melhor forma de amá-Lo e adorá-Lo?

Deus seja louvado pelo ano que encerra.
Deus abençoe o novo ano que iniciaremos...

As aves do céu e os lírios do campo

 

                         
 As aves do céu e os lírios do campo

“Olhem os pássaros do céu: eles não semeiam, não colhem, nem ajuntam em armazéns. No entanto, o Pai que está no céu os alimenta. Será que vocês não valem mais do que os pássaros

 Quem de vocês pode crescer um só centímetro, à custa de se preocupar com isto? E por que vocês ficam preocupados com a roupa? Olhem como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam” (cf. Mt 6,26-28)


Fixar o olhar nas aves do céu e nos lírios do campo,
Em meio a sinais de mortes, devastação é possível?
Não é esta a questão essencial a ser respondida,
Mas o que podem nos ensinar neste contexto?
 
Que nossa ânsia enferma por voos mais altos tem preço;
Voos sinônimos de arrogância, acúmulo, consumo voraz,
Devastação desmedida, colocando em colapso a ecologia integral,
Multiplicando sinais de sofrimento, luto, dor e morte.
 
Aprendemos com o crescimento silencioso dos lírios dos campos,
Que crescem sem impedir que outros lírios também cresçam.
Com pureza e beleza, encantam os olhos dos passantes,
Como que dizendo: ainda resta um quê de esperança!
 
Voar e crescer.
Aprendamos com as aves dos céus e os lírios dos campos.
Voar nas asas do Espírito, buscando as coisas do alto,
Fazer crescer e florir os mais belos lírios no Jardim do Senhor. 


Feliz Ano Novo!

Luzes do Espírito para o Ano Novo

                                                             


Luzes do Espírito para o Ano Novo

"Quem diz que permanece n'Ele, 
deve também proceder como Ele procedeu" (1 Jo 2,6)

Vinde, Espírito Santo, para nos conceder o verdadeiro conhecimento de Deus, que consiste na prática de Seus Mandamentos, no esforço generoso em proceder como Jesus, perfeito modelo de todo cristão.

Vinde, Espírito Santo, e ajudai-nos a viver o Mandamento por excelência, a síntese de todos os demais: o amor a Deus e ao próximo,  como nos ensinou Jesus.

Vinde, Espírito Santo, para nos ajudar a redescobrir este preceito antigo e sempre novo, que devemos viver todos os dias, para caminhar na luz.

Vinde, Espírito Santo, e ajudai-nos a conhecer a Deus, na observância de Sua Lei, para que não sejamos mentirosos e tenhamos um conhecimento errado de quem sois com o Pai e o Filho.

Vinde, Espírito Santo, e ajudai-nos a não fazer da Palavra de Deus uma mensagem cultural que pode passar, mas um proposta de vida plena e eterna.

Vinde, Espírito Santo, e concedei-nos o dom do conhecimento da vontade de Deus a ser realizada, acompanhada de todo o esforço coerente de vida.

Vinde, Espírito Santo, e fortalecei-nos para lutar contra as trevas do desamor, que nos impede de ver no irmão um filho de Deus, o próprio rosto de Cristo, luz do mundo (Jo 8,12).

Vinde, Espírito Santo, e ensinai-nos a amar de verdade, que significa dar-se, esquecer-se de si, buscar o bem dos outros, com o sacrifício do nosso tempo, de nossos interesses, gostos, da própria vida, como Jesus, que morreu pela salvação de todos nós.

Vinde, Espírito Santo, e ajudai-nos a viver o que o Apóstolo e Evangelista João nos disse: “Quem diz permanecer em Cristo, deve comportar-se como Ele Se comportou” (1 Jo 2,6).

Vinde, Espírito Santo, como amor entranhado de Deus, quando fomos visitados pela Luz que veio do alto: Jesus Cristo, Nosso Senhor. 

Vinde, Espírito Santo, e inflamai nosso coração de amor, para que alegres na esperança, façamos a travessia pelo mar da vida, vivendo a graça do Santo Jubileu, confiantes de que "A esperança não nos decepciona. Amém.


Fonte de inspiração: Comentário Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.107 - e tema do Jubileu 2025 - "A esperança não decepciona" (Rm 5,5)

Paz, utopia e conquista, feliz quem a promove!

                                                           

Paz, utopia e conquista, feliz quem a promove! 

Em todo tempo somos interpelados a construir a cultura da paz. É preciso nutrir uma esperança que não nos coloque em atitude de resignação, delegando a Deus a promoção da paz; tampouco uma atitude demasiadamente otimista, como se ela pudesse vir por um decreto de poderosos.

Urge passarmos da cultura de morte e violência para uma cultura de vida e paz!

A paz deve ser para nós sempre uma utopia e uma conquista. Utopia porque é impossível realizá-la plenamente; conquista porque ela só é alcançada quando não se medem esforços necessários, das pequenas às grandes ações:

- Atitudes de reconciliação e perdão entre as pessoas;
- Tomada de consciência e colocação em prática da Declaração Universal dos Direitos Humanos;

- Política de desarmamento;
- Solidariedade para com os povos em conflito;

- Convivência e tolerância para com o diferente;
- Vivência de um ecumenismo com propostas concretas para defesa e promoção da vida;

- Consciência e sensibilidade ecológica na preservação do planeta etc.

A Paz como utopia e conquista nos será sempre um caminho para a felicidade: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).

E você, o que está fazendo pela Paz?

Somente em Cristo a verdadeira Paz

                                                          


Somente em Cristo a verdadeira Paz

A paz que eu quero tem fundamentos sólidos,
Tem raízes na Palavra que nos anima e nos conduz.
Ela que somente Deus tem para nos oferecer,
Por meio do Seu Filho, Príncipe da paz, com Seu Espírito.

Não quero a paz como a mera ausência de guerra,
Nem tão apenas equilíbrio das forças adversárias,
Ou que tenha origem em um domínio tirânico.

Quero a paz que nasça da justiça (Is 32,17),
Como saboroso fruto da ordem.
Quero a paz inserida na sociedade humana por Seu divino fundador, e a ser realizada, de modo sempre mais perfeito, pelos homens que têm fome e sede de justiça.

Quero a paz que tenha como fundamento o bem comum do gênero humano,
Embora as contingências concretas possam estar em constantes mudanças ao longo dos tempos.

Quero a paz em permanente conquista, que deve ser continuamente construída, porque sendo a vontade humana volúvel e marcada pelo pecado, 
a busca da paz exige de cada um o constante domínio das paixões e a atenta vigilância da autoridade legítima.

Quero a paz em que seja salvaguardado o bem das pessoas, e que todos comuniquemos, com confiança e espontaneidade, as riquezas do coração e da inteligência.

Quero a paz em que se respeite a dignidade dos outros, dos povos, dos diferentes, numa ativa fraternidade.

Quero a paz como mavioso fruto do amor, que vai além do que a justiça é capaz de proporcionar, pois a paz terrena, oriunda do amor ao próximo, é figura e resultado da paz de Cristo, provinda de Deus Pai.

Quero a paz promovida por todos que, num mesmo espírito, renunciam à ação violenta para reivindicar os direitos inalienáveis, recorrendo aos meios de sua defesa, de modo especial dos que sejam mais fracos e vulneráveis, sem lesar os direitos e deveres de outros ou da própria comunidade.

Quero a Paz do Senhor, o Príncipe da Paz, Jesus, 
Que Ele nos trouxe ao Se encarnar, e na Cruz morrendo, a reconciliação da humanidade com Deus alcançando, recompondo a unidade de todos em um só povo e um só corpo.

Quero a Paz que nasceu naquela Madrugada da Ressurreição, a Paz que Ele comunicou desde então aos Seus, acompanhada do Sopro do Espírito, para a missão no mundo continuar; a caridade, mais que anunciar, viver, testemunhar.

Quero a Paz que brota quando, em Sua Carne, o ódio foi definitivamente destruído, e rompidos os muros da inimizade (cf. Ef 2,16; Cl 1,20.22);

A verdadeira Paz que, como cristãos, somos insistentemente chamados a promover, vivendo a verdade na caridade (cf. Ef 4,15), unindo-nos às pessoas verdadeiramente pacíficas. Amém.


PS: Livre adaptação da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II-(N. 78) (Séc. XX)

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG