sexta-feira, 21 de novembro de 2025

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Maria, a perfeita discípula do Senhor

                                                         



                          Maria, a perfeita discípula do Senhor

“Assim Maria era feliz porque,
já antes de dar à luz o Mestre, trazia-O na mente”

Celebramos, no dia 21 de novembro, a Memória da Apresentação de Nossa Senhora, a “dedicação” que Maria fez de si mesma a Deus, já desde a infância, movida pelo Espírito Santo, que a encheu de graça desde a sua Imaculada Conceição. Aquela que acreditou em virtude da fé, também pela fé concebeu.

Neste dia, celebramos, juntamente com os cristãos da Igreja Oriental, a dedicação (ano 543) da Igreja de Santa Maria a Nova, construída perto do templo de Jerusalém.

A Liturgia das Horas nos oferece mais um Sermão do Bispo Santo Agostinho (Séc. V), para melhor celebrarmos esta Memória.

"Prestai atenção, rogo-vos, naquilo que Cristo Senhor diz, estendendo a mão para Seus discípulos: Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de meu Pai que me enviou, este é meu irmão, irmã e mãe (Mt 12,49-50).

Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação e que foi criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado?

Sim! Ela o fez! Santa Maria fez totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. Assim Maria era feliz porque, já antes de dar à luz o Mestre, trazia-O na mente.

Vede se não é assim como digo. O Senhor passava acompanhado pelas turbas, fazendo milagres divinos, quando certa mulher exclamou: Bem-aventurado o seio que te trouxe. Feliz o ventre que te trouxe! (Lc 11,27)

O Senhor, para que não se buscasse a felicidade na carne, que respondeu então? Muito mais felizes os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam (Lc 11,28). Por conseguinte, também aqui é Maria feliz, porque ouviu a Palavra de Deus e a guardou. Guardou a verdade na mente mais do que a carne no seio.

Verdade, Cristo; carne, Cristo; a verdade-Cristo na mente de Maria; a carne-Cristo no seio de Maria. É maior o que está na mente do que o trazido no seio.

Santa Maria, feliz Maria! Contudo, a Igreja é maior que a Virgem Maria. Por quê? Porque Maria é porção da Igreja, membro santo, membro excelente, membro supereminente, mas membro do corpo total.

Se ela pertence ao corpo total, logo é maior o corpo que o membro. A cabeça é o Senhor; e o Cristo total, é a cabeça e o corpo. Que direi? Temos cabeça divina, temos Deus por cabeça!

Portanto, irmãos, dai atenção a vós mesmos. Também vós sois membros de Cristo, também vós sois corpo de Cristo. Vede de que modo o sois. Diz: Eis minha mãe e meus irmãos (Mt 12,49).

Como sereis mãe de Cristo?  Todo aquele que ouve e faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão e irmã e mãe (cf. Mt 12,50).

Pensai: entendo irmão, entendo irmã; é uma só a herança, e é essa a misericórdia de Cristo que, sendo único, não quis ficar sozinho; quis que fôssemos herdeiros do Pai, coerdeiros seus”.

Reflitamos sobre  a pureza e singeleza desta Mulher ímpar que a história conheceu, e outra maior jamais conhecerá.

Renovemos o desejo e compromisso de aprender com Ela, a Mãe do Salvador, a sermos mais autênticos discípulos Missionários do Seu Filho, ouvindo e pondo em prática a Sua Palavra.

Empenhemo-nos em fazer a vontade do Seu Filho, como ela bem nos disse nas Bodas de Caná, para que Família do Senhor sejamos.

Exultemos de alegria em saber que ela, Assunta aos céus, e coroada já com a coroa da glória, como Rainha, nos acompanha e nos assiste, enquanto peregrinamos pela fé também rumo ao céu.

Silenciando-nos diante de Maria, estaremos falando imediatamente com Deus, pois a autêntica devoção Mariana jamais nos afasta d'Ele.

Quando imitamos suas virtudes, nos tornamos mais conforme o que Ele espera de cada um de nós, assim como Jesus o foi, assim como ela o fez, realizando sempre e plenamente a vontade de Deus.

“Salve Rainha, Mãe de Misericórdia...”.

Maria, modelo de escuta e prática da Palavra

                                                              




Maria, modelo de escuta e prática da Palavra

Celebramos, no dia 21 de novembro, a Apresentação de Nossa Senhora, e ouvimos a passagem do Evangelho (Mt 12,46-50), em que Jesus nos ensina que Sua família é constituída por todos aqueles que fazem a vontade de Deus, independente de laços de sangue.

É condição indispensável, portanto, um compromisso com o Evangelho e com o Reino de Deus, sem jamais fazer a separação entre que o se crê e o que se vive, o que se celebra e o que se traduz no quotidiano, nos mais diversos âmbitos da vida.

Vejamos quais são as exigências indispensáveis para que alguém se torne importante para Jesus, e de Sua família faça parte:

- ouvir a Palavra de Deus, colocando em prática;
- pautar toda existência pelo Mandamento maior do Amor a Deus e ao próximo; amando como Ele nos ama – “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 13,34);

- saber perdoar, e procurar o perdão, quando necessário, como expressão de que todos somos passíveis de erros e necessitados do perdão do outro, para viver a autêntica misericórdia que Ele nos ensinou;

- ter a alegria de partilhar o melhor que se possui, para que o milagre da multiplicação continue a ser realizado, de modo que não haja necessitados entre nós;

- aprender que, na acolhida do outro, se acolhe o próprio Jesus, sobretudo se for um pequenino, pobre, doente, marginalizado;

- saber se esforçar, quando preciso, em ser sinal de consolo, compreensão e solidariedade, como a mais bela expressão da compaixão divina com expressões concretas;

- ser comprometido com a Boa-Nova do Reino, com coragem e profecia, sem deixar-se submergir no medo, na omissão e na indiferença;

- viver a doação pura e simples, sem nada esperar em troca, na mais perfeita alegria;

- saber ser feliz com os que são felizes, mas também saber chorar com os que choram;

- não somente se encontrar e se reunir para celebrar, orar, mas fazer o necessário prolongamento no dia a dia, jamais separando a Mesa da Palavra e do Altar das incontáveis mesas do quotidiano.

Evidentemente, há outras exigências, porém, estas já são o bastante para avaliarmos o quanto somos, de fato, membros da família de Jesus.

Neste sentido, contemplemos Maria, Sua Mãe, como a mais perfeita e integrada em Sua família, porque não somente foi Mãe do Salvador, pela ação do Espírito Santo, mas em todo o seu viver sempre colocou a vontade Deus acima da própria vontade.

Maria é por excelência modelo de escuta à prática da Palavra e com ela também podemos contar em todos os momentos.

Ressoem em nosso coração suas palavras, que não emanaram de seus lábios apenas, mas de um coração pleno do amor e graça divina: “Fazei tudo o que o Ele vos disser” (Jo 2,5). 

Maria, perfeita ouvinte e praticante da Palavra do Senhor

                                                            

Maria, perfeita ouvinte e praticante da Palavra do Senhor

“Muito mais felizes são aqueles que ouvem a
Palavra de Deus e a põem em prática!” (Lc 11,28)

Reflexão sobre a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 11,27-28), à luz do Sermão escrito pelo Bispo Santo Agostinho (Séc. V).

"Prestai atenção, rogo-vos, naquilo que Cristo Senhor diz, estendendo a mão para Seus discípulos: Eis minha mãe e meus irmãos. Quem faz a vontade de meu Pai que me enviou, este é meu irmão, irmã e mãe (Mt 12,49-50).

Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação e que foi criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado?

Sim! Ela o fez! Santa Maria fez totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. Assim Maria era feliz porque, já antes de dar à luz o Mestre, trazia-O na mente.

Vede se não é assim como digo. O Senhor passava acompanhado pelas turbas, fazendo milagres divinos, quando certa mulher exclamou: Bem-aventurado o seio que te trouxe. Feliz o ventre que te trouxe! (Lc 11,27)

O Senhor, para que não se buscasse a felicidade na carne, que respondeu então? Muito mais felizes os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam (Lc 11,28). Por conseguinte, também aqui é Maria feliz, porque ouviu a Palavra de Deus e a guardou. Guardou a verdade na mente mais do que a carne no seio.

Verdade, Cristo; carne, Cristo; a verdade-Cristo na mente de Maria; a carne-Cristo no seio de Maria. É maior o que está na mente do que o trazido no seio.

Santa Maria, feliz Maria! Contudo, a Igreja é maior que a Virgem Maria. Por quê? Porque Maria é porção da Igreja, membro santo, membro excelente, membro supereminente, mas membro do corpo total.

Se ela pertence ao corpo total, logo é maior o corpo que o membro. A cabeça é o Senhor; e o Cristo total, é a cabeça e o corpo. Que direi? Temos cabeça divina, temos Deus por cabeça!

Portanto, irmãos, dai atenção a vós mesmos. Também vós sois membros de Cristo, também vós sois corpo de Cristo. Vede de que modo o sois. Diz: Eis minha mãe e meus irmãos (Mt 12,49).

Como sereis mãe de Cristo?  Todo aquele que ouve e faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão e irmã e mãe (cf. Mt 12,50).

Pensai: entendo irmão, entendo irmã; é uma só a herança, e é essa a misericórdia de Cristo que, sendo único, não quis ficar sozinho; quis que fôssemos herdeiros do Pai, coerdeiros seus”.

Reflitamos sobre a pureza e singeleza desta Mulher ímpar que a história conheceu, e outra maior jamais conhecerá.

Renovemos o desejo e compromisso de aprender com Ela, a Mãe do Salvador, a sermos mais autênticos discípulos Missionários do Seu Filho, ouvindo e pondo em prática a Sua Palavra.

Empenhemo-nos em fazer a vontade do Seu Filho, como ela bem nos disse nas Bodas de Caná, para que Família do Senhor sejamos.

Exultemos de alegria em saber que ela, Assunta aos céus, e coroada já com a coroa da glória, como Rainha, nos acompanha e nos assiste, enquanto peregrinamos pela fé também rumo ao céu.

Silenciando-nos diante de Maria, estaremos falando imediatamente com Deus, pois a autêntica devoção Mariana jamais nos afasta d'Ele.

Quando imitamos suas virtudes, nos tornamos mais conforme o que Ele espera de cada um de nós, assim como Jesus o foi, assim como ela o fez, realizando sempre e plenamente a vontade de Deus.

“Salve Rainha, Mãe de Misericórdia...”

Jesus, o Senhor e o centro de nossa vida (Cristo Rei - Ano C)

                                                              

Jesus, o Senhor e o centro de nossa vida

Ao celebrar a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (ano C), a Liturgia nos convida a refletir sobre o modo diferente de Sua realeza.

A realeza de Jesus se expressa numa vida marcada pelo amor vivido, no serviço, na doação de Sua vida e no perdão, concedido a quem se põe numa atitude sincera de arrependimento e conversão.

Com a Festa de Cristo Rei, celebramos a festa da soberania de Cristo sobre a comunidade que n’Ele professa a fé, em total e incondicional adesão, tornando-se, como Ele, servidora do Reino, para  com Ele também reinar.

Na primeira Leitura, ouvimos uma passagem do Livro de Samuel, que nos apresenta Davi, como o rei de Israel, e um tempo marcado pela felicidade, abundância e paz (2 Sm 5,1-3).

Tempos depois, o Povo de Deus viveria situações totalmente adversas, e, com isto, o anúncio profético da vinda de seu descendente, que devolveria a este a alegria, a vida e a paz: o próprio Jesus.

Na segunda Leitura, ouvimos a passagem da Carta de Paulo aos Colossenses (Cl 1, 12-20), que nos apresenta a soberania de Jesus Cristo sobre toda a criação, sendo Ele a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criatura (herdeiro principal), e também a fonte de vida plena para toda a humanidade, porque n’Ele, por Ele e para Ele, todas as coisas foram criadas.

Com isto, podemos afirmar que Jesus deve ter a centralidade em nossa vida, e n’Ele crer, implica numa nova conduta, novos pensamentos e sentimentos, porque a Ele totalmente configurados.

Na proclamação do Evangelho, ouvimos a passagem de Lucas (Lc 23, 35-43), com a realização da promessa que fora feita desde os tempos dos Profetas: Jesus é o Messias, o Rei, o enviado por Deus que vai transformar a realidade do povo, inaugurando o Reino de Deus, não edificado sobre a força, a violência, na lógica do extermínio, tão pouco na imposição, mas tem como pilares o amor, o perdão e o dom da vida.

A narrativa de Lucas nos apresenta Jesus crucificado entre dois malfeitores, e, diante de Si, um povo silencioso, perplexo, e sobre Sua Cruz a inscrição:

“Este é o rei dos judeus”: “Ele não está sentado num trono, mas pregado numa Cruz; não aparece rodeado de súditos fiéis que o incensam e adulam, mas dos chefes dos judeus que o insultam e dos soldados que O escarnecem. Ele não exerce autoridade de vida ou de morte sobre milhões de homens, mas está pregado numa Cruz, indefeso, condenado a uma morte infamante... Não há aqui qualquer sinal que identifique Jesus com poder, com autoridade, com realeza terrena” (1).

É exatamente na Cruz que Jesus manifesta plenamente a Sua realeza. A Cruz é o Seu trono. Reinar com o Senhor implica também que os discípulos tenham a coragem de tomar a sua cruz cotidiana, com as renúncias necessárias, para segui-Lo com disponibilidade, fidelidade.

Reinar com Jesus é experimentar a força desarmada do amor, e tão somente assim se torna digna e frutuosa a celebração da Solenidade de Cristo, Rei e Senhor do Universo.

Finalizando, é preciso repensar nossa existência como discípulos missionários do Senhor.

Reflitamos:

- Como testemunhamos Jesus, um rei despojado de tudo e pregado numa Cruz?
vivemos um discipulado despido de pretensões de honras, glórias, títulos, aplausos, reconhecimento, ibope, glamour?

Uma vez que proclamamos Jesus como nosso Rei e Senhor, reinemos com Ele, no amor, no perdão e na entrega da vida, em sincera e frutuosa doação em favor da vida plena e feliz para todos.

Reinemos com Jesus, fazendo d’Ele e de Sua Palavra o centro de nossa vida.


Em poucas palavras... (Cristo Rei)

 

 


       “....Quando Eu coloquei os meus pobrezinhos na terra...”

“Todo o mal que os maus fazem é registrado – e eles não o sabem. No dia em que ‘Deus virá e não se calará’ (Sl 50, 3) [...]. Então, Ele Se voltará para os da Sua esquerda: ‘Na terra, dir-lhes-á, Eu tinha posto para vós os meus pobrezinhos, Eu, Cabeça deles, estava no céu sentado à direita do Pai – mas na terra os meus membros tinham fome: o que vós tivésseis dado aos meus membros, teria chegado à Cabeça.

Quando Eu coloquei os meus pobrezinhos na terra, constituí-os vossos portadores para trazerem as vossas boas obras ao meu tesouro. Vós nada depositastes nas mãos deles: por isso nada encontrais em Mim’” (1).

(1)         Sermão de Santo Agostinho (séc V)– cf. Catecismo da Igreja Católica n. 1039

 

Em poucas palavras... (Cristo Rei)

 


Jesus Cristo, Rei  do Universo

Oremos:

“Deus eterno e todo-poderoso que dispusestes restaurar todas as coisas em vosso amado Filho, Rei do universo, concedei benigno que todas as criaturas, libertas da escravidão, sirvam à vossa majestade e vos glorifiquem sem cessar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.” (1)

 

 

(1)Oração da Coleta da Missa - Jesus Cristo, Rei do Universo

Jesus, um Rei diferente (Cristo Rei)

                        

Jesus, um Rei diferente

Reflitamos a passagem do Evangelho (Lc 23, 35-43) proclamado na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (ano C).

Voltamos ao tema da conversão, que é tão importante para a teologia de Lucas, e que sobressai tão fortemente na narração da Paixão do Senhor.

A narração da Paixão não é para que tenhamos pena de Jesus, tão pouco compaixão pelas Suas dores. Somente isto não basta:

"A melhor atitude é ter consciência dos próprios pecados, arrepender-se deles e tirar da Cruz de Jesus, a coragem e a força para mudar de vida” (1).

Isto é o que aprendemos com um dos crucificados ao lado de Jesus (Lc 23,40-42) ao se dirigir ao outro crucificado: 

“'Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação. Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas Ele não fez nada de mal’. E acrescentou: ‘Jesus lembra-Te de mim quando entrares no Teu reinado’”.

Oremos:

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina possibilitando-nos a graça da conversão;

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina salvando-nos e o céu abrindo-nos.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina amando-nos.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Deus e Reina, e pela causa deste Reino, a morte de cruz vivendo, gloriosamente Ressuscitando.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Deus e Reina no consumando amor até o fim no Trono Glorioso da Cruz.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina dando-Se a Si mesmo.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina “perdendo” a Sua vida para que o mundo possa viver.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e inverte a lógica do ter, poder e ser, vivendo a partilha, o serviço e a humildade.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre. Amém.

  
(1)         Lecionário Comentado – Ed Paulus – Lisboa -2010 - p.863

Cristificar, eis a nossa missão! (Cristo Rei)

                                                            


Cristificar, eis a nossa missão!

Cristificar, mais que um
verbo a conjugar, pelo Verbo viver…

Ser cristão é "Cristificar".

Mas, este verbo não existe, dirão, devaneios da mente, loucura, algo sem absoluto sentido…

Cristificar é um neologismo, não procure no dicionário. Importa, porém, que nos leva a pensar...

Não nos percamos no secundário, procuremos na realidade que nos cerca significados para “cristificar”:

Cristificar é em primeiro momento tornar-se Cristo, a tal ponto que possamos dizer como o Apóstolo Paulo: Já não sou quem vivo, é Cristo quem vive em mim (cf. Gl 2,20).

Tornando-se Cristo, e Ele vivendo em nós, ser sinal de Sua presença no mundo. Torná-Lo visível, crível, tocável, presente, solidário, deve ser nossa missão permanente.

Cristificar é deixar-se conduzir pela Sua Palavra, pelo Seu ensinamento, acolher e viver a Boa Nova do Evangelho (Cf. Lc 4,16-21).

Cristificar é tornar-se semelhante a Ele, configurar-se a Ele, tendo d’Ele mesmos sentimentos (cf. Fl 2,5).

Cristificar é completar em nossa carne o que falta a Sua Paixão por amor a Sua Igreja (cf. Cl 1,24).

Cristificar é ser misericordioso como o Pai (Lc 6,36).

Cristificamos quando prolongamos no dia a dia a Eucaristia que celebramos e o Cristo que comungamos.

Cristificamos quando o Mistério no Altar Celebrado, crido, adorado, sem medo, por absoluto amor, nas mais diversas situações testemunhado.

Cristificamos quando o Pão no Altar for, por todos, partilhado, renova-se o compromisso com a paz e justiça, aurora de um mundo transformado.

Cristificamos quando assumimos nossa condição de fermento na massa levedando o mundo, para que acorde numa nova aurora de esperança.

Cristificamos quando assumimos a missão de ser sal para dar sabor à vida, gosto de Deus à humanidade, construindo laços de amizade/fraternidade.

Cristificamos quando não deixamos apagar a Luz de Deus que em nós habita, numa fé que não esmorece diante das provações da vida.

Cristificar solidificando a família, tendo Jesus como rocha, pedra fundamental sobre a qual se edifica a Igreja doméstica, onde o amor, lei maior, jamais pode faltar (cf. Mt 7).

Cristificar cultivando o jardim de Deus, não com saudades do paraíso, mas como um alegre, incansável e inadiável compromisso.

Cristificar não erigindo a torre de Babel para chegar aos céus, mas na cruz cotidiana carregada fortalecer laços de partilha e comunhão, no amor a Deus e a toda Sua criação.

Cristificar não permite o furtar-se de compromissos em todos os âmbitos de nossa vida.

Cristificar não nos permite da luta fugir; lutando sempre na ousadia e teimosia de quem sabe pela defesa da sagrada vida resistir.

Cristificar não nos permite indiferenças, acomodações, discriminações, alienações. Não nos permite braços cruzar, na espera de um amanhã melhor, como se Deus de nós não quisesse precisar. Não nos é permitido das responsabilidades múltiplas, esquivar, renunciar.

Cristificar é ser outro Cristo para tantos outros Cristos que nos rodeiam: famintos, analfabetos, idosos, desamados, desesperançados, abandonados, encarcerados, mutilados, nos porões da humanidade condenados…

Cristificar, repito, é tornar-se outro Cristo! Fácil? Absolutamente não! Mas, o verdadeiro cristão sabe que não encontrará facilidades; sabe que o verdadeiro cristianismo não se vive sem o Mistério da Cruz, pela qual o Amor veio e entrou no mundo.

Cristificar é, enfim, renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz de cada dia, e seguir o Senhor. A vida consumir, numa alegre e esperançosa entrega da glória eterna. A cruz é inevitavelmente, em sua exata medida, instrumento de libertação, quer para o tempo presente, quer para a glória dos céus.

Em todo tempo, inclusive na pós-modernidade em que estamos inseridos, é preciso aprender a conjugar o verbo cristificar.

Cristificar, mais que um verbo a conjugar, pelo Verbo viver…



PS: Apropriado para a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo; bem como quando na Liturgia se proclama a passagem do Livro do Gênesis (Gn 11,1-9) sobre a torre de Babel

Cristo Reina quando nosso coração se inflama de amor (Cristo Rei)

                                                                   

Cristo Reina quando nosso coração se inflama de amor

Chegando ao final de mais um Ano Litúrgico, celebramos, com toda a Igreja, a Solenidade de Cristo Rei do Universo, proclamando ao mundo que Ele é o Senhor de nossa vida.

Com júbilo, renovamos nosso compromisso de discípulos missionários do Senhor, amando como Ele ama. Um amor incondicional que ama até o fim e, de modo especial, os mais empobrecidos com os quais se identifica.

Reinar com Jesus é fazer d’Ele e de sua Palavra o centro de nossa vida, pautar nossa existência, todo nosso pensar, sentir e agir à luz de Seus ensinamentos. 

Trilhando o caminho da fé, ancorados pela esperança e inflamados pelo fogo da caridade, seremos iluminados pela verdade, teremos a vida plena prometida abundantemente. É preciso ter coragem de carregar o trono de Jesus, que aos olhos do mundo nada tem de encantador, ao contrário. Carregar o trono onde Ele foi entronizado e coroado: a Cruz! Expressão que nos inquieta: a Cruz é o trono do Senhor!

Um longo caminho percorremos e reinamos com o Senhor no realizar de  cada pequeno gesto, sempre acompanhado de muito amor e que, portanto, aos olhos de Deus tornam-se grandes.

Coroamos o Senhor como servos inúteis que somos com o nosso trabalho, portanto, não podemos ser econômicos em descobrir modos e expressões efetivas e afetivas para coroá-Lo; amando a Deus sobre todas as coisas, com nossa alma, força, mente e entendimento e ao nosso próximo como Ele nos amou. 

Quem a Deus ama, reina com o Senhor servindo alegremente. Que continuemos coroando o Senhor, resistindo às tentações que nos acompanham a todo instante, sem jamais sucumbir a elas, vigilantes e pacientes nas tribulações e adversidades, pois tudo podemos n’Aquele que nos fortalece e, na mais bela expressão de gratidão e gratuidade.

A Ele todo o louvor e glória. Tão somente assim O coroamos e O proclamamos Rei do Universo e  Senhor de nossa vida.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

“Nunc Dimittis”

                                                          


“Nunc Dimittis”

A Igreja reza à noite, todos os dias, a Oração das Completas, e nela está contido o “Nunc Dimittis” - "agora deixe partir",  rezado por Simeão, homem justo e piedoso, quando da apresentação do Senhor no Templo (Lc 2,29-32).

Cristo, Luz das nações e glória de Seu povo, é um cântico evangélico que pode também ser rezado por quantos puderem nas orações da noite, ao terminar um dia de intensas atividades, preocupações e eventual cansaço, para um bom descanso e um novo dia bem iniciado:

“Antífona: Salvai-nos, Senhor, quando velamos, guardai-nos também quando dormimos! Nossa mente vigie com o Cristo, nosso corpo repouse em Sua paz!

“–29 Deixai, agora, Vosso servo ir em paz,
conforme prometestes, ó Senhor.

30 Pois meus olhos viram Vossa salvação
31 que preparastes ante a face das nações:

32 uma Luz que brilhará para os gentios
e para a glória de Israel, o Vosso povo.”

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. 
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Antífona: Salvai-nos, Senhor, quando velamos, guardai-nos também quando dormimos! Nossa mente vigie com o Cristo, nosso corpo repouse em Sua paz!

Rezando com os Salmos - 100 (101)

 


Trilhemos o caminho do bem e da justiça

 “–1 Eu quero cantar o amor e a justiça,
cantar os meus hinos a Vós, ó Senhor!
–2 Desejo trilhar o caminho do bem,
mas quando vireis até mim, ó Senhor?

– Viverei na pureza do meu coração,
no meio de toda a minha família.
–3 Diante dos olhos eu nunca terei
qualquer coisa má, injustiça ou pecado.

– Detesto o crime de quem vos renega;
que não me atraia de modo nenhum!
–4 Bem longe de mim, corações depravados,
nem nome eu conheço de quem é malvado.

–5 Farei que se cale diante de mim
quem é falso e às ocultas difama seu próximo;
– o coração orgulhoso, o olhar arrogante
não vou suportar e não quero nem ver.

–6 Aos fiéis desta terra eu volto meus olhos;
que eles estejam bem perto de mim!
– Aquele que vive fazendo o bem
será meu ministro, será meu amigo.

–7 Na minha morada não pode habitar
o homem perverso e aquele que engana;
– aquele que mente e que faz injustiça
perante meus olhos não pode ficar.

–8 Em cada manhã haverei de acabar
com todos os ímpios que vivem na terra;
– farei suprimir da cidade de Deus
a todos aqueles que fazem o mal.”

O Salmo 100(101) nos apresenta os propósitos de um rei justo:

Programa de um rei fiel a Deus, inspirado na meditação da Lei e na sabedoria de Israel: amar a o bem, fugir da iniquidade, rodear-se de gente reta e sincera, proteger os justos e exterminar os malfeitores.” (1)

Como discípulos missionários do Senhor tenhamos estes santos propósitos impelidos pelo Mandamento que o Senhor nos deu, atentos às Suas Palavras – “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15).



(1) Comentário da Bíblia Edições CNBB – p. 811

“Fica conosco, Senhor, suplicamos...”

                                               


“Fica conosco, Senhor, suplicamos...”
 
Na Liturgia das Horas, encontramos esta oração nas Vésperas, que nos remete ao Evangelho de Lucas (Lc 24, 13-35), que podemos repetir em cada entardecer, certos de que a noite cai lentamente, cede lugar ao anoitecer; como o sol poente cederá lugar à lua, em suas fases naturais:
 
“Ficai conosco, Senhor Jesus, porque a tarde cai e, sendo nosso companheiro na estrada, aquecei-nos os corações e reanimai nossa esperança, para Vos reconhecermos com os irmãos nas Escrituras e no partir do Pão. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo”. (1)
 

Oremos:
 
Fica conosco, Senhor, e ao participarmos da Tua Mesa,  e na partilha do Pão da Eucaristia, reconheçamos Tua real presença, como os discípulos que Te reconheceram ao partir o Pão, e os olhos foram abertos.
 
Fica conosco, Senhor, e jamais nosso coração seja endurecido e tardio para entender o Mistério de Tua Paixão, Morte e Ressurreição; e que a Tua Palavra nos ilumine e faça arder nosso coração.

 
Fica conosco, Senhor, sobretudo para que solidifiquemos nossa amizade e intimidade contigo, de modo especialíssimo ao participarmos da Ceia da Eucaristia.

 
Fica conosco, Senhor, em todos os momentos, favoráveis ou adversos, obscuros ou luminosos, opacos ou radiantes de luz, alegres ou tristes, angustiados ou cheios de esperança.

 
Fica conosco, Senhor, fortaleça nossa fé, reanima nossa esperança e inflama nossos corações, na mais pura e desejável caridade para com o nosso próximo.

 
Fica conosco, Senhor, pois és nosso “companheiro na estrada”, companheiro de viagem, sobretudo quando passarmos por vales tenebrosos e montanhas de dificuldades.

 
Fica conosco, Senhor, na travessia de desertos áridos da existência, a fim de que vençamos as tentações (ter, poder e ser), porque, contigo, mais que vencedores o somos.

 
Fica conosco, Senhor, a Ti nos dirigimos confiantes, pois Tu vives e Reinas com o Teu Pai, na comunhão com o Espírito Santo, na mais perfeita comunhão de amor.  Amém. 

 

(1)   Oração das Vésperas- Liturgia das Horas (cf Lc 24,13-35)

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG