sábado, 22 de novembro de 2025

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Com Jesus, reinar, amar e servir

 


Com Jesus, reinar, amar e servir 

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, o Ungido de Deus. Ele que é o Cristo, Rei e Senhor de todo o Universo. 

Ele que é o Messias-Rei enviado pelo Pai para inaugurar o reinado de Deus, Reino da verdade, vida, santidade, graça, justiça, amor e paz, com a Igreja rezamos.

Um Reino na contramão do mundo, da lógica dos grandes da terra; tão diferente de tudo que se possa pensar, porque:

- Suas armas foram o amor e misericórdia, a força desarmada do amor;

- Sua autoridade foi serviço simples e humilde;

- Seu trono foi a cruz, na qual Ele derramou Seu sangue redentor, em benefício de todos, santos e pecadores;

- Sua coroa, uma coroa de espinhos, precedida de agonia, flagelo, cuspidas, humilhação, maceração;

- Seu cetro é a toalha para lavar os pés: sinal de serviço;

- Seus soldados foram pessoas humildes e desarmadas, enviadas ao mundo para anunciar o amor e a paz;

- Seus súditos são todos aqueles que aceitam colocar as suas vidas ao serviço de Deus e dos irmãos;  

- Seu Divino Alimento, para avançarmos na missão confiada, é Seu próprio Corpo e Sangue, na Eucaristia celebrados, recebidos, alimentados, nutridos e revigorados.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, o Ungido de Deus. Ele que é o Cristo, Rei e Senhor de todo o Universo. 

Oremos:

Somos Vossos servos, Senhor, que pela graça do batismo, ordenados ou não, consagrados ou não, cristãos leigos e leigas, na comunhão desejável, como Igreja Sinodal, caminhamos juntos, na espera da Vossa Vinda Gloriosa, Vós que viestes, vem e virá sempre. Assim cremos. Amém.



Fonte inspiradora: www.dehonianos.org - Reflexão Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

Jesus, o Senhor e o centro de nossa vida (Cristo Rei - Ano C)

                                                              

Jesus, o Senhor e o centro de nossa vida

Ao celebrar a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (ano C), a Liturgia nos convida a refletir sobre o modo diferente de Sua realeza.

A realeza de Jesus se expressa numa vida marcada pelo amor vivido, no serviço, na doação de Sua vida e no perdão, concedido a quem se põe numa atitude sincera de arrependimento e conversão.

Com a Festa de Cristo Rei, celebramos a festa da soberania de Cristo sobre a comunidade que n’Ele professa a fé, em total e incondicional adesão, tornando-se, como Ele, servidora do Reino, para  com Ele também reinar.

Na primeira Leitura, ouvimos uma passagem do Livro de Samuel, que nos apresenta Davi, como o rei de Israel, e um tempo marcado pela felicidade, abundância e paz (2 Sm 5,1-3).

Tempos depois, o Povo de Deus viveria situações totalmente adversas, e, com isto, o anúncio profético da vinda de seu descendente, que devolveria a este a alegria, a vida e a paz: o próprio Jesus.

Na segunda Leitura, ouvimos a passagem da Carta de Paulo aos Colossenses (Cl 1, 12-20), que nos apresenta a soberania de Jesus Cristo sobre toda a criação, sendo Ele a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criatura (herdeiro principal), e também a fonte de vida plena para toda a humanidade, porque n’Ele, por Ele e para Ele, todas as coisas foram criadas.

Com isto, podemos afirmar que Jesus deve ter a centralidade em nossa vida, e n’Ele crer, implica numa nova conduta, novos pensamentos e sentimentos, porque a Ele totalmente configurados.

Na proclamação do Evangelho, ouvimos a passagem de Lucas (Lc 23, 35-43), com a realização da promessa que fora feita desde os tempos dos Profetas: Jesus é o Messias, o Rei, o enviado por Deus que vai transformar a realidade do povo, inaugurando o Reino de Deus, não edificado sobre a força, a violência, na lógica do extermínio, tão pouco na imposição, mas tem como pilares o amor, o perdão e o dom da vida.

A narrativa de Lucas nos apresenta Jesus crucificado entre dois malfeitores, e, diante de Si, um povo silencioso, perplexo, e sobre Sua Cruz a inscrição:

“Este é o rei dos judeus”: “Ele não está sentado num trono, mas pregado numa Cruz; não aparece rodeado de súditos fiéis que o incensam e adulam, mas dos chefes dos judeus que o insultam e dos soldados que O escarnecem. Ele não exerce autoridade de vida ou de morte sobre milhões de homens, mas está pregado numa Cruz, indefeso, condenado a uma morte infamante... Não há aqui qualquer sinal que identifique Jesus com poder, com autoridade, com realeza terrena” (1).

É exatamente na Cruz que Jesus manifesta plenamente a Sua realeza. A Cruz é o Seu trono. Reinar com o Senhor implica também que os discípulos tenham a coragem de tomar a sua cruz cotidiana, com as renúncias necessárias, para segui-Lo com disponibilidade, fidelidade.

Reinar com Jesus é experimentar a força desarmada do amor, e tão somente assim se torna digna e frutuosa a celebração da Solenidade de Cristo, Rei e Senhor do Universo.

Finalizando, é preciso repensar nossa existência como discípulos missionários do Senhor.

Reflitamos:

- Como testemunhamos Jesus, um rei despojado de tudo e pregado numa Cruz?
vivemos um discipulado despido de pretensões de honras, glórias, títulos, aplausos, reconhecimento, ibope, glamour?

Uma vez que proclamamos Jesus como nosso Rei e Senhor, reinemos com Ele, no amor, no perdão e na entrega da vida, em sincera e frutuosa doação em favor da vida plena e feliz para todos.

Reinemos com Jesus, fazendo d’Ele e de Sua Palavra o centro de nossa vida.


A missão cristã no mundo

                                                   

A missão cristã no mundo

No que consiste a missão do cristão no mundo, segundo J. Mouroux:

"O cristão não se caracteriza pela fuga; é, ao contrário, alguém comprometido como pessoa no incremento, no bom êxito, na salvação do mundo.

Sabe que o universo inteiro tem um só princípio de consistência, de movimento, de fim: Cristo; porque por meio d’Ele todas as coisas foram feitas e n’Ele todas subsistem (Cl 1,16-18).

Cristo é, deste modo, Aquele que congrega, trabalhando no íntimo das almas e das coisas para tudo santificar, tudo unir, tudo consagrar para a glória de Deus.

O cristão se engaja voluntariamente neste gigantesco empreendimento, no seu lugar, no seu tempo, com seus recursos.

Não trabalha sozinho: colabora… Trabalha com coragem, porque a luta é dura; com fé, porque a tarefa é misteriosa e sem proporção com as forças humanas; trabalha para fazer crescer o universo e despontar a nova criação através da luta caótica e dolorosa, cheia de esperança e de preocupações, luta que não é, porém, a de uma agonia e sim a de um parto". (1)

O Cristão é um peregrino nesta terra. Não é “cidadão” do mundo, porque exilado, marcha para a verdadeira Pátria.

Cidadãos dos céus sem jamais nos omitirmos na construção de realidades humanas mais justas, fraternas e solidárias. Assim entendiam os primeiros cristãos e assim o é: “O que a alma é no corpo devem ser os cristãos no mundo“ (Carta a Diogneto 6).

Ainda no Comentário do Missal Dominical, vemos que em certo sentido depois de Cristo tudo está feito, nada mais esperamos substancialmente novo, no entanto, não deixa de ser verdade que resta tudo por fazer.

Mas, absolutamente nada deve ser feito sem Ele. Tudo deve ser feito com Ele, por Ele e para Ele. A Ele toda honra, glória, louvor e poder por toda a eternidade. Amém!


PS: Missal Dominical - Editora Paulus - p. 1076

Em poucas palavras...

                                                       


A vocação cristã

“«Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade» (Lumen Gentium 40). Todos são chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48):

«Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá, a fim de que […] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo.

Assim crescerá em frutos abundantes a santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na história da Igreja, com a vida de tantos santos» (Lumen Gentium 40)”.(1)

 

(1)Catecismo da Igreja Católica – parágrafo 2013

Em poucas palavras...

                                                     


Santidade

“«Na terra, a Igreja está revestida duma verdadeira, ainda que imperfeita, santidade» (Lumen Gentium n.48).

Nos seus membros, a santidade perfeita é ainda algo a adquirir: «Munidos de tantos e tão grandes meios de salvação, todos os fiéis, seja qual for a sua condição ou estado, são chamados pelo Senhor à perfeição do Pai, cada um pelo seu caminho» (Lumen Gentium n. 11).” (1)

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 825

 

Em poucas palavras... (Cristo Rei)

 


Jesus Cristo, Rei  do Universo

Oremos:

“Deus eterno e todo-poderoso que dispusestes restaurar todas as coisas em vosso amado Filho, Rei do universo, concedei benigno que todas as criaturas, libertas da escravidão, sirvam à vossa majestade e vos glorifiquem sem cessar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.” (1)

 

 

(1)Oração da Coleta da Missa - Jesus Cristo, Rei do Universo

Em poucas palavras... (Cristo Rei)

 

 


       “....Quando Eu coloquei os meus pobrezinhos na terra...”

“Todo o mal que os maus fazem é registrado – e eles não o sabem. No dia em que ‘Deus virá e não se calará’ (Sl 50, 3) [...]. Então, Ele Se voltará para os da Sua esquerda: ‘Na terra, dir-lhes-á, Eu tinha posto para vós os meus pobrezinhos, Eu, Cabeça deles, estava no céu sentado à direita do Pai – mas na terra os meus membros tinham fome: o que vós tivésseis dado aos meus membros, teria chegado à Cabeça.

Quando Eu coloquei os meus pobrezinhos na terra, constituí-os vossos portadores para trazerem as vossas boas obras ao meu tesouro. Vós nada depositastes nas mãos deles: por isso nada encontrais em Mim’” (1).

(1)         Sermão de Santo Agostinho (séc V)– cf. Catecismo da Igreja Católica n. 1039

 

Reinar com Jesus é viver com a força desarmada do amor! (Cristo Rei)

Reinar com Jesus é viver com a força desarmada do amor!

Com a Solenidade em que proclamamos que Cristo é Rei do Universo e Senhor de nossa vida, coroamos mais um ano de caminhada com Ele, como alegres Discípulos missionários.

Ao proclamamos Jesus como Rei de nossa vida, temos a certeza de que com Ele também reinaremos. Mas o que significa proclamá-Lo Rei?

Na medida em que o proclamamos Rei reinamos com Ele amando até o fim, fazendo da nossa vida livre e generosa doação, na entrega da mesma, traduzida em serviço para com Ele na pessoa do empobrecido, para um dia na glória estar.

Reinar com Jesus é fazer d’Ele e de Sua Palavra o centro de nossa vida, pautar nossa existência, todo nosso pensar, sentir, agir à luz de Seus ensinamentos, Sua Palavra que nos liberta e nos orienta em todos os passos; é trilhar o Caminho, iluminados pela Verdade para que a Vida plena prometida, em nós seja abundante.

Reinar com Jesus é ter coragem de carregar Seu trono, que aos olhos do mundo nada tem de encantador, ao contrário. É carregar o trono onde foi entronizado e coroado: a Cruz! 

Expressão que nos inquieta: o trono do Senhor é a Cruz!

Reflitamos:

- Temos coragem de reinar com Ele?

- Temos coragem de nos comprometer com o Seu Senhorio sobre tudo e todos, uma vez que Ele é o primogênito, a Cabeça, o Princípio e o fim de todas as coisas, no qual reside toda a plenitude do amor do Pai?

Que Rei tão diferente: pobre, despido, solitário, aparentemente derrotado, incompreendido, humilhado, dilacerado, escarrado, cuspido, ensanguentado, de aparência horrivelmente indescritível. Vítima da mais crudelíssima e humilhante de todas as mortes.

É este Rei que amamos.
Um Rei que tem a força desarmada do amor.

Aparentemente derrotado, mas por amor vivido em fidelidade ao Pai e ao Projeto do Reino, na glória exaltado, ressuscitado, mais que vitorioso. À direita do Pai sentado, Vivo, guia, dirige, julga a história, nos antecipa na glória da eternidade, tendo vencido o último de todos os inimigos: a morte.

Muito mais que uma Solenidade, é momento de grandes avaliações e corajosas decisões.

Reflitamos:

- O que significa, para mim, proclamá-Lo Rei?
- De que modo a minha vida expressa a Soberania de Cristo?

- O que Deus quer de mim quando meus lábios professam que Ele é Senhor da minha vida?
- De que modo, como Igreja, estou participando da construção do Reino de Deus.

- Como cristão leigo, vivo meu protagonismo, como batizado na evangelização nos mais diversos espaços e campos de minha existência?
- Como fermento a nova sociedade?

- Como dou gosto de divindade à existência, à história?

- Como ilumino, e como me deixo iluminar no pensar e no agir?
Proclamá-Lo Rei, aclamá-Lo como Senhor, não basta!

É preciso testemunhá-Lo com uma força indescritível e revolucionária: a força do Amor.

Não o amor que o mundo apregoa, mas o que Ele viveu e na Cruz consumou, por isto na glória Se eternizou e a mais bela lição nos deixou:

Doação, entrega, perdão, reconciliação, salvação... Amor universal que aos inimigos alcançou. Amor que ninguém nunca tão intensamente viveu: por isto Ele morreu.

Se morrermos com Ele, 
também com Ele ressuscitaremos 
 com Ele para sempre reinaremos. 
Amém!

Cristificar, eis a nossa missão! (Cristo Rei)

                                                            


Cristificar, eis a nossa missão!

Cristificar, mais que um
verbo a conjugar, pelo Verbo viver…

Ser cristão é "Cristificar".

Mas, este verbo não existe, dirão, devaneios da mente, loucura, algo sem absoluto sentido…

Cristificar é um neologismo, não procure no dicionário. Importa, porém, que nos leva a pensar...

Não nos percamos no secundário, procuremos na realidade que nos cerca significados para “cristificar”:

Cristificar é em primeiro momento tornar-se Cristo, a tal ponto que possamos dizer como o Apóstolo Paulo: Já não sou quem vivo, é Cristo quem vive em mim (cf. Gl 2,20).

Tornando-se Cristo, e Ele vivendo em nós, ser sinal de Sua presença no mundo. Torná-Lo visível, crível, tocável, presente, solidário, deve ser nossa missão permanente.

Cristificar é deixar-se conduzir pela Sua Palavra, pelo Seu ensinamento, acolher e viver a Boa Nova do Evangelho (Cf. Lc 4,16-21).

Cristificar é tornar-se semelhante a Ele, configurar-se a Ele, tendo d’Ele mesmos sentimentos (cf. Fl 2,5).

Cristificar é completar em nossa carne o que falta a Sua Paixão por amor a Sua Igreja (cf. Cl 1,24).

Cristificar é ser misericordioso como o Pai (Lc 6,36).

Cristificamos quando prolongamos no dia a dia a Eucaristia que celebramos e o Cristo que comungamos.

Cristificamos quando o Mistério no Altar Celebrado, crido, adorado, sem medo, por absoluto amor, nas mais diversas situações testemunhado.

Cristificamos quando o Pão no Altar for, por todos, partilhado, renova-se o compromisso com a paz e justiça, aurora de um mundo transformado.

Cristificamos quando assumimos nossa condição de fermento na massa levedando o mundo, para que acorde numa nova aurora de esperança.

Cristificamos quando assumimos a missão de ser sal para dar sabor à vida, gosto de Deus à humanidade, construindo laços de amizade/fraternidade.

Cristificamos quando não deixamos apagar a Luz de Deus que em nós habita, numa fé que não esmorece diante das provações da vida.

Cristificar solidificando a família, tendo Jesus como rocha, pedra fundamental sobre a qual se edifica a Igreja doméstica, onde o amor, lei maior, jamais pode faltar (cf. Mt 7).

Cristificar cultivando o jardim de Deus, não com saudades do paraíso, mas como um alegre, incansável e inadiável compromisso.

Cristificar não erigindo a torre de Babel para chegar aos céus, mas na cruz cotidiana carregada fortalecer laços de partilha e comunhão, no amor a Deus e a toda Sua criação.

Cristificar não permite o furtar-se de compromissos em todos os âmbitos de nossa vida.

Cristificar não nos permite da luta fugir; lutando sempre na ousadia e teimosia de quem sabe pela defesa da sagrada vida resistir.

Cristificar não nos permite indiferenças, acomodações, discriminações, alienações. Não nos permite braços cruzar, na espera de um amanhã melhor, como se Deus de nós não quisesse precisar. Não nos é permitido das responsabilidades múltiplas, esquivar, renunciar.

Cristificar é ser outro Cristo para tantos outros Cristos que nos rodeiam: famintos, analfabetos, idosos, desamados, desesperançados, abandonados, encarcerados, mutilados, nos porões da humanidade condenados…

Cristificar, repito, é tornar-se outro Cristo! Fácil? Absolutamente não! Mas, o verdadeiro cristão sabe que não encontrará facilidades; sabe que o verdadeiro cristianismo não se vive sem o Mistério da Cruz, pela qual o Amor veio e entrou no mundo.

Cristificar é, enfim, renunciar a si mesmo, tomar a sua cruz de cada dia, e seguir o Senhor. A vida consumir, numa alegre e esperançosa entrega da glória eterna. A cruz é inevitavelmente, em sua exata medida, instrumento de libertação, quer para o tempo presente, quer para a glória dos céus.

Em todo tempo, inclusive na pós-modernidade em que estamos inseridos, é preciso aprender a conjugar o verbo cristificar.

Cristificar, mais que um verbo a conjugar, pelo Verbo viver…



PS: Apropriado para a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo; bem como quando na Liturgia se proclama a passagem do Livro do Gênesis (Gn 11,1-9) sobre a torre de Babel

Jesus, um Rei diferente (Cristo Rei)

                        

Jesus, um Rei diferente

Reflitamos a passagem do Evangelho (Lc 23, 35-43) proclamado na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (ano C).

Voltamos ao tema da conversão, que é tão importante para a teologia de Lucas, e que sobressai tão fortemente na narração da Paixão do Senhor.

A narração da Paixão não é para que tenhamos pena de Jesus, tão pouco compaixão pelas Suas dores. Somente isto não basta:

"A melhor atitude é ter consciência dos próprios pecados, arrepender-se deles e tirar da Cruz de Jesus, a coragem e a força para mudar de vida” (1).

Isto é o que aprendemos com um dos crucificados ao lado de Jesus (Lc 23,40-42) ao se dirigir ao outro crucificado: 

“'Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação. Para nós é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas Ele não fez nada de mal’. E acrescentou: ‘Jesus lembra-Te de mim quando entrares no Teu reinado’”.

Oremos:

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina possibilitando-nos a graça da conversão;

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina salvando-nos e o céu abrindo-nos.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina amando-nos.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Deus e Reina, e pela causa deste Reino, a morte de cruz vivendo, gloriosamente Ressuscitando.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Deus e Reina no consumando amor até o fim no Trono Glorioso da Cruz.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina dando-Se a Si mesmo.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e Reina “perdendo” a Sua vida para que o mundo possa viver.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre, porque sois verdadeiramente Homem e Deus e inverte a lógica do ter, poder e ser, vivendo a partilha, o serviço e a humildade.

Honra, glória, poder e louvor a Jesus, nosso Rei e Senhor!
Ontem, hoje e sempre. Amém.

  
(1)         Lecionário Comentado – Ed Paulus – Lisboa -2010 - p.863

Cristo Reina quando nosso coração se inflama de amor (Cristo Rei)

                                                                   

Cristo Reina quando nosso coração se inflama de amor

Chegando ao final de mais um Ano Litúrgico, celebramos, com toda a Igreja, a Solenidade de Cristo Rei do Universo, proclamando ao mundo que Ele é o Senhor de nossa vida.

Com júbilo, renovamos nosso compromisso de discípulos missionários do Senhor, amando como Ele ama. Um amor incondicional que ama até o fim e, de modo especial, os mais empobrecidos com os quais se identifica.

Reinar com Jesus é fazer d’Ele e de sua Palavra o centro de nossa vida, pautar nossa existência, todo nosso pensar, sentir e agir à luz de Seus ensinamentos. 

Trilhando o caminho da fé, ancorados pela esperança e inflamados pelo fogo da caridade, seremos iluminados pela verdade, teremos a vida plena prometida abundantemente. É preciso ter coragem de carregar o trono de Jesus, que aos olhos do mundo nada tem de encantador, ao contrário. Carregar o trono onde Ele foi entronizado e coroado: a Cruz! Expressão que nos inquieta: a Cruz é o trono do Senhor!

Um longo caminho percorremos e reinamos com o Senhor no realizar de  cada pequeno gesto, sempre acompanhado de muito amor e que, portanto, aos olhos de Deus tornam-se grandes.

Coroamos o Senhor como servos inúteis que somos com o nosso trabalho, portanto, não podemos ser econômicos em descobrir modos e expressões efetivas e afetivas para coroá-Lo; amando a Deus sobre todas as coisas, com nossa alma, força, mente e entendimento e ao nosso próximo como Ele nos amou. 

Quem a Deus ama, reina com o Senhor servindo alegremente. Que continuemos coroando o Senhor, resistindo às tentações que nos acompanham a todo instante, sem jamais sucumbir a elas, vigilantes e pacientes nas tribulações e adversidades, pois tudo podemos n’Aquele que nos fortalece e, na mais bela expressão de gratidão e gratuidade.

A Ele todo o louvor e glória. Tão somente assim O coroamos e O proclamamos Rei do Universo e  Senhor de nossa vida.

A Cruz é o Trono do Senhor! (Cristo Rei)

                                                                 


A Cruz é o Trono do Senhor!
Carreguemos o Seu Trono cotidianamente!

"Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga.” (Lucas 9,23).


Jesus, o Rei que amamos, é diferente!

Nu, despido, desprotegido, por alguns traído,
Por outros abandonado, solidão desoladora,
O auge das trevas e extrema escuridão,
Iluminada na madrugada da Ressurreição!

Jesus, Seu Trono é a Cruz!

No alto da Cruz, amor vivido,
Num trono por nós incompreendido,
Ele testemunhou a força desarmada do amor.
Amor universal, que chega até aos inimigos.

Reinar com Jesus é, portanto:
Não renunciar a cruz, que temos com ousadia e coragem carregar. Sendo luz com Ele, rompendo o véu da mediocridade, irrompendo a luz na madrugada da desejada Ressurreição, alegria para a profundeza da triste e indesejada, dos mortos, mansão.

Reinar com Jesus é viver a força desarmada do Seu Amor!

Ó incrível Amor do Senhor que na Cruz contemplamos! 
Solitário, amando até o extremo! Do Seu lado trespassado Água e Sangue jorraram, d’Ele nascemos, nos alimentamos... 

Somos revitalizados sempre por este Amor que a tudo e a todos pode vencer!

Amor testemunhado no ato extremo e último da Morte de Cruz.
Amor que ama até o fim!

Amor, incrível amor, a se viver corajosamente em situações favoráveis e adversas.

O amor é a força que nos move, revigora... 

Amor que não nos permite perder o encantamento pela busca do último horizonte: a eternidade - céu.

Que sejamos, no Amor e pelo Amor, sempre fortalecidos
 no bom combate da fé, no carregar de nossa cruz!

Venha a nós, Senhor, o Vosso Reino de Amor!
Amém.

Somar com quem o bem sabe multiplicar (Cristo Rei)

                                                


Somar com quem o bem sabe multiplicar

Uma fé pascal faz do
fim um eterno recomeço...

Coroamos solenemente Cristo Rei e Senhor da História,
Aquele que possui o Reino eterno e universal,
Ele que é a testemunha fiel, primogênito dos mortos,
O soberano de todos os príncipes, alfa e ômega.

A Ele toda honra, glória, poder e louvor, elevemos,
Compromissos renovados, atitudes sinceras multiplicadas,
Sem o que nossa coroação abominável seria,
Como todo culto sem a prática do direito e da justiça.

Coroar o Senhor é olhar para o fim da história,
Sem desespero e sem sombras de medo para o presente,
Vivendo intensamente com confiança, alegria e sabedoria,
Em vigilância permanente até que Ele venha gloriosamente.

É a Ele oferecer-se de modo total e decididamente,
Pois é Ele nosso ponto de referência numa adesão incondicional.
A Ele entregamos nossas limitações, fraquezas, sofrimentos,
Alegrias, conquistas, avanços, sonhos, santas procuras.

É fazer bom uso do tempo presente que é tão fugaz,
Tão finito, que não nos permite perdas irrecuperáveis;
Viver intensamente cada segundo sob o Seu olhar,
Numa relação de amor, vocacionada, a eternizar.

Assim há que se olhar para o fim e destino da História,
Certos de que o fim é iminente e inexorável,
Por isto requer sempre uma renascida postura,
Cada gesto, cada instante um eterno recomeço.

Por isto é preciso aumentar o cortejo da vida,
Somar com aqueles que não se perdem e se consomem
Em discursos verborrágicos, sem germe da novidade,
Porque acompanhados de palavreados esvaziados.

Somar com os que não se prestam a se tornarem
Profetas do mau agouro, da desesperança, da agonia,
Do medo que nada constrói, porque prescinde
Da autêntica fé e confiança n’Aquele que conosco caminha.

Somar com os que não deixam morrer em si a confiança
De que um novo mundo é mais do que possível, desejável;
Não deixam morrer e matar dentro de si a profética alegria,
De quem pauta sua vida sem jamais prescindir da sabedoria.

Somar com os que não plantam sementes da maldade,
Mas que em cada Mesa da Palavra e da Eucarística
Com participação ativa, frutuosa e piedosa como há de ser
Conscientes da sagrada missão que renovam em Oração.

Somar com os que não dão ouvidos aos cantos enganadores
Das “sereias” de cada tempo, com suas terríveis seduções,
Que nos afastam da verdadeira felicidade desejada,
Que somente encontra quem a Deus ama e serve com alegria.

Somar com tantas pessoas de boa vontade,
Que até mesmo fé diferente professam,
Mas que têm um denominador comum:
Amantes do Deus da Vida e da vida o são.

Somar com quem não se curva ao relativismo
Das verdades que duram não mais que alguns instantes.
Somar com aqueles que, por serem da verdade,
A Voz da Verdade escutam: o Rei Eterno, Jesus.

Somar é preciso
Com quem somar?
Quero somar contigo
Que ora lê e comigo crê...

Que sem omissão não cruza os braços,
Que as mãos generosamente abre,
Porque antes o coração se abriu,
Dando a Deus e ao próximo o melhor de si.

É com estes que quero somar:
Com quem dá de sua pobreza com amor,
Tornando, portanto, para Deus riqueza,
Como tão bem nos ensinou a viúva do Evangelho

Somar com quem dá sua pobreza com e por amor:
Sua juventude, capacidade, vigor, tempo,
Testemunho de fé, capital precioso,
Que podemos investir em favor do próximo.

Há aqueles com quem se há de somar.
Você é uma destas pessoas...
Com quem mais haveremos de somar
Para melhor a Deus e ao próximo amar?

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