quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Oração para o Ministério Presbiteral

                                                          

Oração para o Ministério Presbiteral

Senhor Jesus Cristo, Pontífice da Nova e Eterna Aliança,
a quem o Pai ungiu com o Espírito Santo, 
revestindo-me de poder, 
guardando-me  para a santificação do povo fiel,
e assim oferecer a Deus o Santo Sacrifício.

Que, recebendo a oferenda do Povo Santo para apresentá-la a Deus,
eu tome sempre consciência do que vou fazer 
para pôr em prática o que vou celebrar, 
conformando minha vida ao Mistério da Cruz do Senhor.

Senhor Jesus Cristo, com a Igreja, 
renovo em cada Eucaristia o Sacrifício da Redenção humana, 
servindo aos fiéis o Banquete da Páscoa, 
presidindo o Povo de Deus na caridade, 
alimentando-o com a Vossa Palavra 
e o restaurando com Vossos Sacramentos.

Confirmai-me na graça de dar a minha vida por Vós 
e pela Salvação de todos.
Quero me assemelhar cada vez mais a Vós, 
com mesmos pensamentos e sentimentos Vossos, 
testemunhando constantemente,
com fidelidade e amor para convosco, 
com a bênção e a proteção da Mãe da Igreja, Nossa Senhora, 
que jamais nos desampara. 

Amém!

Advento e a Oração dos sentidos

                                                            

Advento e a Oração dos sentidos

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 15,29-37) em que Jesus cura os enfermos e multiplica os pães.

O Evangelista já havia narrado a primeira multiplicação de cinco pães dois peixes em outra passagem (Mt 14, 13-21).

Vejamos a reflexão do Pe. Françoá Costa sobre este sinal:

“Podemos e devemos colocar à disposição dos Projetos de Deus para este mundo os cinco pães e dois peixes que temos, a começar pelos nossos cinco sentidos funcionando sob o impulso das faculdades superiores: inteligência e vontade.

A visão, o tato, o paladar, a audição e o olfato (cinco pães) quando governados e auxiliados pela inteligência e a vontade (dois peixes) são “matéria” para que Deus realize verdadeiras obras da graça, algumas das quais só saberemos na eternidade.

O importante é andar pelo mundo fazendo o bem. Fazendo o que está da nossa parte nem nos preocuparemos muito pelas estatísticas, teremos como único empenho realizar aquilo que Deus nos pede a cada momento...”

Nas mãos de Deus, coloquemos nossos sentidos, e supliquemos ao Senhor que os coloquemos a serviço do Reino, com a convicção de que tudo que partilhamos se multiplica, porque acompanhado com o fermento do amor, que leveda o mundo novo.

Senhor, que vejamos cristãmente, com Vossos olhos: Um olhar de ternura, bondade, misericórdia, esperança, reencantamento pela vida, que se manifesta na compaixão e solidariedade para com aqueles que se sentem encurvados pelo fardo do cotidiano. Vós tendes o fardo leve e jugo suave, e por isto nos dissestes: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados...”.

Senhor, que saibamos cuidar do sentido do paladar para o cultivo do bom gosto, para aprendermos a saborear as delícias que nos ofereceis todos os dias, de modo especialíssimo e supremo, o Pão da Eucaristia, Vinho Novo de Eternidade. Não só nos ensine a saborear Vossas delícias, mas que também tenhamos a alegria e o compromisso de oferecer ao outro uma Palavra de Luz e Vida que possa também ser saboreada, tornando-se alimento na travessia que todos fazemos, até o encontro convosco na outra margem da eternidade.

Senhor, que nossos ouvidos sejam sempre atentos para escutar Vossa voz, que nos convida a um encontro pessoal que se renova a cada instante. Que também nossos ouvidos, em perfeita sintonia convosco, jamais se fechem aos clamores que sobem aos céus suplicando amor e solidariedade, e que se fechem a tantas vozes e cantos das sereias que nos afastem de Vós e de Vosso Plano de Amor, e nos levem ao individualismo, intimismo e autossuficiência.

Senhor, que nosso olfato nos dê a prudência e discernimento para nos afastarmos de tudo aquilo que não cheire bem, porque acompanhado do odor que o pecado exala no mais profundo de nossa alma e coração. Que saibamos sentir o odor do Vosso Amor em permanente presença, e que assim também possamos exalar Vosso suave aroma pelo mundo, por todos os lugares que passemos; a todas as pessoas com quem convivemos.

Senhor, que nosso sentido do tato nos dê a sensibilidade para nos deixarmos tocar por Vossa presença, que nos envolve em terno abraço, e que tenhamos coragem de tocar nas feridas de tantos quantos a nós acorrem, suplicando um pouco de carinho e atenção, estabelecendo uma relação de amor e respeito, edificação e santificação.

Senhor, aguçai nossa inteligência para que, como os pobres e simples, nos abramos à Vossa sabedoria a eles revelada, e, assim como eles, também ouçamos de Vossos lábios louvores a Deus – Eu Te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, por que escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos.” (Mt 11, 25)

Enfim, Senhor, que a nossa vontade seja sempre a Vossa vontade, somente assim, felizes seremos, pois sem Vós nada temos, nada podemos e nada somos, e tão somente assim poderemos não apenas rezar a Oração que nos ensinastes, mas vivê-la como o mais belo Projeto de Amor, porque Projeto Divino a ser realizado pela nossa frágil humanidade, quando os dons, com amor e alegria são partilhados, por Vós multiplicados. Amém!


PS: Apropriado para reflexão da passagem do Evangelho de Marcos (Mc 8,1-10)

A tríplice vinda do Senhor

                                                       

A tríplice vinda do Senhor

Com o Tempo do Advento refletimos sobre a Vinda do Senhor, colocando-nos em atitude de conversão, mudança de pensamentos e ações, para que celebremos o resplandecer da verdadeira luz do Natal.

Sejamos enriquecidos pelo Sermão do Abade São Bernardo (séc. XII), que nos fala da tríplice vinda do Senhor (1):

Primeira Vinda:             Ele veio.
Vinda intermediária:     Ele vem.
Segunda Vinda:             Ele virá.

Primeira Vinda: O Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens e mulheres.
Vinda intermediária: É oculta, e somente os eleitos o vêem em si mesmos e recebem a Salvação.
Segunda Vinda: Todo homem verá a Salvação de Deus (Lc 3,6).

Primeira Vinda: Eleo Senhor, veio na fraqueza da carne.
Vinda intermediária: Ele, o Senhor, vem espiritualmente manifestando o poder de Sua graça.
Segunda Vinda: Ele, o Senhor, virá com todo o esplendor de Sua glória.

Primeira Vinda: Ele é o Princípio.
Vinda intermediária: Ele é o caminho que conduz da primeira a última.
Segunda Vinda: Ele é o Fim.

Primeira Vinda: Ele veio como nossa redenção.
Vinda intermediária: Ele vem como nosso repouso e consolação.
Segunda Vinda: Ele virá como nossa Vida. 

Reflitamos:

- Como contemplo a primeira vinda do Senhor neste Natal que se aproxima?
- Como estou vivendo esta vinda intermediária do Senhor?
- De que modo preparo a Sua segunda vinda e o que ela significa na minha vida

Permaneçamos vigilantes e orantes na espera do Senhor que veio, vem e virá!

Como é bom saber que não estamos sós!
Nunca estivemos e tampouco o estaremos.
Desde que estejamos abertos a acolher a
Sua tríplice vinda em nossa vida...

“Maranathá”: Vem Senhor Jesus!
“Vem Senhor, vem nos salvar, com Teu povo vem caminhar!”


(1) Liturgia das Horas Vol. I - pp.137-138

Em poucas palavras...

 


 

Advento: contemplemos a vinda do Senhor

“Na primeira vinda, o Senhor veio em carne e debilidade, nesta segunda, em espírito e poder; e na última, em glória e majestade.

Esta vinda intermediária é como que uma senda por que se passa da primeira para a última: na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; nesta, é o nosso descanso e o nosso consolo” (1).

(1)São Bernardo (séc. XII), em sua Homilia para o Advento

 

Em poucas palavras...

                                                          

Celebremos o Tempo do Advento

“Ao celebrar em cada ano a Liturgia do Advento, a Igreja atualiza esta expectativa do Messias.

Comungando na longa preparação da primeira vinda do Salvador, os fiéis renovam o ardente desejo da sua segunda vinda (Ap 22,17).

Pela celebração do nascimento e martírio do Precursor, a Igreja une-se ao seu desejo: «Ele deve crescer e eu diminuir» (Jo 3, 30)”.

 

(1) Catecismo da Igreja Católica parágrafo n.524

 

Creio n’Aquele que veio, vem e virá: Jesus

 


Creio n’Aquele que veio, vem e virá: Jesus

“Aguardamos o nosso Salvador, o Senhor, Jesus Cristo.
Ele transformará o nosso corpo humilhado
e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso,
com o poder que tem de sujeitar a Si todas as coisas.” ( Fl 3,20b-21)

Creio na Encarnação Do Verbo, feito Carne, envolto em faixas e reclinado num presépio, e assim ao vir pela primeira vez, revestido de nossa fragilidade, para realizar o plano eterno do amor de Deus para nós, suportando a cruz, sem recusar a Sua ignomínia, abrindo-nos o caminho da Salvação.

Creio que virá pela segunda vez, revestido da glória de Sua majestade, num manto de luz, cercado de uma multidão de anjos, para nos conceder em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos.

Creio na primeira vinda de Cristo que foi nossa redenção, e na Sua segunda vinda, quando aparecerá como nossa vida. 

Creio na Sua presença contínua em espírito e poder, como numa senda, guiando-nos da primeira para a segunda vinda gloriosa, que vigilantes esperamos. Amém.

 

Fontes: Prefácio do Advento I;  São Cirilo de Jerusalém – séc. IV; São Bernardo (séc. XII)

 

A participação no Banquete Divino

                                                           


A participação no Banquete Divino

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Lucas (Lc 14,15-24), sobre o convite de Jesus ao banquete do Reino.

Já no Antigo Testamento, o Profeta Isaías nos falava através da imagem do Banquete (Is 25,6-10a), comunicando, em meio a sinais de morte e desolação, o desejo de Deus, um horizonte esperançoso e promissor: um Banquete de amor e vida a toda humanidade oferecido. 

O Profeta, com sua palavra, exorta a confiança e a esperança numa nova era de paz e de felicidade sem fim, porque Deus vai destruir a morte para sempre e enxugar as lágrimas de todas as faces, eliminando, assim, o opróbrio que pesa sobre o Seu povo.

Voltando à passagem do Evangelho, Jesus nos fala do Banquete, que Ele mesmo veio realizar, em Sua Pessoa e missão, como profetizara o Profeta Isaías. 

De Deus nos vem o permanente convite para participarmos de Seu Banquete de Amor, vida, felicidade, alegria e paz, e embora respeite a nossa liberdade, não dispensa de que vivamos no amor, partilha, serviço, misericórdia, com o dom da própria vida.

Participar do Banquete de Deus implica em estarmos na mais perfeita e profunda comunhão, amizade e intimidade com Ele e com nosso próximo.

Com o Batismo se dá o início desta aceitação e compromisso para uma vida em comunidade. Nesta vivência da fé, o batizado e a própria comunidade correm o grande perigo de perder seu entusiasmo inicial, com consequente instalação e acomodação, esvaziando assim as exigências do Evangelho. 

Como batizados, fomos revestidos por Cristo e, deste modo, somos sinais de comunhão com o outro, para que nossa comunhão com Deus seja credível, agradável e sinal do Banquete Eterno que prefiguramos em cada Eucaristia que celebramos e participamos.

Não há exclusão no Banquete do Reino, mas esta aceitação do convite  implica em dar prioridade e corresponder à altura do Amor de Deus, em compromissos incansáveis com os valores do Reino.

É preciso eliminar a autossuficiência e viver em total atitude de humildade, de pobreza e de simplicidade, numa dinâmica de constante conversão, uma vez que a Salvação não é conquista findada.

Saibamos dar um alegre SIM a este convite, para que participantes do Banquete da Eucaristia, por ora, um dia possamos participar do Banquete da Eternidade que o Senhor nos preparou, e que só poderemos participar quando a morte irromper no horizonte de nossa existência, mas vencida, rompida, superada, com a fé na Ressurreição, que nos garante a imortalidade e eternidade de amor  o Céu que tanto falamos, cremos e desejamos. Façamos por merecê-lo! 

Reflitamos:

- Tenho aceitado este convite do Senhor?
- Tenho me comprometido com este Banquete?
- Deus nos ama apesar e por causa de nossas fraquezas e nos convida para nos assentarmos à mesa com Ele. Qual é a nossa resposta?

Oremos:

Ó Deus, Pai Santo, Vós que sois tão misericordioso, que desejais a Salvação do mundo inteiro, convidando-nos para as núpcias do Vosso Filho Amado,

Nós vos pedimos, embora sem nenhum mérito, mas com toda a confiança, que envieis à Vossa Igreja, o Vosso Espírito, para que enriquecidos dos sete dons, testemunhemos com alegria, esperança e confiança a fé que abraçamos, vivendo com ardor a missão por Vós confiada.

Concedei-nos a graça de estarmos sempre prontos e disponíveis na participação de Vosso Banquete de Amor, vida, paz e felicidade, até que um dia possamos nos inebriar no Banquete da Eternidade,  saciados e nutridos pelo Pão e Vinho de imortalidade. Amém! 

O grande Banquete dos tempos messiânicos

                                                        


O grande Banquete dos tempos messiânicos 

Reflexão à luz da passagem do Livro do Profeta Isaías (Is 25,6-10a).

A passagem nos remete à imagem do banquete, para nos falar como deve ser o mundo que Deus deseja para nós, e está sempre nos convidando para a participação do Seu Banquete de amor, vida, felicidade, alegria e paz, mas respeita a nossa liberdade, sem nos dispensar da veste nupcial necessária para dele participar: amor, partilha, serviço, misericórdia e o dom da vida.

Deste modo, o Profeta Isaías se utiliza da imagem do Banquete, comunicando, em meio a sinais de morte e desolação, o desejo de Deus, um horizonte esperançoso e promissor: um Banquete de amor e vida oferecido por Deus a toda a humanidade:

“Esta imagem do grande banquete dos tempos messiânicos, recordada constantemente pelos profetas, reassumida por Cristo nas Suas parábolas do Reino e convertida em realidade inicial na Última Ceia, será para todos os homens o melhor penhor de vida e glorificação.” (1)

O Profeta, com sua palavra, exorta a confiança e a esperança numa nova era de paz e de felicidade sem fim, porque Deus vai destruir a morte para sempre e enxugar as lágrimas de todas as faces, eliminando, assim, o opróbrio que pesa sobre o Seu povo.

Participar do Banquete de Deus implica em estarmos na mais perfeita e profunda comunhão, amizade e intimidade com Ele e com nosso próximo. 

Como batizados, fomos revestidos por Cristo e, deste modo, somos sinais de comunhão com o outro, para que nossa comunhão com Deus seja credível, agradável e sinal do Banquete Eterno que prefiguramos em cada Eucaristia que celebramos e participamos. Amém.

 

(1)               Comentários à Bíblia Litúrgica – Editora Coimbra 2 – Palheira – pág. 535

O milagre do amor e da partilha

                                

O milagre do amor e da partilha

Na passagem do Evangelho de Mateus (Mt 15,29-37), vemos Jesus curando os enfermos e fazendo o sinal da multiplicação dos pães.

Oremos:

Cristo Jesus, contemplamos na multiplicação dos pães a representação e o pré-anúncio do Vosso Banquete Eucarístico, mais tarde celebrados com Seus Apóstolos, e por nós para sempre até que volteis gloriosamente.

Cristo Jesus, neste Vosso Banquete tiveram lugar, principalmente, os pobres, doentes, desamparados, humildes e todos aqueles que ajudam os necessitados, com gestos de amor, partilha e solidariedade.

Cristo Jesus, também queremos dele participar, procurando a Vós com humildade, conscientes de nossa miséria, e acolhidos pela Vossa infinita misericórdia, que nos convida e nos acolhe, não pelos nosso méritos.

Cristo Jesus, por Vós somos curados, de modo especial através dos Sacramentos da Penitência e da Eucaristia, principalmente, na mais estreita e desejada relação e interação.

Cristo Jesus, com poucos pães e poucos peixes, Vos revelastes como nossa divina fonte de vida e Salvação, no sinal do amor, partilha e comunhão.

Cristo Jesus, que a oferta de nossas ações, sofrimentos e alegrias, e de nosso trabalho, se tornem para nós matéria por Vós assumida e eucaristizada, como parte integrante do Vosso Divino Sacrifício Redentor.

Cristo Jesus, convosco, neste sinal, aprendemos a recolher os fragmentos, cuidando das minúcias, dos pormenores, com atenção às pequenas coisas, as únicas que podemos oferecer para que nada a ninguém venha a faltar.

Cristo Jesus, seja também para nós uma advertência à nossa civilização de abundância e do consumo de poucos e a fome e a miséria de muitos, para um mais generoso desinteresse no uso dos bens, de modo que ninguém fique excluído do essencial para uma vida digna e feliz.

Cristo Jesus, que partícipes do Vosso Banquete, aprendamos com a mais bela lição que nos destes neste sinal, o mesmo a fazer, em alegre e generosa doação de tudo que temos e somos, de modo especial aos que nada possuem. Amém.



Fonte de Inspiração: Comentário do Missal Cotidiano – Editora Paulus – p.21.

Apropriado para a passagem do Evangelho de Marcos (Mc 8,1-10; Lc 9,11b-17)

Maria, a Mãe que cremos e amamos

 


Maria, a Mãe que cremos e amamos

Maria, cremos que tu és:

- A primeira discípula, quem melhor aprendeu as coisas de Jesus, teu Amado Filho;

- A primeira daqueles que «escutam a Palavra de Deus e a põem em prática» (Lc 11, 28);

- A primeira a colocar-se entre os humildes e pobres do Senhor para nos ensinar a esperar e receber, com confiança, a salvação que vem apenas de Deus;

- A primeira a quem Jesus parecia dizer: “Segue-me”, mesmo antes de dirigir este chamamento aos Apóstolos ou a quaisquer outros (cf. Jo 1, 43)»;

- Modelo de fé e caridade para a Igreja pela sua obediência à vontade do Pai, cooperadora na obra redentora do seu Filho na abertura à ação do Espírito Santo;

- Aquela a quem mais valeu ser discípula de Cristo do que ter sido mãe de Cristo, como nos falou Santo Agostinho;

- Mais discípula que mãe, a primeira e a mais perfeita discípula de Cristo;

- Mãe, e que  Cristo te entregou a nós porque não quer que caminhemos sem uma mãe;

- A Mãe fiel que se tornou «Mãe de todos os que creem, e ao mesmo tempo, é «a Mãe da Igreja evangelizadora, e nos acolhe assim como Deus nos quis convocar, não apenas como indivíduos isolados, mas como Povo que caminha;

- A nossa Mãe, que quer sempre caminhar conosco, estar perto, ajudar-nos com a sua intercessão e o seu amor;

- A Mãe do Povo fiel que, movida por uma ternura amorosa, caminha em meio ao seu povo e cuida das suas angústias e vicissitudes. Amém.

 

PS: Fonte - Dicastério para a Doutrina da Fé  - Mater Populi fidelis - Nota doutrinal sobre alguns títulos marianos referidos à cooperação de Maria na obra da Salvação – parágrafos n.73.76

 

Preparemos o Natal do Senhor à luz dos Prefácios do Advento

                                                      


 Preparemos o Natal do Senhor à luz dos Prefácios do Advento

Tempo do Advento é por excelência tempo favorável de recolhimento, oração e fecunda penitência, para a celebração de um Natal transbordante de alegria e luz, pois veio, vem e virá o Senhor sempre ao nosso encontro.

Retomemos as quatro opções de Prefácios para o Advento que a Igreja nos oferece:

Prefácio do Advento I – sobre as duas vindas de Cristo:

“...Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Revestido da nossa fragilidade, Ele veio a primeira vez para realizar Seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação.

Revestido de Sua glória, Ele virá uma segunda vez para conceder-nos em plenitude os bens prometidos que hoje, vigilantes, esperamos. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz...”

Prefácio do Advento I A – Cristo, Senhor e Juiz da História:

“...Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação louvar-vos e bendizer-vos, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, princípio e fim de todas as coisas. Vós preferistes ocultar o dia e a hora em que Cristo, vosso Filho, Senhor e juiz da história, aparecerá nas nuvens do céu, revestido de poder e majestade.

Naquele tremendo e glorioso dia, passará o mundo presente e surgirá novo céu e nova terra. Agora e em todos os tempos, Ele vem ao nosso encontro, presente em cada pessoa humana, para que o acolhamos na fé e o testemunhemos na caridade, enquanto esperamos a feliz realização de Seu reino... Por isso, certos de Sua vinda gloriosa, unidos aos anjos, Vossos mensageiros, Vos louvamos, cantando (dizendo) a uma só voz...”

Prefácio do Advento II - A dupla espera de Cristo:

“...Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Predito por todos os profetas, esperado com amor de mãe pela virgem Maria, Jesus foi anunciado e mostrado presente no mundo por são João Batista.

O próprio Senhor nos dá a alegria de entrarmos agora no mistério do Seu Natal, para que Sua chegada nos encontre vigilantes na oração e celebrando os Seus louvores. Por essa razão, agora e sempre, nós nos unimos aos anjos e a todos os santos, cantando (dizendo) a uma só voz...”

Prefácio do Advento II A - Maria, a nova Eva:

“...Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso. Nós Vos louvamos, bendizemos e glorificamos pelo mistério da virgem Maria, mãe de Deus. Do antigo adversário nos veio a desgraça, mas do seio virginal da Filha de Sião germinou Aquele que nos alimenta com o pão do céu e garante para todo o gênero humano a salvação e a paz.

 Em Maria, é-nos dada de novo a graça que por Eva tínhamos perdido. Em Maria, mãe de todos os seres humanos, a maternidade, livre do pecado e da morte, se abre para uma nova vida. Se grande era a nossa culpa, bem maior se apresenta a divina misericórdia em Jesus Cristo, nosso salvador. Por isso, enquanto esperamos Sua chegada, unidos aos anjos e a todos os santos, cheios de esperança e alegria, nós Vos louvamos, cantando (dizendo) a uma só voz...”

Oremos:

Senhor Deus, ajudai-nos para que vivamos estes dias do Tempo do Advento, em alegre expectativa para a Celebração do Nascimento do Vosso Filho, Senhor e Juiz da História, em esforço contínuo de conversão na vigilância e na oração, abertos e conduzidos pelo Santo Espírito.

Celebremos a dupla espera de Cristo que vem, contemplando a primeira vinda e aguardando a segunda vinda gloriosa, vivendo com zelo, ardor e amor na vinda intermediária, a missão que recebemos pela graça do batismo, a fim de que sejamos sal da terra e luz do mundo.

Nós Vos suplicamos, contando com a intercessão de Maria, a nova Eva, a mãe de todos os seres humanos, que por meio dela a Divina Misericórdia veio ao nosso encontro, trazendo a Salvação em seus raios (Ml 3,20). Amém.

Resquiescat in pace - Descanse em paz!

                                          


Resquiescat in pace  - Descanse em paz!

O sol escondido sob as nuvens, dia sombrio, como ficaram os dias sem você, desde quando partiu, e meus olhos nadam em lágrimas vertentes.

Hoje, uma lembrança com misto de tristeza suave e dilacerante me consome, e volto meus olhos para o passado, procurando preencher o vácuo que você deixou, que por vezes parece impreenchível.

Não fosse a fé na ressurreição da carne, ficaria apenas a sombra do túmulo, eterna sombra da morte; eterno descanso; ocaso sem esperança; derradeira pulsação da vida, sem desabrochar na outra margem.

Não fosse a fé na ressurreição da carne, aquele momento supremo da vida, seria um eterno sábado; o véu da morte ficaria para sempre posto, e não reconheceríamos os sinais do Ressuscitado, “os panos dobrados e colocados à parte” desde aquela memorável madrugada (cf. Jo 20, 7).

Mas creio na ressurreição da carne, e a morte é o descansar no regaço do Senhor; o dormir o sono da noite, sem horas após o último suspiro e o cerrar dos olhos à luz; o sentimento do frio pelas asas da morte a roçar a fronte; o fugir dos últimos lampejos da vida.

RIP – Resquiescat in pace – Descanse em paz amigo/a. Que o Senhor se compadeça de sua alma e o tenha para sempre em Sua glória, até que um dia também faça a necessária e derradeira passagem e viveremos o epílogo da eternidade e comunhão na glória dos céus, com os anjos e santos. Assim creio. Assim espero. 

Tenho que seguir em frente, lembrando com carinho de cada momento que vivemos; cada sorriso compartilhado; cada lágrima enxugada; cada dificuldade superada...

Descanse em paz! O brilho do Sol nascente vem nos iluminar, até que um dia possamos nos céus nos encontrar. Amém.

Oração à Sagrada Família (Papa Francisco)

                                                          


Oração à Sagrada Família

Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor
do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos.

Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do
Evangelho e pequenas igrejas domésticas.

Sagrada Família de Nazaré, que nunca mais haja nas famílias episódios de violência, de fechamento e divisão; e quem tiver sido ferido ou escandalizado seja rapidamente consolado e curado.

Sagrada Família de Nazaré, fazei que todos nos tornemos conscientes do caráter sagrado e inviolável da família, da sua beleza no Projeto de Deus.

Jesus, Maria e José, ouvi-nos e acolhei a nossa súplica.
Amém.

PS: Oração em conclusão à Exortação Apostólica “A alegria do amor na família” - Papa Francisco.

Tempo do Advento: tempo de gestar o novo!

                                                    


Tempo do Advento: tempo de gestar o novo! 

 

Tempo do Advento, um tempo intenso de oração, novenas, celebrações penitenciais, gestos de reconciliação, multiplicação de sinais de partilha e solidariedade...

 

Advento, tempo litúrgico com beleza própria, em que celebramos a vinda de Jesus Cristo, no tempo e na história da humanidade, trazendo-nos a preciosa graça da salvação.

 

A cor roxa, predominante na liturgia, não é sinal de tristeza, como em tempos fúnebres, mas um singelo convite à reflexão, meditação e oração. Acentua-se em nosso coração a alegre expectativa, ativa e contagiante, para recebermos dignamente o Senhor quando Ele vier.

 

Num Sermão memorável, São Bernardo (abade do século XII) afirma a tríplice vinda do Senhor, acenando para uma vinda intermediária entre a primeira e a última:

 

“... Na primeira vinda o Senhor apareceu na terra e conviveu com os homens... Na última, todo homem verá a salvação de Deus e olharão para Aquele que transpassaram.

 

A vinda intermediária é oculta e nela somente os eleitos o veem em si mesmos e recebem a salvação.

 

Na primeira, o Senhor veio na fraqueza da carne; na intermediária, vem espiritualmente, manifestando o poder de Sua graça; na última, virá com todo o esplendor de Sua glória.

 

Esta vinda intermediária é, portanto, como um caminho que conduz da primeira à última; na primeira, Cristo foi nossa redenção; na última, aparecerá como nossa vida; na intermediária, é nosso repouso e consolação”. 

 

Nesta vinda intermediária do Senhor, algumas atitudes são esperadas de todos os presbíteros e comunidades.

 

A primeira, e sempre necessária, é a vigilância na fé, acolhendo os sinais de Sua presença em nosso meio.

 

Ao lado desta vigilância, o imperativo da conversão, preparação dos caminhos do Senhor, numa incansável busca de acertar nossos projetos com o Projeto do Criador.

 

Pode-se assim acolher e testemunhar a alegria que procede do Verbo, que Se encarna e Se faz um de nós, assumindo nossa condição humana, exatamente igual a nós, exceto no pecado.

 

As celebrações eucarísticas, com a riqueza litúrgica de cada domingo, nos convidam ao mergulho no mistério desta Encarnação, fazendo de nossa existência lugar privilegiado de Sua morada, para que na total fidelidade a Ele, asseguremos morada na eternidade.

 

Urge adentrar neste caminho celebrativo e inovador de alegrias e esperanças, rompendo todas as amarras de angústias e tristezas.

 

Mais uma vez, o Criador aposta em nós e em nossa capacidade de iluminar a história, a vida de milhões de pessoas que vivem nas trevas do ódio, da mentira, da opressão.

 

Que o Mistério d’Aquele que veio, vem e virá traga para todos nós, presbíteros e comunidades, mais ardor e empenho em nossa missão, para que o próximo Natal seja uma festa repleta de amor e luz! 

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