“Pela obediência à verdade, purificastes as vossas almas, para praticar um amor fraterno sem fingimento. Amai-vos, pois, uns aos outros, de coração e com ardor. Nascestes de novo, não de uma semente corruptível, mas incorruptível, mediante a Palavra de Deus, viva e permanente”.
quinta-feira, 27 de novembro de 2025
“Amai-vos, pois, uns aos outros, de coração e com ardor”
“Pela obediência à verdade, purificastes as vossas almas, para praticar um amor fraterno sem fingimento. Amai-vos, pois, uns aos outros, de coração e com ardor. Nascestes de novo, não de uma semente corruptível, mas incorruptível, mediante a Palavra de Deus, viva e permanente”.
Rezando com os Salmos - Sl 102 (103)
Contemplemos a bondade divina
“–1 Bendize, ó minha alma,
ao Senhor,
e todo o meu ser, Seu santo nome!
–2 Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!
–3 Pois Ele te perdoa toda culpa,
e cura toda a tua enfermidade;
–4 da sepultura Ele salva a tua vida
e te cerca de carinho e compaixão;
–5 de bens ele sacia tua vida,
e te tornas sempre jovem como a águia!
–6 O Senhor realiza obras de justiça
e garante o direito aos oprimidos;
–7 revelou os Seus caminhos a Moisés,
e aos filhos de Israel, Seus grandes feitos.
–8 O Senhor é indulgente, é favorável,
é paciente, é bondoso e compassivo.
–9 Não fica sempre repetindo as Suas queixas,
nem guarda eternamente o Seu rancor.
–10 Não nos trata como exigem nossas faltas,
nem nos pune em proporção às nossas culpas.
–11 Quanto os céus por sobre a terra se elevam,
tanto é grande o seu amor aos que o temem;
–12 quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe nossos crimes.
–13 Como um pai se compadece de seus filhos,
o Senhor tem compaixão dos que o temem.
–14 Porque sabe de que barro somos feitos,
e se lembra que apenas somos pó.
–15 Os dias do homem se parecem com a erva,
ela floresce como a flor dos verdes campos;
–16 mas apenas sopra o vento ela se esvai,
já nem sabemos onde era o seu lugar.
–17 Mas o amor do Senhor
Deus por quem o teme
é de sempre e perdura para sempre;
– e também Sua justiça se estende
por gerações até os filhos de seus filhos,
–18 aos que guardam fielmente Sua Aliança
e se lembram de cumprir os Seus preceitos.
–19 O Senhor pôs o seu trono lá nos céus,
e abrange o mundo inteiro Seu reinado.
=20 Bendizei ao Senhor Deus, Seus anjos todos,
valorosos que cumpris as suas ordens,
sempre prontos para ouvir a sua voz!
–21 Bendizei ao Senhor Deus, os Seus poderes,
Seus ministros, que fazeis Sua vontade!
=22 Bendizei-O, obras todas do Senhor
em toda parte onde se estende o Seu reinado!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!”
O Salmo
102(103) é um hino de louvor à bondade e misericórdia divinas:
“A
misericórdia divina age em nossa vida e na história. Deus nos preserva de
muitos males, nos enche de benefícios e com clemência nos perdoa.” (1)
Glorifiquemos
a Deus por sua bondade, paciência e compaixão em todo o tempo, ainda que por momentos
difíceis possamos passar, pois Ele vem sempre ao nosso encontro em todo o
tempo:
“Graças à
misericordiosa compaixão do nosso Deus, o sol que nasce do alto nos veio
visitar (cf. Lc 1,78). Amém.
(1)
Comentário da Bíblia
Edições CNBB – p. 813
Em poucas palavras...
O amor à verdade
“O amor à
verdade, demonstrado por Daniel à custa da perda do favor e proteção dos
poderosos, é rico de atualidade.
A verdade
liberta (Jo 8,21), produz confiança, constrói a comunidade, simplifica e
melhora as relações pessoais, ajuda a busca, ocasiona o encontro com os irmãos
e com Deus” (1)
(1) Comentário do Missal Cotidiano – passagem do Livro de Daniel
5,1-6.13-14.16-17.23-28 – p. 1539
Vendaval de fé, esperança e caridade
Lágrimas que se misturam e se escondem nas gotas da chuva.
Desilusão e desencanto por vezes querem fincar raízes, teimosamente, no mais profundo de nós.
Pesadelo prolongado de uma pandemia que persiste e nos rouba forças, projetos, sonhos e a vida de tantos que amamos e para sempre amaremos.
Arautos mentem e fazem adeptos e fiéis discípulos ao lado e virtualmente.
Lágrimas que se misturam e se escondem nas gotas da chuva.
Dói a alma tantas páginas de histórias desterradas, em migração para sobrevivência e em busca de sonhos e liberdade.
Corrói a alma, os que “moram sem morar” nas ruas e praças, ao relento e frutos de uma sociedade, em números dia a dia em aumento.
Cenário de desmatamento, queimadas, frutos de práticas sem escrúpulos, onde se objetiva apenas o lucro, capital, pois isto tão apenas interessa.
Rios e matas e vales gemem em dores de parto, na espera da reconciliação, a fim de que sejam preservados como obra divina da Criação.
Lágrimas que se misturam e se escondem nas gotas da chuva.
É tempo de secar as lágrimas e deixar que as gotas da chuva venham fecundar nossa fé na Palavra do Senhor, que assim falou à viúva de Naim diante da morte de seu único filho:
“O Senhor ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe: ‘Não chores!’. Depois aproximando-se, tocou o esquife, e os que o carregavam pararam. Disse Ele então: ‘Jovem, Eu te ordeno, levanta-te” (Lc 7,13-14).
É tempo de ouvir o assobio do sopro da fé nos vãos de nossas janelas,
Que aos poucos vai se tornando um vendaval incontrolável de vigorosa fé.
Fé que, ainda pequena, como um grão de mostarda, move montanhas, que em Deus confia e se entrega, em resposta fiel e com o Reino comprometido.
Fé que ilumina os passos para que não tropecemos e nem os pés firamos, se a escuridão, teimosamente, se fizer no caminho.
Fé na promessa divina de que novo céu e nova terra, teremos e veremos, sem choro, dor, pranto, luto e lamento.
É tempo de secar as lágrimas, e deixar as gotas da chuva regar o chão fecundo do coração da humanidade.
É tempo de ouvir o assobio do sopro da esperança nos vãos de nossas janelas,
Que aos poucos vai se tornando um vendaval incontrolável de virtuosa esperança.
Esperança de ver a humanidade fortalecendo laços de fraternidade universal, em luminosa amizade social.
É tempo de secar as lágrimas com os raios do Sol Nascente;
É tempo de ouvir o assobio do sopro da caridade nos vãos de nossas janelas, que aos poucos vai se tornando um vendaval envolvente de caridade, abundante como chuva derramada em nós, porque assim é o amor de Deus.
É tempo incessante de ouvir o Apóstolo que nos diz:
“Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como bronze que soa ou como címbalo que tine. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, nada seria” (1 Cor 13,1-2)
Venha, Senhor, o tão esperado vendaval de fé, esperança e caridade.
Tão somente assim, promotores da beleza e sacralidade da vida, seremos.
Vossa luz faremos, pelas obras, resplandecer, porque assim é a fé que opera através da caridade (Gl 5,6), em renovada esperança contra toda falta de esperança. Amém.
PS: escrito em novembro de 2020
Vigiar e Orar
“A esperança não decepciona”
Jesus, a Verdade em Pessoa
Peregrinos da esperança, compromisso com a paz
Peregrinos da esperança, compromisso com a
paz











