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quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Em poucas palavras...
O amor à verdade
“O amor à
verdade, demonstrado por Daniel à custa da perda do favor e proteção dos
poderosos, é rico de atualidade.
A verdade
liberta (Jo 8,21), produz confiança, constrói a comunidade, simplifica e
melhora as relações pessoais, ajuda a busca, ocasiona o encontro com os irmãos
e com Deus” (1)
(1) Comentário do Missal Cotidiano – passagem do Livro de Daniel
5,1-6.13-14.16-17.23-28 – p. 1539
Vendaval de fé, esperança e caridade
Lágrimas que se misturam e se escondem nas gotas da chuva.
Desilusão e desencanto por vezes querem fincar raízes, teimosamente, no mais profundo de nós.
Pesadelo prolongado de uma pandemia que persiste e nos rouba forças, projetos, sonhos e a vida de tantos que amamos e para sempre amaremos.
Arautos mentem e fazem adeptos e fiéis discípulos ao lado e virtualmente.
Lágrimas que se misturam e se escondem nas gotas da chuva.
Dói a alma tantas páginas de histórias desterradas, em migração para sobrevivência e em busca de sonhos e liberdade.
Corrói a alma, os que “moram sem morar” nas ruas e praças, ao relento e frutos de uma sociedade, em números dia a dia em aumento.
Cenário de desmatamento, queimadas, frutos de práticas sem escrúpulos, onde se objetiva apenas o lucro, capital, pois isto tão apenas interessa.
Rios e matas e vales gemem em dores de parto, na espera da reconciliação, a fim de que sejam preservados como obra divina da Criação.
Lágrimas que se misturam e se escondem nas gotas da chuva.
É tempo de secar as lágrimas e deixar que as gotas da chuva venham fecundar nossa fé na Palavra do Senhor, que assim falou à viúva de Naim diante da morte de seu único filho:
“O Senhor ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe: ‘Não chores!’. Depois aproximando-se, tocou o esquife, e os que o carregavam pararam. Disse Ele então: ‘Jovem, Eu te ordeno, levanta-te” (Lc 7,13-14).
É tempo de ouvir o assobio do sopro da fé nos vãos de nossas janelas,
Que aos poucos vai se tornando um vendaval incontrolável de vigorosa fé.
Fé que, ainda pequena, como um grão de mostarda, move montanhas, que em Deus confia e se entrega, em resposta fiel e com o Reino comprometido.
Fé que ilumina os passos para que não tropecemos e nem os pés firamos, se a escuridão, teimosamente, se fizer no caminho.
Fé na promessa divina de que novo céu e nova terra, teremos e veremos, sem choro, dor, pranto, luto e lamento.
É tempo de secar as lágrimas, e deixar as gotas da chuva regar o chão fecundo do coração da humanidade.
É tempo de ouvir o assobio do sopro da esperança nos vãos de nossas janelas,
Que aos poucos vai se tornando um vendaval incontrolável de virtuosa esperança.
Esperança de ver a humanidade fortalecendo laços de fraternidade universal, em luminosa amizade social.
É tempo de secar as lágrimas com os raios do Sol Nascente;
É tempo de ouvir o assobio do sopro da caridade nos vãos de nossas janelas, que aos poucos vai se tornando um vendaval envolvente de caridade, abundante como chuva derramada em nós, porque assim é o amor de Deus.
É tempo incessante de ouvir o Apóstolo que nos diz:
“Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como bronze que soa ou como címbalo que tine. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, nada seria” (1 Cor 13,1-2)
Venha, Senhor, o tão esperado vendaval de fé, esperança e caridade.
Tão somente assim, promotores da beleza e sacralidade da vida, seremos.
Vossa luz faremos, pelas obras, resplandecer, porque assim é a fé que opera através da caridade (Gl 5,6), em renovada esperança contra toda falta de esperança. Amém.
PS: escrito em novembro de 2020
Vigiar e Orar
“A esperança não decepciona”
Jesus, a Verdade em Pessoa
Peregrinos da esperança, compromisso com a paz
Peregrinos da esperança, compromisso com a
paz
Na Mensagem para o 52º Dia Mundial das
Comunicações Sociais (2018), que teve como Lema “A verdade vos tornará livres” (Jo 8, 32), e como tema: – “Fake news e jornalismo de paz”, o Papa
Francisco nos apresentou uma oração inspirada na conhecida oração franciscana,
muito oportuna para que a retomemos e rezemos em todo o tempo: “Senhor, fazei de nós
instrumentos da Vossa paz.Fazei-nos reconhecer o
mal que se insinua em uma comunicação que não cria comunhão. Tornai-nos capazes de
tirar o veneno dos nossos juízos.Ajudai-nos a falar dos
outros como de irmãos e irmãs. Vós sois fiel e digno
de confiança;fazei que as nossas
palavras sejam sementes de bem para o mundo: onde houver rumor,
fazei que pratiquemos a escuta;onde houver confusão,
fazei que inspiremos harmonia;onde houver
ambiguidade, fazei que levemos clareza;onde houver exclusão,
fazei que levemos partilha;onde houver
sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade;onde houver
superficialidade, fazei que ponhamos
interrogativos verdadeiros;onde houver
preconceitos, fazei que despertemos confiança;onde houver agressividade,
fazei que levemos respeito;onde houver falsidade,
fazei que levemos verdade. Amém.” Vivamos Ano Jubilar (2025), como peregrinos da esperança e
comprometidos com a paz, afinal, como nos falou o Apóstolo Paulo: “A esperança
não decepciona” (cf. Rm 5,5).
O “imperativo da hora”
Dai-nos, Senhor, prudência e simplicidade de coração
Dai-nos, Senhor, prudência e simplicidade de coração
Sejamos enriquecidos pela Homilia da divina fonte da Tradição da Igreja: a Homilia do Bispo e doutor da Igreja, São João Crisóstomo (séc. IV). “Enquanto somos ovelhas, vencemos e ficamos por cima, seja qual for o número dos lobos que nos rodeiam. Se, ao contrário, formos lobos, seremos vencidos; não teremos a ajuda do pastor. Pois este apascenta ovelhas, não lobos; abandonar-te-á e te deixará, porque não lhe dás ocasião de mostrar seu poder.
O que o Senhor quer dizer é isto: Não fiqueis perturbados quando, ao vos enviar para o meio dos lobos, Eu vos ordeno ser como ovelhas e pombas. Eu vos poderia proporcionar o contrário: enviar-vos sem mal algum em vista, sem vos sujeitar ao lobo qual ovelha, porém, tornar-vos mais terríveis do que leões.
Convém que seja assim. Isto vos fará mais refulgentes e proclamará meu poder. Dizia o mesmo a Paulo: Basta-te minha graça, pois a força se realiza na fraqueza (2Cor 12,9). Fui Eu mesmo que estabeleci isto para vós. Ao dizer, pois: Eu vos envio como ovelhas (Lc 10,3), subentende: Não desanimeis por este motivo; Eu sei, certamente, Eu sei que assim sereis invencíveis.
Em seguida, para que não viessem a pensar que poderiam conseguir algo por si mesmos, sem demonstrar que tudo vem da graça, e, assim, não julgassem ser coroados sem méritos, diz: Sede prudentes como serpentes e simples como pombas (Mt 10,16).
Que vantagem terá nossa prudência entre tantos perigos? dizem eles. Como poderemos ter prudência, sacudidos por tantas ondas? Por maior que seja a prudência que uma ovelha possua, no meio de lobos, e de tão grande número de lobos, que poderá fazer?
Seja qual for a simplicidade de uma pomba, que lhe adiantará, diante de tantos gaviões ameaçadores? Para aqueles que não entendem, nada certamente. Para vós, porém, será de muito proveito.
Mas vejamos a prudência que aqui se exige: a da serpente. Esta expõe tudo, até mesmo se lhe cortam o corpo, não se defende, contanto que proteja a cabeça. Assim também tu, diz Ele, à exceção da fé, entrega tudo: dinheiro, corpo, até mesmo a vida.
A fé é a cabeça e a raiz; salva esta, tudo o mais que perderes, recuperarás depois ao dobro. Por isso, não ordenou ser só simples, nem só prudente; mas uniu as duas coisas, a fim de serem verdadeiramente uma força. Ordenou a prudência da serpente para não receberes golpes mortais; e a simplicidade da pomba, para não te vingares dos que te fazem o mal nem afastares por vingança os perseguidores. Sem ela, de nada vale a prudência.
E não pense alguém ser impossível cumprir este preceito. Mais do que todos, conhece Ele a natureza das coisas; sabe que a ferocidade não se aplaca com a ferocidade, mas com a brandura.” (1)
Sejamos fortalecidos para maior correspondência na realização do Projeto do Senhor, na construção do Seu Reino, para que de fato Ele reine em nossos corações e em todo o universo.
Se formos ovelhas do rebanho do Senhor, com Ele, venceremos todas as dificuldades, ameaças, provações, pois experimentaremos e testemunharemos o poder de Deus que age em nossa vida; de outro lado, não basta estar no rebanho, pois a falta de fidelidade e coerência de fé nos fará lobos, e então seremos vencidos.
Enviados como cordeiros em meio aos lobos, é a ocasião em que o Senhor manifesta a Sua graça em nossa fraqueza. Não há porque desanimar, com Ele, somos invencíveis, como o próprio Paulo afirmou, mais que vencedores (Rm 8, 37).
Urge que sejamos prudentes como as serpentes (não permitir o golpe mortal) e simples como as pombas (não fomentar a lógica da violência), a fim de que a ferocidade seja vencida com a brandura. Mantenhamos viva e intacta a fé, contra toda dificuldade e esperança.
Perseveremos no caminho da caridade, do amor, do perdão, que são marcas distintivas dos discípulos missionários do Senhor.
Supliquemos ao Senhor para que Ele nos dê, por Seu Espírito, a prudência e a simplicidade necessárias, para que continuemos a missão a nós confiada.
Oremos: Senhor nosso Deus,Que sois o refúgio na tribulação,Força na fraqueza e conforto no sofrimento,Concedei-nos a prudência e sabedoria necessárias,Para que, como membros do Vosso rebanho,Com coragem, combatendo o bom combate da fé,Um dia, a glória da eternidade mereçamos receber,E a Vossa glória celestial para sempre contemplar.Amém.
(1) Liturgia das Horas - Tempo Comum - Volume IV - pp.524-526
A beleza do Tempo do Advento (Ano A) (IDTAA)
Vigiar e orar em todo o tempo (IDTAA)
Vigiar e orar em todo o tempo
"Eis que venho em breve, trazendo comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo as suas obras." (Ap 22,12)
Num
amanhecer, entardecer ou anoitecer,
Não
sabemos a hora que Ele voltará:
Ele
que veio, vem e virá – Maranathá!
Em
poucos dias, iniciaremos o Tempo do Advento,
Marcado
pela leveza e suavidade dos fatos
Que
nos revelam a incansável ação divina.
Preparemos
a celebração do Natal do Senhor.
Mais
que presépios, luzes a piscar,
É
no coração que a Sua Luz deve brilhar.
E Ele virá de modo
inesperado,
Importa
a vigilância necessária:
Tempo
fecundo de preparação.
“Preparai
o Caminho do Senhor”,
Ressoará
para sempre a voz do Profeta,
Nas
ruas e praças de nossa cidade.
Será
a celebração do Natal do Deus Menino,
Que
veio, vem e virá, na fragilidade de sempre,
Para
caminhar conosco e iluminar nosso destino.
Soarão
alegremente, nas capelas e igrejas, os sinos.
Suores
de lutas e empenhos a serem derramados,
Deus
Se revelará na face de uma criança: frágil Menino. Amém.
Tempo do Advento: preparação para renascer o melhor de Deus em nós (IDTAA)












