“Assim acontece com quem ajunta tesouros
para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.
A Liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum (ano C) nos apresenta a Parábola do rico insensato (Lc 12, 13-21), na qual Jesus refere-se àquele homem, que acumulou bens e não pôde usufruir porque a morte é inevitável, com a palavra “insensato” (em outras traduções, “louco”).
A loucura ou insensatez consiste em:
- ser incapaz de perceber a verdadeira hierarquia dos valores, submetendo o eterno ao temporal, o celeste ao terreno;
- fazer com que o acúmulo de bens materiais se torne a causa maior da sua própria felicidade, fechando-se para os valores que são eternos, garantia de felicidade infinita;
- não conhecer a Deus, que tão somente pode ser conhecido quando O amamos e n’Ele permanecemos: “Todo aquele que me ama permanece em mim e Eu nele” (1Jo 3,24);
- não valorizar a presença e ação de Deus em nossa vida;
- não viver no Seu amor e não amar;
- não vivenciar a alegria da partilha dos bens e dos dons que se possui;
- fechar-se impedindo o crescimento mútuo e, consequentemente, tornar impossível a realização de um projeto comum de felicidade, não somente para o tempo presente, mas para a eternidade.
É sempre tempo de revermos o caminho trilhado na fidelidade ao Senhor, de refletirmos o ardor de nossa missão como batizados, tomando cuidado para não sermos insensatos/loucos como o homem da Parábola.
Um discípulo missionário do Senhor precisa ter sempre coragem de rever suas atitudes e valores, para que cada vez mais configurado ao Cristo Bom Pastor, com o coração seduzido, viva tão apenas uma “loucura”, a loucura da Cruz, a loucura do Amor, como tão bem expressou o Apóstolo Paulo (1 Cor 1,180.
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