Dom Otacilio F. Lacerda
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Fidelidade plena à Lei Divina
Vigilância e compromisso com o Reino
Esperemos vigilantes a segunda vinda do Senhor, abertos à Sabedoria divina, que é revelada aos pequeninos e escondida aos sábios e entendidos, é preciso que nos empenhemos em descobrir quais os talentos que o Senhor nos confiou para colocá-los a serviço do outro, por “um futuro mais sorridente”, mais esperançoso, mais fraterno.
Vigilância: tempo de amar e servir
Não podemos ser resignados, demissionários, gente entristecida, enfraquecidos pela preguiça e desorientados pelas dificuldades. Não há por que ficarmos aborrecidos e tampouco perdermos tempo no multiplicar os talentos que o Senhor nos confiou. Não importa quantos são, mas se os multiplicamos com intensa fidelidade e alegria.
No amor filial cada membro da comunidade não tem outra inquietação senão amar mais e mais, e verdadeiramente, colocando-se alegremente a serviço na construção do Reino. Nisto consiste a verdadeira sabedoria.
Multipliquemos os talentos que o Senhor nos deu
Trata-se de uma coleção de sentenças sobre a sabedoria, construída ao longo de vários séculos e atribuída a Salomão.
Indispensável, também, é a dependência de Deus; que quando autêntica, amplia a nossa liberdade e nos realiza plenamente.
A volta de Jesus se dará no final dos tempos, na parusia, mas enquanto isto, na espera, os dias sejam passados na vigilância e não no esmorecimento, deserção, fuga, mas vivendo coerentemente as opções do Batismo.
Ao contrário, é procurar caminhos e respostas para os mesmos, vivendo os ensinamentos de Jesus: os valores eternos para que o mundo seja transformado, no mais belo sentido da esperança, que é a serena expectativa.
num contexto do esquecimento e perda do entusiasmo inicial, a comunidade se instalara na mediocridade, rotina, comodismo, facilidades, desânimo, desinteresse e deserção.
O Evangelista acena para o horizonte final da história humana: a segunda vinda do Senhor, mas, enquanto isto, é preciso multiplicar os talentos que Ele nos confiou, pois Ele voltará e nos julgará conforme nosso comportamento em Sua ausência.
Agora é o nosso tempo, e com o nosso coração o Senhor continuará amando os últimos, os pecadores que estão a nossa volta.
Com nossos braços estendidos e mãos abertas o Senhor acolherá os que vivem na miséria, na busca do sentido, da acolhida, de um pedaço de pão, porque é com nossos pés que Ele continuará Se dirigindo ao encontro de cada pessoa que mais precisa.
- Há o tempo de Sua presença e comunicação dos dons; o tempo de Sua ausência e confiança em nós depositada e haverá o tempo de Sua volta. O que temos para apresentar?
- Não há lugar para cristãos apáticos e acomodados, é preciso ter coragem de arriscar. O que faço para que Cristo seja conhecido e amado?
- Quais são os talentos que Deus me confiou?
A centralidade do Cristo Ressuscitado em nossa vida
A
centralidade do Cristo Ressuscitado em nossa vida
Na passagem da Carta de Paulo aos Romanos (Rm 5,12-15), o Apóstolo Paulo nos
convida a refletir sobre a nossa condição humana.
minhada de fidelidade ao
Projeto de Deus que gera vida nova.
Como discípulos missionários, cremos que a Salvação vem pela fé em Jesus Cristo
e se destina a todos, indistintamente, porém, somente a fidelidade a Ele é
garantia de vida nova e plena; um dom, uma doação por amor à causa do Reino de
Deus.
Urge, portanto, centralizar e enraizar a nossa fé em Cristo Ressuscitado, e em
Sua Palavra, nutridos pelo Pão da Eucaristia, Pão da imortalidade, participante
ativamente da Igreja, em comunhão com os irmãos e irmãs, empenhados na missão
evangelizadora.
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valorizamos os princípios, momentos e espaços sagrados;
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procuramos fazer da família um santuário da vida;
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empenhamo-nos na construção de um mundo mais justo e fraterno, sem fanatismo e
respeito pelas diferenças;
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buscamos e nos abrimos à sabedoria que vem do alto e enfrentaremos toda e
qualquer dificuldade;
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nosso coração fica ardente, porque Ele tem a Palavra que abrasa o coração;
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saberemos usar as coisas que passam e abraçamos as que não passam; que nos
conduzem à eternidade.