domingo, 27 de agosto de 2023

Senhor, sois para mim...

Senhor, sois para mim...

Senhor, sois para mim o Messias desde sempre esperado,
E na plenitude dos tempos, na história da humanidade encarnado;

O descendente de Abraão,
E exulto por Vos conhecer, crer e testemunhar.

Sois muito mais do que Moisés,
Pois por ele veio a Lei, por Vós, Amor e fidelidade.

Sois o Filho de Davi prometido,
A quem clamo Hosana no mais alto dos céus;

A grande promessa por Deus feita,
E em nada decepcionastes a promessa, em fidelidade incondicional.

Senhor, sois a Divina Fonte da Sabedoria,
Muito mais que qualquer humano, até mesmo Salomão;

Mais do que João Batista,
Porque ele a voz no tempo, Vós a Palavra eterna, desde sempre...

Sois a máxima expressão do Amor de Deus,
Que, desde sempre, pelos Profetas anunciado, promessa realizada;

Aquele que entra em nossos sonhos e desejos,
Não para sufocá-los, mas para ampliá-los, elevá-los e realizá-los.

Sois o Dom do Pai ao mundo enviado,
E para sempre em nosso meio, com o Santo Espírito, Ressuscitado.

Sois o Amor perene e irrevogável,
Que suporta inconstâncias e infidelidades;

A Palavra que se fez Carne,
Palavra que vivifica e garante a perfeita liberdade;

Sois a revelação maviosa de Deus Pai,
Pois disseste: “quem me vê, vê o Pai que me enviou”.

Sois um Deus incompreendido, rejeitado,
Que espera como resposta tão apenas ser amado;

Um Deus que Se fez homem, por Amor
Entrastes no mundo com humildade e o transformou, renovou...

Sois a mais bela História da Salvação Divina,
E a cada dia que vivo, posso escrever uma página nesta história.

Sois Aquele que, assumindo a natureza humana,
Sem pecado, a elevou a uma esfera mais alta, a desejada esfera divina.

Senhor, sois para mim o meu Tudo,
Porque sem Vós, sou simplesmente nada.

Sois Aquele de quem ainda que muito tenha falado
Ainda nada disse, porque Mistério inesgotável;

Aquele que está sempre comigo.
Quantas vezes esta presença suave tenho sentido:

Presença na Palavra e no Pão,
Mas também presença em cada irmã e irmão.

Sois Aquele que me chama,
Me envia, me acompanha no carregar da cruz;

Aquele que não me deixa desfalecer,
Porque há um mundo a ser iluminado, fermentado.

Senhor, sois Aquele que não permite minha insipidez,
Porque há um mundo que precisa o sabor de Deus conhecer.

O Senhor nos envia em missão (XXIDTCA)

O Senhor nos envia em missão

Com a Liturgia do 21º Domingo do Tempo Comum (Ano A), refletimos sobre dois temas fundamentais da vida cristã: Cristo e a Igreja, a partir da pergunta de Jesus: “Quem sou Eu para vós?”.

A passagem da primeira Leitura do Profeta Isaías (Is 22,19-23), apresenta-nos um  episódio doméstico da vida do palácio, retratado pelo Profeta Isaías.

O Profeta, homem culto, decidido, enérgico, embora participando das decisões relativas à condução do reino, fala com autoridade aos altos funcionários do palácio e reis; mas sem apoiar as classes altas, de modo que os seus maiores ataques são dirigidos aos grupos dominantes, autoridades, juízes, latifundiários, políticos, mulheres da classe alta que vivem num luxo escandaloso.

O episódio refere-se a Sobna, que será substituído de suas funções de administrador do palácio e substituído por Elyaquim, exatamente porque o primeiro talhou para si um sepulcro, no alto, e cavou para si, na rocha, um mausoléu (Is 22,16). Gastou dinheiro do povo em futilidades num momento difícil.

Elyaquim recebe as chaves do palácio. Importante ressaltar o simbolismo das chaves, porque como mordomo do palácio, entre outras atividades, administrava os bens do soberano, fixava a abertura e o fechamento das portas e definia quais os visitantes a introduzir junto do soberano.

Podemos fazer aqui um paralelo com as chaves confiadas a Pedro por Jesus, na passagem do Evangelho, como veremos.

Pedro tem a autoridade, e com isto deve ser um pai para aqueles sobre quem se tem responsabilidade e promover o bem de todos, com solicitude, amor e justiça.

Oportuno para refletirmos sobre o exercício do poder que se traduz num serviço à comunidade, com solicitude, bondade, compreensão, tolerância e misericórdia. Jamais se pode colocar os interesses próprios acima dos interesses do bem comum.

O serviço da autoridade não é uma questão de poder, mas de amor: impensável o exercício de cargos de responsabilidade, e na vida da comunidade, ministérios e serviços se não for decididamente guiado pelo amor.

Esta é a lógica que deve nortear o poder civil, assim como nos âmbitos da comunidade que professa a fé no Senhor Jesus.

Na passagem da segunda Leitura (Rm 11,33-36), o Apóstolo Paulo eleva a Deus um hino de louvor, exaltação do desígnio salvador de Deus, que possui toda riqueza, sabedoria e ciência (v.33).

Como o Apóstolo, fiquemos abismados diante deste Deus e nos entreguemos com toda confiança em Suas mãos, acolhendo humildemente Sua Palavra e seguindo, com simplicidade e amor, o caminho que Ele nos propõe.

Mergulhar na infinita grandeza de Deus, abismados na contemplação de Seu Mistério, precedido pela reflexão e reconhecimento de Sua riqueza, sabedoria e ciência, nos possibilitará ver Deus, não como um concorrente, mas como um Pai cheio de amor; e, assim, afastar de nós toda autossuficiência e orgulho, e corresponder com gratidão aos tantos dons com os quais nos enriquece.

Na passagem do Evangelho (Mt 16,13-20), podemos falar em duas partes: a primeira mais cristológica: Jesus é o Filho de Deus; e a segunda mais eclesiológica: sobre a missão confiada por Jesus a Pedro, a missão da Igreja.

Jesus interrogando sobre a Sua identidade não quer medir a Sua quota de popularidade; ao contrário, é para tornar as coisas mais claras para os discípulos, para uma consciente adesão; e, assim, confirmá-los na missão, confiando a Pedro em primeiro plano, esta missão de conduzi-los, por isto lhe são entregues as chaves do Reino para ligar e desligar.

Este é o real simbolismo da entrega das chaves, mencionado na reflexão da primeira Leitura: Jesus nomeia Pedro para administrador e supervisor da Igreja, com autoridade para interpretar Suas palavras, bem como de adaptar os ensinamentos às novas necessidades e situações, e de acolher ou não novos membros na comunidade.

Também nós somos interpelados por Jesus: “Quem sou Eu para vós?”.

A resposta deve contemplar a realidade: alguém que é mais do que um homem, um ídolo, um revolucionário, uma pessoa de sabedoria incomum...

A nossa resposta tem que ser a de Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”.

Ele é o esperado, que traz vida para o tempo presente e todo tempo; e mais que isto, para a eternidade.

Somos convidados, na renovação de nossa fé, a fortalecer nossa pertença à Igreja, revigorando a dimensão profética e missionária de nossa fé, sem desânimos, fraquezas e esmorecimentos.

Como discípulos missionários do Senhor, abismados pelo Amor de Deus, a quem glorificamos e tributamos toda honra, glória, poder e louvor, porque possui toda ciência, riqueza, poder, sabedoria, continuar o caminho que iniciamos no dia de nosso Batismo.

Bem falou o então Papa Bento XVI sobre este convite de renovação do encontro pessoal com Jesus Cristo, quando tomamos a decisão de nos deixar encontrar por Ele, de procurá-Lo dia a dia sem cessar:

−“Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”  (cf. n. 7 da EG).

Mais que uma resposta, renovação e adesão e fortalecimento para a missão de discípulos missionários, para que construamos uma Paróquia com um rosto novo em contínua conversão, para que seja comunidade de comunidades, em que se sacia do Pão da Palavra, da Eucaristia e da Caridade.

“No nosso mundo, onde tudo aparece sempre provisório e discutível, uma caminhada de fé, sólida precisa de uma referência clara. Por isso, o serviço de Pedro e dos seus sucessores é preciso e deve ser acolhido como uma dádiva.” (1)


Oremos:

Pai Santo, fonte de sabedoria,
no testemunho humilde do Apóstolo Pedro
Colocastes o fundamento da nossa fé.
Concedei a todos os homens e mulheres, a luz do Vosso Espírito,
Para que, reconhecendo em Jesus de Nazaré,
O Filho do Deus vivo, se tornem pedras vivas
Para a edificação da Vossa Igreja. Por N.S.J.C.Amém.


PS: Fonte de pesquisa - www.Dehonianos.org/portal
(1) Lecionário Comentado – p. 183

Testemunhar a quem tanto amamos (XXIDTCA)

 


Testemunhar a quem tanto amamos

Na Liturgia do 21º Domingo do Tempo Comum (Ano A), ouvimos a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 16,13-22), e somos interpelados por Jesus: – “E vós, quem dizeis que Eu sou?” (Mt 16,15)

A nossa resposta deve contemplar a realidade de alguém que é mais do que um homem, um ídolo, um revolucionário, uma pessoa de sabedoria incomum...

Nossa resposta deve ser a de Pedro – “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).

De fato, é Aquele que fora esperado que trouxe vida para toda a humanidade em todo o tempo, e mais que isto, vida eterna.

Somos convidados a renovar a nossa fé e aprofundar nossa pertença à Igreja, revigorando a dimensão profética e missionária recebida no dia do batismo.

Afastemos todo desânimo; sejamos revigorados em nossas fraquezas, sem vacilar na fé, esmorecer na esperança e esfriar na caridade.

Avancemos para águas mais profundas (Lc 5,1-11), alegres e convictos pela Salvação, que deve ser elemento constitutivo de nossa caminhada de discípulos missionários, comprometidos com a Boa Notícia do Reino de Deus.

Ser Catequista

                                                       


Ser Catequista

É ter um encontro pessoal com Cristo e senti-Lo junto de si como luz que aquece o coração e impulsiona o nosso viver ao encontro do irmão, com o desejo de deixá-Lo transparecer na singeleza de um sorriso, na troca de um olhar, num aperto de mão;

É sentir o coração arder pela Palavra e não se caber de contentamento ao transmiti-la às crianças, aos jovens e a tantos adultos que possam cruzar o seu caminho, transformando-a em uma fonte cristalina, que sacia os sedentos, numa transformação profunda de fé;

É dar testemunho de confiança no Amor de Deus revelado em Seu Filho Ressuscitado e presente na Eucaristia, que sustenta e  faz crescer a esperança de que é possível chegar a um mundo harmonioso, na fidelidade aos Seus ensinamentos;

É não perder de vista a vida missionária, comunicando luz em qualquer escuridão, entendendo que cada ser humano foi criado para vida plena e bela, num incessante exercício de Oração, confiança e esperança;

É viver a disponibilidade, acreditando que Deus não escolhe os instruídos, mas instrui e prepara os escolhidos;

É não ter medo e, assim como Maria que, na sua simplicidade, aceitou fazer parte dos Planos de Deus, trazendo ao mundo o Seu Filho, ter coragem e determinação de anunciar o Filho de Deus.

Celebraremos ncom a Igreja, o Dia do Catequista, e glorificaremos a Deus por todos os Catequistas que não medem esforços para anunciar o Evangelho, lembrando, de modo especial, aqueles que, tendo combatido o bom combate da fé, encontram-se na glória de Deus.

“Cristo está no coração da Catequese”

                                                           


                        
“Cristo está no coração da Catequese”

O Catecismo da Igreja Católica, nos parágrafos 426/429, nos apresenta uma Pessoa no coração da Catequese, que é Jesus de Nazaré, o Filho único do Pai, que sofreu e morreu por nós, e que agora ressuscitado, vive conosco para sempre.

Na catequese, portanto, é Cristo, o Verbo Encarnado e Filho de Deus, que é ensinado; e tudo o mais se diz referência a Ele.

Deste modo, segundo o Catecismo, catequizar consiste em:

- revelar, na Pessoa de Cristo, todo o desígnio eterno de Deus;

- procurar compreender o significado dos gestos e das palavras de Cristo e dos sinais por Ele realizados;

- levar à comunhão com Jesus Cristo, pois, somente Ele pode levar ao amor do Pai, no Espírito, e fazer-nos participar na vida da Santíssima Trindade.

Ainda, segundo o Catecismo, é tão somente Cristo que ensina, e nós somos porta-vozes. Deste modo, o/a catequista precisa:

- procurar o conhecimento de Jesus Cristo;

- aceitar perder tudo para ganhar Cristo e encontrar-se n'Ele e conhecê-Lo; 

- crer na força da Sua ressurreição e participar na comunhão com os Seus sofrimentos;

- conformar-se com Ele na morte, na esperança de chegar a ressuscitar dos mortos (Fl 3, 8-11);

- fazer brotar em si o desejo de anunciar Jesus Cristo, evangelizando e levando os outros ao sim da fé n’Ele;

- conhecer o Símbolo da fé (Creio) e as verdades nele contidas.

Supliquemos a Deus o fortalecimento de nossos/as catequistas na graça desta missão, sempre assistidos e conduzidos pela ação do Espírito Santo.

Catequistas, eu os vejo, ouço e sinto...

                                                       

Catequistas, eu os vejo, ouço e sinto...

Eu os vejo subindo e descendo o Monte Sagrado para o encontro com o Senhor em cada Banquete Eucarístico, e descendo com o coração inflamado de amor.

Vejo os catequistas aprofundando este relacionamento de intimidade e amizade com Jesus, o Divino Mestre, manso e humilde de coração, que nos convida a Ele nos voltarmos, porque Seu fardo é leve e Seu jugo suave, no Mistério da Cruz carregada, precedida e acompanhada das necessárias renúncias para segui-Lo.

Vejo os catequistas como exemplos de fidelidade, amor e sensatez; testemunhas de uma fé vigilante, vivendo constantemente na presença de Jesus, a Luz que ilumina a vida de toda a humanidade e não permite que vivamos nas trevas do erro.

Vejo os catequistas testemunhando uma fé cada vez mais vigilante e ativa, tornando-se luz para as pessoas, de modo que todos nos sintamos amados por Deus.

Ouço os catequistas comunicando aos catequizandos a graça do encontro de fé com o Senhor, que deu a eles, e dá a todos, um novo sentido para o existir, porque os horizontes são alargados; renova-se a esperança e fortalece a chama da caridade.

Ouço os catequistas falando deste encontro, e tudo fazendo para que os catequizandos também aprendam e o realizem em toda a vida, porque é o mais sublime dos encontros: um diviníssimo encontro que nos permite escrever sempre belas e iluminadas linhas da história.

Sinto a presença deles, mesmo que na glória já estejam, celebrando sua memória na Ceia Eucarística, assim como sinto a presença dos primeiros catequistas, nossos pais, que nos acompanham desde a concepção, quando nos falaram de Deus, com gestos e palavras de amor, para que o Deus Uno e Trino conhecêssemos e a Mãe Santíssima em todos os momentos recorrêssemos.

A estes dedico estas palavras, expressando carinho, reconhecimento e todo afeto, regados com oração de gratidão a Deus pelos que foram, são e serão sempre em minha vida: vejo, ouço e sinto suas presenças, que me revelam a presença de Deus, a quem tanto amam, do Senhor a quem deram seu sim, como discípulos missionários, assistidos com a luz do Seu Santo Espírito. Amém.

Ser Catequista: cativar e cultivar

                                                         

Ser Catequista: cativar e cultivar

Ser Catequista é conjugar estes dois verbos: cativar e cultivar.

Cativar:

É manter atitude de abertura, alegre e acolhedora; não ser um corpo estranho e indiferente dentro da própria comunidade, mas marcar presença nela, assumindo-a com amor e entusiasmo; trazê-la na mente e no coração, mesmo com todas as dificuldades próprias. Entusiasmo significa ter Deus dentro de nós.

Dentro da comunidade, anunciar, catequizar, animar um grupo de pastoral irradiar a luz de Deus que habita dentro de nós, cativando sempre novas pessoas para Aquele que anunciamos: Jesus.

Como é triste e melancólica a pregação quando aquele que anuncia o Evangelho de Cristo, não deixa a Luz d’Ele transparecer, e agravado, quando não acompanhado do testemunho.

Cultivar:

É cuidar da nossa chama batismal, para que nunca se apague. Quantos não vivem seu Batismo, e encontram-se desvinculados de uma Comunidade de irmãos e irmãs.

A graça do Batismo vivido também deve ser acompanhada da vigilância, abastecendo nossas lâmpadas com o óleo da justiça, da verdade, do amor, até que Ele venha.

É preciso fundamentar uma espiritualidade comprometida com Jesus de Nazaré; vivendo a vida segundo Seu Espírito, no autêntico amor a Deus, que passa necessariamente pelo outro, de modo preferencial pelos pobres. 

Deste modo, espiritualidade não é sinônimo de fuga e alienação, mas compromisso com o Deus da Vida e Seu Reino e com o fortalecimento da esperança todos os dias.

A humanidade não sobreviverá sem os ideais de liberdade e justiça; sem aqueles que dedicam sua vida a eles, até mesmo passando pelo martírio, como expressão máxima.

Somente enfrentando a desesperança é que alcançaremos a verdadeira esperança. E a História da Igreja tem inúmeros testemunhos.

Oportunas são as palavras do Apóstolo Paulo:

“Esperando contra toda humana esperança, Abrão acreditou e tornou-se o pai de muitas nações, conforme foi dito a ele...” (Rm 4, 18s).

Cativar e cultivar, dois grandes desafios: cativar é o primeiro momento de todo relacionamento, mas cultivar implica em dedicação, tempo, disciplina, atenção, oração, solidariedade, presença ainda que não física, porque às vezes humanamente impossível, mas a presença espiritual sempre.

Ser Catequista é participar da Evangelização, e esta  será coroada de êxitos se não descuidarem de cativar, e não se omitirem no cultivar. Assim frutos saborosos serão colhidos, se este dois verbos, além de conjugados, forem nos relacionamentos concretizados.

Catequistas, cativem e cultivem amizades sinceras no Senhor!

PS: Reflexão escrita quando retornei da missão, na Diocese de Ji-Paraná - RO (2000-2002).

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