quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Os Dons do Espírito e as Eleições (1)


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   Os Dons do Espírito e as Eleições 

Invoquemos a luz do Santo Espírito, para que façamos sábias escolhas nas eleições Municipais (Prefeito, Vereador), tornando mais humana e fraternas nossas cidades, oferecendo condições melhores de vida para todos, sem feridas insanas de desigualdade, pobreza, violência e exclusão.

Senhor, dai-nos o dom da SABEDORIA, para que aprendamos e nos comprometamos decididamente com um Projeto de vida e paz, e assim sejamos iluminados para governar nossa vida segundo os desígnios divinos, revelados pelos sagrados Mandamentos,  sentindo e dando gosto de Deus à vida.

Dai-nos, o dom do ENTENDIMENTO, para discernir o que é justo e bom, sem ilusões e erros, de modo que nossos pensamentos e sentimentos e ações se tornem a expressão do viver para Deus, que conosco sempre estais, jamais nos desamparando.

Senhor, dai-nos o dom do CONSELHO, para que nos empenhemos na correspondência à vossa vontade, vivendo e ensinando sagrados valores com sinceridade, pureza e retidão de coração, participando da realização do plano divino de salvação, na mais perfeita sintonia entre o que celebramos e vivemos, jamais separando a fé da vida quotidiana.

Sejamos enriquecidos pelo dom da FORTALEZA, e cumulado de graça divina, intensificando e aprofundando nossos momentos de intimidade Convosco, na oração, mas de modo especialíssimo no sublime Sacramento da Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã; vivendo com fidelidade o Mandamento do Amor, que se expressa concretamente no amor ao próximo; testemunhando a fé, com serenidade e firmeza.

Senhor, agraciados pelo dom da CIÊNCIA, busquemos o conhecimento pleno da verdade do Evangelho do Reino, com docilidade ao Espírito nas mais diversas situações, agradáveis ou não, favoráveis ou adversas, sem lamentações estéreis, mas com olhar e compromisso renovados, porque acompanhados da fina flor da esperança.

Renove em nós o dom da PIEDADE, para que correspondamos ao Vosso amor, numa profunda comunhão Convosco, acompanhado de maior fidelidade às Sagradas Escrituras, tornando-nos mais fraternos e solidários, comprometidos com a promoção da justiça e da paz, para que misericordiosos como o Pai o sejamos.

Finalmente, Senhor, com o dom do TEMOR, solidifiquemos nossa relação filial para com Deus, adorando-O em espírito e verdade, buscando, em primeiro lugar, o Seu Reino e a Sua justiça, e assim, tudo mais nos será acrescentado.

PS: Escrito em setembro de 2020


Os dons do Espírito e as Eleições (2)



Os dons do Espírito e as Eleições

Acontecerá no final deste ano as Eleições Municipais para a escolha de Prefeitos/as e Vereadores/as.

Fundamental que multipliquemos nossas reflexões para o discernimento em nossas escolhas, tendo como fonte a Sagrada Escritura, através da qual Deus fala, conduz e ilumina nossos passos.

Como tão bem expressou o Bispo e Doutor Santo Agostinho (séc. V), ”A Sagrada Escritura é para nos ajudar a decifrar o mundo; para nos devolver o olhar da fé e da contemplação, e transformar a realidade numa grande revelação de Deus”.

Entretanto, tudo isto somente acontece quando acolhemos a presença do Espírito Santo, que torna possível a autêntica comunicação que gera comunhão: “Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava.” (At 2, 3-4).

Como em Pentecostes, o Espírito de Deus permanentemente nos enriquece e nos assiste com os sete dons:

Com o dom da Sabedoria, aprendemos e nos comprometemos decididamente com um Projeto de vida e paz, e somos iluminados para governar nossa vida segundo os desígnios divinos, a nós revelados pelos seus sagrados Mandamentos,  sentindo e dando gosto de Deus à vida.

Discernimos com o dom do Entendimento o que é justo e bom, sem ilusões e erros, de modo que nossos pensamentos e sentimentos e ações se tornam a expressão do viver para Deus, que conosco sempre está, jamais nos desamparando.

Empenhamo-nos com o dom do Conselho na correspondência à vontade amorosa de Deus, vivendo e ensinando sagrados valores com sinceridade, pureza e retidão de coração, participando da realização do plano divino de salvação, na mais perfeita sintonia entre o que celebramos e vivemos, jamais separando a fé da vida quotidiana e seus combates necessários.

Enriquecidos pelo dom da Fortaleza, somos cumulados da graça divina, intensificando e aprofundando nossos momentos de intimidade com Deus, na oração, mas de modo especialíssimo no sublime Sacramento da Eucaristia, fonte e ápice da vida cristã; vivendo com fidelidade o Mandamento do Amor, que se expressa concretamente no amor ao próximo; testemunhando a fé, com serenidade e firmeza.

Buscamos, agraciados pelo o dom da Ciência, o conhecimento pleno da verdade do Evangelho do Reino, com docilidade ao Espírito nas mais diversas situações, agradáveis ou não, favoráveis ou adversas, sem lamentações estéreis, mas com olhar e compromisso renovados, porque acompanhados da fina flor da esperança.

Renovamos com o dom da Piedade, a cada momento, nossa resposta de amor a Deus, numa profunda comunhão com Deus, acompanhado de maior fidelidade às Sagradas Escrituras, tornando-nos mais fraternos e solidários, comprometidos com a promoção da justiça e da paz, para que misericordiosos como o Pai o sejamos.

Finalmente, com dom do Temor, solidificamos nossa relação filial para com Deus, adorando-O em espírito e verdade, buscando, em primeiro lugar, o Seu Reino e a Sua justiça, e assim, tudo mais nos será acrescentado.

Como Igreja, comunidade de comunidades, vivendo a graça do batismo, como profetas, sacerdotes e reis, a Palavra de Deus há de estar não somente em nossas mãos, mas entranhada em nossa mente e coração, orientando nossos pensamentos, palavras e ações, para que afastemos todo medo, covardia, indiferença ou omissão.

Cremos piamente que, pelo Espírito assistidos, viveremos a graça da missão que o Senhor nos confia, conservando uma alma cristalina, a generosidade de coração, na plena comunhão com o Deus Uno e Trino.

Enfim, invoquemos a luz do Seu Espírito, neste tempo que antecede as Eleições, para que façamos sábias escolhas, e renovemos compromissos sagrados com a transformação da dura realidade que vivemos, sobretudo para que nossas cidades se tornem mais humanas e fraternas, oferecendo condições melhores de vida para todos, sem feridas insanas de desigualdade, pobreza, violência e exclusão.


PS: Escrito em setembro de 2020


Eleições: tempo de Oração e compromisso!


Eleições: tempo de Oração e compromisso!

Em todo tempo, mas de modo especial nas Eleições Municipais, é  oportuno estar atento aos acontecimentos para que, quando chegar o momento, tenhamos claro quem devemos apoiar, quem pode bem nos representar.

Pouco a pouco, através de uma vida de oração intensa, nos amadurecemos para escolhas sensatas que estabeleçam o vínculo indissolúvel entre a fé e a vida, prevalecendo o testemunho cristão no quotidiano, afim de que sal da terra e luz do mundo o sejamos.

E, indubitavelmente, é da Palavra Divina que provém a Sabedoria necessária para tão importante decisão, pois ela nos apresenta critérios e princípios que não podem ser esquecidos em nossas escolhas...

Iluminados pela Palavra, nossos olhos sem abrem à realidade que precisa ser decifrada, compreendida e, muito mais que isto, transformada.

Deste modo, é inconcebível que votemos em quem não tenha uma história de comprometimento com a vida do povo, sobretudo dos excluídos; em alguém que não se posicione claramente e sem medo contra a prática do aborto; sem compromissos éticos, ecológicos...

As Eleições se constituem num grande momento, a grande hora para nossas Cidades: Palavra de Deus na mão, na mente e no coração.

É tempo de graça e sagrado compromisso, de oração, discernimento e escolhas, sem jamais esquecermos que a mais profunda e consequente oração não pode prescindir da Sagrada Escritura, fonte genuína e inesgotável que sacia nossa sede de amor vida e paz.

Alimentemo-nos com as palavras do Apóstolo Pedro:

Mas nós, segundo a Sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pd 3,13), deixemo-nos guiar, sem medo algum, pela Palavra de Deus.

Aguardar este novo céu é incansável compromisso com a justiça, sinalizando o Reino por Jesus inaugurado, na perfeita realização do Mandamento que o Sublime Mestre e Divino Salvador nos deu “... e amarás o teu próximo como a ti mesmo." Lc 10,27

Se pautarmos nossos pensamentos, compromissos e toda ação, pela Oração, em cada voto decidido, um raio da Luz Divina irradiará de nosso coração!

PS: Escrito com vistas às Eleições Municipais (2020).

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Uma fé viva e luminosa


Uma fé viva e luminosa

A autêntica fé em Jesus Cristo, nosso Senhor, não permite que O reduzamos a um personagem histórico, simplesmente, ou a um mero objeto da razão humana.

A fé cristã é, definitivamente, o encontro com uma Pessoa viva, que só pode ser verdadeiramente conhecida através do encontro e do relacionamento.

Conhecemos verdadeiramente Jesus quando realizamos, na própria vida, a experiência do Ressuscitado, presente e atuante em nossa história pessoal e comunitária.

Quando descobrimos que Cristo não é apenas o sobrenome de Jesus, descobrimos quem Ele é verdadeiramente: o Messias, o Ungido de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Deus Encarnado, o Redentor de toda a humanidade.

Evidentemente, esta descoberta precisa ser de forma  existencial, de modo que essas verdades não sejam um conjunto de palavras teóricas e vazias; uma ideologia, mas manifestem o que Jesus significa em nossa vida, porque determinam todo o nosso pensar, sentir e agir, porque a Ele totalmente configurados e plasmados pelas mãos divinas com o Sopro do Espírito.

E tendo recebido o Batismo, incorporados à Igreja como pedras vivas e escolhidas, também recebemos dos Apóstolos a herança celeste, e agradecemos a Deus, nosso Pai, todos os Seus dons; e a Trindade, Una e Santa, glorificamos:

Pela Mesa do Corpo e Sangue, que recebemos por intermédio dos Apóstolos e que por ela somos alimentados e vivemos, assim como  pela Mesa da Palavra Divina, preparada para nós pelos Apóstolos,  recebemos luz e alegria.

Com a Igreja santa e pecadora que somos, edificada sobre o fundamento dos Apóstolos, formamos um só Corpo e recebemos todos os Sacramentos indispensáveis para a nossa vida:

O Batismo, para sermos iluminados, banhados, renovados, e como templos do Santo Espírito, marcados por este Divino Selo.

Eucaristia, que nos alimenta e nos revigora, Pão para o Caminho, Pão de Eternidade, Antídoto para não morrer, remédio para nossas enfermidades.

A Crisma, que nos enriquece com o Espírito Santo e Seus sete Dons: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor.

Penitência, para comunicar o perdão divino, reconciliando o penitente com Deus, com seus irmãos e irmãs, com toda a Comunidade, manifestando que a misericórdia divina é infinitamente maior que nossas misérias.

Matrimônio, para constituir uma família, pequena Igreja Doméstica, Santuário da vida, berço de vocações.

Ordem, para conduzir o rebanho do Senhor e orientá-lo com a Santa Palavra e alimentá-lo com a Santa Eucaristia, e tudo mais, que é próprio do Ministério Presbiteral, e deve estar nas entranhas do coração de cada padre, pela unção, no dia de sua Ordenação.

Unção dos Enfermos, para manifestar a força e o amor de Deus também na debilidade, na fraqueza, na enfermidade, e em todos os momentos.

Com uma fé viva e luminosa, tenhamos a esperança renovada em cada amanhecer, para se transformar em gestos concretos de amor que nos eternizam.

Com a Sabedoria do Espírito, busquemos o Reino de Deus

 Com a Sabedoria do Espírito, busquemos o Reino de Deus

Na Liturgia da Palavra da quarta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum, ouviremos as Parábolas da pérola, do tesouro escondido, sobre o Reino de Deus, questionando nossas prioridades diante de Jesus.

É preciso que o Reino seja para nós o valor supremo e que, a exemplo de Salomão, peçamos a sabedoria para fazer as devidas escolhas, sem nos prendermos aos valores efêmeros, passageiros, mas aos valores eternos.

A súplica de Salomão (1 Rs 3,5.7-12), questiona nossas súplicas: ele pediu um coração sábio para governar com justiça.

Enquanto oração foi perfeita, leva-nos a refletir sobre o que pedimos, o que recebemos de Deus e o que fazemos com o que recebemos. 

A Salomão, Deus acrescentou riqueza, glória, longa vida. Deus nunca deixará faltar nada, mas bem sabemos que Salomão foi seduzido pelos valores passageiros, e é para nós, em todos os tempos, um sinal de advertência para que não incorramos no mesmo erro.

Vivemos numa constante decisão entre o ilusório ou real, passageiro ou eterno, sendo assim podemos nos questionar sobre o que, de fato, fundamenta nossa felicidade.

Voltando às Parábolas exclusivas de Mateus que tinha diante de si uma comunidade imersa na monotonia, na falta de empenho, numa vivência morna da fé, logo, pouco exigente e comprometida.

Colocava-se uma questão fundamental: como perseverar diante das perseguições e hostilidades, dificuldades que vão se apresentando na caminhada da comunidade?

Aqui está a beleza das Parábolas: revigoram o ânimo, reavivam o entusiasmo, ajudam no discernimento e fortalecem no seguimento.

A comunidade deve ver no Reino a grande pérola ou tesouro pelo qual todo sacrifício deve ser feito e toda renúncia não será em vão.

É preciso rever a escala de valores que pautam nossa vida, o que nos seduz, o que consome nossas forças, nosso tempo; bem como refletir sobre a alegria que devemos ter por sermos instrumentos, colaboradores na realização do Reino.

Na conclusão do Evangelho os discípulos são chamados a compreender, acolher o novo ensinamento proposto, num renovado compromisso e empenho.

Deste modo, o Reino de Deus é o nosso maior tesouro. Participemos de sua realização como herdeiros da graça em Cristo Jesus pelo Espírito Santo no amor do Pai.

Renúncias, relativizações, discernimentos são para nós pedidos, para que não nos percamos no que é efêmero, passageiro, ilusório,  buscando o que é eterno.

É preciso buscar e se abrir a Sabedoria divina para acolher e compreender e se comprometer com o Reino.

Devemos renunciar de modo absoluto ao pecado, como assim prometemos no dia de nosso Batismo, e para melhor servir ao Reino renunciar àquilo que não é mal em si (riquezas, prestígio, poder). 

Temos um valor maior, sermos instrumentos do Reino vale muito mais do que tudo isto.

Reflitamos:

- O que pedimos quando dizemos: “Venha a nós o Vosso Reino”?
- Qual tem sido o conteúdo de nossas súplicas?

- Temos consciência de nosso papel na realização do Reino? 
- Como Igreja, estamos a serviço do Reino?

- Sentimos alegria contagiante ao trabalhar para que o Reino de Deus aconteça?

O melhor Ele já nos deu: O Espírito Santo e os sete Dons: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade e Temor de Deus.

Empenhemo-nos alegremente na construção do Reino, o Espírito nos assiste, a Sabedoria nos é comunicada incessantemente.  Saibamos fazer as renúncias necessárias pelo mais Belo Tesouro - Jesus.

A cidade, seus clamores e a missão Presbiteral

A cidade, seus clamores e a missão presbiteral

 

As grandes cidades enfrentam os inúmeros problemas de nosso tempo, principalmente porque vivemos em mudança de época, muito mais do que uma época de mudanças.

 

Diante disto, uma questão fundamental: qual a missão do presbítero na cidade, bem como das comunidades que lhes são confiadas?

 

Não é uma resposta simples de ser dada, porém não podemos ceder à falta de coragem de buscar e de nos abrirmos ao Espírito para novas e necessárias respostas.

 

Na realidade, por vezes, árida e sórdida da cidade é missão do Presbítero primeiramente construir comunidades verdadeiramente eucarísticas, que se nutram do Pão da Palavra e da Eucaristia, o que consequentemente possibilitará que ele e todos façam uma profunda experiência de comunhão e amizade com o Senhor, em intimidade e apaixonamento visível pela Palavra que anuncia e denuncia, pelos exemplos, sinais no mundo de vitalidade e profecia.

 

O encontro com o Senhor não é apenas o conhecimento d’Ele e de Suas ideias, mas a configuração da vida a Ele e ao conteúdo de Seu ensinamento e vivência, alcançando a maturidade paulina:

 

“Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim.” (Gl 2,20), e ainda: “Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo.” (Fl 2,5).

 

Em decorrência desta espiritualidade eucarística, o Presbítero ajudará a comunidade no processo de santificação e de solidificação da família, a fim de que esta seja como uma escola dos valores cristãos, dos valores humanos e universais, e nela se formem excelentes cristãos e também excelentes cidadãos.

 

Colocando-se solidariamente ao lado dos mais empobrecidos, em alegre acolhida do outro, em constante processo de conversão pessoal, comunitária e social, o presbítero não deve se restringir aos espaços internos da comunidade, pois a evangelização desconhece limites e fronteiras.

 

Neste sentido, não pode ele se omitir no anúncio do Verbo nos diversos meios de comunicação social, rádio TV, jornal, Internet, enfim, nos novos areópagos...

 

Numa cidade, muitas vezes marcada pelo sofrimento, com famintos, dependentes químicos, moradores de rua, prostituição infantil, vítimas do tráfico e da violência, falta de condição digna de moradia…

 

Diante de tantos rostos empalidecidos, com rugas precoces pelo sofrimento, o Presbítero deve ser aquele que com a comunidade, em frutuosa pastoral de conjunto e em comunhão com toda a Igreja, faz resplandecer o rosto de Cristo.

 

O Presbítero deve contribuir para que a comunidade, uma vez saciada a sede pela água cristalina da Palavra, nutrida pelo pão eucarístico e inebriada pelo vinho novo da Eucaristia, viva a nova e eterna aliança sendo um “oásis no deserto da cidade”, não como refúgio do bom combate da fé (2Tm 4), mas como lugar de revigoramento, favorecendo atitudes de serviço, anúncio, diálogo e testemunho de que o Reino de Deus se encontra em nosso meio.

 

Sem a pretensão de esgotar as respostas, vejo o presbítero na cidade como aquele que realiza a missão pelo amor que é Cristo Jesus.

 

E, na estreita relação de amor com Ele, tornará a Igreja mais crível e um novo mundo, mais do que desejável, possível. Um mundo marcado pela verdade e abundância de vida, porque fundado em relações de amor e justiça que faz brotar a paz.

 

É missão do Presbítero não permitir que a sordidez da cidade devore o rebanho, colocando nossa vida totalmente a serviço dele, tornando mais bela a cidade, até que um dia possamos entrar na Cidade Celestial.

 

terça-feira, 1 de agosto de 2023

Deus é misericordioso e paciente conosco

Deus é misericordioso e paciente conosco


Como o joio é recolhido e queimado ao fogo,
assim também acontecerá no fim dos tempos”
(Mt 13,40)

Reflitamos sobre a Parábola do joio e do trigo, apresentada por Jesus para nos falar Reino de Deus, na passagem do Evangelho proclamada na terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum.

A Parábola do joio e do trigo é um apelo à humildade e à misericórdia que se irradia. É um compromisso concreto que assumimos ao celebrar a Eucaristia neste Domingo, dentro e fora da comunidade:

“Se há alguém que errou, que no próximo encontro ele possa ver em nossos olhos que estamos reconciliados com ele, que não o condenamos mais, porque a Palavra de Deus nos fez cair o gadanho da mão.” (1)

Segundo o Bispo Santo Agostinho, “Os maus existem no mundo ou para que se convertam, ou para que por eles, os bons, exercitem a paciência.”

Tomemos consciência de que todos nós somos trigo e joio ao mesmo tempo. Apenas Jesus foi o puro trigo, sem joio algum, ou seja, não conheceu o pecado, ao contrário, o destruiu.

Jesus é o grão que um dia caiu na terra e morreu. Um grão que foi transformado em Pão Eucarístico que vem a nós e Se entrega por nós como Salutar Alimento, para que nos tornemos trigos de Deus.



(1) “O Verbo Se fez Carne” – Pe Raniero Cantalamessa - Editora Ave Maria - 2013 - p. 157

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG