quarta-feira, 28 de junho de 2023

Oração do(a) Secretário(a) Paroquial

 


Oração do(a) Secretário(a) Paroquial 

Ó Deus, Vos peço a assistência do Espírito Santo, para que, como secretário(a), seja sinal da presença do Vosso Filho Jesus Cristo, a quantos vierem ao nosso encontro. 

Enriquecido (a) pelos dons da Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Temor e Piedade, corresponda à missão que fui agraciado (a), sem mérito algum, mas porque sois infinitamente misericordioso. 

Que ao terminar o dia, diga apenas: fui um(a) simples servo(a) e fiz apenas o que devia fazer (cf. Lc 17,10), no pensamento, palavra e ação. Amém.

Em poucas palavras...

                                                   


"A glória de Deus..." 

“Pois a glória de Deus é o homem vivo, e a vida do homem é a visão de Deus. Com efeito, se a manifestação de Deus, através da criação dá a vida a todos os seres da terra, muito mais a manifestação do Pai, por meio do Verbo, dá a vida a todos os que veem a Deus”.(1)

  

(1) Bispo Santo Irineu (séc. II)

Deus, o único necessário e que permanece

Deus, o único necessário e que permanece

Na quarta-feira da 12ª Semana do Tempo Comum (ano ímpar), ouvimos a passagem do  Livro de Gênesis (Gn 15,1-12.17-18), que nos apresenta Abrão, que teve fé no Senhor, que considerou isto como justiça, e com Ele fez uma Aliança, prometendo uma descendência incontável como as estrelas dos céus.

Vejamos o que nos fiz o Comentário do Missal Quotidiano, sobre esta passagem:

“Nada é pequeno, se há na base um chamado do Senhor. Nada se perde se, vindo de Deus, aceito por nós, é vivido com amor perseverante e com abertura. Fixa-te em Deus único necessário, único que permanece!”. (1)

Oremos:

Concedei-nos, ó Deus, que tenhamos uma fé como a de Abraão, em meio aos anseios, temores, a esperança em Vós sempre renovada.

Ensinai-nos, ó Deus, a exemplo de Abraão, nosso pai na fé, a viver com generosidade, paciência confiando em Vossa grandeza e bondade.

Ajudai-nos a viver, como Vosso servo Abraão, patriarca da fé, uma vida como resposta contínua ao Vosso chamado, plenamente confiantes.

Fortalecei nossa fé, para que a exemplo de Abraão, vivamos convosco uma relação de abertura e amor perseverante.

Iluminai nossos caminhos, nossos olhares, como os de Abraão, para que tenhamos a Vós, ó Deus, como o “único necessário, o único que permanece”. Amém.


(1) Missal Quotidiano – Editora Paulus – p.940

Construamos diques de coragem

Construamos diques de coragem

“Devemos construir diques de coragem
para conter a correnteza do medo”
(Martin Luther King)

Em tempos difíceis e obscuros por que passamos, em diversos âmbitos,  reflitamos sobre a necessária coragem, que pode ser arruinada, absolutamente destruída pelo medo, fazendo multiplicar a dor, sofrimento e morte de tantos.

Recorro às memoráveis palavras de Martin Luther King sobre a missão de construir diques de coragem, para conter a correnteza do medo, e assim, reescrevermos novas páginas de vida plena, abundante e feliz para todos: “Devemos construir diques de coragem para conter a correnteza do medo”.

Oportuna esta definição de diques: são construídos com a função simples, no entanto, muito importante: conter a água. Eles ajudam a evitar que rios e lagos transbordem durante tempestades e provoquem inundações em terras baixas.

São também construídos para drenar terras que, em estado natural, ficariam debaixo d’água, e deste modo, podem ser usados para criar novas áreas de terra seca ao longo de uma região costeira. (1)

Construamos diques de coragem no primeiro espaço vital de todos nós, ou seja, na família, onde refazemos aprendizados que nos acompanham por toda a vida, dentre eles, a coragem, desde as primeiras quedas, ao aprendermos a andar.

Construamos diques de coragem nas escolas, onde a violência, lamentavelmente, se faz presente, colocando em risco alunos e professores, quando nela haveria de ser o espaço da busca e troca de saberes, para vencermos o medo do mar infinito do analfabetismo.

Construamos diques de coragem no vasto e complicado mundo da política, para conter a correnteza da apatia, indiferença, omissão, para salvaguardar sua real vocação: a prática sublime da caridade, que tenha tão apenas em vista a promoção do bem comum.

Construamos diques de coragem  em todos os lugares por onde andarmos, para conter a correnteza do medo, a fim de que não faça ruir e desmoronar os mais sagrados e belos sonhos acordados, que cultivamos de novos céus e nova terra.

É tempo favorável para construir diques, unindo-nos a todas as pessoas de boa vontade, que professem ou não a nossa fé, mas que carreguem na alma a pureza, no coração a caridade, no olhar a esperança, porque creem na dignidade e sacralidade de cada pessoa. 



Envolvidos pelo amor divino (21/06)

Envolvidos pelo amor divino

O cristão é, fundamentalmente, alguém que descobriu que Deus o ama. Por isso, enfrenta a cada dia o bom combate da fé com serenidade e alegria. 

Possui uma esperança que brota da certeza fundamental: o Amor de Deus, que deve ser para nós o grande tesouro de que nos fala o Evangelho (Mt 6,19-23):

“… ajuntai tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam… Pois onde estiver teu tesouro, aí estará também o teu coração”. 

O cristão condiciona e fundamenta toda sua vida nesta certeza, de modo que, a alegria de quem encontrou e experimentou o Amor de Deus o faz discípulo missionário, sal da terra e luz do mundo, numa espiritualidade Eucarística.

A missionariedade consistirá em corresponder ao Amor de Deus. Somente no verdadeiro encontro e apaixonamento por Cristo e Seu Evangelho estaremos, como os profetas, dentre eles, João Batista, vivendo nossa vocação profética, ontem, hoje e sempre.

Com a Palavra, Jesus Cristo revelou o Deus Bíblico: Deus de Amor, pois o Espírito do Senhor repousava sobre Ele na mais perfeita relação de comunhão e Amor.

Vivamos a Aliança de Amor de Deus por nós, um amor no exato sentido da Palavra, pois Deus é Amor e ama Seu Povo e o tem como Seu tesouro, Sua propriedade e o constitui povo de sacerdotes e nação santa (Ex 19,2-6a).

Ama apesar de toda infidelidade, traição, idolatria, abandono, morticínios, sacrifícios inúteis, abominações, reclamações sem fundamento, provocação, lamentações infundadas, ingratidão, atrocidades cometidas, amor não correspondido…

Deus ama na contra mão da história, pois ama um povo pequeno, aos olhos humanos, absolutamente desprezível, frágil e insignificante. 

Encarna-Se para redimi-lo e não somente este povo, mas toda a humanidade, em Cristo Jesus, e perpetua Seu Amor na presença do Espírito Santo, não nos deixando órfãos!  

Ainda mais, Deus habita em cada um de nós como templo Seu, sendo para nós o mais belo Hóspede!

Deste modo, como definir o Amor de Deus? Verdadeiramente o amor de Deus é: 
Idealizador,
Idílico, Ilimitado,
Ilógico, Iluminador, Ilustre, Imaculado,
Imortal, Impecável, Imperante, Imperdível, Imperturbável, 
Implacável, Impressionante, Imutável, Imprescindível, Inalienável, 

Inalterável, 
Incandescente, Incansável, 
Incendiário, Incessante, Incomensurável, 
Incomparável,  Incondicional, Inconfundível, Incontestável, Incorruptível,  Indelével,  Indiscutível,Indispensável, Indissociável, Incrível, 
Indubitável, Indulgente, Inédito, Inerente, Inesgotável, Inesquecível, Inestimável, 
Inexplicável, Infalível, 
Infinito, Inflamável, Inigualável, 

Iniludível, Inimitável, Inovador, Inqualificável, 
Inquebrável, Insaciável, Insigne, Insondável, Inspirador, Insubstituível, 
Inteligente, Interminável, Íntimo, Inusitado, Inviolável,
Irradiante, Irrecusável, 
Irrenunciável, Irresistível, 
Irrestrito, Irretocável, Irreversível, 
Irrevogável, Irrigador...

Contemplemos na Cruz o Mistério do Encontro/presença de um Deus que é eterno Amante (Pai), eterno Amor (Espírito Santo), eterno Amado (Filho), como nos falou Santo Agostinho. 

terça-feira, 27 de junho de 2023

Um olhar puro e misericordioso

 




Um olhar puro e misericordioso

Jesus nos adverte na passagem do Evangelho de Mateus (Mt 7,1-5), como discípulos missionários seus: “Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão” (Mt 7,5).

Oremos:

Senhor Jesus, ajudai-me para que jamais desista do esforço para viver esta advertência, que procedeu de Vosso coração manso e pleno de ternura.

Ajudai-me a superar a contínua tentação de olhar em torno de mim mesmo, estabelecendo diferenças que podem me reduzir à fiel condição do fariseu, orando no templo em pé e olhando com olhos de superioridade em relação ao pobre publicano;

Senhor Jesus, sois a Verdade, que diante da qual jamais posso me esconder, e bem conheceis o mais profundo de meu coração, concedei-me a graça de não julgar para não ser julgado; mas que eu faça progressos contínuos para amar, respeitar e ajudar pela conversão própria e de meus semelhantes. Amém.

A estreita “porta” da Salvação (25/06)

A estreita “porta” da Salvação

“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e
espaçoso é o caminho que leva à perdição,
e muitos são os que entram por ele!” (Mt 7,13)

Reflitamos sobre o Evangelho proclamado na Liturgia da terça-feira da 12ª Semana do Tempo Comum – (Mt 7,6.12-14), em que Jesus nos fala sobre a porta estreita da Salvação, entre outras coisas.

O desejo de Deus é que haja um só povo, superando-se todas as divisões, discriminações, exclusões e que todos sejam salvos.

Portanto, a universalidade da Salvação passa por Jesus e vem por meio d’Ele, exclusivamente, porque Ele é a “porta estreita” da caridade, doação, partilha e solidariedade.

Para passar por esta “porta” não basta apenas multiplicar Orações, aumentar o número de vezes que participamos da Missa e tão pouco das vezes que pronunciamos o nome de Deus; é preciso que superemos toda acomodação, desânimo, com a coragem para enfrentar o sofrimento, que por si só, não faz sentido algum, mas que na perspectiva da fé visto pode ser pedagógico e medicinal.

Sofrimento assumido na perspectiva da Cruz ensina, corrige, amadurece, pode nos curar de certas enfermidades e debilidades que muitas vezes nem damos conta.

A autêntica fé não permite instalação e acomodação, ao contrário, ela nos incomoda até que o mundo seja o que Deus deseja, ou seja, o melhor para nós.

Urge recuperar sempre o brilho e o entusiasmo que provém da fé genuína. Mesmo em noites escuras, nos dramas da vida e em momentos de crises Deus continua nos amando.

São nestes momentos, de modo especial, que Deus manifesta o Seu indizível Amor que nos acompanha e nos salva, e jamais podemos duvidar do Amor incondicional de Deus, que muitas vezes parece ausente, mas é constante!

Somos chamados a abandonar toda prática que nos afasta de Deus e do próximo: egoísmo, arrogância, petulância, prepotência, individualismo, indiferenças, rancores, ressentimentos...

Passar pela “larga porta” é trilhar por estas escolhas... A “porta larga” seduz momentaneamente, no entanto, a “porta estreita” salva eternamente! A porta larga é mais fácil, mas empobrece.

A “porta estreita” é muito mais difícil, mas nos enriquece, amadurece... Entrar por ela é fazer-se pequeno como Jesus: simples, humilde, servidor, capaz de amar os outros até o extremo, fazendo de nossa vida um dom.

É seguir Jesus no Seu exemplo de Amor e entrega ao Pai, Amor que nos ama e nos amou até o fim, até o extremo.

Amor que foge de nossos parâmetros e categorias. Amor muitas vezes incompreendido... Amor que, por nós, precisa ser vivido, e quando vivido causa “vertigem”, porque nos desaloja e impulsiona, a vida redimensiona; mas é necessário que estejamos sempre enraizados no Amor de Cristo, e assim só haverá uma “porta”: a estreita.

Reflitamos:
  
-  A porta da salvação é estreita, o que devo fazer para passar por ela?
-  Tenho me empenhado para passar por esta porta que nos leva aos céus?

Sendo a salvação para todos, a questão não é saber quantos a alcançarão, mas se estamos dispostos a multiplicar esforços para pela “porta estreita” passar e a eternidade alcançar!

Façamos, de fato, esforço incansável de passar pela “porta estreita” que nos conduz à eterna felicidade, enraizados no amor de Cristo, brotarão frutos que permanecerão para sempre e assim alcançaremos a eternidade!

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG