sábado, 12 de abril de 2025

A Cruz, a escada para o céu

                                                                  

 A Cruz, a escada para o céu

Com o Domingo de Ramos, iniciaremos a Semana Santa, a “Semana Maior”, como chamavam os cristãos, em que meditamos sobre a Paixão e Morte do Senhor.

Esta semana, consagramos à celebração anual da Páscoa do Senhor, fazendo a memória solene do Mistério central da fé e da vida da Igreja: Cristo morto e ressuscitado para a Salvação do mundo inteiro.

Para esta Semana se dirige toda a Quaresma, marcada pela penitência e conversão.

Sejamos enriquecidos pelas palavras de Santa Rosa de Lima, (1586 -1617), Padroeira da América Latina. 

“O Senhor Salvador levantou a voz e com incomparável majestade disse: Saibam todos que depois da tribulação se seguirá a graça; reconheçam que sem o peso das aflições não se pode chegar ao cimo da graça; entendam que a medida dos carismas aumenta em proporção da intensificação dos trabalhos. Acautelem-se os homens contra o erro e o engano; é esta a única verdadeira escada do paraíso e sem a cruz não há caminho que leve ao céu.

Ouvindo estas palavras, penetrou-me um forte ímpeto de me colocar no meio da praça e bradar a todos, de qualquer idade, sexo e condição:

Ouvi, povos; ouvi, gente. A mandado de Cristo, repetindo as Palavras saídas de Seus lábios, quero vos exortar: Não podemos obter a graça, se não sofrermos aflições; cumpre acumular trabalhos sobre trabalhos, para alcançar a íntima participação da natureza divina, a glória dos filhos de Deus e a perfeita felicidade da alma.

O mesmo aguilhão me impelia a publicar a beleza da graça divina; isto me oprimia de angústia e me fazia transpirar e ansiar. Parecia-me não poder mais conter a alma na prisão do corpo, sem que quebradas as cadeias, livre, só e com a maior agilidade fosse pelo mundo, dizendo: 

Quem dera que os mortais conhecessem o valor da graça divina; como é bela, nobre, preciosa; quantas riquezas esconde em si, quantos tesouros, quanto júbilo e delícias! Sem dúvida, então, eles empregariam todo o empenho e cuidado para encontrar penas e aflições! Iriam todos pela terra a procurar, em vez de fortunas, os embaraços, moléstias e tormentos, a fim de possuir o inestimável tesouro da graça. É esta a compra e o lucro final da paciência.

Ninguém se queixaria da cruz nem dos sofrimentos que lhe adviriam talvez, se conhecessem a balança, onde são pesados para serem distribuídos aos homens." 

Renovemos nossa fidelidade ao Senhor Jesus, no testemunho mais audacioso e corajoso de nossa fé e esperança, para que, a exemplo de Santa Rosa de Lima, sejamos mais inflamados de amor.

Aprendamos com ela a serenidade no enfrentar das tribulações, provações dolorosas que acompanhou sua breve existência, imitando Cristo, pobre e crucificado. 

Retomo algumas de suas afirmações:

“... sem o peso das aflições não se pode chegar ao cimo da graça”

“Acautelem-se os homens contra o erro e o engano; esta é a única verdadeira escada do paraíso e sem a cruz não há caminho que leve ao céu”

“Ninguém se queixaria da cruz nem dos sofrimentos que lhe adviriam talvez, se conhecessem a balança, onde são pesados para serem distribuídos aos homens."

Num tempo de promessas inconsistentes de felicidade fugaz, sua mensagem chega ao mais profundo de nosso coração. Muitos querem a felicidade sem a fidelidade no carregar da cruz. Ele jamais nos prometeu facilidades, ao contrário, nos disse:

“Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me (Lc 9,23).

Esta escada, a qual ela se refere, é a cruz, exortando-nos à coragem e maturidade para subi-la, degrau por degrau, dia pós dia, e que muitos querem jogar tudo para o alto, fugindo, sumindo ou até mesmo chegando ao suicídio.

Nossos lamentos serão cada vez menos intensos, se soubermos aprofundar nossa comunhão com Cristo Jesus Crucificado e Ressuscitado, acompanhado de mais fascínio por Ele e Sua Palavra, maior a sedução por Seu amor e proposta.

Nossos tempos precisam de “Rosas de Lima”, possuidoras, como ela, não apenas de beleza estética, que também possuía, mas possuidoras da beleza mais preciosa, a beleza da alma e do coração, fazendo de nossa vida uma oferenda permanente e agradável aos olhos de Deus.

A seu exemplo, que encontrou o Tesouro escondido e a Pérola preciosa de grande valor: o Reino de Deus, o Amado – Jesus, e por Ele totalmente se entregou, o mesmo façamos.

Vivendo intensamente a Quaresma e a Semana Santa, também inflamados de Amor Divino sejamos, e subamos, degrau por degrau, carregando com renúncias e fidelidade nossa cruz de cada dia, perfeitamente configurados ao Mistério da Paixão e Morte do Senhor, para com Ele também ressuscitarmos.

Em poucas palavras...

                                                    


“Vamos participar da Festa da Páscoa...”

 

“...Direi mais: imolemo-nos a Deus, ou melhor, ofereçamo-nos a Ele cada dia, com todas as nossas ações. Façamos o que nos sugerem as palavras: imitemos com os nossos sofrimentos a Paixão de Cristo, honremos com o nosso sangue o Seu Sangue, e subamos corajosamente à Sua Cruz.” (1)

 

(1) Bispo São Gregório de Nazianzo ( séc. IV)

A Paixão de Cristo e Sua preciosa cruz

 


A Paixão de Cristo e Sua preciosa cruz

Reflitamos sobre A Paixão de Cristo e sua preciosa cruz que são segurança e muro inacessível para quem n'Ele crê, como nos fala o Bispo e Doutor da Igreja São Cirilo de Alexandria (séc. V), em seu Comentário sobre o Livro de Isaías 4.

“Cristo, apesar de Sua natureza divina e sendo por direito igual a Deus Pai, não se prevaleceu de Sua divina condição, mas humilhou-Se até submeter-Se à morte e morte de cruz.

Realmente, sua Paixão salutar abateu aos principados e triunfou sobre os dominadores deste mundo e deste século, libertou a todos da tirania do diabo, e nos reconduziu a Deus.

Suas chagas nos curaram e, carregado com os nossos pecados, subiu ao lenho; e, deste modo, enquanto Ele morre, nos sustenta na vida, e Sua Paixão se tornou a nossa segurança e muro de defesa. Aquele que nos resgatou da condenação da Lei, nos socorre quando somos tentados. E para consagrar ao povo com seu próprio sangue, morreu fora da cidade.

Por isso, repito, a Paixão de Cristo, Sua preciosa cruz e Suas mãos perfuradas significam segurança, em um muro inacessível e indestrutível para aqueles que creem n’Ele. Por isso Ele diz acertadamente: Minhas ovelhas escutam minha voz e me seguem, e Eu lhes dou a vida eterna. E também: Ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai. E isto justamente porque vivem à sombra do Onipotente, protegidas pelo auxílio divino como em uma torre fortificada.

Desde o momento, portanto, em que Deus Pai nos sustenta quase com Suas mãos, custodiando-nos junto d’Ele, sem permitir que sejamos induzidos ao mal ou que sucumbamos à malícia dos malvados, nem ser presa da violência diabólica, nada nos impede de compreender que as muralhas de Sião designadas por suas mãos signifiquem os peritos na arte espiritual que, possuídos pela graça, dão-se a conhecer no testemunho da virtude.

Em consequência, poderíamos dizer que as muralhas de Sião constituídas por Deus são os santos Apóstolos e Evangelistas, aprovados por sua própria palavra, que nunca se equivoca nem se desvaloriza. Seus nomes estão escritos no céu e constam no livro da vida. Não temos que maravilhar-nos se diz que os santos são os baluartes e as muralhas da Igreja. Ele mesmo é muro e é baluarte como uma fortaleza.

Da mesma forma que Ele é a luz verdadeira e, entretanto, diz que eles são a luz do mundo, assim também, sendo Ele o muro e a segurança daqueles que creem n’Ele, conferiu aos santos esta estupenda dignidade de serem chamados muralhas da Igreja.”(1)

Vivamos intensamente a Semana Santa, contemplando o Mistério da Vida, Paixão e Morte de Jesus Cristo, Nosso Senho.

Contemplemos e sigamos Seus passos, procurando a mais perfeita configuração a Ele, com mesmos sentimentos (Fl 2,5).

N’Ele e com Ele renovemos nossas forças, participando intensamente de todas as atividades, celebrações que forem propostas pela Igreja, e tão somente assim poderemos celebrar com júbilo a Sua Páscoa e o transbordamento de amor, luz e alegria, quando Ele Ressuscitar, na madrugada tão esperada. 

(1) Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 - pp. 71-72.

O nome da utopia cristã é esperança

                         


O nome da utopia cristã é esperança
 
Reflexão à luz da passagem do Profeta Ezequiel (Ez 37, 21-28), em que o Profeta anuncia o regresso do exílio em que se encontrava Israel, anunciando um futuro novo a ser vivido com a intervenção de Deus para o Seu Povo.
 
Será um tempo de reconstrução, de renovação interior em que o povo será purificado, santificado, e Deus com ele selará uma aliança eterna de paz, vindo morar em seu meio para sempre, o que se dará com a vinda de Jesus Cristo.
 
A passagem inserida no Tempo Quaresmal tem grande densidade de significado:
 
“É o Mistério Pascal de Cristo que nos purifica e santifica e que é penhor de uma nova e eterna Aliança entre Deus e toda a humanidade” (1)
 
O tema da confiança e da esperança em Deus é recorrente nos textos proféticos, como no Salmo responsorial que nos enriquece com a pequena e densa passagem de Jeremias (Jr 31, 10-13):
 
“Deus fez pressentir a este Profeta a libertação e a recomposição do seu Povo. À purificação obtida mediante o sofrimento, seguir-se-á a explosão de uma alegria indizível” (2)
 
E para aprofundar este tema da esperança, voltemo-nos para a “Octogésima Adveniens”, escrita pelo Papa Paulo VI (1971) em comemoração aos oitenta anos da “Rerum novarum” (1891), retomemos o parágrafo (n.37):
 
“Nos nossos dias, aliás, as fraquezas das ideologias são melhor conhecidas através dos sistemas concretos, nos quais elas procuram passar à realização prática.
 
Socialismo burocrático, capitalismo tecnocrático e democracia autoritária, manifestam a dificuldade para resolver o grande problema humano de viver juntamente com os outros, na justiça e na igualdade.
 
Como poderiam eles, na verdade, evitar o materialismo, o egoísmo ou a violência que, fatalmente, os acompanham? Donde, uma contestação que começa a aparecer, mais ou menos por toda a parte, indício de um mal-estar profundo, ao mesmo tempo em que se assiste ao renascer daquilo que se convencionou chamar as utopias.
 
Estas pretendem resolver melhor do que as ideologias o problema político das sociedades modernas.
 
Seria perigoso deixar de reconhecer que o apelo à utopia não passa muitas vezes de pretexto cômodo para quem quer esquivar as tarefas concretas e refugiar-se num mundo imaginário.
 
Viver num futuro hipotético é um álibi fácil para poder alijar as responsabilidades imediatas.
 
Entretanto, é necessário reconhecê-lo, esta forma de crítica da sociedade existente provoca muitas vezes a imaginação prospectiva para, ao mesmo tempo, perceber no presente o possível ignorado, que aí se acha inscrito, e para orientar no sentido de um futuro novo; ela apoia, deste modo, a dinâmica social pela confiança ela dá às forças inventivas do espírito e do coração humano; e, se não rejeita nenhuma abertura, ela pode encontrar também o apelo cristão.
 
Na verdade, o Espírito do Senhor, que anima o homem renovado em Cristo, altera sem cessar os horizontes onde a sua inteligência gostaria de encontrar segurança e onde de bom grado a sua ação se confinaria: uma força habita no mesmo homem que o convida a superar todos os sistemas e todas as ideologias. 
 
No coração do mundo permanece o mistério do próprio homem, o qual se descobre filho de Deus, no decurso de um processo histórico e psicológico em que lutam e se alternam violências e liberdade, peso do pecado e sopro do Espírito.
 
O dinamismo da fé cristã triunfa então dos cálculos mesquinhos do egoísmo. Animado pela virtude do Espírito de Jesus Cristo, Salvador dos homens, apoiado pela esperança, o cristão compromete-se na construção de uma cidade humana, pacífica, justa e fraterna, que possa ser uma oferenda agradável a Deus. (Rm 15,16).
 
Efetivamente, "a expectativa de uma terra nova não deve enfraquecer, mas antes estimular em nós a solicitude em cultivar essa terra, onde cresce o corpo da nova família humana, que já consegue apresentar uma certa prefiguração do século vindouro (cf. “Gaudium et spes” n.11)."
 
O Missal Cotidiano, à luz da passagem bíblica e da palavra do Papa nos interroga: “Em que transformaria o mundo, se não possuísse homens capazes de acolher esta mensagem e de crer seriamente que este no mundo é chamado a uma transfiguração? O verdadeiro nome da utopia cristã é ‘esperança’” (3)
 
Iniciaremos, com o Domingo de Ramos, mais uma Semana Santa, celebrando piedosamente a Paixão e Morte do Senhor, poderemos celebrar com júbilo a Sua Páscoa, renascendo, no coração daquele que crê, o verdadeiro nome da utopia, a esperança cristã, acompanhada da fé, que tem validade agindo pela caridade, como tão bem expressou o Apóstolo Paulo (Gl 5, 6).
 
Renasça a esperança no canteiro de nossa mente e coração, nos quais são plantadas a semente da fé, para produzir frutos Pascais de caridade.
 
 
 
(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - p. 254
(2) Idem - p. 255
(3) Missal Cotidiano - Editora Paulus - p. 312
 
PS: A realidade sociopolítica nacional e internacional que vivemos nos desafia a dar razão de nossa esperança, seja na Quaresma ou em todo o tempo.

Resgatados pelo precioso Sangue de Cristo

 


Resgatados pelo precioso Sangue de Cristo

Na Leitura breve no Sábado Santo, ouvimos a passagem de São Pedro (1Pd 1,18-21):

“Sabeis que fostes resgatados da vida fútil herdada de vossos pais, não por meio de coisas perecíveis, como a prata ou o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha nem defeito. Antes da criação do mundo, Ele foi destinado para isso, e neste final dos tempos, Ele apareceu, por amor de vós. Por Ele é que alcançastes a fé em Deus. Deus O ressuscitou dos mortos e Lhe deu a glória, e assim, a vossa fé e esperança estão em Deus.”

Oremos

Senhor Jesus Cristo, Vós que tendes condição divina, Vós Vos humilhastes e Vos fizestes obediente, e obediente até a morte, e morte de cruz, e nos amando, amou-nos até o fim.

Cremos que Deus Pai de amor Vos exaltou sobremaneira em Vossa glória, e Vos deu o nome mais sublime, muito acima de outro nome, e que diante de Vós se dobre todo joelho, e toda língua proclame que só Vós sois o Senhor.

 

Cremos, que sois o Filho do Homem, e com Vossa Ressurreição, fostes pelo Pai glorificado e Deus Pai em Vós, e estais sentado à direita de Deus, e, no fim dos tempos, virás gloriosamente, julgar os vivos e os mortos.

 

Enquanto peregrinos da esperança longe do Senhor, com a fé renovada em cada Baquete Eucarístico, e inflamada a chama da caridade, somos impelidos a carregar nossa cruz cotidiana, com sinceras e necessárias renúncias, comprometidos com a Boa-Nova do Reino. Amém. 

A devoção da Via-Sacra

                                            


A devoção da Via-Sacra

A Igreja tem momentos de devoção riquíssimos, e um deles é a Via-Sacra, cuja origem nos remete ao tempo das Cruzadas, no século X, quando os fiéis que peregrinavam à Terra Santa e visitavam os lugares sagrados da Paixão de Jesus, e continuaram recordando os passos da Via Dolorosa de Jerusalém em suas pátrias, unindo essa devoção à Paixão.

São quatorze estações que nos ajudam nesta contemplação, e após o seu anúncio há a jaculatória – “Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos! Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo!”:

primeira estação: Jesus é condenado à morte; segunda estação: Jesus recebe a cruz aos ombros; terceira estação: Jesus cai pela primeira vez; quarta estação: Jesus encontra Sua Mãe; quinta estação: Simão de Cirene leva a Cruz de Jesus; sexta estação: A Verônica enxuga a rosto de Jesus;  sétima estação: Jesus cai pela segunda vez;  oitava estação: Jesus encontra e consola as piedosas mulheres de Jerusalém; nona estação: Jesus cai pela terceira vez;  décima estação: Jesus é despojado de suas vestes e lhe dão a beber vinagre e fel;  décima primeira estação: Jesus é pregado na Cruz; décima segunda estação: Jesus morre na cruz; décima terceira estação: Jesus é descido da cruz e é entregue à Sua Mãe;  décima quarta estação: O corpo de Jesus é sepultado no sepulcro. 

Em nossas comunidades, com cantos e reflexões, podemos acompanhar piedosamente o Senhor Jesus em Seus sofrimentos (conhecidos como a Paixão de Nosso Senhor), desde o Tribunal de Pilatos até o Monte Calvário, sendo rezado em cada estação um Pai Nosso, uma Ave Maria e a Glorificação da Santíssima Trindade.

Concluo com as palavras do Papa São João Paulo II, por ocasião da realização da Via-Sacra no Coliseu em 21 de abril de 2000: “Encontramo-nos aqui animados pela convicção de que a Via-Sacra do Filho de Deus não foi um simples caminhar para o lugar do suplício. Acreditamos que cada passo do Condenado, cada gesto e palavra d'Ele, e tudo o mais que foi vivido e realizado por quantos tomaram parte deste drama, continua incessantemente a falar-nos. Cristo, mesmo no Seu sofrimento e na Sua morte, desvenda-nos a verdade acerca de Deus e do homem.”

Rogamos a Deus para que ao realizarmos nossas Vias-Sacras, na Igreja ou pelas ruas, sejam renovados nosso amor e compromisso com Jesus Cristo, como tão bem expressou o Apóstolo Paulo: - “Agora regozijo-me nos meus sofrimentos por Vós, e completo o que falta às tribulações de Cristo em minha carne pelo Seu Corpo, que é a Igreja” (cf. Cl 1,24), tendo d’Ele mesmos sentimentos (cf. Fl 2,1-11).

Oração para a Via-Sacra: “Jovens peregrinos de esperança”

       


      Oração para a Via-Sacra: “Jovens peregrinos de esperança”

Ó Deus, firmai nossos passos na fidelidade a Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, que, tendo nos amado, nos amou até o fim, e com Sua Gloriosa Ressurreição, nos enviou, junto de Vós, o Santo Espírito, para nos animar e nos conduzir.

Ajudai-nos, para que, com sabedoria, saibamos fazer as renúncias necessárias, tomando nossa cruz de cada dia, e como jovens peregrinos de esperança, tenhamos os mesmos sentimentos de Jesus: despojamento, humildade e confiança em Vosso amor e poder.

Fortalecei nossos compromissos na construção de um futuro com esperança, amor e paz, de tal modo que nos façamos compassivos, próximos e solidários com os que mais precisam, e que carregam fardos pesados: da solidão, do abandono, da depressão, da carência, da desesperança e até mesmo medo do futuro.

Dai-nos resistência na tentação, paciência nas tribulações, sentimento de gratidão na prosperidade, de tal modo que, como jovens comprometidos com a Boa Nova do Reino, no cuidado da vida humana e de nossa Casa Comum, jamais vacilemos na fé, esmoreçamos na esperança e esfriemos na caridade. Amém.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG