segunda-feira, 7 de julho de 2025

Glorifiquemos a Deus

                                                      


Glorifiquemos a Deus

Glorifiquemos a Deus e vivamos nosso compromisso batismal, na ação evangelizadora, jamais deixando que o orgulho, vaidade, prestígio, domínio nos ceguem, a fim de que não façamos perder a beleza de nosso anúncio, ou o colocando em descrédito por ausência de autêntico testemunho.

Glorifiquemos a Deus e não deixemos que os “espinhos da carne” sufoquem nosso amor e dedicação a Ele e ao próximo, ainda que surjam dificuldades e obstáculos, multipliquemos os gestos expressivos de caridade e solidariedade.

Glorifiquemos a Deus enfrentando com força e coragem tudo que possa nos aprisionar, roubando-nos a liberdade que o Senhor  nos alcançou; suportando açoites, perseguições, incompreensões, calúnias por causa de Jesus, se vierem inevitavelmente; pacientes na tribulação, resistentes na tentação e agradecidos a Deus  na prosperidade.

Glorifiquemos a Deus, caminhando todos juntos, como Igreja Sinodal, a serviço do Reino de amor, justiça, verdade, liberdade, vida, santidade, fraternidade e verdadeira comunhão, pela luz da Palavra, iluminados e conduzidos pelo Pão da Eucaristia, alimentados e fortalecidos. Amém.


Fontes inspiradoras: Mt 5,1-12; 2 Cor 11,18-21b-30; Gl 5,1

 

Peregrinar na esperança, crescer no amor fraterno

 


Peregrinar na esperança, crescer no amor fraterno

 

Na passagem da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm 12,9-12), temos um "pequeno decálogo" que nos ilumina no testemunho de nossa fé e adesão ao Senhor:

 

1.           Viver um amor sincero;

2.           Detestar o mal, apegando-se ao bem;

3.           Viver o amor fraterno, que nos une aos outros com terna afeição;

4.           Cuidar dos relacionamentos com atenções recíprocas;

5.           Ser zeloso e diligente;

6.           Ser fervoroso de espírito;

7.           Servir sempre ao Senhor;

8.           Ser alegre por causa da esperança;

9.           Forte nas tribulações;

10.        Perseverante na oração.

 

Fundamental que, em todo o tempo, nossas comunidades se empenhem em viver relações mais fraternas, contando com a presença e ação do Espírito, para pôr em prática este “pequeno decálogo”, dando razão de nossa esperança, numa fé íntegra e esforçada caridade:

 

Oremos:

 

Vinde, Espírito Santo, sobre a Igreja, com o amor entranhado de um irmão mais velho, para que nossa alma ao receber a Vossa luz, seja elevada acima da inteligência humana, e veremos o que antes ignorávamos.

 

Vinde, Espírito Santo,  como raios de luz para iluminar também os que se encontram nas trevas, e assim como ao nascer do sol, recebam nos olhos a Sua luz,  enxergando claramente coisas que até então não viam.

 

Vinde, Espírito Santo, sobre a Igreja, para salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar nossa alma e a de todos que nos foram confiados.  Amém!

 

(1) Inspirado nos escritos do Bispo de Jerusalém, São Cirilo (séc. IV)

 

A Igreja do Bom Samaritano (XVDTCC)

                                                                     

A Igreja do Bom Samaritano

“Mestre, que devo fazer para
receber em herança a vida eterna?”

Com a Liturgia do 15º Domingo do Tempo Comum (Ano C), aprofundamos o caminho para o encontro da Vida Eterna, o caminho da felicidade presente e eterna; tendo como mensagem central: somente o amor a Deus e ao próximo é que nos dará vida em plenitude.

A passagem da primeira Leitura (Dt 30,10-14) é uma Catequese sobre o Amor a Deus, escutando a Sua voz no íntimo do coração e percorrendo o caminho dos Seus Mandamentos, em adesão total e incondicional.

A Lei de Deus não é posta fora de nosso alcance; é inscrita em nosso coração e em nossa mente, proclamada pela nossa boca, mas principalmente com a nossa vida.

Vivendo o contexto do final do exílio da Babilônia, o autor remete a parte final do terceiro discurso de Moisés, quando conduzia o Povo de Deus.

Ressoa como forte alerta para que o Povo de Deus tome consciência da sua infidelidade, e volte à fidelidade original para ter vida.

Reflitamos:

- Qual a qualidade de nossa escuta, adesão e fidelidade a Deus e aos Seus Mandamentos?
- O que nos impede de ouvir a voz de Deus, que nos fala e nos propõe vida em plenitude?
- Quais são as vozes que tentam calar a voz de Deus, hoje?

Na passagem da segunda Leitura (Cl 1,15-20), o Apóstolo Paulo nos fala da centralidade de Jesus em nossa vida: Ele é o centro a partir do qual tudo se constrói.

É preciso escutá-Lo atentamente, e viver Seu Mandamento, exigência fundamental para quem quiser segui-Lo.

Nada pode nos salvar a não ser Cristo Jesus e a Sua Palavra de Salvação. Ele é a “imagem de Deus invisível”; “o primogênito de toda criatura”, e “n’Ele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas”.

Deus é visível em Jesus, que tem por sua vez a supremacia e autoridade do Pai, e deve ocupar a centralidade em nossa vida. Ele não pode ser reduzido a um visionário, idealista, e humanista por excelência, pois tem a soberania no Mistério da redenção: Ele é “cabeça”, “princípio” e “n’Ele habita toda plenitude”.

Reflitamos:

- Jesus Cristo é verdadeiramente o centro de nossa vida?
- Quem é Cristo para nós?

A passagem do Evangelho (Lc 10,25-37) nos apresenta a Parábola do bom samaritano. Refere-se a um herege, um infiel, segundo os critérios judaicos (por longos séculos assim foi se caracterizando), mas foi aquele que tudo deixou para ser solidário ao irmão caído à beira da estrada, e o Senhor no-lo apresenta como exemplo a ser imitado: Fazer-se próximo de quem mais precisa – “Vai e faz o mesmo”.

Na Parábola são citados os levitas e sacerdotes que passam ao lado, sem nada fazer; talvez por medo de ficarem impuros, por pressa, indiferença, ou por viverem uma religião sem misericórdia.

Ao contrário, o samaritano, herege, excomungado, tem o coração cheio de amor, e nos dá o verdadeiro sentido da religião: ter um coração pleno de amor a Deus, que se concretiza no amor ao próximo, em gestos de partilha e solidariedade.

Conclui-se que a vida eterna somente se alcança quando não se separa o amor a Deus do amor ao próximo.

Este próximo é qualquer um que necessite de nós, amigo ou inimigo, conhecido ou desconhecido; e todo aquele que se encontra à beira do caminho e precisa de nosso amor e de nossas mãos para se levantar e se por a caminho.

Nisto consistirá a missão da Igreja do Bom Samaritano, em todos os tempos, na fidelidade ao Senhor Jesus: viver um amor sem limites, sem fronteiras, sem rotulações.

Reflitamos:

- Qual a missão que O Senhor confia a nossas comunidades à luz desta parábola?
- Somos sensíveis e solidários aos clamores dos pobres?

- Como nossas comunidades podem ser mais parecidas com o bom samaritano?
- Quem se encontra à beira do caminho e precisa de nossas mãos e ação solidária?

- Como estamos vivendo a verdadeira religião, que nos permite experimentar a proximidade divina, para uma maior proximidade humana, em gestos de comunhão fraterna?
- Qual é a diretriz de minha vida: leis, ritos ou o amor concreto?

Concluindo, quando Cristo é o centro de nossa vida e de nossa comunidade, abrimo-nos ao outro, fazemo-nos próximos daqueles que estão à beira do caminho, no amor, misericórdia, compaixão e solidariedade.

Lembremos as palavras do Papa Bento XVI, na Encíclica – Deus Caritas Est” – 2005 – n. 15.16:

O Amor a Deus e amor ao próximo fundem-se num todo:
no mais pequenino, encontramos o próprio Jesus e,
em Jesus, encontramos Deus... o amor ao próximo
é uma estrada para encontrar também a Deus, e que
o fechar os olhos diante do próximo torna cegos
também diante de Deus.”

PS: apropriado para refletimos sobre a passagem do Evangelho proclamada na segunda-feira da 27ª semana do Tempo Comum.

Da empatia à compaixão e solidariedade (XVDTCC)

                                                                                 


Da empatia à compaixão e solidariedade 

“Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34)

Compreendamos empatia como a ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias; também, como a aptidão para identificação com o outro, de modo que se pode sentir o que ele sente. 

Como discípulos missionários do Senhor, somos chamados a viver esta empatia, que nos levará a sentimentos e compromissos mais elevados, como vemos na passagem da parábola do bom samaritano (Lc 10,29-37). 

Três verbos, destacamos na parábola: “ver”, Sentir compaixão” e “cuidar”. Deste modo, todos somos chamados à compaixão e solidariedade, no genuíno testemunho cristão, como nos lembrou a Campanha da Fraternidade deste ano. 

Não nos é permitido, em situação alguma, a omissão da solidariedade, porque amamos e seguimos Jesus Cristo, o Bom Samaritano, que veio ao nosso encontro, em expressão de amor e compaixão para conosco, a fim de que todos tenhamos vida plena e feliz, como Ele mesmo nos falou na passagem do Evangelho de São João (Jo 10,10). 

Em tempos de pandemia que vivemos ou em qualquer outro tempo, na vivência do Mandamento do amor a Deus, o expressemos concretamente no amor ao próximo, fazendo este caminho: da empatia à compaixão e solidariedade permanente.

O Senhor carregou sobre Si nossa humanidade ferida (XVDTCC)

                                                                 


O Senhor carregou sobre Si nossa humanidade ferida

Uma reflexão sobre a “A Doutrina Social da Igreja à luz da misericórdia divina”, e da passagem do Evangelho sobre o Bom Samaritano (Lc 10, 25-37). 

Vejamos o que nos dizem os Padres da Igreja, e também o Papa Francisco, para melhor vivermos as obras de misericórdia corporais e espirituais:

Orígenes (séc. III):

“Para que entendas que este samaritano descia por disposição de Deus para cuidar do que foi atacado pelos ladrões, deves observar que já trazia consigo as faixas, o vinho e o azeite, isto me parece que ocorreu não somente em atenção a este homem meio-morto, mas por todos aqueles que, feridos, necessitam de Suas faixas, de Seu vinho e Seu azeite.

Carregou o ferido sobre o jumento, sobre Seu próprio corpo, o que somente significa que Se dignou assumir a nossa humanidade. Este samaritano lavou os nossos pecados, sofreu por nós, carregou o homem meio-morto, levou-o para a pousada, isto é, a Igreja, que recebe a todos e que não nega o seu auxílio a ninguém, e à qual nos convoca Jesus, dizendo: Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei.

Tendo-o levado à pousada, não foi embora imediatamente, mas ficou com ele um dia inteiro, cuidando-o dia e noite... Quando chegou a manhã seguinte quer partir, dá de Seu bom dinheiro dois denários e encarrega ao posseiro, aos Anjos de Sua Igreja, que cuidem e levem ao céu aquele que ele tinha cuidado nas angústias deste tempo” (1)

Clemente Alexandrino (séc. III):

“Quem poderia ser este próximo senão o próprio Salvador? Quem mais do que Ele teve piedade de nós que estávamos para ser mortos pelos dominadores deste mundo de trevas com as muitas feridas, os medos, as paixões, as iras, as dores, os enganos, os prazeres?

De todas estas feridas o único médico é Jesus. É Ele que derrama sobre nossas almas feridas o vinho que é sangue da videira de Davi, é Ele que doa copiosamente o óleo que é a piedade do Pai” (2)

O Bispo e Doutor da Igreja, Santo Ambrósio (séc. IV):

“Enquanto descia, pois, este samaritano – quem é este que desceu do céu, senão o que sobe ao céu, o Filho de Deus que está no céu –, tendo visto a um homem semimorto, ao qual ninguém quis curar – o mesmo que aquela que padecia do fluxo de sangue e que tinha gastado em médicos toda a sua renda-, aproximou-Se dele, ou seja, compadecido de nossa miséria, tornou-Se nosso íntimo e nosso próximo para exercitar Sua misericórdia conosco.

E enfaixou suas feridas untando-as com óleo e vinho. Este médico tem uma infinidade de remédios, mediante os quais alcança, ordinariamente, suas curas. Medicamento é a Sua Palavra; esta, algumas vezes, enfaixa as feridas, outras, serve de óleo, e outras atua como vinho; enfaixa as feridas quando expressa uma ordem de dificuldade mais exigente; suaviza perdoando os pecados, e atua como o vinho anunciando o juízo” (3)

São Severo de Antioquia (séc. VI):

“Sobre as nossas chagas derramou vinho, o vinho da Palavra, e, como a gravidade dos ferimentos não suportava toda a Sua força, misturou-o com o óleo da Sua ternura e do Seu amor pelos homens. Em seguida, conduziu o homem à estalagem.

Chama estalagem à Igreja, que se tornou o lugar de morada e de refúgio de todos os povos. Chegados à estalagem, o Bom Samaritano teve para com aquele que tinha salvo uma solicitude ainda maior; o próprio Cristo ficou na Igreja, concedendo-lhe todas as graças... E, ao partir, isto é, ao subir ao céu, deixou ao dono da estalagem – símbolo dos apóstolos, dos pastores e dos doutores que lhe sucederam – duas moedas de prata, para que ele cuidasse do enfermo.

Estas duas moedas são os dois Testamentos, o Antigo e o Novo, o da Lei e dos Profetas, e aquele que nos foi dado pelos Evangelhos e pelos escritos dos Apóstolos... No último dia, os pastores das Igrejas santas dirão ao Senhor que há de vir: Senhor, confiastes-me dois talentos, aqui estão outros dois que ganhei, através dos quais fiz aumentar o rebanho. E o Senhor irá responder-lhes: Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel no pouco, muito te confiarei. Entra no gozo do teu Senhor”. (4)

Retomemos as reflexões acima, e sejamos fortalecidos em nossa fidelidade ao Senhor, para que edifiquemos uma Igreja mais samaritana, que se aproxime dos que mais precisam, porque são sinais visíveis e tangíveis da presença de Deus em nosso meio.

Finalizo com o parágrafo n.15 da Bula “Misericordiae Vultus”, escrita pelo Papa Francisco para o Ano Santo extraordinário da Misericórdia (8/12/2015 à 26/11/2016):

“Neste Ano Santo, poderemos fazer a experiência de abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática.

Quantas situações de precariedade e sofrimento presentes no mundo atual! Quantas feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se apagou por causa da indiferença dos povos ricos.

Neste Jubileu, a Igreja sentir-se-á chamada ainda mais a cuidar destas feridas, aliviá-las com o óleo da consolação, enfaixá-las com a misericórdia e tratá-las com a solidariedade e a atenção devidas.

Não nos deixemos cair na indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade, no cinismo que destrói.

Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade.

Que o seu grito se torne o nosso e, juntos, possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a hipocrisia e o egoísmo”.

(1) Lecionário Patrístico Dominical - p.678-679
(2) O Verbo Se faz Carne – p. 676
(3) Lecionário Patrístico Dominical - pp.675-676
(4) Lecionário Patrístico Dominical - 677  

O Bom Samaritano no Sacramento da Penitência (XVDTCC)


O Bom Samaritano no Sacramento da Penitência

“Aproximou-se dele e tratou-lhe as feridas,
derramando nelas azeite e vinho” (Lc 10,34)


Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Lucas (Lc 10,25-37), em que Jesus nos apresenta a Parábola do Bom Samaritano.

A passagem nos possibilita uma reflexão sobre o Sacramento da Penitência, no qual o penitente se reconcilia com Deus e com os irmãos e irmãs.

Para o discípulo missionário do Senhor, é sempre tempo de reconciliações, principalmente celebradas e revigoradas na graça do Sacramento da Penitência, que tem seus fundamentos bíblicos nas próprias Palavras do Senhor (Mt 16,19; João 20,21; 2Cor 5,18).

Deste modo, vejamos qual a importância do Sacerdote, que é chamado a exercer um dos mais belos ministérios, em virtude do Sacramento da Ordem: O Ministério da Reconciliação.

Vejamos o que nos diz o Catecismo da Igreja em dois breves parágrafos(1464/5):

“Os Sacerdotes devem incentivar os fiéis a receber o Sacramento da Penitência e devem mostrar-se disponíveis a celebrar este Sacramento cada vez que os cristãos o pedirem de modo conveniente.

Ao celebrar o Sacramento da Penitência, o Sacerdote cumpre o ministério do bom pastor, que busca a ovelha perdida;
- O bom samaritano que cura as feridas;
- Do Pai, que espera o filho pródigo e o acolhe ao voltar;
- Do justo juiz, que não faz acepção de pessoa e cujo julgamento é justo e misericordioso ao mesmo tempo.

Em suma, o sacerdote é sinal e instrumento do amor misericordioso de Deus para com o pecador”.


É antes de tudo servo do perdão de Deus, e não senhor do mesmo.
Como servo, deve ser também um eterno aprendiz do perdão, participante da escola do amor do Bom Pastor, que testemunhou um amor mais forte que o pecado.

O Sacerdote, como todo cristão, deve ter no lar (seu berço histórico), a primeira escola de vida cristã, uma escola de enriquecimento humano.

No berço do lar (pequena igreja doméstica), aprendem a resistência à fadiga, a alegria do trabalho, o amor fraterno, o perdão generoso, a oração e a oferenda de sua vida (CIC 1657).

No sigilo sacramental, orienta aquele que pecou para uma nova caminhada, um novo horizonte, que só pode ser vislumbrado por alguém que se sentiu amado e perdoado.

O Sacramento deve ser por excelência uma expressão do amor de Deus, o experimentar de Seu mar de misericórdia.

É o olhar de Deus que nos olha para além de nossa pequenez, e envia-nos para testemunhar este encontro restaurador, vivenciando-o nos relacionamentos cotidianos.

Testemunhar um amor que ama até o extremo do amor, na prática da caridade que cobre uma multidão de pecados (1 Pd 4,8), tomando, com alegria e coragem, sua cruz de cada dia, caminho mais seguro de penitência.

O Padre é o homem do perdão, aquele que, diante do pecador, vivencia os limites impostos pelo pecado, ruptura com Deus e Seu Projeto de vida.

É sempre tempo de não desperdiçarmos as oportunidades que nos são concedidas para a acolhida da graça e do perdão.

É necessário que procuremos o Sacramento da Penitência, a fim de que mergulhemos neste mar de misericórdia, e descortinemos um horizonte ilimitado e iluminado pela luz e amor de Deus.

Em cada Sacramento da Penitência celebrado, o padre com o Bom Samaritano, na missão de Bom Pastor, faz exatamente o que Jesus fez em relação à humanidade: vai ao encontro de todas as pessoas atribuladas no corpo ou no espírito, derramando sobre as suas feridas, o óleo da consolação e o vinho da esperança, tal como fez o samaritano na Parábola.

Seja para nós, portanto, o Sacramento da Penitência, uma rica concretização desta página do Evangelho.

Em poucas palavras... (XVDTCC)

                                                               




“Ao celebrar o sacramento da Penitência...”


Ao celebrar o sacramento da Penitência, o sacerdote exerce o ministério do bom Pastor que procura a ovelha perdida: do bom Samaritano que cura as feridas; do Pai que espera pelo filho pródigo e o acolhe no seu regresso; do justo juiz que não faz acepção de pessoas e cujo juízo é, ao mesmo tempo, justo e misericordioso. Em resumo, o sacerdote é sinal e instrumento do amor misericordioso de Deus para com o pecador.” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – n. 1465

Quem sou eu

Minha foto
4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG