domingo, 1 de junho de 2025
Confiança inabalável no Espírito Santo
Síntese da mensagem para o 57º Dia Mundial das comunicações
Síntese da mensagem para o 57º Dia
Mundial das comunicações
A mensagem do Papa
Francisco para o 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais traz como tema “Falar
com o coração” , e o lema - “Testemunhando
a verdade no amor” (Ef 4, 15)»
Nas
mensagens anteriores, o Papa aprofundou os verbos “ir e ver” e “escutar”.
Nesta, continua aprofundando a comunicação a partir do verbo “falar”.
“Foi o coração que nos moveu para ir, ver e escutar,
e é o coração que nos move para uma comunicação aberta e acolhedora.”
Se escutarmos o
outro com o coração puro, afirma o Papa, conseguiremos também falar
testemunhando a verdade no amor (cf. Ef. 4,15), e acontece acolhendo as
fragilidades recíprocas com respeito, em vez de julgar a partir dos boatos
semeando discórdia e divisões.
Mas para esta
comunicação acontecer ao testemunhar a verdade no amor, é preciso que se faça a
purificação do coração, e assim é possível comunicar cordialmente:
“Comunicar cordialmente quer dizer que a pessoa que
nos lê ou escuta é levada a deduzir a nossa participação nas alegrias e
receios, nas esperanças e sofrimentos das mulheres e homens do nosso tempo.”
A partir da
experiência dos discípulos de Emaús, reflete sobre a manifestação de Jesus
Ressuscitado, que fala com o coração, acompanhando com respeito o caminho da amargura
experimentado pelos discípulos, propondo-Se e não Se impondo, abrindo-lhes
amorosamente a mente à compreensão do sentido mais profundo do sucedido.
Em tempos de
polarizações e oposições, é preciso uma comunicação de coração e braços abertos
da parte de todos.
É preciso um
falar amável que abra brecha nos corações mais endurecidos – “Precisamos daquele
falar amável no âmbito dos ‘mass media’, para que a comunicação não fomente uma
aversão que exaspere, gere ódio e conduza ao confronto, mas ajude as pessoas a
refletir calmamente, a decifrar com espírito crítico e sempre respeitoso a
realidade onde vivem.”
São Francisco de
Sales, doutor da Igreja é nos apresentado como referência exemplar de
comunicação – “A
sua mansidão, humanidade e predisposição a dialogar pacientemente com todos, e
de modo especial com quem se lhe opunha, fizeram dele uma extraordinária
testemunha do amor misericordioso de Deus. Dele se pode dizer que as suas
«palavras amáveis multiplicam os amigos, a linguagem afável atrai muitas
respostas agradáveis» (Sir 6, 5). Aliás uma das suas
afirmações mais célebres – «o coração fala ao coração» – inspirou gerações de
fiéis, entre os quais se conta São John Henry Newman que a escolheu para seu
lema: Cor ad cor loquitur. «Basta amar bem para dizer bem»”.
Lembra-nos o Papa
que “somos aquilo que
comunicamos”, e isto é uma lição contracorrente
hoje, sobretudo nas redes sociais, em que a comunicação é muitas vezes
instrumentalizada para que o mundo nos veja, não por aquilo que somos, mas como
desejaríamos ser.
Segundo São Paulo
VI, os escritos de São Francisco suscitam uma “leitura sumamente agradável, instrutiva e
estimulante”; e assim devem ser os artigos,
reportagens, serviços radiotelevisivos nas redes sociais.
Apresenta-nos o
referido santo da ternura (São Francisco) como inspiração para os agentes da
comunicação, procurando e narrando a verdade com coragem e liberdade, mas
rejeitando a tentação de usar expressões sensacionalistas e agressivas.
Urge falar com o
coração no processo sinodal, e para tanto é preciso de uma escuta sem
preconceitos, atenta e disponível. Este falar será segundo o estilo de Deus,
que se sustenta de proximidade, compaixão e ternura.
Diante do quadro
de conflitos, lembra o Papa, vivemos uma realidade como há 60 anos, uma hora
escuta temendo uma escalada bélica, que deve ser travada o mais depressa
possível, inclusive em termos de comunicação. Urge desarmar os ânimos,
promovendo uma linguagem de paz - “Fica-se
apavorado ao ouvir com quanta facilidade se pronunciam palavras que invocam a
destruição de povos e territórios; palavras que, infelizmente, se convertem
muitas vezes em ações bélicas de celerada violência. Por isso mesmo há que
rejeitar toda a retórica belicista, assim como toda a forma de propaganda que
manipula a verdade, deturpando-a com finalidades ideológicas. Em vez disso seja
promovida, a todos os níveis, uma comunicação que ajude a criar as condições
para se resolverem as controvérsias entre os povos.".
Uma conversão do
coração decide o destino da paz, pois o vírus da guerra provém do íntimo do coração
humano – “Do coração
brotam as palavras certas para dissipar as sombras dum mundo fechado e dividido
e construir uma civilização melhor do que aquela que recebemos. É um esforço
que é exigido a todos e cada um de nós, mas faz apelo de modo particular ao
sentido de responsabilidade dos agentes da comunicação a fim de realizarem a
própria profissão como uma missão.
Conclui a Mensagem com estas palavras:
“Que o Senhor Jesus, Palavra pura que brota do coração do Pai,
nos ajude a tornar a nossa comunicação livre, limpa e cordial.
Que o Senhor Jesus, Palavra que Se fez
carne, nos ajude a colocar-nos à escuta do palpitar dos corações, para nos
reconhecermos como irmãos e irmãs e desativarmos a hostilidade que divide.
Que o Senhor Jesus, Palavra de verdade
e caridade, nos ajude a dizer a verdade no amor, para nos sentirmos guardiões
uns dos outros.”
Desejando, leia a mensagem
na integra: https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/communications/documents/20230124-messaggio-comunicazioni-sociali.html
Solenidade da Ascensão do Senhor: irradiar amor, vida e alegria (Ascensão do Senhor - Ano C)
Em poucas palavras... (Ascensão do Senhor)
Quando O Senhor foi elevado da Terra
“«E Eu, uma vez elevado da terra, atrairei todos a Mim» (Jo 12, 32). A elevação na cruz significa e anuncia a elevação da ascensão aos céus. É o princípio dela, Jesus Cristo, o único sacerdote da nova e eterna Aliança, «não entrou num santuário feito por homens [...].
Entrou no próprio céu, a fim de agora se apresentar diante de Deus em nosso favor» (Hb 9, 24).
Nos céus, Cristo exerce permanentemente o Seu sacerdócio, «sempre vivo para interceder a favor daqueles que, por Seu intermédio, se aproximam de Deus» (Hb 7, 25).
Como «sumo sacerdote dos bens futuros» (Hb 9, 11), Ele é o centro e o ator principal da liturgia que honra o Pai que está nos céus (Ap 4,6-11).”
(1) Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n. 662
Síntese da Mensagem para o LIX Dia Mundial das Comunicações Sociais – 2025 – Papa Francisco
Síntese da Mensagem para o LIX Dia Mundial das
Comunicações Sociais – 2025 – Papa Francisco
A
Mensagem para o LIX Dia Mundial das Comunicações Sociais -2025, escrita pelo
Papa Francisco, tem como tema a passagem bíblica da Primeira Carta de São Pedro
– “Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações” (cf. 1
Pd 3,15-16), em perfeita sintonia com o Jubileu da Esperança que estamos
celebrando.
Há um forte convite para que todos sejamos comunicadores da
esperança, em um tempo marcado pela desinformação e pela polarização, no qual
alguns centros de poder controlam uma grande massa de dados e de informações
sem precedentes.
Faz-se necessário desarmar a comunicação – “Hoje em dia, com demasiada frequência, a
comunicação não gera esperança, mas sim medo e desespero, preconceitos e
rancores, fanatismo e até ódio. Muitas vezes, simplifica a realidade para
suscitar reações instintivas; usa a palavra como uma espada; recorre mesmo a
informações falsas ou habilmente distorcidas para enviar mensagens destinadas a
exaltar os ânimos, a provocar e a ferir.”
Outro fenômeno apresentado pelo Papa é a “dispersão
programada da atenção”, promovida por sistemas digitais que provocam
atomizações, individualismos, enfraquecendo a dimensão comunitária e a promoção
do bem comum.
Não podemos empobrecer a “esperança”, que tem dimensões comunitárias e sociais, voltadas à
promoção e defesa da dignidade humana e da Casa Comum.
O Papa nos apresenta três mensagens, à luz da passagem mencionada:
1ª – Nossa
esperança tem um rosto: o rosto do Senhor Jesus Cristo Ressuscitado;
2ª – Estarmos
dispostos a dar a razão da esperança a todos que nos pedirem;
3ª –
Comunicação deve ser feita com mansidão, respeito e proximidade, como
“companheiros de viagem, nos passos do maior Comunicador de todos os tempos: Jesus de Nazaré.
Lembrando o Jubileu da Esperança,
que nos renova na missão de sermos “construtores
da paz” (cf. Mt 5,9), devemos promover uma comunicação que fale ao coração,
cuidando do coração, ou seja, da vida interior. Para tanto, ele nos dá algumas
pistas a serem vividas, contando com a graça de Deus:
“Sede
mansos e nunca esqueçais o rosto do outro; falai ao coração das mulheres e dos
homens ao serviço de quem desempenhais o vosso trabalho.
Não
permitais que as reações instintivas guiem a vossa comunicação. Semeai sempre
esperança, mesmo quando é difícil, quando custa, quando parece não dar frutos.
Procurai
praticar uma comunicação que saiba curar as feridas da nossa humanidade.
Dai
espaço à confiança do coração que, como uma flor frágil mas resistente, não
sucumbe no meio das intempéries da vida, mas brota e cresce nos lugares mais
inesperados: na esperança das mães que rezam todos os dias para rever os seus
filhos regressar das trincheiras de um conflito; na esperança dos pais que
emigram, entre inúmeros riscos e peripécias, à procura de um futuro melhor; na
esperança das crianças que, mesmo no meio dos escombros das guerras e nas ruas
pobres das favelas, conseguem brincar, sorrir e acreditar na vida.
Sede
testemunhas e promotores de uma comunicação não hostil, que difunda uma cultura
do cuidado, construa pontes e atravesse os muros visíveis e invisíveis do nosso
tempo.
Contai
histórias imbuídas de esperança, tomando a peito o nosso destino comum e
escrevendo juntos a história do nosso futuro.”
https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/communications/documents/20250124-messaggio-comunicazioni-sociali.html
“Não esqueçais o coração”
“Não
esqueçais o coração”
Na
conclusão da Mensagem para o LIX Dia Mundial das Comunicações 2025, o Papa
Francisco nos apresentou preciosas pistas para que cuidemos do coração, ou
seja, da vida interior, diante de vertiginosas conquistas da técnica:
“Sede mansos e nunca esqueçais o rosto do outro;
falai ao coração das mulheres e dos
homens ao serviço de quem desempenhais o vosso trabalho.
Não
permitais que as reações instintivas guiem a vossa comunicação. Semeai sempre
esperança, mesmo quando é difícil, quando custa, quando parece não dar frutos.
Procurai
praticar uma comunicação que saiba curar as feridas da nossa humanidade.
Dai
espaço à confiança do coração que, como uma flor frágil mas resistente, não
sucumbe no meio das intempéries da vida, mas brota e cresce nos lugares mais
inesperados: na esperança das mães que rezam todos os dias para rever os seus
filhos regressar das trincheiras de um conflito; na esperança dos pais que
emigram, entre inúmeros riscos e peripécias, à procura de um futuro melhor; na
esperança das crianças que, mesmo no meio dos escombros das guerras e nas ruas
pobres das favelas, conseguem brincar, sorrir e acreditar na vida.
Sede
testemunhas e promotores de uma comunicação não hostil, que difunda uma cultura
do cuidado, construa pontes e atravesse os muros visíveis e invisíveis do nosso
tempo.
Contai
histórias imbuídas de esperança, tomando a peito o nosso destino comum e
escrevendo juntos a história do nosso futuro.
Tudo isto podeis e podemos fazê-lo com a graça de Deus, que o Jubileu nos ajuda a receber em abundância. Por isto, rezo por cada um de vós e pelo vosso trabalho, e vos abençoo.” Amém.