quinta-feira, 24 de abril de 2025

Batismo: Sinal da Paixão, graça da Ressurreição!

                                                  

Batismo: Sinal da Paixão, graça da Ressurreição! 

Pelo batismo somos uma nova criatura 

À luz “Das catequeses de Jerusalém” (séc IV), reflitamos sobre a graça do Batismo, como a vida nova por meio da Paixão e Morte do Senhor. 

“Fostes conduzidos à santa fonte do divino Batismo, como Cristo, descido da Cruz, foi colocado diante do sepulcro. 

A cada um de vós foi perguntado se acreditava no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. 

Vós professastes a fé da salvação e fostes, por três vezes, mergulhado na água e por três vezes dela saístes; deste modo significastes em imagem e símbolo, os três dias da sepultura de Cristo. 

Assim como nosso Senhor passou três dias e três noites no seio da terra, também vós, na primeira emersão, imitastes o primeiro dia em que Cristo esteve debaixo da terra, e na imersão, a primeira noite. 

De fato, como aquele que vive nas trevas não enxerga nada, pelo contrário, aquele que anda de dia está envolvido em plena luz. 

Assim também vós, na imersão, como que mergulhados na noite, nada vistes, mas na emersão, fostes como que restituídos ao dia. 

Num mesmo instante, morrestes e nascestes, e aquela água de salvação tornou-se para vós, ao mesmo tempo, sepulcro e mãe... 

Apesar de situar-se em outro contexto, a vós se aplica perfeitamente o que disse Salomão: Há um tempo para nascer e um tempo para morrer (Ecl 3,2). 

Convosco sucedeu o contrário: houve um tempo para morrer e um tempo para nascer. Num mesmo instante realizaram-se ambas as coisas e, com a vossa morte, coincidiu o vosso nascimento. Ó fato novo e inaudito! 

Na realidade, não morremos nem fomos sepultados nem crucificados nem ainda ressuscitados. No entanto, a imitação desses atos foi expressa através de uma imagem e daí brotou realmente a salvação. 

Cristo foi verdadeiramente crucificado, verdadeiramente sepultado e Ressuscitou verdadeiramente. 

Tudo isto foi para nós um dom da graça, a fim de que, participando da Sua Paixão, através do Mistério Sacramental, obtenhamos na realidade a salvação. Ó maravilha de Amor pelos homens! 

Em Seus pés e mãos inocentes, Cristo recebeu os cravos e suportou a dor, e eu, sem dor nem esforço, mas apenas pela comunhão em Suas dores, recebo gratuitamente a salvação.

Ninguém, portanto, julgue que o Batismo consista apenas na remissão dos pecados e na graça da adoção filial. 

Assim era o Batismo de João, que concedia tão somente o perdão dos pecados. Pelo contrário, sabemos perfeitamente que o nosso Batismo não só apaga os pecados e confere o dom do Espírito Santo, mas é também o exemplo e a expressão dos sofrimentos de Cristo. 

É por isso mesmo que Paulo exclama: Será que ignorais que todos nós batizados em Jesus Cristo, é na Sua morte que fomos batizados?Pelo Batismo, na Sua morte, fomos sepultados com Ele (Rm 6,3-4).” 

Depois do Itinerário Quaresmal marcado por intensa penitência, Oração, jejum e esmola, e a celebração da antiquíssima Vigília Pascal, iniciamos o Itinerário Pascal, que terá o seu cume depois de sete semanas, anunciando a grande Festa de Pentecostes. 

Renovamos a graça do Batismo que nos concede uma vida nova, a fim de morrermos com Cristo para com Ele também Ressuscitarmos, passando da morte para a vida: mortos para o pecado para vivermos para Deus (cf. Rm 6,3-11). 

Ao sermos batizados, somos banhados em Cristo para viver como uma nova criatura, iluminados por Sua Luz Divina para sermos luz do mundo e sal da terra, dando ao mundo o gosto de Deus, o gosto do amor, porque Deus é Amor. 

Exclamemos com o Bispo: “Ó maravilha nova e inaudita!”; “Ó exuberante Amor para com os homens!”. Eis a graça do Batismo recebido, com seus sagrados compromissos de sermos sacerdotes, profetas e reis, na vivência do Mandamento do Amor que nos deixou: “Amai-vos uns aos outros, assim como Eu vos amei”. (Jo 15,12). 

“Ó fato novo e inaudito!

Ó maravilha de amor pelos homens!”

 

Embora sem nenhum mérito, mas porque sois Deus de misericórdia

por Amor padecestes, por nós morrestes, por Amor Ressuscitastes...

Como não nos empenharmos por crescer no Teu Amor em maior concórdia? 

Ó fato novo e inaudito da Tua Morte e Ressurreição! 

O mundo jamais foi o mesmo, quando à mansão dos mortos descestes,

para que  das correntes do julgo da morte nos libertasse,

se morrer foi preciso, mais ainda que Ressuscitasse! 

Ó maravilha de Amor pelos homens, 

Jamais cansaremos de exclamar!

Alegria, gratidão, no coração a transbordar,

Em auroras radiantes, luminosas, acordar!

 Amém! Aleluia! Aleluia!

 

 PS: Cf. Liturgia das Horas Vol. II - pp. 535-536.


A Jesus, toda honra, glória, poder e louvor

 


A Jesus, toda honra, glória, poder e louvor

Livrai-nos, Senhor Jesus, do perigo que ameaça constantemente a Vossa Igreja de se fazer fim e não meio, de levar a todas as pessoas ela mesma não Vós, que sois o Cristo, o Filho de Deus, Redentor e Salvador de toda a humanidade.

Ajudai-nos a aprender com o Vosso Apóstolo Pedro que, interpretando o milagre do aleijado, afirmou com veemência que é obra de Deus, não dele próprio, nem da própria Igreja.

Conduzir a Vossa igreja para que ela seja apenas “testemunha” da obra de Deus, sinal e instrumento de salvação, mas não o centro, pois o centro está além, pois é Deus que nela opera, age e realiza todos os sinais, por meio da ação do Espírito.

A Vós, rendemos toda honra, glória, poder e louvor, e suplicamos que nos ajudai, para que sejamos uma Igreja pobre, semelhante a “serva” de Seu Senhor, Cristo.

Como Igreja, peregrinando, anunciemos com palavras e ações o Vosso Mistério, Vós que fostes rejeitado e crucificado, sois a nossa salvação, pois Deus Vos ressuscitou e Vos fez Senhor e autor de toda a vida., porque sois o Caminho, a Verdade e a Vida.

Concedei-nos que vivamos mortos para o pecado, e vivos para Deus, como nos falou o Apóstolo Paulo, e saibamos fazer a opção “radical”, de modo que Vos aceitemos, na fé, como “salvação” da própria vida, e jamais Vos negarmos ou Vos recursarmos. Amém. Aleluia.

Fonte: Comentário da passagem do Atos dos Apóstolos (At 3,11-26) - Missal Cotidiano - Editora Paulus - 1997 pág. 345-346

“Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo”

“Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo”

Aprofundemos sobre a missão do Bom Pastor, que é o próprio Jesus Cristo, à luz das reflexões de São Clemente de Alexandria (séc. III):

“As pessoas em bom estado de saúde não necessitam de médico, ao menos enquanto estão bem; os enfermos, ao contrário, necessitam de sua arte. Da mesma forma, nós que nesta vida estamos enfermos e oprimidos pelos desejos vergonhosos, de intemperança condenável, de todas as outras desordens de nossas paixões, necessitamos do Salvador.

Ele nos aplica doces medicamentos, mas também remédios amargos: as raízes amargas do temor detêm as úlceras do pecado. Eis por que o temor, embora seja amargo, é saudável.

Por isso nós, os enfermos, necessitamos do Salvador; extraviados, d’Aquele que nos guie; cegos, d’Aquele que nos ilumine; sedentos, da fonte de Água Viva; e aqueles que bebem dela nunca mais terão sede; mortosnecessitam da Vida; o rebanho, do Pastor; as crianças, do Pedagogo; e toda a humanidade necessita de Jesus: por receio que, sem guia e sendo pecadores, caiamos na condenação final. É necessário, ao contrário, que sejamos separados da palha e empilhados no celeiro do Pai. ‘A pá está na mão’ do Senhor, e com ela separa o trigo do joio destinado ao fogo.

Se quisermos, podemos compreender a profunda sabedoria do Santo Pastor e Pedagogo, o onipotente Verbo do Pai, quando, servindo-Se da alegoria, proclama-Se Pastor do rebanho; Ele é também o Pedagogo dos pequeninos.

É assim que Ele aborda amplamente, através de Ezequiel, aos anciãos, e que lhes dá o exemplo salutar de uma solicitude esmerada: Cuidarei do que está ferido, e curarei o que está fraco, trarei de volta os que se extraviaram, e apascentarei Eu mesmo no meu Santo monte. Tal é a promessa de um Bom Pastor. Apascenta as Tuas criaturas como a um rebanho.

Sim, Senhor, sacia-nos; dá-nos com abundância o pasto de Tua justiça; sim, Pedagogo, conduz-nos até o Teu Santo monte, até a Tua Igreja, a que está colocado no alto, acima das nuvens, que toca os céus! E eu serei, diz Ele, seu Pastor, e estarei perto deles, como a túnica de sua pele. Ele quer salvar a minha carne, revestindo-a com a túnica da incorruptibilidade, e ungiu a minha pele.

Eles me chamarão, diz o Senhor, e Eu lhes direiAqui estou. Me escutas muito antes do que eu esperava, Senhor. Se cruzarem as águas, não resvalarão, diz o Senhor. De fato, não cairemos na corrupção, os que cruzamos até a incorruptibilidade, porque Ele nos sustentará. Ele disse e quis.

Assim é nosso Pedagogo: realmente bom. Não vim, disse Ele, para ser servido, mas para servir. Por isso o Evangelho O revela fatigado; se fadigas por nós e prometeu dar Sua vida como resgate por muitos.

Somente o Bom Pastor – acrescenta – se comporta assim. Que grande benfeitor; entrega por nós o que tem de melhor: sua vida! Que grande benfeitor e amigo do homem, Aquele que, sendo Senhor, quis ser seu irmão! E Sua bondade chegou a tal extremo, que morreu por nós.” (1)

Amemos, adoremos e sigamos os passos de Jesus, pois, Ele é de fato o Santo Pastor e Pedagogo, que conosco caminha.

Alegremo-nos!
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha, e tão somente Ele tem Palavra de Vida Eterna que nos ilumina e orienta.

Ele é o Verbo que Se fez Carne e habitou entre nós, caminhou entre nós, fez-Se um de nós, igual a nós, exceto no pecado.

Aleluia!

“Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo” (continuação)

“Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo”

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele tem Palavra de Vida Eterna,
Que nos ilumina e nos orienta.
Ele é o Verbo que Se fez Carne e habitou entre nós.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele nos garante o melhor Vinho,
Como fez nas festas das Bodas de Caná.
Façamos tudo o que Ele nos disser.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele sacia nossa sede de vida eterna,
Como saciou a sede da samaritana à beira do poço de Jacó.
A Ele recorramos, nós, tão sedentos de amor e vida que somos.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele sacia nossa fome de eternidade,
Como saciou a fome de multidões, e Se fez para nós
Pão Vivo de imortalidade, antídoto para não morrer, na Santa Eucaristia.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele é a Verdade que nos liberta.
Conheçamos esta Verdade que nos faz verdadeiramente livres,
Pois foi para a liberdade que Ele nos libertou (Gl 5,1).

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele cura nossa cegueira, para que vejamos saídas,
Assim como curou o cego de nascença, também curado sejamos.
Ele que é a Luz do mundo, e nós sinais desta Luz.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele é o Bom Pastor, que nos ama e nos conduz,
E por nós dá livremente a Sua própria vida,
Para que vida plena e definitiva tenhamos.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele é a Ressurreição e a Vida
Assim como ressuscitou Lázaro, também nos ressuscitará,
Pois, n’Ele vivendo e crendo, não morreremos para sempre.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele é o Mestre e Senhor, como nos falou na Santa Ceia;
Lavando humildemente os pés dos discípulos,
Um ensinamento de amor, serviço e doação nos concedeu.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida:
Caminho que nos leva ao Pai, Verdade que ilumina os povos
E Vida que renova o mundo, confessamos piamente.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele é a Videira amada do Pai,
Na qual somos ramos unidos para frutos produzir;
Nutridos pela Seiva do Amor, que da Videira nos vem: o Santo Espírito.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo, conosco caminha.
Somente Ele ora por nós, em nós e recebe a nossa oração.
Porque Ele e o Pai, com o Espírito, são perfeita comunhão,
Por isto, ora, a fim que também todos sejamos Um.

Alegremo-nos! Não caminhamos sozinhos.
Jesus, o Santo Pastor e Pedagogo conosco, caminha.
Amamos, adoramos e cremos que o Santo e Bom Pastor e Pedagogo,
Jesus, que tanto nos ama, e nos amando até o fim,
Assegura-nos o perfeito caminho que nos faz livres e felizes.
Amém. Aleluia!

   
(1) Lecionário Patrístico Dominical - Editora Vozes - 2013 - pp.99-100 

A fé no Ressuscitado é graça e missão

                                                              

A fé no Ressuscitado é graça e missão

Uma breve reflexão sobre a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 24,35-48), proclamada na quinta-feira da oitava da Páscoa, na continuidade da manifestação do Senhor aos discípulos de Emaús.

A Ressurreição de Jesus não é uma ilusão, caso o fosse, nossa esperança seria vazia, ilusória, todas as nossas atividades vãs.

Porém, a Ressurreição de Jesus é a verdade fundamental e fundante de nossa vida cristã, e tudo ganha novo sentido a partir desta verdade, que cremos e testemunhamos com palavras e ações.

O Missal Cotidiano nos enriquece com este Comentário:

“A comunidade apostólica afirmou fortemente a ’realidade’ da Ressurreição de Jesus, a identidade e ao mesmo tempo a diversidade entre o Crucificado e o Ressuscitado... faz entrar a aparição de Jesus no esquema do encontro humano, sublinhando que Jesus está verdadeiramente vivo, porque os Apóstolos veem, O tocam, comem com Ele. Não é um fantasma”

Vive Aquele que foi Crucificado, e Se comunica com os Seus discípulos, pois possui plena liberdade de Se manifestar onde e a quem quiser.

O Ressuscitado é o mesmo de antes, dando-Se a ver, mostrando Suas mãos e pés, é o Seu ser total, absolutamente vivo, não mais sujeito aos condicionamentos e limites da existência tão apenas humana.

Esta fé no Ressuscitado, no entanto, torna-se missão - “A fé pascal iniciada para os discípulos no encontro com o Ressuscitado, é a fé que cada cristão deve continuamente amadurecer na sua vida”.

Deste modo, compreendemos a nossa missão de discípulos missionários do Senhor:

– “No Mistério da morte e Ressurreição, Jesus revelou-Se como o Messias, cumprimento da história da Salvação e mediador definitivo da Aliança divina para todos os homens. Se compreendermos isto, a nossa fé pode abri-se à tarefa do testemunho e da missão. Acolher Jesus ressuscitado como ‘Senhor de todos’ comporta testemunhá-Lo a todos os homens”

Portanto, crendo na vida nova do Ressuscitado, crendo em Sua Ressurreição, tornamo-nos alegres e convictas testemunhas d’Ele no mundo, empenhados na realização do Reino por Ele inaugurado, vivendo a cada dia nosso discipulado no mistério de renúncias e carregando a nossa cruz, iluminados por Sua Palavra e alimentados pelo Seu Corpo e Sangue. Amém. Aleluia! Aleluia!



(1) Lecionário Comentado – Volume Quaresma Páscoa – pág.347
(2) Idem – pág.387 
(3) Idem – pág.388 

O Senhor está vivo em nosso meio. Aleluia!

                                                                


O Senhor está vivo em nosso meio. Aleluia!

“...O próprio Jesus apareceu no meio deles
e lhes disse: 'A paz esteja convosco!'”

Nestes dias em que, com toda a Igreja, celebramos o transbordamento da Alegria Pascal, à luz da passagem do Evangelho da quinta-feira da Oitava da Páscoa (Lc 24,35-48), ofereço uma breve súplica.

Oremos:

Senhor, quando, como comunidade, nos reunimos, 
fazemos a indizível experiência pascal, 
a divina experiência de Vossa Presença, Ressuscitado e glorioso.

Vossa presença, Senhor, é a manifestação do Deus da Paz, 
o Deus real, vivo e verdadeiro, solidário com a humanidade,
sempre participando de nossas vidas, ainda que não sejamos capazes de perceber.

Vossa presença faz com que nossa comunidade se torne evangelizadora, 
pois a fé na Ressurreição é, necessariamente, missão.

Senhor, ajudai-nos a vencer todo medo, perplexidade, 
perturbação, inquietação da alma, dúvida, 
incredulidade,  desconfiança, desânimo, 
reconhecendo e crendo em Vossa presença em nosso meio, 
e com ela a plenitude da paz.

Ajudai-nos, Senhor, a reconhecer a Vossa presença, embora,
como os discípulos de Emaús, sejamos sem inteligência,
e lentos para compreender tudo que fizestes
por Amor em nosso favor.

Senhor, Vós que vivestes 
e testemunhastes fidelidade incondicional
de Amor ao Pai, e por isto não ficastes para sempre morto,
enviai o Vosso Santo Espírito, para que sejamos
testemunhas dos valores pelos quais morrestes.

Em comunhão convosco  vivamos mais autêntica comunhão entre nós, 
como Igreja e, como convictos e corajosos discípulos Vossos, 
tenhamos um olhar de fé e mãos mais solidárias para quem mais precisar,  
porque o coração ardente pela Vossa Palavra 
e nutridos pela Vossa Presença na Eucaristia, 
o Santíssimo e Diviníssimo Sacramento.  
Amém! Aleluia! Aleluia!

Pelo Batismo, novas criaturas em Cristo

                                                             

Pelo Batismo, novas criaturas em Cristo

À luz do Sermão do Bispo e Doutor Santo Agostinho  (Séc.V), reflitamos sobre a graça do Batismo que nos faz novas criaturas em Cristo.

Por causa do Batismo recebido, rendemos graças Deus por nos ter feito:

- filhos recém-nascidos,
- pequeninos em Cristo,  

- nova prole da Igreja,
- graça do Pai,

- fecundidade da Mãe,
- germe santo,

- multidão renovada,
- flor de nossa honra,

- fruto do trabalho de quem administrou o Batismo,
- coroa e alegria permanecendo firmes na graça recebida.

De fato, ser batizado é ser revestido do Senhor Jesus Cristo e não se poderá dar atenção à carne e à satisfação de suas paixões (Rm 13,14), e o que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos somos um só, em Jesus Cristo (Gl 3,27-28).

Experimentar a força do Sacramento que é sacramento da vida nova que começa no tempo presente pela remissão de todos os pecados passados, e atingirá sua plenitude na ressurreição dos mortos, pois pelo Batismo, em Sua morte, fomos sepultados com Cristo, para que, como Cristo Ressuscitado dos mortos, assim também levemos uma vida nova (cf. Rm 6,4).

Viver o Batismo é caminhar, vivendo neste corpo mortal como peregrinos longe do Senhor.

No entanto, este caminho é seguro, pois é o próprio Jesus Cristo, que Se fez homem por amor de nós, de modo que, crendo e vivendo com o Ressuscitado, devemos nos esforçar por alcançar as coisas do alto, onde Ele Se encontra, sentado à direita de Deus.

Aspiraremos, sem demora e incansavelmente, as coisas celestes e não às coisas terrestres, pois morremos com Ele, e a nossa vida n’Ele encontra-se escondida, com  Cristo, em Deus.

E assim, peregrinando, quando Cristo, nossa vida, aparecer em Seu triunfo, então, apareceremos com Ele, revestidos de glória (Gl 3,1-4).

Oremos:

“Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o Batismo que nos lavou, o Espírito que nos deu vida nova, e o Sangue que nos remiu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém”.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG