sábado, 5 de abril de 2025

Novos horizontes

                                                           

Novos horizontes

 “... continuai firmes no Senhor,
ó meus queridos” (Fl 4,1)

Recebi a graça de ocupar este espaço para partilhar a missão, a mim confiada pela Igreja, como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte – MG, em abril de 2017.

A Palavra de Deus, que é sempre uma Boa-Nova, expressa a minha relação com a Diocese de Guarulhos, neste novo momento de graça que estou vivendo, do mesmo modo que marcou e iluminou minha vida quando fui enviado em missão à Diocese de Ji-Paraná – RO, onde permaneci por três anos: “Portanto, meus queridos irmãos, dos quais sinto tanta saudade, minha alegria e minha coroa, continuai firmes no Senhor, ó meus queridos” (Fl 4,1).

Entretanto, apesar da saudade, a vida segue... E ancorado no lema da minha ordenação episcopal: “Para mim o viver é Cristo” (Fl 1,21), no dia 08 de abril, na Paróquia São Gonçalo – Contagem – MG, com a presença do Arcebispo, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, dos Bispos Auxiliares, de um grande número de Presbíteros, Religiosos e Religiosas, Seminaristas, e o Povo de Deus, teve início o meu Ministério, propriamente dito.

Belo Horizonte, bem como a Cidade de Guarulhos, nos apresenta grandes desafios, em que somos chamados a lançar redes em águas mais profundas, proclamando a Palavra, insistindo oportuna e inoportunamente, convencendo, repreendendo e exortando, com toda a paciência e preocupação de ensinar (2 Tm 4,2).

A Arquidiocese, que tem em torno de cinco milhões de habitantes, está dividida em 37 Foranias, com 270 Paróquias e, aproximadamente, 1400 comunidades, atendidas por 700 padres (diocesanos e religiosos), que são auxiliados pela expressiva presença de Congregações Religiosas, masculinas e femininas.

Devido à dimensão, a Arquidiocese está dividida em quatro Regiões Episcopais, confiadas, cada uma, a um Bispo Auxiliar, sendo a minha, a RENSA - Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida.

Na RENSA, tínhasmos 69 Paróquias, 464 comunidades e 112 padres. Como tantas outras realidades, precisamos de mais santas vocações sacerdotais e religiosas, para melhor acompanhar o rebanho, pois a messe é grande e poucos são os operários.

E é nesta realidade que estou aprendendo a ser Bispo, procurando conduzir o rebanho com carinho e zelo de pastor, empenhado em ser presença amiga e paterna junto aos padres, como tão bem nos exorta o Papa Francisco.

Ressalto, de modo especial, a receptividade do Povo de Deus desta Igreja particular de Belo Horizonte, que me acolhe carinhosamente. Com ele, celebramos a Semana Santa, vivenciando momentos fortes de espiritualidade, como o Sermão do Encontro e do Descendimento do Senhor da Cruz, além de Procissões e Vias-Sacras, Celebração Penitencial com os padres, no Santuário de Nossa Senhora da Piedade, a Missa da Unidade, na manhã da Quinta-feira Santa, com a Bênção dos Santos óleos e a renovação das promessas pelos Presbíteros. Desta celebração, aproximadamente 15 mil pessoas participaram, no Ginásio Mineirinho. Uma emoção indescritível!

Concluindo, asseguro minhas orações à Diocese de Guarulhos, e peço que não deixem de rezar por mim, para que eu cumpra o tríplice múnus de santificar, ensinar e governar o Povo de Deus.

Vivendo a alegria da Páscoa do Senhor, coloquemo-nos sob o amparo maternal de Maria, que nos acompanha em todos os momentos, ela que é Padroeira da Diocese de Guarulhos e da Arquidiocese de Belo Horizonte: Imaculada Conceição e Nossa Senhora da Boa Viagem, respectivamente.


PS: Publicado no jornal “Folha Diocesana” – Guarulhos – Edição nº243.

Sagrados compromissos com a fraternidade universal

    


Sagrados compromissos com a fraternidade universal

Sejamos enriquecidos por estes parágrafos da Constituição pastoral Gaudium et Spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II (séc. XX), que nos fala sobre toda a atividade humana que deve ser purificado no Mistério Pascal.

“A Sagrada Escritura, confirmada pela experiência dos séculos, ensina à família humana que o progresso, grande bem para o homem, traz também consigo uma enorme tentação. De fato, quando a hierarquia de valores é alterada e o bem e o mal se misturam, os indivíduos e os grupos consideram somente seus próprios interesses e não o dos outros.

Por esse motivo, o mundo deixa de ser o lugar da verdadeira fraternidade, enquanto o aumento do poder da humanidade ameaça destruir o próprio gênero humano. Se alguém pergunta como pode ser vencida essa miserável situação, os cristãos afirmam que todas as atividades humanas, cotidianamente postas em perigo pelo orgulho do homem e o amor desordenado de si mesmo, precisam ser purificadas e levadas à perfeição por meio da cruz e ressurreição de Cristo.

Redimido por Cristo e tornado nova criatura no Espírito Santo, o homem pode e deve amar as coisas criadas pelo próprio Deus. Com efeito, recebe-as de Deus; olha-as e respeita-as como dons vindos das mãos de Deus.

Agradecendo por elas ao divino Benfeitor e usando e fruindo das criaturas em espírito de pobreza e liberdade, é introduzido na verdadeira posse do mundo, como se nada tivesse e possuísse: ‘Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus’ (1Cor 3,22-23).

O Verbo de Deus, por quem todas as coisas foram feitas, que Se encarnou e veio habitar na terra dos homens, entrou como Homem perfeito na história do mundo, assumindo-a e recapitulando-a em Si. Ele nos revela que Deus é amor (1Jo 4,8) e ao mesmo tempo nos ensina que a lei fundamental da perfeição humana, e, portanto, da transformação do mundo, é o novo Mandamento do amor.

Aos que acreditam no amor de Deus, Ele dá a certeza de que o caminho do amor está aberto a todos os homens e não é inútil o esforço para instaurar uma fraternidade universal.

Adverte-nos também que esta caridade não deve ser praticada somente nas grandes ocasiões, mas, antes de tudo, nas circunstâncias ordinárias da vida.

Sofrendo a morte por todos nós pecadores, Ele nos ensina com o Seu exemplo que devemos também carregar a cruz que a carne e o mundo impõem sobre os ombros dos que procuram a paz e a justiça.

Constituído Senhor por sua Ressurreição, Cristo, a quem foi dado todo poder no céu e na terra, age nos corações dos homens pelo poder de seu Espírito. Não somente suscita o desejo do mundo futuro, mas anima, purifica e fortalece por esse desejo os propósitos generosos com que a família humana procura melhorar suas condições de vida e submeter para este fim a terra inteira.

São diversos, porém, os dons do Espírito. Enquanto chama alguns para testemunharem abertamente o desejo da morada celeste e conservarem vivo esse testemunho na família humana, chama outros para se dedicarem ao serviço terrestre dos homens e prepararem com esse ministério a matéria do reino dos céus. A todos, porém, liberta para que, renunciando ao egoísmo e empregando todas as energias terrenas em prol da vida humana, se lancem decididamente para as realidades futuras, quando a própria humanidade se tornará uma oferenda agradável a Deus”.

Vivendo o Tempo da Quaresma, de modo mais intenso, somos motivados à prática do essencial de nossa fé cristã, que é a vivência do Mandamento do Amor que Nosso Senhor nos deu a ser vivido em sua dupla dimensão, inseparavelmente: amor a Deus e ao próximo.

De fato, como lemos, somente a prática deste Mandamento é que nos possibilitará a construção de uma fraternidade universal, e o fortalecimento dos vínculos de uma amizade social, como tão bem expressou o Papa Francisco em sua Carta Encíclica “Fratelli Tutti".

Assim, também relaciono com a temática da 5ª Campanha da Fraternidade Ecumênica (2021), com o tema“Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”; e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef 2,14); e também a Campanha da Fraternidade 2025, com o tema - "Fraternidade e Ecologia integral", e com o lema - "Deus viu que tudo era muito bom" (cf. Gn 1,31).

Concluo, retomando a Oração da Campanha da Fraternidade 2021, porque se trata de um convite a viver a amorosidade, derrubando muros de separações e divisões, ao mesmo tempo que somos desafiados a construir pontes de diálogo, comunhão e proximidade, e respeito a beleza e sacralidade da vida.

Oremos:

“Deus da vida, da justiça e do amor, Nós Te bendizemos pelo dom da fraternidade e por concederes a graça de vivermos a comunhão na diversidade.

Através desta Campanha da Fraternidade Ecumênica,
ajuda-nos a testemunhar a beleza do diálogo
como compromisso de amor, criando pontes que unem
em vez de muros que separam e geram indiferença e ódio.

Torna-nos pessoas sensíveis e disponíveis para servir a toda a humanidade, em especial, aos mais pobres e fragilizados, a fim de que possamos testemunhar o Teu amor redentor e partilhar suas dores e angústias, suas alegrias e esperanças, caminhando pelas veredas da amorosidade. Por Jesus Cristo, nossa paz,
no Espírito Santo, sopro restaurador da vida. 
Amém”.

Aprendiz da misericórdia Divina

                                                


Aprendiz da misericórdia Divina

 

Assim ouvimos na Carta de São Tiago:

 

“Porque o julgamento será sem Misericórdia para quem não tiver agido com Misericórdia. Os misericordiosos não têm motivo de temer o julgamento” (Tg 2,13)

 

Há um imperativo em nossa vida cristã, como discípulos missionários do Senhor: aprender o que é a misericórdia.

 

A misericórdia exige que transformemos nossa fé em obras, do contrário, será morta, como nos falou o Apóstolo São Tiago (Tg 2,26), e como antes já nos dissera o Senhor, sobre a condição para a entrada no Reino dos Céus: – “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7, 21).

 

Contemplemos a misericórdia divina e a tornemos concreta:

 

- Na acolhida ao pecador, acompanhada de reconciliação e perdão gerador da possibilidade de novos rumos, novos passos;

- Com gestos concretos para fortalecer vínculos de fraternidade e comunhão, na necessária construção de pontes e extinção de muros que geram divisões, discriminações, marginalizações e exclusões;

- Com ações afetivas e efetivas de partilha e solidariedade, sobretudo com os que mais precisam.

 

Contemplemos e adoremos o rosto da misericórdia, que é o próprio Jesus, em amor total e incondicional ao Reino de Deus, por Ele inaugurado, com a presença e ação do Santo Espírito.

 

Oremos:


“Ó Deus, Vosso nome é santo e Vossa misericórdia se celebra de geração em geração; atendei às súplicas do povo e concedei-lhe proclamar sempre a Vossa grandeza. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”. Amém.

 

Três luminares da fé

                                                          


Três luminares da fé

Dom João Bergese:
Dez primaveras entre nós, como primeiro Bispo e Pastor.
Lema Episcopal: “Chamados para a comunhão”.

Como jardineiro do Senhor, o terreno preparar,
Literalmente, terrenos na periferia comprar:
Construções, Centros Comunitários, proximidade do povo.

Olhar também atento para a realidade urbana,
Que crescia desordenada e velozmente.
Como Igreja, o diálogo e a desafiadora profética presença.

Como Pastor do Senhor, empenho incontestável
De promover a sagrada comunhão das diferenças,
Com Presbíteros, em sua maioria, aqui missionários.

Homem de fina sensibilidade e abertura à Igreja,
Acolheu o sopro do Concílio Vaticano II, Medellín e Puebla,
Deu os primeiros passos para uma Pastoral Orgânica.

Dom Luiz Gonzaga Bergonzini:
Quase vinte primaveras entre nós, como segundo Bispo e Pastor
Lema Episcopal: “É necessário que Ele cresça” (Jo 3,30).

Como jardineiro do Senhor, sementes lançar,
A preocupação de suscitar novas vocações sacerdotais,
Seminário, Formação dos Presbíteros e do Povo de Deus.

Como Pastor do Senhor, promoveu a criação de novas Paróquias,
Para que os Padres, pastores do rebanho confiado,
Mais perto, solícitos, generosos, disponíveis ficassem.

Assembleias Diocesanas, desafios na cidade multiplicados;
Entre outras pautas, com estas questões muito se ocupava,
E criava condições para que novos caminhos encontrássemos.

Homem simples, pobre, de fé comprovada pela dor.
A enfermidade e cirurgias submetido, sem jamais reclamar.
Com paciência e mansidão, a vida na mão de Deus entregou.

Dom Joaquim Justino Carreira:
Quase duas primaveras entre nós.
Lema Episcopal: “PAX VOBIS” (“A paz esteja convosco”) Jo 20,21s.

Como jardineiro do Senhor, sementes multiplicar,
No chão da cidade, e, em todos os âmbitos, espalhar, plantar.
Para ser, na Cidade, presença luminosa, sal e fermento.

Sua mensagem ficou para sempre gravada em nós:
Somos obras do amor divino, para a felicidade criados.
No alcance da felicidade possível, fazendo o outro feliz.

Como Pastor do Senhor, sua palavra ressoava
Nos ouvidos de cada ovelha do rebanho a ele confiado:
“Coragem, a Paz esteja convosco”, “só temos hoje para o bem fazer”.

Um tempo tão curto e tão densamente vivido,
Como que se da brevidade de sua existência soubesse, exortava:
Na evangelização, jamais se acomodar, mas se incomodar.

Cada Bispo com seu lema e tempo,
Cada um com estilo e jeito próprio de ser.
Tão diferentes, mas tão complementares!

Três jardineiros dedicados, três pastores por Cristo apaixonados,
Como tecelões, souberam tecer a rede da vida com a Santa Palavra,
Para que a vida fosse preservada em sua totalidade e dignidade.

Os três, na glória, agora estão, mas luminares de Deus entre nós.
Viveram o bom combate da fé e, com fidelidade, guardaram-na;
Completaram a corrida, e a coroa, das mãos divinas, receberam.

Que são as palavras para dizer algo sobre estes,
Que a serviço da Palavra se colocaram corajosamente?
Que na comunhão continuemos, e para águas profundas avancemos.

E que eles, na companhia dos Anjos e Santos,
Do Banquete Celestial agora partícipes,
Nos ajudem a ser uma Igreja a serviço do Reino. Amém.


PS: Publicado no Jornal Folha Diocesana – Guarulhos – Edição nº 206 - editado para publicação.

Dom João Bergese morreu dia 21 de março de 1996
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini morreu dia 12 de junho de 2012
Dom Joaquim Justino Carrera morreu dia 01 de setembro de 2013

“Ninguém jamais falou como este homem”

                                             


“Ninguém jamais falou como este homem”

Senhor Jesus Cristo, fazemos nossas as palavras dos guardas diante dos sumos sacerdotes e fariseus, no Templo, sobre Vós: “Ninguém jamais falou como este homem” (Jo 7,46).

Dai-nos Sabedoria para acolher Vossas Palavras, e tomar posição e decisões coerentes em todos os momentos.

Abri nossa mente e coração à Vossa Revelação de Si mesmo, como Salvador de todos nós, resgatando-nos pelo Mistério de Vossa Morte na Cruz.

Firmai nossos passos, para que, como discípulos missionários Vossos, sejamos livres da miopia farisaica, de modo que Vos vejamos como o Cristo, o Ungido de Deus que veio para nos redimir e conceder vida plena.

Ajudai-nos para que, na fidelidade a Vós, doador de luz e vida, sejamos para mundo iluminados e iluminantes, apaixonados e promotores da vida em todos os âmbitos, e de cada pessoa, desde a concepção ao seu natural declínio.

Enviai-nos sempre o Vosso Espírito de Amor, para que criemos e fortaleçamos vínculos de comunhão fraterna e amizade social em todo o tempo, na alegria da contemplação e compromisso com o Reino pelo qual destes a Vossa vida. Amém.

 

PS: Fonte de inspiração - Comentário do Missal Cotidiano sobre a passagem do Evangelho de João (Jo 7,40-53)

Em poucas palavras...

 


Não nos deixeis cair em tentação!

“Cedemos às vezes à tentação de montar diante de Deus o mesmo aparato cênico que usamos para impressionar os homens.

Para obter consideração, fazer carreira ou evitar condenação, exibimos títulos e privilégios.”  (1)

 

(1)               Comentário do Missal Cotidiano sobre a passagem da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl 3,3-8a) – pág. 1462

“A Caridade é o compêndio de todas as virtudes”

“A Caridade é o compêndio de todas as virtudes”

O Presbítero São Vicente Ferrer (nascido na Espanha - 1350 e morto na França - 1419) em seu Tratado sobre a vida espiritual (Cap. 13, pp. 513-514) nos oferece uma reflexão muitíssimo oportuna sobre o modo de pregar, quer para Presbíteros ou não.

“Nas pregações e exortações, utiliza palavras simples, em tom de conversa, quando se tratar de explicar os deveres particulares.

Na medida do possível, serve-te de exemplos, para que o pecador culpado de determinada falta se sinta interpelado como se a pregação fosse só para ele.

No entanto, na tua maneira de falar deve transparecer claramente que as advertências não procedem de um espírito soberbo ou irascível, mas de sentimentos de caridade e amor paterno; como um Pai que sofre ao ver um filho que erra, gravemente enfermo ou caído no fundo do poço, e se esforça para salvá-lo, livrá-lo do perigo e cuidar dele como se fosse uma mãe.

Faze sentir ao pecador tua alegria pelo seu progresso e pela glória que o espera no Paraíso. Este modo de proceder costuma ser proveitoso para os ouvintes.

Porque falar em geral sobre as virtudes e os vícios não atrai muito o interesse de quem te escuta também nas confissões, quando confortas os fracos com delicadeza ou quando advertes com severidade os obstinados no mal, mostra sempre sentimentos de amor, para que o pecador sinta a todo momento que tuas palavras são ditadas unicamente pelo amor sincero.

Por isso, as palavras carinhosas e mansas antecedem sempre as que atemorizam. Se desejas, portanto, ser útil ao próximo, recorre primeiro a Deus de todo o coração.

Pede-lhe com simplicidade que se digne infundir em ti aquela caridade que é o compêndio de todas as virtudes e a melhor garantia de êxito nas tuas atividades”.

Concluo citando as inesquecíveis palavras do Papa Paulo VI na Evangelli Nuntiandi n.41:

“[...] para a Igreja, o testemunho de uma vida autenticamente cristã, entregue nas mãos de Deus, numa comunhão que nada deverá interromper, e dedicada ao próximo com um zelo sem limites, é o primeiro meio de evangelização. ‘O homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, dizíamos ainda recentemente a um grupo de leigos, ou então se escuta os mestres, é porque eles são testemunhas’”.

Esta reflexão se conhecida, acolhida no mais profundo do coração nos fará mais que bons pregadores, pois não tão apenas pregaremos com palavras, mas com a própria vida porque estaremos sempre inflamados pela “caridade que é o compêndio de todas as virtudes”, como bem se expressou São Vicente.

Oremos por todos os pregadores para que sejamos abertos à ação do Espírito e inflamados por Seu Amor na exortação e fortalecimento do rebanho por Deus confiado.

“Pai Nosso que estais nos céus...“



PS: Presbítero São Vicente Ferrer - memória celebrada pela Igreja no dia 5 de abril.

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG