segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

O Semeador, Sua Palavra, nosso coração... (continuação)

O Semeador, Sua Palavra, nosso coração...

Como acolhemos a semente da Palavra Divina?
Ao cair sobre o chão do nosso coração,
que tipo de terra a Palavra encontra?

As três citações que ora apresento são preciosas para que continuemos nossa reflexão.

O Bispo e São João Crisóstomo (séc. V), que nos adverte para algo que é terrível e que pode acontecer com mais frequência que possamos pensar: o homem pode fechar-se à Palavra de Deus, recusá-la e, consequentemente, torná-la ineficaz, não produzindo, assim, os frutos maravilhosos que Deus espera e que poderiam ter sido multiplicados:

“É possível que a rocha se transforme em boa terra; que o caminho deixe de ser pisado e se converta também em terra fértil, e que os espinhos desapareçam e deixem crescer exuberantemente as sementes.

E se não se opera em todos essa transformação, não é, certamente, por culpa do semeador, mas daqueles que não querem mudar”.

No mistério de acolhida da Palavra e no empenho de fazê-la brotar, multiplicar, quem na alma não deixa habitar o verme da preguiça e acomodação, por mais que tenha feito dirá que nada ainda fez, é o que nos leva a refletir São João da Cruz:

“A alma que ama a Deus de verdade não deixa, por preguiça, de fazer o que pode para encontrar o Filho de Deus,
o Seu Amado. E depois de ter feito tudo o que pode,
não fica satisfeita e pensa que não fez nada”.

E Padre Antônio Vieira sobre este Evangelho afirmava que a Palavra pode não dar fruto, mas dará sempre efeito: efeito de salvação ou efeito de condenação!

É a mais pura e incontestável verdade, ninguém ficará neutro diante da Palavra do Senhor que escutou, ou a acolhe, dá fruto nela e acolhe a salvação, ou a rejeita, para ela se fecha e por causa dela se perde, lamentavelmente, miseravelmente, complemento!

Concluo dizendo que ser filho de Deus, discípulo missionário não é fugir dos confrontos, conflitos, sofrimentos e perseguição. Que Deus nos conceda a maturidade para suportar as dores do parto, pois nisto consiste a vida no Espírito.

Ressoa o que o padre Antonio Maria Zacaria nos disse (séc. XVI): jamais, do Senhor, covardes e desertores o sejamos.

Imitemos o Apóstolo Paulo... “Nós que escolhemos um tão grande Apóstolo como guia e pai, e fazemos profissão de imitá-lo, esforcemo-nos para que a nossa vida seja expressão da sua doutrina e do seu exemplo. Pois não seria conveniente que, sob as ordens de tão insigne chefe, fôssemos soldados covardes e desertores, ou que sejam indignos os filhos de um tão ilustre pai.”

Assim é o ser cristão: viver em tensão para o futuro da humanidade e do universo em Deus. A natureza e a humanidade estão envolvidas neste processo de dar à luz o mundo novo. Podemos deste processo, audazes, corajosos protagonistas sermos, ou não.

Estamos no tempo da acolhida e fecundação da Palavra. Que frutos produzamos, que outros comam, ainda que não vejamos os frutos e que deles não possamos saborear. 

Humildade e paciência (XIDTCB)

                                                  

Humildade e paciência

Senhor Jesus Cristo, medito em Tua Parábola sobre o Reino de Deus em que o compara à semente lançada na terra, que germina e cresce sem que saibamos.

Senhor Jesus Cristo, medito também a Parábola do grão de mostarda, a menor de todas as sementes, mas que, depois de semeada, cresce e se torna maior que todas as outras hortaliças, com ramos grandes, a tal ponto que os pássaros dos céus podem fazer seus ninhos.

Senhor Jesus Cristo, ajuda-nos a tomar cada vez mais consciência de que a realização do Reino é iniciativa divina e resposta nossa, e, portanto, precisamos ser pacientes em sua construção.

Senhor Jesus Cristo, dá-nos nova mentalidade, conscientes de que Deus em nós age, sem prender-Se ao nosso tempo e aos nossos desejos.

Senhor Jesus Cristo, por isto, renove em nós a paciência, como colaboradores da construção do Reino, em total atitude de disponibilidade e pobreza.

Senhor Jesus Cristo, não permita que, como discípulos Teus, venhamos a nos refugiar num descomprometido quietismo, ficando tranquilo e esperando que tudo aconteça.

Senhor Jesus Cristo, que, a cada dia, tenhamos consciência de que é Teu Pai quem nos chama, quando e como quer; Se serve de nós, mas não sabemos de que modo, em que ocasião e para quais pessoas.

Senhor Jesus Cristo, dai-nos a Sabedoria para vivermos a verdadeira pobreza;  fazer tudo sem atribuir-nos o mérito de nada; trabalhar com todas as nossas forças sem pretender ver o resultado.

Senhor Jesus Cristo, dá-nos, portanto, a paciência e a humildade necessárias, para aprendermos as belas lições de Tuas Parábolas. Amém.


Fonte inspiradora: Missal Dominical – Editora Paulus p.933- Evangelho Mc 4,26-34

Somente no Senhor encontramos a Salvação (IXDTC)

Somente no Senhor encontramos a Salvação

Aprofundemos a Liturgia do 9º Domingo do Tempo Comum (ano C), mais precisamente a segunda Leitura: Gl, 1,1-2.6-10.

Comentário do Missal Dominical (p. 1139):

“Hoje se apresentam como mediadores de salvação a ciência, a técnica, a psicanálise, a guerra, a revolução. Muitos homens depositam aí sua esperança.

A visão da Lei como salvação não estará ainda presente no mito da mudança das estruturas, segundo o qual, mudadas as estruturas sociais, nasceria como que magicamente o homem novo?
 
A tese paulina da Lei como pedagogo da salvação não poderia ser aplicada à ciência, à técnica, às estruturas?

Se é verdade que estas são radicalmente insuficientes para salvar o homem, é também verdade que, conservadas em seu papel de instrumentos, são meios a serem usados para o bem do homem”.
Citação da “Evangeli Nuntiandi” sobre a renovação da humanidade:

“Evangelizar, para a Igreja, é levar a Boa-Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade:

 "Eis que faço de novo todas as coisas". No entanto não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do batismo e da vida segundo o Evangelho.

A finalidade da evangelização, portanto, é precisamente esta mudança interior; e se fosse necessário traduzir isso em breves termos, o mais exato seria dizer que a Igreja evangeliza quando, unicamente firmada na potência divina da mensagem que proclama, ela procura converter ao mesmo tempo a consciência pessoal e coletiva dos homens, a atividade em que eles se aplicam, e a vida e o meio concreto que lhes são próprios”.

Ansiamos pela salvação, pela renovação da humanidade, e esta não se dá pela absolutização do que na verdade são instrumentos, meios apenas (técnica, ciência, estruturas, poderes constituídos, sistemas de governo, ou quaisquer outras formas de construção que sejam da derivação humana, resultando da ação e intervenção humana).

A Igreja longe de ignorar a contribuição da ciência, vê a necessária relação que deve existir entre a fé e a razão, com vistas ao bem da humanidade.

Que os infinitos recursos que dispomos e a os saberes que possuímos cumpram este fim, o bem de toda a humanidade.

Concluindo, “Não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens novos, pela novidade do batismo e da vida Segundo o Evangelho”. E bem sabemos que o Espírito de Deus sopra onde quer, e todos podemos nos abrir à Sua ação, ainda que não percebamos, e assim tudo fazermos pela promoção do bem comum, a fim de que tenhamos vida plena, digna e feliz.




A vocação profética e o cortejo da vida (XDTCC)

A vocação profética e o cortejo da vida

No 10º domingo do Tempo Comum (Ano C), a Palavra de Deus nos possibilita a retomada de um tema de extrema importância: a vocação profética.

Tanto a passagem da primeira Leitura (1Rs 17,17-24) como o Evangelho (LC 7,11-17), nos falam da morte do filho de uma viúva e a ação solidária e misericordiosa de Deus para com elas, pois a morte deles sem a intervenção divina seria a perda da esperança e derrota definitiva. Duas histórias parecidas falando da vida resgatada por Deus.

Deus jamais abandona o Seu Povo ao poder da morte, mas sempre o visita e envia Profetas para ser sinal de Sua presença. Ele mesmo veio ao encontro da humanidade, através de Seu Filho Amado.

Jesus é o grande Profeta que visita Seu povo em total oblação, na oferenda de Sua vida. A ação de Jesus nos revela que a vida triunfa sobre a morte. Ele nos oferece a plenitude da alegria: ação marcada pela piedade, compaixão e ação efetiva que transforma a morte em vida, a dor em alegria, a treva em luz.

A ação de Jesus nos faz pensar em dois diferentes cortejos: da morte ou da vida.

- Qual deles seguimos?
- Que caminho fazemos?
- Com quem somamos?

- Temos convicção de que não podemos entrar na fila dos que promovem o cortejo da morte, dos sem esperança, que se submergem em suas lágrimas de luto, dor e desespero?

- Temos convicção de que precisamos firmar nossos passos para solidificar nossa fé, renovar nossa esperança e fazer crescer a caridade?

- Colocamo-nos, de fato, no caminho da esperança, da transformação do choro da morte em alegria da vida, ou seja, a fé na Ressurreição?


A Liturgia nos convida também a refletir sobre a nossa esperança: tem as derrotas e as desgraças ofuscando e minando nossa esperança.

- Quais são as esperanças que nos movem?
- Como vivemos esta virtude teologal?

Também na segunda Leitura (Gl 1,11-19), com o Apóstolo Paulo, aprendemos que o Evangelho é sempre uma Boa Nova que possui força vital e criadora, pois é o próprio Deus quem nos fala.

A acolhida do Evangelho nos coloca numa dinâmica profética, num caminho de conversão, gratuidade, missão acompanhada do anúncio e testemunho com a própria vida.

Concluo com as Palavras da Oração Eucarística VI D (para as diversas circunstâncias), muito apropriada para este Domingo:

Pai misericordioso e Deus fiel. Vós nos destes Vosso Filho Jesus Cristo, Nosso Senhor e Redentor. Ele sempre Se mostrou cheio de misericórdia pelos pequenos e pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-Se ao lado dos perseguidos e marginalizados.

Com a vida e a Palavra anunciou que sois Pai e cuida de todos como filhos e filhas...

Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e irmãs; inspirai-nos palavras e ações para confortar os desanimados e oprimidos; fazei que, a exemplo de Cristo, e seguindo o Seu Mandamento, nos empenhemos lealmente no serviço a eles.”.

E, como a própria Oração diz, a Igreja será testemunha viva da verdade e da liberdade, da justiça e da paz, e toda a humanidade se abrirá à esperança de um mundo novo.

Renovemos a alegria de participarmos do cortejo da vida, em maior fidelidade ao Senhor e à Sua Igreja, na acolhida, anúncio e testemunho da boa nova, reavivando a chama profética que um dia foi acesa em nosso Batismo.

De verdadeiros Profetas a Igreja e o mundo precisam.

Graça, amor, perdão e paz! (XIDTCC)

Graça, amor, perdão e paz!

A Palavra proclamada no 11º Domingo do Tempo Comum (ano C) revela um Deus de bondade e de misericórdia, que detesta o pecado, mas ama sem medida o pecador. Ele jamais abandona o pecador que reconhece a sua falta, comunicando a Salvação como dom divino e não como conquista humana.

O perdão de Deus oferecido à humanidade é sempre a comunicação do Amor que possibilita uma vida nova.

A misericórdia de Deus oferece a possibilidade do recomeço, de novos passos, novos rumos, novas posturas que nascem do encontro pessoal com a Divina Fonte de Amor e perdão: Jesus.

Na primeira Leitura (2Sm 12, 7-10.13), da mesma forma, Davi, interpelado pela Palavra do Profeta Natã, reconhece seus gravíssimos pecados, suplica o perdão de Deus e o alcança. A passagem também nos revela que Deus não é indiferente diante dos que abusam e exploram a vida do próximo.

O Apóstolo Paulo, na segunda Leitura (Gl 2, 16.19-21), foi um homem que passou da Lei para a acolhida da graça que vem de Jesus, pois somente n’Ele encontramos a Salvação. Acolhendo a graça, Paulo chegou à identificação tão intensa com Jesus que afirmou:

Eu vivo, mas já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim. E esta vida que agora vivo, eu vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e Se entregou por mim.” (Gl 2, 20).
A passagem do Evangelho (Lc 7,36-8,3) nos apresenta a mulher pecadora, que experimentou a misericórdia divina, teve seus pecados perdoados e, assim, pôde espalhar pelo mundo o verdadeiro amor, como nunca o fizera.

Temos também o fariseu Simão, que tão apenas acolheu Jesus em sua casa, mas não O recebeu como Aquele que tem o poder de perdoar os pecados, e que deseja estabelecer conosco comunhão de vida, Amor e perdão.

Simão é a personificação daqueles que não reconhecem as próprias imperfeições, e se tornam medida para o outro, crendo que têm o poder de julgar, rotular, condenar e excluir do convívio.

São totalmente opostas as atitudes da pecadora, que entra no banquete, sem mesmo ter sido convidada, e com toda humildade se prostra aos pés do Senhor, lava-os com suas lágrimas, lágrimas de dor por seus pecados; enxuga-os com seus cabelos, com sua vida, acolhida e ternura, ungindo-os e cobrindo-os de beijos.

Jesus a perdoa não porque tenha pecado muito, mas porque muito O amou, e demonstrou o seu amor para com Ele. Esta mulher fez a experiência do amor louco, incompreendido, de Deus que perdoa.

Simão sequer cumpriu o ritual prescrito, muito menos se abriu ao perdão e ao Amor de Jesus, como o Messias, o enviado do Pai, a própria presença de Deus, o único que tem poder para perdoar os pecados.

Simão, como os convidados, é levado tão apenas pela aparência, encerra a mulher no seu passado, sem a perspectiva de mudança. Mas, Jesus tem olhar que vai além das aparências, possibilitando a ela um futuro diferente, permitindo-lhe partir perdoada, amada e em paz.

Podemos nos identificar ora com Simão, ora com a pecadora que é perdoada por Jesus, assim como Davi que também peca e reconhece seus pecados.

Reflitamos:

- Estamos tão identificados com o Senhor, a ponto de, como Paulo, podermos dizer “não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim”?

-  Por nossos pensamentos, palavras, atitudes reconhecerão Cristo em nós?

- Reconhecemos nossos pecados e nos abrimos à misericórdia de Deus, alcançando e comunicando o perdão a quem nos ofende, como rezamos no Pai Nosso?

Somente experimentando o Amor e o perdão que vêm de Deus é que poderemos amar, perdoar e sermos perdoados.

O mundo precisa de Profetas da civilização do Amor, que se proponham a colaborar na construção do Reino do Amor de Deus no coração da humanidade; um Reino de justiça, paz, amor, misericórdia, perdão, compaixão, verdade, liberdade e, sobretudo, de respeito aos direitos sagrados da vida, desde a concepção ao seu declínio natural. 

Fidelidade à missão que o Senhor nos confia (XIDTCA)

Fidelidade à missão que o Senhor nos confia

Com a Liturgia do 11º Domingo do tempo Comum (ano A), somos convidados a refletir sobre a missão que Deus nos confia, sendo no mundo instrumentos de Sua compaixão e misericórdia.

Somos chamados e enviados por Deus para que sejamos sinais vivos do Seu amor e testemunhas de Sua bondade, em gestos contínuos de amor, partilha e solidariedade.

Na passagem da primeira Leitura - Livro do Êxodo (Ex 19, 2-6a), o autor nos apresenta o Deus da Aliança, e como Ele estabelece laços de comunhão e familiaridade.

Uma Aliança com pretérito, presente e futuro, como vemos na passagem, de modo que a eleição como Povo de Deus não é um privilégio, mas uma missão profética para ser sinal do Deus vivo.

Somente quando o povo se põe em conquista da liberdade, se torna, de fato, sinal de Deus, vivendo com Ele a Aliança.

Como Povo de Deus, é preciso reconhecer a Sua presença na Sua aparente ausência. É preciso ouvir sua voz, guardar a Aliança e pôr-se a caminho, em total fidelidade a Ele, como que “embarcando na aventura da Aliança”.

Reflitamos:

- Sou sinal do amor vivo de Deus e Sua bondade?
- Como correspondo à Aliança de Amor de Deus conosco?
- Percebo a presença de Deus em minha vida, na vida da comunidade?

Na passagem da segunda Leitura, o Apóstolo Paulo nos apresenta a missão da comunidade: testemunhar o amor eterno de Deus pela humanidade, um amor inquebrantável, inqualificável, incrível, ilógico, inexplicável, gratuito e absolutamente único, e nada e ninguém poderá vencê-Lo, derrotá-Lo ou eliminá-Lo (Rm 5, 6-11).

Também insiste que a salvação é dom do amor de Deus e não uma conquista do homem e da mulher. Para ele, a História da Salvação é uma incrível história de amor.

Reflitamos:

- Sinto a presença e o amor de Deus em minha vida?
- Como comunidade somos sinais deste amor de Deus?
- O que precisamos fazer para corresponder ao amor de Deus?
- Salvação é dom divino e resposta nossa. Como respondemos a este dom divino?

Na passagem do Evangelho, encontramos o “discurso da missão”, acompanhado de uma catequese sobre a escolha, o chamamento e o envio dos doze discípulos (Povo de Deus) para anunciar a chegada do Reino de Deus (Mt 9, 36-10,8).

O texto foi escrito num contexto de grandes dificuldades para o anúncio do Evangelho, e com isto a desorientação e a perturbação enfrentadas. Por isto, o Evangelista apresenta como que um “manual do missionário cristão”, enraizando sua missão em Jesus Cristo.

A iniciativa do chamado é do próprio Jesus. E o número “doze” é simbólico, lembrando as doze tribos que formavam o antigo Povo de Deus, e com isto representa a totalidade do novo Povo de Deus.

A missão confiada aos discípulos é a de lutar contra tudo que destrua (pecado) a vida e a felicidade das pessoas, física ou espiritualmente.

O envio é acompanhado de Instruções: a salvação se destina a todos os povos, e deve ser realizada na gratuidade e na confiança plena em Deus, de modo que a missão dos discípulos é a própria missão de Jesus.

Reflitamos:

- Tenho vivido com fidelidade a Missão que o Senhor me confiou?
- Como Igreja temos realizado com zelo a missão pelo Senhor confiada?

- Realizo com confiança e gratuidade a missão confiada pelo Senhor?
- O que me impede para ser sinal da compaixão e solidariedade divina no mundo?

- Há consistência e audácia no testemunho de nossa fé?

A messe é grande e os operários são poucos. Peçamos que o Senhor envie operários para a messe, mas antes, coloquemo-nos com alegria e generosidade nesta missão. Façamos nossa parte com zelo, amor e alegria, pois assim exige a evangelização. Não há “desemprego no campo missionário”.

Fonte inspiradora:  www.Dehonianos.org/portal

domingo, 2 de fevereiro de 2025

A esperança no Senhor não nos decepciona


 

A esperança no Senhor não nos decepciona

Somos peregrinos da esperança, incansáveis, e não podemos estagnar, tampouco retroceder, pois, como nos falou o Apóstolo - “E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).

Anunciamos e testemunhamos Aquele que é a divina fonte de toda esperança e, na fidelidade a Ele, que  nos chamou não pelos nossos méritos, avançando para águas mais profundas (Lc 5,1-11), atravessando os mares agitados pelos ventos do cotidiano, com seus muitos nomes.

Peregrinos da esperança:

- Voaremos nas asas do Espírito, na busca das coisas do alto, onde habita Deus (cf Cl 3,1-4); e testemunharemos as virtudes divinas que nos movem: fé, esperança e caridade;

- Desabrocharemos, teimosamente, onde nada se pode esperar, assim como Abraão, que esperou contra toda a esperança, acreditou e se tornou pai de muitos povos, conforme lhe fora dito (cf. Rm 4,18);

- Floresceremos na aridez do deserto da cidade, com seus cenários, ora com sua beleza, ora nem tanto assim: flores de solidariedade, amizade, compaixão, proximidade e fraternidade;

- Viveremos a graça de sermos jardineiros do Criador e cuidaremos da Casa Comum, tão vilipendiada por insanos desejos de lucro que se sobrepõem à sacralidade da condição humana, com suas consequências multiplicadas;

- Testemunharemos a graça do batismo, renovando nossas forças na Mesa Sagrada da Palavra e da Eucaristia, Santíssimo Alimento, que nos veio do coração trespassado do Senhor. (Jo 19,31-37). Amém.

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG