quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Em poucas palavras...

 


Jesus, a Misericórdia de Deus para com os pecadores

“O Evangelho é a revelação, em Jesus Cristo, da misericórdia de Deus para com os pecadores (Lc 15). O anjo assim o disse a José: «Pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o seu povo dos seus pecados» (Mt 1, 21), o mesmo se diga da Eucaristia, sacramento da Redenção: «Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que vai ser derramado por todos para a remissão dos pecados» (Mt 26, 28).” (1)

 

(1)Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n. 1846

Em poucas palavras...

                                                                   


Eucaristia e Penitência

“Eucaristia e Penitência. A conversão e a penitência quotidianas têm a sua fonte e alimento na Eucaristia: porque na Eucaristia torna-se presente o sacrifício de Cristo, que nos reconciliou com Deus: pela Eucaristia nutrem-se e fortificam-se os que vivem a vida de Cristo: «ela é o antídoto que nos livra das faltas quotidianas e nos preserva dos pecados mortais» (Concílio de Trento).” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica – parágrafo  1436

O desafio da Evangelização na rede

                                              

O desafio da Evangelização na rede

Retomo a citação do Papa Bento XVI em que ele ressalta a missão da Igreja que é chamada a “... descobrir, também na cultura digital, símbolos e metamorfoses significativas para as pessoas, que possam ser uma ajuda para falar do Reino de Deus ao homem contemporâneo.”.

Tenho experimentado a força deste espaço... Quanto bem tem levado a muitas pessoas, conhecidas ou não (esta é uma das múltiplas faces da cultura digital, que nos desafia e nos aproxima).

Evidentemente, tanto aqui como no contato pessoal, com pequenos grupos ou grande número de pessoas em Assembleias, a Palavra é a mesma a ser anunciada e deve ser feito sempre com o mesmo amor.

A cultura digital tem seu fascínio, seu encanto, mas não dispensa o contato pessoal. Impressionante a intuição e a coragem do Papa na busca da compreensão da cultura digital, mais ainda a motivação para que não nos furtemos dela, não sejamos omissos. Haveremos de ser criativos e usar os meios lícitos e pertinentes para comunicar a Boa Nova do Evangelho, sem jamais o trair.

Quais símbolos e metamorfoses significativas haveremos de descobrir e utilizar para que cada letra, cada palavra, cada texto postado ou quaisquer outros trabalhos maiores realizados favoreçam a conversão e a transformação das pessoas, como alegre sinal do Reino a ser anunciado e construído?

Como ajudar, através da cultura digital, a realização do homem contemporâneo sem jamais se distanciar da verdade de Jesus Cristo, da Igreja e do homem?

Por isto manifesto mais uma vez meu anseio que o leitor não apenas visite este blog, mas faça dele um momento forte de oração revitalizando-se no essencial de Deus que é o Amor, e assim amar como Ele ama.

O mundo será mais belo se aprendermos a amar como Deus nos ama, sem nenhum acréscimo e nenhuma complicação. Amar na medida do Amor de Deus, se é que podemos falar em medida...

Ter Sal em nós é preciso para dar ao mundo novo sabor. Ser Luz nas mais diversas situações obscuras, nas "cavernas sombrias e escuras" da existência. Não podemos esconder a luz sob a mesa, tão pouco deixar o sal perder seu sabor, há muito Ele nos advertiu. 

Anunciar a Boa Nova do Evangelho é preciso, sobre os telhados, como já anunciara o Senhor.

Reflitamos:

Quais os esforços que realizamos para a compreensão da cultura digital?

De que modo ela com seus símbolos e recursos beirando o infinito podem ajudar a tornar homens e mulheres mais felizes?

Como tornar na cultura digital o Evangelho verdadeiramente uma Boa Nova para homem e mulher contemporâneos?

Alguns princípios não podemos perder de vista, que são acima de tudo pautados no Evangelho e dentre os quais destacamos: amor, verdade, justiça, liberdade, fraternidade, comunhão, respeito, solidariedade, paz, felicidade...

Que a cultura digital não contratestemunhe a própria cultura, que consiste em criar laços de comunhão, no respeito às diferenças, promovendo a realização da pessoa consigo mesma, com o outro e com Deus.

Há um imenso mar a ser descoberto. E, assim é o mar: quanto mais profundo for o mergulho, mais belos e encantadores serão seus mistérios.


PS: Citação extraída da mensagem intitulada “Verdade, anúncio e autenticidade de vida na era digital", do 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais (2011)

Sagrados compromissos que brotam da fé

Sagrados compromissos que brotam da fé

Reflexão à luz da passagem do Livro de Tiago (Tg 5,9-12).

Tiago é um sábio judeu-cristão, que repensa, de maneira muito original, as máximas da sabedoria judaica, vividas plenamente nas Palavras e ação do Senhor.

Com os profetas, e também com o Apóstolo São Tiago, no Novo Testamento, vemos que a alegria de Deus não nos dispensa de compromissos, empenhos, embates, passos largos a serem dados em busca de horizontes inéditos, como que reconstruindo o paraíso que foi manchado pelo pecado.

Ele exorta a comunidade a não desistir da espera do Senhor que vem, cultivando a paciência e a confiança, e é preocupado com o abuso da sobreposição da fé às obras, bem como o abuso dos ricos sobre os pobres.

A esperança deve iluminar o coração de todos na comunidade, pois a libertação está para chegar, mas a confiança no Senhor não nos permite o cruzar dos braços.

Esta esperança, acompanhada da paciência e confiança, é que dá coragem na luta, no bom combate da fé, em sua perfeita tradução em obras.

Esperar com confiança, mas sem revolta. Empenhar-se prontamente para o Projeto Libertador de Deus, num frutuoso e autentico apostolado.

Exorta à perseverança, à união e a não perda dos valores cristãos, apresentando para isto a proposta de uma autêntica vida cristã.

Deste modo, o olhar de fé deve ser renovado quotidianamente em cada Banquete da Eucaristia celebrado, a fim de que a alegria e a esperança invadam nosso coração.

Assim vivendo, jamais perderemos os valores cristãos autênticos, até que ocorra a intervenção final de Deus na história.

Vivendo a fé, reconstruímos o paraíso, não como saudade estéril, mas como esperança e confiança frutuosa.

Não deixe a chama do amor se apagar

                                                      

Não deixe a chama do amor se apagar 

Ouvir uma música possibilita transcender sua escuta com o mergulho no quotidiano, repensando a existência para torná-la mais bela. 

Retomo um trecho de uma das músicas interpretadas por Elton John e Leon Russel:“When Love Is Dying”: 

“... E ninguém lhe diz
Quando o amor está morrendo,
quando o amor está morrendo
Só fica um pouco mais frio
E paramos de tentar, paramos de tentar,
 
Sim, nós paramos de tentar
Oh quando o amor está morrendo
Há uma dor que você nunca pode explicar...” 

Reflito sobre tantos relacionamentos conjugais que estão morrendo; outros que há muito morreram e outros sobrevivem, em últimos suspiros. 

Também reflito sobre tantos outros relacionamentos que poderão sobreviver, se algo for feito. Mas o que pode ser feito?

Quantos relacionamentos ficaram frios, num quotidiano arrastado com lágrimas, sem esperança de retornar à chama do primeiro amor?

Quantas vezes a cruz, que o amor não dispensa, tornou-se quase que insuportável, por que não procede do amor a ser vivido e correspondido? 

“Quando o amor está morrendo” é como um grito nos convidando a também rever outros relacionamentos e não apenas o conjugal. 

Reflitamos sobre relacionamentos de amizade que, se não regados com carinho, atenção, apreço, correção fraterna, aos poucos, podem esfriar, desaparecendo como poeira ao vento ou gotas de orvalho matinais. 

Relacionamentos dentro da comunidade de fé também são vocacionados à maturidade da Comunhão Fraterna (At 2,42-45). Às vezes, a desatenção, a falta do carinho, da compreensão e da prática vital do perdão condenam a relacionamentos e comunidade “frias”, que não revelam a chama terna e candente do Amor de Deus. 

Se Comunidade do Espírito, somos por excelência a Comunidade do Seu Fogo; do Fogo do Amor, da alegria, da convivência, da comunhão celebrada. 

Repenso sobre a dor da frieza que o amor agonizante e desfalecido pode causar no coração de cada um de nós. 

“Há uma dor que você nunca não pode explicar”. E nem é preciso, antes deve-se evitar que a dor se multiplique. 

Redescubramos a beleza do Mandamento que Ele nos deixou: “amor a Deus e ao próximo”, e a ele procuremos corresponder para não morrermos gélida e miseravelmente. 

Antes que a dor venha, e ainda que não venha, amemos como Deus nos ama. 

Memorável página do Evangelho em que o coração dos Discípulos ardeu ao escutar a voz do Amado, e de quando seus olhos se abriram ao contemplá-Lo partindo o Pão. 

Naquela tarde, os Discípulos de Emaús (Lc 24,13-32) nos ensinaram a procura do verdadeiro Amor, para que prolonguemos relacionamentos cristãos, maduros e sinceros que revelem a verdadeira presença de Deus. 

 Concluamos com as palavras do Bispo Santo Anselmo (séc XII): 

“Ensinai-me a Vos procurar e mostrai-Vos
quando Vos procuro; não posso procurar-Vos se não me ensinais, nem encontrar-Vos se não Vos mostrais.
Que desejando eu Vos procure, procurando Vos deseje,
amando Vos encontre, encontrando Vos ame”.

Ah, se mais tempo eu tivesse...

                                                        

Ah, se mais tempo eu tivesse... 

Escrever é entrar na alma do outro, e não se pode fazê-lo sem responsabilidade. Entrar na alma, na mente e no coração do outro... Ainda que muito forte, que seja assim.

Sei que para escrever é preciso ler, e com o tempo fui aprendendo que é preciso também dialogar, e o mais difícil, escutar, e mais difícil ainda, a autocrítica, o aperfeiçoamento, a intuição, a captação dos sinais ao nosso redor, esforço e, sobretudo, a abertura à Inspiração Divina. Sem ela...

Escrever é dar ao outro o melhor que possuímos, acolhendo o que ele tem a dizer, criando relações de reciprocidade, vínculos fraternos, numa sadia e edificante comunicação que liberta mutuamente, e em minhas limitações sempre escrevo com o viés da espiritualidade, como não poderia deixar de ser.

Ah, se mais tempo eu tivesse...
Escreveria e aprofundaria a seríssima questão do Egito e outros tantos conflitos, mas desejo que lá ou em qualquer lugar os povos aprendam a viver na concórdia, em relações fraternas e democráticas, onde nenhum governo despótico, tirânico tenha algum quê de sobrevivência, apenas remota lembrança de um passado, alegria de uma página que para sempre foi virada...

Ah, se mais tempo eu tivesse...
Falaria da criminalidade nos morros, das drogas, do tráfico... Expressaria meu desejo e sonho (que ao de muitos se somam) de que um dia, em paz, haveremos de viver, e a vida não mais ameaçada, banalizada, destruída o será.

Ah, se mais tempo eu tivesse...
Escreveria sobre amigos virtuais, aqueles a quem não esqueço jamais, dos amigos espirituais, amigos para sempre, amigos geniais, aqueles sempre presentes, ainda que não correspondamos à altura.

Escreveria sobre a amizade que estabeleço com amigos leitores e leitores amigos (qual a diferença?) enriquecendo-me com seus retornos, desde que se abra a possibilidade para tal.

Vida corrida, tempo limitado, amizades que se eternizam vivendo da memória do belo construído um dia no passado, que para sempre no coração ficarão eternizadas.

Ah, se mais tempo eu tivesse...
Escreveria e partilharia reflexões que fiz sobre os escritos de São João da Cruz, diga-se, textos excepcionais, de riquezas profundas, que tocam o fundo da alma, porque tão belos e espirituais (Subida do Monte Carmelo, Noite Escura, Cântico Espiritual, Chama Viva de Amor etc.)

Ah, se mais tempo eu tivesse...
Escreveria sobre Edgar Morin e sua colaboração antropológica que, superando todo “antropologismo” e “biologismo”, nos coloca em frente ao grande desafio de o homem compreender, procurando tomar consciência do fio da história (quem sabe um dia falo dele e de um livro seu, “O paradigma perdido - a natureza humana”, que leio e releio por que me ajuda a compreender um pouco mais o homem, que ele bem define como “sapiens” e “demens”).

Ah, se mais tempo eu tivesse...
Possibilitaria ao leitor entender um pouco como sobre a mente daquele que escreve... Um emaranhado de ideias, um feixe com interconexões. Além da necessidade de escrever, a necessidade de dar conteúdo e base ao que se escreve e o necessário tempo para elaborar suas ideias ou para simplesmente expressá-las.

Ah, se mais tempo eu tivesse...
Acredito que o tempo somos nós que fazemos. E assim, aos poucos vou pagando minhas dívidas.
Ainda há tempo, exíguo, mas há...
O leitor merece o melhor, ainda que não consiga, tento...

Ah, se mais tempo eu tivesse... 

Em poucas palavras...

                                                         


Vigilância necessária em relação aos meios de comunicação social

Os meios de comunicação social (em particular os mass-média) podem gerar uma certa passividade nos utentes, fazendo deles consumidores pouco cautelosos de mensagens e espetáculos.

Os utentes devem impor a si próprios moderação e disciplina em relação aos mass-média.

Hão de formar-se uma consciência esclarecida e reta, para resistir mais facilmente às influências menos honestas.” (1)

 

(1)               Catecismo da Igreja Católica – parágrafo n.2496

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG