O Espírito da Verdade nos será enviado
"Ainda um pouco de tempo, e já não me vereis;
e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver,
porque vou para junto do Pai." (Jo 16,16)
Ouvimos na quinta-feira da 6ª Semana do tempo da Páscoa a passagem do Evangelho de João (Jo 16,16-20).
Dentro de poucos dias celebraremos a Solenidade da Ascensão do Senhor, e com esta termina o tempo de Sua presença em nosso meio, como foi fundamental para os discípulos e para toda a Igreja.
Dentro de poucos dias celebraremos a Solenidade da Ascensão do Senhor, e com esta termina o tempo de Sua presença em nosso meio, como foi fundamental para os discípulos e para toda a Igreja.
Sua nova presença será reconhecida na fé, com a acolhida do Espírito que nos enviou de junto do Seu Pai.
Vendo a história da Igreja, como também a história espiritual de todo o cristão, às vezes, há momentos em que Jesus parece estar ausente ou mesmo esquecido.
Estes momentos são marcados pela dúvida, obscuridade do espírito, da “noite”, como absoluta ausência de luz no caminho, da aparente ausência e silêncio de Deus, que parece irreversível.
Alguns chamam estes momentos de “secularização”, de ‘eclipse do sagrado”, de “morte de Deus”. Mas é exatamente nestes momentos que podemos redescobrir a verdadeira e purificada presença de Deus.
Oportunas são as palavras do Papa São Leão Magno (séc. V) e do Bispo Santo Agostinho (Séc. V) em suas Confissões, respectivamente:
“Toda a vida cristã se funda e se eleva sobre uma série admirável de ações divinas, pelas quais a graça de Deus nos manifesta sabiamente todos os Seus prodígios.
De tal modo isto acontece que, embora se trate de Mistérios que escapam à capacidade humana de compreensão e que inspiram um profundo temor reverencial, nem assim vacile a fé, esmoreça a esperança ou esfrie a caridade.”
“Tarde te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Estavas dentro de mim e eu estava fora, e aí te procurava... Estavas comigo e eu não estava contigo... Mas Tu me chamaste, clamaste e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste e curaste a minha cegueira.”
“Tarde te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Estavas dentro de mim e eu estava fora, e aí te procurava... Estavas comigo e eu não estava contigo... Mas Tu me chamaste, clamaste e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste e curaste a minha cegueira.”
Assim nos ensina a fé: Deus está muito perto, e precisamos apreender os sinais de Sua divina presença, fazendo resplandecer Sua luminosidade em todos os âmbitos, por mais desafiadores que sejam, dando razão de nossa esperança, inabaláveis na fé, e movidos pela caridade que jamais passará.
Fonte: Missal Cotidiano – Editora Paulus – PP. 461-462
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