97º Dia Mundial das Missões de 2023 (Síntese)
“Corações ardentes, pés ao caminho” (cf Lc 24,13-35)
A
mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2023 tem como tema “Corações ardentes, pés ao caminho (cf. Lc
24, 13-35)”, que o Papa nos apresenta através de três aspectos que traçam o
itinerário dos discípulos missionários, a fim de que se faça a revisão do zelo
na evangelização do mundo de hoje:
1
– Corações ardentes: A Palavra de Deus ilumina e transforma o coração na missão:
Jesus a Palavra viva, a única que pode fazer arder, iluminar e transformar o
coração.
Jesus
nunca se cansa de estar conosco, apesar de nossos defeitos, dúvidas, fraquezas
e não obstante o pessimismo que nos reduzam a “homens sem inteligência e lentos de espírito” (Lc, 24,25). O Senhor
é maior do que os nossos problemas, afirma o Papa.
Expressa
sua proximidade com todos os missionários/as do mundo, lembrando que nem todos
os dias da vida são cheios de sol, como o Senhor já nos alertara – “No mundo, tereis tribulações, mas tende
confiança: Eu venci o mundo” (Jo 16,33).
Citando
São Jerônimo – «A ignorância das
Escrituras é ignorância de Cristo» (Commentarii
in Isaiam, Prologus), insiste na importância do conhecimento da Escritura é
importante para a vida do cristão e, mais ainda, para o anúncio de Cristo e do Seu
Evangelho. Somente corações ardentes podem fazer arder o coração dos outros.
2.
Olhos abertos: os olhos dos discípulos «se abriram e O reconheceram» ao partir
o pão. Jesus na Eucaristia é ápice e fonte da missão.
Afirma
o Papa: “A propósito, é preciso ter presente que, se o simples repartir o pão
material com os famintos em nome de Cristo já é um ato cristão missionário,
quanto mais o será o repartir o Pão eucarístico, que é o próprio Cristo?
Trata-se da ação missionária por excelência, porque a Eucaristia é fonte e
ápice da vida e missão da Igreja.”
Citando
o Papa Bento XVI, recorda-nos: «Não
podemos reservar para nós o amor que celebramos neste sacramento [da
Eucaristia]: por sua natureza, pede para ser comunicado a todos. Aquilo de que
o mundo tem necessidade é do amor de Deus, é de encontrar Cristo e acreditar
n’Ele. Por isso, a Eucaristia é fonte e ápice não só da vida da Igreja, mas
também da sua missão: uma Igreja autenticamente eucarística é uma Igreja
missionária» (Exort. ap. pós-sinodal Sacramentum caritatis, 84).
Tão
somente unidos a Jesus, daremos frutos (cf. Jo 15, 4-9), e esta união se
realiza através da oração quotidiana, particularmente na adoração, no
permanecer em silêncio diante do Senhor, que está conosco na Eucaristia.
É
preciso cultivar amorosamente esta comunhão com Cristo, o discípulo missionário
pode tornar-se um místico em ação; e deste modo, nosso coração desejará estar sempre
pela companhia de Jesus, suspirando conforme o ardente pedido dos dois de
Emaús, sobretudo ao entardecer: «Fica
conosco, Senhor!» (cf. Lc 24, 29).
3
- Pés ao caminho e com a alegria de proclamar Cristo Ressuscitado. A eterna juventude
de uma Igreja sempre em saída.
Depois
de abrir os olhos ao reconhecerem Jesus na fração do pão, os discípulos
partiram sem demora e voltaram para Jerusalém (cf. Lc 24, 33): “Não se pode encontrar verdadeiramente Jesus Ressuscitado,
sem se inflamar no desejo de o contar a todos. Por isso, o primeiro e principal
recurso da missão são aqueles que reconheceram Cristo ressuscitado, nas
Escrituras e na Eucaristia, e que trazem o Seu fogo no coração e a Sua luz no
olhar. Eles podem testemunhar a vida que não morre jamais, mesmo nas situações
mais difíceis e nos momentos mais escuros.”
Necessária,
portanto, a conversão missionária, que permanece como principal objetivo que nós
devemos propor como indivíduos e como comunidade, porque a ação missionária é o
paradigma de toda a obra da Igreja, pois como afirma o apóstolo Paulo, o amor
de Cristo nos conquista e nos impele (cf. 2 Cor 5, 14).
Ressalta
o importante trabalho das Pontifícias Obras Missionárias, como instrumento
privilegiado para favorecer esta cooperação missionária a nível espiritual e
material, daí a necessária motivação e participação das ofertas no Dia Mundial
das Missões.
Concluindo,
lembra a urgência da ação missionária da Igreja que comporta naturalmente uma
cooperação missionária, cada vez mais estreita, de todos os seus membros a
todos os níveis.
Trata-se,
portanto, do objetivo essencial do percurso sinodal que a Igreja está a
realizar com as palavras-chave comunhão, participação, missão, a fim de que a
Igreja não se feche sobre si mesma.
É
preciso pôr-se a caminho, como os discípulos de Emaús, afirma o Papa, escutando
o Senhor Ressuscitado que não cessa de vir juntar-Se a nós para nos explicar o sentido
das Escrituras e partir o pão para nós, a fim de podermos levar avante, com a
força do Espírito Santo, a sua missão no mundo.
Iluminados pelo encontro com o Ressuscitado e animados pelo Seu
Espírito, exorta o Papa: – “Saiamos com
corações ardentes, olhos abertos, pés ao caminho, para fazer arder outros
corações com a Palavra de Deus, abrir outros olhos para Jesus Eucaristia, e
convidar todos a caminharem juntos pelo caminho da paz e da salvação que Deus,
em Cristo, deu à humanidade.”, contando com a intercessão de Santa Maria do
Caminho, Mãe dos discípulos missionários de Cristo e Rainha das missões.
Desejando leia a
mensagem na integra:
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