terça-feira, 23 de dezembro de 2025

Advento: João, a voz; Cristo, a Palavra que se fez Carne

                                                                 

Advento: João, a voz; Cristo, a Palavra que se fez Carne

“João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna”
(Santo Agostinho) 

No dia 23 dezembro, ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 1,57-66), sobre o nascimento de João Batista, o maior dos profetas nascido de uma mulher, como o próprio Jesus falaria mais tarde.

Vivendo o Tempo do Advento e nos preparando para a celebração do Natal do Senhor, reflitamos sobre a pessoa e a missão de João Batista, aquele que foi escolhido por Deus para ser Profeta ainda antes de nascer, como dom de Deus ao Seu povo.

E mais, na sua pessoa, de Isabel e Zacarias contemplar e refletir sobre o entranhado Amor de Deus em seus corações.

É próprio do Amor de Deus se entranhar no mais profundo de cada um de nós para que possamos comunicar Seu amor, vida, presença e luz.

Assim fez de modo singular, incomparável, João Batista, o maior de todos os Profetas que nasceram antes do Salvador, o único que viu e apontou o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, a luz dos povos!

João, a voz que clamou no deserto a presença da Palavra em nosso meio, Jesus. Como próprio Santo Agostinho disse: “João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna”.

O Evangelista tem a preocupação de apresentar o papel relevante de João, mas totalmente subordinado à Pessoa e missão de Jesus.

Com João Batista chegou o tempo do cumprimento das promessas de Deus, o tempo da misericórdia de Deus, como o próprio nome do Profeta sugere: João – “O Senhor concede graça”.

O nome dos pais de João também nos revelam o Amor e ação de Deus: Isabel significa “Deus é plenitude”, e Zacarias, “Deus Se lembrou”.

Portanto, celebramos o Deus de Amor que Se revela na figura do Profeta João Batista. Com ele aprendemos que o caminho profético é o caminho do despojamento, da radicalidade, da entrega e da doação da vida. 

João foi amigo do Esposo, Jesus, soube reconhecer que Ele era maior e tornou-se para todos nós um belo exemplo na caminhada de fé e no seguimento ao Senhor: “é preciso que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30).

João foi o precursor do Salvador, e selou sua missão derramando por Ele o seu sangue.

Aprendamos com João seu estilo de vida, sua atividade e coragem e fidelidade até o fim, enfrentando a morte violenta. Ele por ser testemunha é para nós mestre de vida espiritual, para maior e sincera fidelidade ao Senhor Jesus. João é a testemunha de Cristo por excelência. Veio como testemunha para dar testemunho da luz verdadeira (Jo 1,7-9).


Reflitamos:

-    Sou um sinal vivo e profético de Deus como João o foi?
-    João soube qual foi o seu lugar na História da Salvação. Sei qual o papel e o lugar que devo ocupar nesta História?

-    De que modo apresento Jesus, a Luz do Mundo, ao mundo, às pessoas com quem convivo?
-    De que modo vivo a missão de precursor do Senhor? 
-    Como preparo a Sua vinda gloriosa?
-    O que João tem a me ensinar na caminhada de fé e fidelidade ao Senhor?
   
Retomo o Prefácio da Missa de sua Festa, celebrada no dia 24 de junho:

“... Proclamamos, hoje, as maravilhas que operastes em
são João Batista, precursor de Vosso Filho e Senhor nosso,
consagrado como o maior entre os nascidos de mulher.

Ainda no seio materno, ele exultou com a chegada do
Salvador da humanidade e seu nascimento trouxe
grande alegria. Foi o único dos Profetas
que mostrou o Cordeiro redentor.

Batizou o próprio autor do Batismo
nas águas assim santificadas e,
derramando seu sangue, mereceu
dar o perfeito testemunho de Cristo...”.

Agora é nossa vez de acolher nas entranhas de nosso coração o Amor de Deus, e viver com ardor a vocação profética, reavivando a chama do nosso Batismo, e esta jamais se apagando, nos leve um dia à plenitude da luz divina: Céu.

Advento: sejamos a voz que comunica a Palavra

                                                               

                  Advento: sejamos a voz que comunica a Palavra

“João Batista, a voz no tempo;
Cristo, a Palavra Eterna”

No dia 23 de dezembro, ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 1,57-66), que nos apresenta o nascimento de João Batista.

Sejamos iluminados pelo Sermão do Bispo Santo Agostinho (séc. V) sobre este nascimento que é fundamental para a história da Salvação, fixando nossa mente no paralelo que o Bispo faz do seu nascimento com o nascimento do Verbo.

“A Igreja celebra o nascimento de João como um acontecimento sagrado. Dentre os nossos antepassados, não há nenhum cujo nascimento seja celebrado solenemente.

Celebramos o de João, celebramos também o de Cristo: tal fato tem, sem dúvida, uma explicação. E se não a soubermos dar tão bem, como exige a importância desta solenidade, pelo menos meditemos nela mais frutuosa e profundamente.

João nasce de uma anciã estéril; Cristo nasce de uma jovem virgem. O pai de João não acredita que ele possa nascer e fica mudo; Maria acredita, e Cristo é concebido pela fé.

Eis o assunto que quisemos meditar e prometemos tratar. E se não formos capazes de perscrutar toda a profundeza de tão grande Mistério, por falta de aptidão ou de tempo, Aquele que fala dentro de vós, mesmo em nossa ausência, vos ensinará melhor.

N’Ele pensais com amor filial, a Ele recebestes no coração, d’Ele vos tornastes templos. João apareceu, pois, como ponto de encontro entre os dois Testamentos, o antigo e o novo.

O próprio Senhor o chama de limite quando diz: A Lei e os Profetas até João Batista (Lc 16,16). Ele representa o antigo e anuncia o novo. Porque representa o Antigo Testamento, nasce de pais idosos; porque anuncia o Novo Testamento, é declarado Profeta ainda estando nas entranhas da mãe.

Na verdade, antes mesmo de nascer, exultou de alegria no ventre materno, à chegada de Maria. Antes de nascer, já é designado; revela-se de quem seria o precursor, antes de ser visto por Ele.

Tudo isto são coisas divinas, que ultrapassam a limitação humana. Por fim, nasce. Recebe o nome e solta-se a língua do pai.

Relacionemos o acontecido com o simbolismo de todos estes fatos. Zacarias emudece e perde a voz até o nascimento de João, o precursor do Senhor; só então recupera a voz.

Que significa o silêncio de Zacarias? Não seria o sentido da profecia que, antes da pregação de Cristo, estava, de certo modo, velado, oculto, fechado? Mas com a vinda d’Aquele a quem elas se referiam, tudo se abre e torna-se claro.

O fato de Zacarias recuperar a voz no nascimento de João tem o mesmo significado que o rasgar-se o véu do templo, quando Cristo morreu na Cruz.

Se João se anunciasse a si mesmo, Zacarias não abriria a boca. Solta-se a língua, porque nasce aquele que é a voz. Com efeito, quando João já anunciava o Senhor, perguntaram-lhe: Quem és tu? (Jo 1,19).

E ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto (Jo 1,23). João é a voz; o Senhor, porém, no princípio era a Palavra (Jo 1,1). João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna.”

Nisto consistiu a missão de João, ser uma voz no tempo, e é esta a nossa missão: ser uma voz profética, acompanhada de ações, com postura ética cristã, num mundo que, muitas vezes, veladamente ou não, coloca-se com toda a resistência à Palavra de Deus, ou mesmo a ignora, relativizando verdades que são irrenunciáveis.

Vivendo intensamente o Tempo do Advento, preparando-nos para celebrar o nascimento do Salvador, renovamos a graça de, a exemplo de João Batista, comunicar ao mundo a Misericórdia de Deus, o apelo de conversão, a coerência, a prática da justiça, para que construamos um mundo novo, fortalecendo as relações fraternas.

Precisamos continuar a missão de João Batista, preparando a vinda d’Aquele que veio, vem e virá, e conosco quer contar.

Ontem, João Batista precursor o foi. Hoje, somos continuadores de sua missão: anunciar o Sol Nascente, que é Jesus Cristo.


Bem cantou Zacarias em "Benedictus" - Cântico Evangélico:

"Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que a Seu povo visitou e libertou e fez surgir um poderoso Salvador na casa de Davi, Seu servidor, como falara pela boca de Seus Santos, os Profetas desde os tempos mais antigos...

Serás Profeta do Altíssimo, ó menino, pois irás andando à frente do Senhor para aplainar e preparar os Seus caminhos, anunciando ao Seu povo a salvação, que está na remissão de seus pecados, pelo amor do coração de nosso Deus, Sol

nascente que nos veio visitar, lá do alto como luz resplandecente, a iluminar a quantos jazem entre as trevas
e na sombra da morte estão sentados e no
caminho da paz guiar nossos passos"


Comuniquemos a Palavra, a única em todo tempo: A Palavra que Se fez Carne!

Ele, João, e nós, vozes que comunicam a força da Palavra que existiu desde sempre. Amém!

Com o nascimento de João Batista, Deus manifesta Seu amor e bondade

                                                          

Com o nascimento de João Batista, Deus manifesta Seu amor e bondade

No dia 23 de dezembro, a Liturgia da Palavra nos  apresenta a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 1,57-66), que nos fala sobre o nascimento de João Batista, o maior de todos os profetas nascido de uma mulher, como  diria Jesus mais tarde (Mt 11,11).

O nascimento de João foi a marca da aurora de um novo dia, pois há a passagem da promessa, recordação do que disseram os Profetas para a sua realização: João anuncia a eminente chegada do Messias.

Contemplamos o nascimento de João como um ato de misericórdia divina, como sugere seu nome – “O Senhor tem piedade”, pois Isabel o concebe em idade avançada, e mais, considerada estéril, como significa o seu nome (Deus é plenitude).

Seu pai, Zacarias, que era um sacerdote do templo, cujo nome pode ser traduzido por “O Senhor se lembrou”, ou ainda, “O Senhor recorda as Suas promessas”, é o símbolo do Povo de Israel, que durante muito tempo transmitiu, de pai para filho a lembrança das profecias da vinda do Messias:

Zacarias representa o verdadeiro Israel, o resto fiel que, refletindo as Escrituras e ‘recordando’ os oráculos dos Profetas, chegou a descobrir o verdadeiro rosto de Deus e pronunciou a única verdade que d’Ele se pode dizer: ‘Ele é só amor’”. (1)

Zacarias, que até então estivera mudo, quando do anúncio do anjo acerca do nascimento do menino, ao escrever o nome do filho no chão, como o anjo indicara, volta a falar.

Dá à criança um nome totalmente inesperado, significando que acabou o tempo das promessas, e chega o tempo em que se verá a realização da bondade divina, com a vinda do Messias, Jesus.

Com o nascimento de João, como vemos na passagem do Evangelho, contemplamos a ação do Espírito, que percorre novos caminhos que não são tão fáceis, por vezes, de serem compreendidos, mas quando acolhidos, acompanhados de silêncio, confiança e abertura de coração, são garantia de uma vida realizada e feliz.

Contemplemos, portanto, no nascimento de João, a manifestação da onipotência da bondade e misericórdia divina, que não desiste da humanidade.

Assim como fizera, hoje Deus nos envia como precursores para preparar a chegada do Salvador.

Seja a Festa do Natal a celebração da contemplação da misericórdia e bondade divina, que vem ao nosso encontro fazendo renascer a esperança em nossos corações, e assim o será se vivermos a graça do Batismo, como profetas, sacerdotes e reis.



(1) Lecionário Comentado – Editora Paulus – Vol. Advento – Natal – p.217.

João é quem primeiro nos apresentou o Cordeiro

                                                                          

João é quem primeiro nos apresentou o Cordeiro

Vivendo o Tempo do Advento, preparando o nascimento do Salvador, no dia 23 de dezembro, ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 1,57-66), que nos apresenta o nascimento de João Batista, que escreveu uma memorável página da história da Salvação.

Numa outra passagem do Evangelho de João (Jo 1,29-34), vemos a presença de João Batista que nos apresenta Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado mundo.

João batizou Jesus, não porque este fosse pecador, mas para santificar a água na qual todos seríamos batizados.

João viu e dá  testemunho sobre Jesus:  Ele,  João, viu, no dia do Batismo, descer do céu sobre Jesus o Espírito como uma pomba. É Jesus, batizado por João, o Messias esperado, o enviado de Deus para com o Batismo no Espírito comunicar Luz e salvação para toda a humanidade:

- “Hoje a Palavra de Deus qualifica João como o ‘apresentador do Messias.

Estamos habituados a assistir às entrevistas na televisão, em que o apresentador se serve de personagens famosas para ganhar audiência: os outros são para ele um pretexto para aumentar sua popularidade.

João, não! Não se serve de Jesus para aumentar a sua fama, ao invés convida os seus discípulos a seguirem Jesus” (l)

A propósito, João dirá em outra passagem: “É necessário que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30).

Imitemos João, a fim de que nossa vida corresponda ao que anunciamos, com o testemunho permanente e incansável, até que um dia possamos contemplar a face d’Aquele que nos foi apresentado, e também ao mundo apresentamos, na glória da eternidade, lembrando Santo Inácio de Antioquia (séc. I):

Melhor é calar-se e ser do que falar e não ser. Coisa boa é ensinar, se quem diz o pratica. Pois só um é o Mestre que disse e tudo foi feito, mas também, tudo quanto Ele fez em silêncio é digno do Pai”.

Culminando o Tempo do Advento, e a poucas horas de celebrarmos o Natal do Senhor, renovemos a alegria da graça do Batismo, e também de sermos no mundo sinal da Luz, que é o Cristo Senhor, anunciando e testemunhando Sua Palavra em todos os setores da vida e por todos os meios, vivendo em constante atitude de amor, diálogo, comunhão e serviço.



(1)  Lecionário Comentado – Editora Paulus – Lisboa - p.62 

Tempo do Advento: João e a mensagem de conversão

                                                             

Tempo do Advento: João e a mensagem de conversão

No dia 23 de dezembro, a Liturgia nos apresenta o nascimento de João Batista, conforme a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 1,57-66).

É João que, conforme o Evangelista Mateus (Mt 3,1-12), irá para o deserto pregar o o batismo de conversão, anunciando a proximidade do Reino de Deus e a necessária preparação do caminho do Senhor e o endireitar das veredas para a Sua chegada:

“João Batista já não está nas margens do Jordão. Já desapareceram todos os que ele fustigava. Também Aquele que o Batista anunciava já deixou a terra, depois de ter cumprido a Sua missão. Mas a voz do Precursor continua a ressoar na Igreja, aos ouvidos dos que receberam o Batismo no Espírito Santo: ‘Praticai ações que se conformem ao arrependimento que manifestais!’ Porque essa conversão não é coisa de um dia; terá de continuar ao longo de toda a vida, com a esperança de que se mantém, graças à ‘paciência e consolação que vêm das Escrituras’, como diz São Paulo (Rm 15,4)”. (1)

A voz de João “continua a ressoar na Igreja” e “aos ouvidos dos que receberam o Batismo no Espírito Santo”.

Passaram-se os tempos, novos contextos, mas a voz de João não perde a força profética, porque ainda há muito que ser transformado, para que tenhamos uma nova realidade, em que a vida humana seja, de fato, um templo vivo onde Deus habita.
Uma passagem rápida pelos noticiários em todos os âmbitos, vemos que os valores efêmeros, transitórios, norteiam ações e decisões. Os interesses econômicos, as vantagens prevalecem em detrimento do bem comum, com desvios execráveis, corrupção, cumplicidade, propinas e um esforço conjunto de desmoralização de ações que venham passar a limpo o que for preciso.

A voz profética de João ressoa em todos os âmbitos, para que a conversão nos leve a produzir frutos bons e agradáveis que a fé exige: como pessoa, família, comunidade e sociedade. 

Vivendo o Tempo do Advento, tenhamos a coragem de afinar nossos ouvidos e captar seu grito, que chega a cada um de nós, certos de que quanto mais nos abrirmos à sua escuta, em sincera atitude de conversão, mais instrumentos de harmonia, concórdia e comunhão haveremos de ser, deixando-nos guiar pela Sagrada Escritura, que é para nós garantia de constância e conforto em todos os momentos, para que não recuemos no testemunho da fé.


(1) Missal Quotidiano e Dominical - Editora Paulus - Lisboa - 2012 p.63

Natal: aprendamos com João a dar testemunho da luz!

                                                                

Natal: aprendamos com João a dar testemunho da luz!

No Tempo do Advento, mais precisamente no dia 23 de dezembro, ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 1,57-66) que nos fala sobre o nascimento de João Batista.

João terá a missão de preparar o caminho para a chegada do Senhor, como testemunha da luz, e nós cremos que as trevas cederão lugar à luz, novos tempos viveremos com a vinda do Verbo que Se fez Carne em nosso meio, fez morada entre nós.

Iluminadora é a passagem do Evangelho (Jo 1,6-8.19-28), em que nos apresenta a pessoa e missão João Batista: preparar a humanidade para acolhida da Verdadeira Luz, Jesus, que vem trazer vida definitiva e liberdade para todos.

É o prólogo do Evangelho de João, no qual João Batista é “o apresentador” oficial de Jesus, num ambiente social muito difícil em todos os aspectos (político, religioso, econômico, social, ideológico). Os “holofotes” devem se voltar para o Messias, Jesus Cristo.

Vive-se a espera do Messias libertador, e a mensagem de João incomoda as autoridades, e sua missão consiste em dar testemunho da Luz, Jesus. Não apenas o anúncio, mas o testemunho de João Batista é inquietante para os líderes religiosos judeus.

João é a voz, e é preciso que se dê atenção ao conteúdo da mensagem. João é a voz que comunica a Palavra eterna, que existiu desde sempre e por toda a eternidade, como afirmou Santo Agostinho.

Seja o Tempo do Advento para nós o tempo da “desinstalação”, o tempo de ir ao Encontro do Senhor que vem, renovando a confiança, a esperança e a alegria, para que se fortaleçam os vínculos fraternos de amor, e a vida plena, a felicidade, por Deus prometida e possível, alcançada seja.

Não seja o Natal uma mera lembrança de um acontecimento, mas a celebração de um fato que aconteceu, e mudou o rumo da história, porque Ele veio morar entre nós para que não caminhemos nas trevas, mas na luz, e na luz eterna vivamos.

Ontem e hoje, a voz de João ressoa em nosso coração, portanto, reflitamos:

- o que precisa ser endireitado em nossa vida?
- quais as mudanças que precisamos fazer em nível pessoal, familiar, comunitário e social para que celebremos o verdadeiro e santo Natal do Senhor?

- como vivemos a vocação profética que o Senhor nos concedeu no dia de nosso Batismo?
- Celebraremos o natal como o nascimento do salvador, acolhendo também Sua Palavra de vida e salvação?

- Como faremos a luz de Deus brilhar mais fortemente através de nossa vida (pensamentos, palavras e obras, sem omissões)?
- Com João o que temos que rever e aprender para não nos anunciarmos, mas anunciarmos a Divina Fonte de Luz, Jesus?

Ontem Ele foi colocado em seu primeiro altar, lá no humilde presépio e na desconfortável manjedoura.

Que Ele seja celebrado e acolhido em nossos Altares, nas Ceias Eucarísticas que celebramos, e também no altar indispensável do coração humano, em cada pessoa, onde Ele quis também fazer Sua morada.



Oração de Natal: Natal é a Festa de quem teve coragem de ousar! (I)

                                                         

Oração de Natal

Natal é a Festa de quem teve coragem de ousar!
É a Festa de quem teve coragem de n’Ele acreditar,
Para que um dia, na vida acolhida, paixão assumida,
Alcançando também a graça de n’Ele Ressuscitar!

Natal é a Festa de quem teve coragem de mudar,
De rever caminhos, passos, atitudes e projetos...
Não se reduziu aos sonhos da noite, sonhando em pleno dia...
Quem multiplicou relações fraternas de sinceros afetos.

Natal é Festa para quem não esperou passivamente.
Natal para quem não viveu amedrontadamente.
Preparando o Caminho para a vinda do Senhor...
Transformando sinais de ódio em sinais de amor!

Senhor, nesta Noite tão bela e Santa,
Em Tua manjedoura, sonhos, lágrimas, esperança depositamos...
Cumule-nos com copiosas bênçãos, Jesus – Menino!
 Que nossa vida reflita a luz e o Amor Divino!

  Feliz Natal do Senhor!

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