quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025
Entre palavras (...)
Senhor, não nos deixeis cair em tentação
“Prepara-te para a tentação”
Dai-nos, ó Deus, Sabedoria e Inteligência
Dai-nos, ó Deus, Sabedoria e Inteligência
No capítulo 28
do Livro de Jó, encontramos uma meditação sobre a Sabedoria:
“E Deus disse à
humanidade: ‘No temor do Senhor está a Sabedoria; no apartar-se do mal, a Inteligência’”
(Jó 28,28)
Oremos:
Senhor Deus,
ajudai-nos a perceber, a cada momento de nossas vidas, que a sabedoria, de fato,
só tem sentido quando no temor do Senhor.
Que nos abramos à
Vossa Sabedoria para nos conduzir e orientar nossas decisões, firmando nossos
passos no Caminho, que é o próprio Jesus Cristo, e assim, a Verdade
resplandecerá em todo o nosso viver, e teremos a Vida plena, que é Ele mesmo
(cf. Jo 14,6).
Senhor Deus,
concedei-nos a inteligência, para que saibamos distinguir o bem do mal, e não
apenas distinguir, mas não realizá-lo.
Que tenhamos
força para do mal nos afastarmos, como Vosso Filho nos ensinou a rezar: “Não
nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. Amém.
terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Adoramos o Senhor, servimos nosso próximo
Adoramos o
Senhor, servimos nosso próximo
No
segundo anúncio da Paixão de Nosso Senhor (Mc 9,30-37), Jesus diz aos
discípulos, que discutiam no caminho, qual seria o maior entre eles, que
quisesse ser o primeiro, deveria ser o último de todos, e o servo de todos.
Jesus
diz aos discípulos, que discutiam no caminho, qual seria o maior entre
eles: “Se alguém quiser ser o
primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!”
Retomemos
este parágrafo do Catecismo da Igreja Católica (n.786):
“O Povo de Deus
participa finalmente da função ‘régia’ de Cristo. Cristo exerce a Sua realeza
atraindo a Si todos os homens pela Sua Morte e Ressurreição.
Cristo, Rei e Senhor do
Universo, fez-Se o servo de todos, pois ‘não veio para ser servido, mas para
servir e dar a vida como resgate pela multidão’ (Mt 20, 28).
Para o cristão, ‘reinar
é servir’, em especial ‘nos pobres e nos que sofrem, nos quais a Igreja
reconhece a imagem do Seu Fundador pobre e sofredor’.
O povo de Deus realiza a
sua ‘dignidade régia’ vivendo em conformidade com esta vocação de servir com
Cristo”. (1)
Assim
como veio servir e não ser servido, Jesus deixou este ensinamento para os Seus
discípulos, e o fez expressivamente ao lavar-lhes os pés (Jo 13).
Como
Igreja, também devemos renovar sempre a alegria e o amor no serviço ao Senhor,
na pessoa dos pobres que nos são confiados.
Deste
modo há a contínua necessidade do fortalecimento de nossas Pastorais e Serviços
diversos de nossas comunidades, para cada vez mais reinemos com Jesus,
colocando-nos, generosamente, em atitude de amor, serviço e doação.
Ainda
temos muito que aprender para reinar com Jesus, pois ainda temos muito que nos
converter, para que mais expressiva e frutuosa seja nossa generosidade e doação
em favor de nosso próximo.
Firmemos
nossos passos neste caminho. Alegremo-nos e exultemos no Senhor, que nos
acompanha nesta maravilhosa graça e missão, conduzidos e iluminados pela Sua
Palavra, e nutridos pelo Seu Divino Corpo e Sangue que recebemos no Banquete da
Eucaristia.
Que
reinemos com o Senhor, mas só o fazemos, quando ao próximo nós serviços. Amém.
(1) Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n.786
PS: Oportuno para reflexão sobre a passagem do Evangelho de
Mateus (Mt 17,22-27; Mc 9,30-37)
“Sejamos primeiros para os outros”
- nos colocar alegremente no carregar da cruz, em solidariedade com os crucificados.
Discípulos da Divina Misericórdia
Discípulos
da Divina Misericórdia
Sejamos
enriquecidos pela carta de São Policarpo de Esmirna (séc. II), sobre a Carta
aos Filipenses, em que nos apresenta Jesus Cristo que nos deixou um exemplo em Sua
própria Pessoa.
“Que
os presbíteros tenham entranhas de misericórdia e se mostrem compassivos para
com todos, tratando de trazer ao bom caminho aqueles que se extraviaram; que
visitem aos enfermos e não descuidem das viúvas, dos órfãos e dos pobres, antes,
que procurem o bem diante de Deus e diante dos homens; abstendo-se de toda ira, de toda
acepção de pessoas, de todo juízo injusto; que vivam afastados do amor ao
dinheiro e não se precipitem crendo facilmente que os outros tenham agido mal,
que não sejam severos em seus juízos, tendo presente a nossa natural inclinação
ao pecado.
Portanto,
se pedimos ao Senhor que perdoe nossas ofensas, também nós devemos perdoar aos
que nos ofendem, já que estamos sob o olhar de nosso Deus e Senhor, e
todos compareceremos diante do tribunal de Deus, e cada um prestará contas a
Deus de si mesmo.
O
sirvamos, portanto, com temor e com grande respeito, conforme nos ordenaram
tanto o próprio Senhor como os Apóstolos que nos pregaram o Evangelho, e os
profetas, aqueles que antecipadamente nos anunciaram a vinda de nosso Senhor.
Busquemos
o bem com dedicação, evitemos os escândalos, afastemo-nos dos falsos irmãos e
daqueles que levam o nome do Senhor de forma hipócrita e arrastam ao erro os
insensatos.
Todo aquele que não
reconhece que Jesus Cristo veio na carne é do anticristo, e aquele que não confessa o
testemunho da Cruz procede do diabo, e o que interpreta falsamente as sentenças
do Senhor segundo suas próprias concupiscências, e afirma a inexistência da
ressurreição e do juízo, esse tal é o primogênito de Satanás.
Por
conseguinte, abandonemos os vãos discursos e falsas doutrinas que muitos
sustentam e voltemos aos ensinamentos que nos foram transmitidos desde o
princípio; sejamos sóbrios para entregar-nos à oração, perseveremos
constantemente nos jejuns e supliquemos com rogos ao Deus que tudo vê,
a fim de que não nos deixe cair em tentação, porque, como disse o Senhor, o
espírito está pronto, mas a carne é fraca.
Mantenhamo-nos,
pois, firmes em nossa esperança e a Jesus Cristo, recompensa de nossa justiça; Ele,
carregando nossos pecados, subiu ao lenho, e não cometeu pecado nem encontraram
engano em Sua boca,
e por nós, para que vivamos n’Ele, tudo suportou.
Sejamos
imitadores de Sua paciência e, se por causa de Seu nome temos de sofrer, O
glorifiquemos; já que este foi o exemplo que nos deixou em Sua própria Pessoa,
e isto é o que nós cremos.” (1)
Na fidelidade a Jesus Cristo, como discípulos missionários, sigamos Seus passos, elevando a Deus orações, para que todos os presbíteros “tenham entranhas de misericórdia e se mostrem compassivos para com todos...”
Assim, também, toda a comunidade mantenha firme a esperança no Senhor,
imitadora da paciência do Senhor, e se acaso vier o sofrimento, que seja motivo
para glorificá-Lo com fé, em expressão viva de caridade. Amém.
(1)
Lecionário Patrístico Dominical – Editora Vozes – 2013 –
pp.158-159