sábado, 16 de agosto de 2025

Maria, lírio entre os espinhos

                                                     


Maria, lírio entre os espinhos
 
Maria, “És lírio entre os espinhos,
és pura sem igual,
brilhando nos caminhos
da culpa original”.(1)
 
Lírio puríssimo por todo o sempre,
Tu podes nos ensinar a coragem manter,
Neste tempo tão diferente
Por que todos passamos.
 
Lírio perfeitíssimo no Jardim do Criador,
Tu, assentada no mais alto cume das virtudes,
Repleta do oceano de carismas divinos,
Abismo de graças, volte para nós teu olhar. (2)
 
Lírio prediletíssimo do Altíssimo,
Tu penetraste como ninguém
No abismo do amor de Deus,
Na alegria e tristeza, na angústia e esperança.
 
Lírio castíssimo toda de Deus,
Contigo nossos olhares se renovam,
Porque tens olhar diferenciado,
Pois bem sabes ver para além das aparências.
 
Lírio amabilíssimo da Unidade Trina de Amor,
Seja meu olhar como o teu, em todos os momentos;
Um olhar que se deixa surpreender pela ação
Da Trindade, que te fez cheia de graça e amor;
 
Lírio exalante do mais puro odor de santidade,
Seja ele também aberto aos mistérios de Deus
Com abertura de alma e coração,
Pleno de sinceridade, disponibilidade e confiança.
 
Lírio de beleza indescritível tu és para sempre.
Contigo nosso olhar penetra os abismos das dúvidas,
Em busca de respostas para as necessárias perguntas,
De modo especial neste tempo de pandemia e incertezas.
 
Lírio imaculado, sem a mancha do pecado,
Seja meu olhar como o teu aos s da Cruz,
Que contempla para além do aparente fracasso:
Crês que após o olhar doloroso, terás o glorioso.
 
Lírio belíssimo e esplendoroso, na glória dos céus,
Tua doce voz ressoará por todo o sempre,
Desde aquele memorável dia do primeiro sinal:
Nova luz há de brilhar: “Fazei tudo o que Ele vos disser”
(Jo 2,5)
 
 
 
 
(1)Liturgia das Horas - Volume Advento-Natal - pág.1037
(2) Santo Amadeu – séc. XII
 

Salve Maria, cheia de graça!


                       Salve Maria, cheia de graça!

Reflitamos sobre este hino dedicado à Santíssima Virgem, escrito pelo Bispo São Sofrônio (séc. VII): 

“Salve, mãe da alegria celeste;
Salve, você que alimenta em nós um gozo sublime;
Salve, sede da alegria que salva;
Salve, você que nos oferece a alegria perene;

Salve, místico lugar da alegria inefável;
Salve, campo digníssimo da alegria inexprimível.
Salve, manancial bendito da alegria infinita;
Salve, tesouro divino da alegria sem fim;

Salve, árvore frondosa da alegria que dá vida;Salve, mãe de Deus, não desposada;
Salve, Virgem íntegra depois do parto;
Salve, espetáculo admirável, mais alto que qualquer prodígio.

Quem poderá descrever seu esplendor?
Quem poderá contar seu mistério?
Quem será capaz de proclamar sua grandeza?
Você adornaste a natureza humana.

Você superaste as legiões angélicas,
Você superaste a toda criatura,
Nós lhe aclamamos: Salve, cheia de graça.”

“O Senhor derrubou do trono os poderosos”

                                                       

“O Senhor derrubou do trono os poderosos”

A história da humanidade já escreveu páginas execráveis com milhões de vítimas, sangue derramado de inocentes, por causa do delírio de onipotência.

Este delírio já cegou, não poucas vezes, a humanidade, multiplicando suas vítimas, com holocaustos; promoção insana da miséria; guerras fratricidas; discriminações abomináveis e exclusões indesejáveis, vilipendiando a dignidade e sacralidade da existência humana, desde sua concepção até seu declínio natural.

É sempre necessário vencer a grande tentação da condição humana,  que vem desde o Éden, o grande pecado de nossos pais, a herança que todos participamos pelo pecado original, que nos marca quando do nascimento.

Vigilância se faz necessária para que a ilusão não se sedimente em nossa mente e coração, com ilusórias promessas de realização em todos os âmbitos da vida, como promessa de felicidade plena.

Abertura ao Espírito e escuta de Sua voz são fundamentais para que compreendamos e realizemos o Projeto d’Aquele que nos criou, com o abandono de caprichos e astúcias pessoais que possam nos cegar ou nos fazer surdos aos clamores que sobem aos céus, fazendo-nos dar vida e força às asas de desejos indesejáveis e impronunciáveis.

Oremos:

Senhor, Vos pedimos que nos livreis do delírio de onipotência que nos cega, nos faz prisioneiros de nós mesmos, asfixiados pelos interesses mesquinhos, desejos, cobiça, presunção e petulância.

Senhor, libertai-nos do delírio de onipotência, pois, ainda que não percebamos, ele rompe os laços sagrados da fraternidade, afastando-nos de Vós, que quereis ser e sois tão próximo e íntimo a nós.

Senhor, queremos com Vossa Mãe, Maria, lutar corajosamente contra a serpente e o mal, para que sejamos livres de todas as amarras, pois foi para a liberdade que nos libertastes (Gl 5,1).

Senhor, com Vossa Mãe, queremos também fortalecer nossa luta interior contra o mal, ultrapassando as mesmas dificuldades e tentações na realização do plano de Salvação que tendes para nós.

Senhor, com Vossa Mãe, concebida sem a mancha do pecado, da desobediência, da infidelidade, o mais perfeito modelo de amor,  fidelidade e atitude, também queremos amar-Vos e testemunharmos como discípulos missionários Vossos.

Senhor, com Vossa Mãe, tão humana e inteiramente sim para Deus; assim também queremos fazer.

Senhor, concedei-nos a graça de que a devoção à Vossa Mãe consista em imitá-la em suas incontáveis virtudes,  libertos do terrível delírio de onipotência com suas faces maculadas de pecado. 

Senhor, afastai o perigo da onipotência humana, que nos aprisiona e nos mergulha no mar do pecado, e mergulhemos no Mar de Vossa bondade, pela Onipotência de Misericórdia.

Senhor, contando com a onipotência suplicante de Vossa Mãe Maria, preparando assim, Vossa vinda gloriosa, assistidos pelo Vosso Espírito, em plena fidelidade ao Projeto de Vosso Pai. Amém.

Maria que cremos e amamos

                                                             

Maria que cremos e amamos

Cremos que Maria foi acolhida na glória celeste por Jesus Ressuscitado, que está sentado à direita do Pai.

Cremos que Maria foi assunta ao céu, e, sobre a sua cabeça, foi colocada a coroa de doze estrelas. 

Cremos que, com a Assunção de Maria, se dá o nascimento para a plenitude da vida, associada à Ressurreição de Jesus. 

Cremos que Deus quis que Jesus tivesse Sua Mãe junto de Si para ficar bem perto de nós.

Cremos que ela, ao lado d’Ele, nos acompanha na grande comunhão e desejável proximidade.

Cremos que no coração de Maria, as coisas do Céu encontraram pleno espaço.

Cremos que no Imaculado Coração de Maria, Deus encontrou todo o espaço, e assim não faltou para ela espaço no céu: corpo e alma.

Cremos que Maria no céu é glorificada, e esta também deve ser a nossa meta.

Imitemos suas virtudes, para adorarmos, em Espírito e Verdade, o seu Filho, fazendo tudo o que Ele, Jesus, nos disser (Jo 2,5).

Lições para uma Espiritualidade Mariana

                                               


Lições para uma Espiritualidade Mariana

Mãe Discípula:

Aquela que ouve, escuta, acolhe a voz de Deus para realizar a Sua vontade; é Mãe e Mestra, porque antes foi discípula modelo, por excelência. Perfeita sintonia com Deus, é para nós modelo de escuta.

Mãe da Fidelidade:

Em toda e qualquer situação a fidelidade marcou sua existência – fiel porque acreditou nas Promessas de Deus, por isto é cheia de graça, feliz, bem-aventurada.

Mãe da Disponibilidade:

Vai apressadamente servir sua prima Isabel, sem medir esforços. Mesmo grávida, percorreu mais de cem quilômetros, em prontidão imediata, sem lamentos, sem queixas, sem prantos, sem adiamentos, constrangimentos. No amor não cabe nada disto! O amor suaviza a missão!

Mãe Servidora:

Vai a Isabel para servir e colocar seus amáveis dons em favor da vida, assim como nas mais diversas situações que vivenciou.

Mãe da Alegria:

No encontro com Isabel, tendo acolhido em si a Obra do Espírito Santo, leva consigo O Salvador, provocando um clima envolvente de alegria e louvores, cantos de ação de graças... No encontro de duas mulheres a manifestação de Deus num clima radiante de alegria!

Mãe da Esperança

Maria é cantora da esperança dos pobres! Sonha e canta um mundo novo que nasce da intervenção de Deus e da participação humana: uma nova sociedade em todos os níveis: religioso, político e social. O orgulho dará lugar à humildade, à obediência a Deus, à simplicidade de coração. A prepotência humana cederá à onipotência Divina, o poder será colocado em favor do bem comum. O mundo viverá novas relações de amor, partilha e comunhão, em que ninguém será privado da vida e do pão. A esperança não dispensa compromissos e responsabilidades.

Mãe da Humildade:

Maria sabe entrar e sair de cena – vai, serve, volta. A Glorificação se dá somente nos céus. Fazer o bem e sair de cena, com toda humildade. O bem feito com amor não precisa de publicidade e holofotes – Deus na hora certa e no tempo oportuno é quem nos coroará. Ela foi coroada como Mãe da Glória.

Mãe da Solidariedade:

Sensibilidade e solidariedade foram suas marcas nas bodas de Caná, na visita a Isabel, e em todos os momentos. Também presente na Paixão e Morte de Seu Filho, aos pés da Cruz, para ter a alma transpassada. Solidariedade nos primeiros encontros dos Apóstolos e em toda a história com suas aparições.

Mãe boa pastora:

Maria, na fidelidade a Deus, acolhendo ao bom Pastor, é aquela que O carregou no colo, também Mãe de todas as ovelhas pelas quais seu Filho entregou a própria vida. Como não se sentir protegido, amado e seguro no colo de Maria?

Mãe do amor pelos últimos:

A parábola do Evangelho nos fala do amor misericordioso de Deus pelos últimos (das 5 horas que não foram contratados), que recebem a moeda de prata (diária para um dia Mt 20,1-16). Deus ama os últimos, os excluídos, os pequeninos, aqueles que a sociedade privou da vida e do pão cotidiano, do essencial para viver com dignidade… Maria no Magnificat canta o amor de Deus pelos empobrecidos, quando diz que Deus despediu os ricos de mãos vazias e saciou de bens os famintos. Tal Mãe, tal Filho, tal Igreja. Maria está sempre junto do Filho assegurando-nos, a moeda de prata de cada dia, O Pão Nosso de cada dia, em cada Eucaristia que celebramos.

Mãe da paciência:

Maria é a Mãe da paciência por excelência: recordemos vários momentos em que ela revelou serenidade, confiança e, sobretudo paciência. A paciência para ver o trágico momento da morte se transformar numa alegre e inovadora Madrugada da Ressurreição. Paciência para ver passar a noite da escuridão que parecia eterna, em radiante luz da Ressurreição, aurora da alegria, do esplendor, da vitória…

Mãe Lutadora:

Nada temeu, nem as forças diabólicas que devoraram a vida de Seu Filho, mas que foi por Deus Ressuscitado. O mal tem aparente vitória – a vitória final pertence a Deus. Por isto ela é modelo de luta para todos que combatem em favor da vida. É modelo de luta para nossas comunidades.

Mãe da Glória:

Elevada em corpo e alma aos céus, acende em nós o mais precioso desejo: a eternidade. Ela já alcançou depois da Ressurreição de Seu Filho, como a primeira da fila. Maria puxa a fila dos que desejam entrar no céu. Entrada nos céus de corpo e alma é sinal da dignidade, da sacralidade da vida e da existência humana, onde Deus fez Sua morada.

Por isto podemos repetir o que disse Santo Amadeu (séc.XII):

Maria está assentada no mais alto cume das virtudes, repleta do oceano dos carismas divinos, do abismo das graças, ultrapassando a todos, derramava largas torrentes ao povo fiel e sedento”

Continuemos o aprendizado de maravilhosas lições para uma devoção à ela sincera e frutuosa.

Sabiamente a Igreja nos ensina e nos convoca a superar uma esterilidade devocional a Maria, na imitação de suas virtudes em nosso cotidiano.

Não há devoção mais agradável a Deus do que o amor e o serviço aos pobres, com os quais Ele quis Se identificar e Se fazer presença. Maria, neste sentido, mais do que ninguém, foi Mãe e Mestra!

Aprendamos estas dentre outras lições para uma Espiritualidade Mariana, que nos conduzirá à essência da Espiritualidade, que é viver segundo o Espírito, como discípulos missionários do senhor, em amor pleno e incondicional a Deus.

“Salve Rainha, Mãe de Misericórdia...” 

Com Maria, sempre podemos contar

                                                       

Com Maria, sempre podemos contar

Sejamos enriquecidos por uma das Homilias escritas pelo Venerável Presbítero São Beda (séc. VIII), sobre a visita de Maria a sua prima Isabel (Lc 1,39-56), na qual Isabel contempla Maria, aquela que engrandece o Senhor que nela agiu por meio do Espírito Santo.

Os dons que foram por Deus concedidos a Maria, e os benefícios universais com os quais Deus favorece a humanidade:

Minha alma engrandece o Senhor e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador (Lc 1,46). Com estas palavras, Maria reconhece, em primeiro lugar, os dons que lhe foram especialmente concedidos; em seguida, enumera os benefícios universais com que Deus favorece continuamente o gênero humano”.

Como engrandecer o Senhor, ou seja, como glorificá-Lo:

“Engrandece o Senhor a alma daquele que consagra todos os sentimentos da sua vida interior ao louvor e ao serviço de Deus; e, pela observância dos mandamentos, revela pensar sempre no poder da majestade divina”.

Maria, modelo de  perfeito amor espiritual a Deus:

“Exulta em Deus, seu Salvador, o espírito daquele que se alegra apenas na lembrança de seu Criador, de quem espera a salvação eterna. Embora estas palavras se apliquem a todas as almas santas, adquirem contudo a mais plena ressonância ao serem proferidas pela santa Mãe de Deus. Ela, por singular privilégio, amava com perfeito amor espiritual Aquele cuja concepção corporal em seu seio era a causa de sua alegria”.

Maria exulta em Jesus, O Autor da Salvação nascido em sua carne:

“Com toda razão pôde ela exultar em Jesus, seu Salvador, com júbilo singular, mais do que todos os outros santos, porque sabia que o autor da salvação eterna havia de nascer de sua carne por um nascimento temporal; e sendo uma só e mesma pessoa, havia de ser ao mesmo tempo seu Filho e seu Senhor”.

A confiança de Maria em Deus que age em nós nos transformando:

“O Poderoso fez em mim maravilhas, e santo é o seu nome! (Lc 1,49). Maria nada atribui a seus méritos, mas reconhece toda a sua grandeza como dom d’Aquele que, sendo por essência poderoso e grande, costuma transformar os seus fiéis, pequenos e fracos, em fortes e grandes”.

Com Maria aprendemos a participar da santidade divina e da verdadeira Salvação:

"Logo acrescentou: E santo é o seu nome! Exorta assim os que a ouviam, ou melhor, ensinava a todos os que viessem a conhecer suas palavras, que pela fé em Deus e pela invocação do seu nome também eles poderiam participar da santidade divina e da verdadeira salvação. É o que diz o Profeta: Então, todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo (Jl 3,5). É precisamente este o nome a que Maria se refere ao dizer: Exulta meu espírito em Deus, meu Salvador."

Porque cantamos o Magnificat nas Vésperas todos os dias:

"Por isso, se introduziu na Liturgia da santa Igreja o costume belo e salutar, de cantarem todos, diariamente, este hino na salmodia vespertina. Assim, que o espírito dos fiéis, recordando frequentemente o Mistério da Encarnação do Senhor, se entregue com generosidade ao serviço divino e, lembrando-se constantemente dos exemplos da Mãe de Deus, se confirme na verdadeira santidade. E pareceu muito oportuno que isto se fizesse na hora das Vésperas, para que nossa mente fatigada e distraída ao longo do dia por pensamentos diversos, encontre o recolhimento e a paz de espírito ao aproximar-se o tempo do repouso”.

Vivemos agora o tempo do combate, do testemunho, da vivência de nossa fé, e podemos aprender e contar com Maria sempre presente conosco.

Se por vezes nos sentirmos fatigados e distraídos ao longo do dia por problemas e desafios a serem superados, encontremos no "Magnificat" a força necessária para mantermos viva a nossa fidelidade ao Senhor e ao Seu Projeto de vida plena para todos nós.

“A Rainha de toda a criação”

                                                                     


“A Rainha de toda a criação”

Maria, nossa amantíssima Mãe, nós te louvamos por teres cuidado de Jesus, e agora cuidas com carinho e preocupação materna deste mundo ferido, em que se multiplicam tantos sinais de morte.

Maria, nossa amantíssima Mãe, assim como choraste com o coração trespassado a morte de Jesus, Teu Filho, assim também agora Te compadeces dos sofrimentos dos pobres crucificados, das criaturas deste mundo exterminadas pelo poder humano.

Maria, nossa amantíssima Mãe, tu que agora vives com Jesus, completamente transfigurada, todas as criaturas cantam a Tua beleza.

Maria, nossa amantíssima Mãe, tu és a Mulher «vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça» (Ap12, 1).

Maria, nossa amantíssima Mãe, tu és elevada ao céu, és Mãe e Rainha de toda a criação, no teu corpo glorificado, juntamente com Cristo ressuscitado, parte da criação alcançou toda a plenitude da sua beleza.

Maria, nossa amantíssima Mãe, não só conservas no teu coração toda a vida de Jesus, que “guardavas” cuidadosamente (cf.Lc2, 51), mas agora compreendes também o sentido de todas as coisas.

Maria, nossa amantíssima Mãe, nos te pedimos para que nos ajude a  contemplar este mundo com um olhar mais sapiente, e da Terra, nossa casa comum, com mais amor, cuidar e preservar, para que todos possam nela viver com humildade e dignidade.


Fonte: “Encíclica Laudato Si” – Papa Francisco – 2015 – n.241

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