sábado, 21 de junho de 2025

“Todos vós sois um só em Cristo Jesus” (XIIDTCC)

 


                   “Todos vós sois um só em Cristo Jesus”

Com o lema “Todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28), celebramos em 2021, o mês da bíblia, aprofundando a Carta de Paulo aos Gálatas, na qual o Apóstolo Paulo nos apresenta o Evangelho de Jesus Cristo crucificado.

Trata-se de uma carta direta e personalizada, para que os membros da comunidade se esforcem por clarificar as ideias perturbadas pela intervenção do grupo judaizante, voltando a viver na liberdade, na igualdade e na unidade, à luz da vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo.

A carta aos Gálatas é mais profundamente marcada pelo tom duro e polêmico do que qualquer outra (é a única carta sem a costumeira ação de graças nas saudações inicial e final).

Um possível esquema da Carta:

a) Introdução – 1,1-10: apresentação do tema “o Evangelho de Cristo”, baseado na graça de Deus.

b) Primeira parte – 1,11-2,21: relato autobiográfico e histórico.

c) Segunda parte – 3,1-5,12: argumento contra os adversários.

d) Terceira parte – 5,13-6,10: exortação ética – liberdade e caridade.

e) Conclusão – 6,11-18: advertência contra o grupo judaizante radical.

O Apóstolo convencido do perigo que representavam para o Evangelho de Jesus Cristo crucificado, não poupou críticas fortes contra os grupos formados pelos judaizantes e helenizados radicais, que estavam desvirtuando o valor salvífico do amor gratuito de Jesus Cristo crucificado, a manifestação da graça de Deus.

Quanto ao conteúdo da Carta:

1) Pregar e praticar o Evangelho de Jesus Cristo crucificado (Gl 1,7): o verdadeiro Evangelho (Gl 2,5.14) é a própria pessoa de Jesus de Nazaré, que pregou e praticou a justiça e deu Sua vida na Cruz, por puro amor ao próximo (Gl 1,3-5).

2) Ser herdeiro da promessa de Abraão pela fé em Jesus Cristo crucificado (Gl 3,6-18): o fato de Jesus Cristo – que conviveu com os pecadores e morreu na Cruz por amor ao próximo – ser reconhecido como o Messias sofredor e o Filho de Deus (Gl 4,4) é a mensagem essencial de que o Deus da promessa a Abraão (Gn 15,4-8; 18,17-18) reconhece a pessoa não em virtude das obras da Lei, mas sim de sua prática do amor ao próximo. A fé no Messias sofredor abre a salvação a todos os povos, sem o pré-requisito do cumprimento da Lei, como a circuncisão e as leis alimentares (Gl 2,11-14).

3) Ter liberdade em Jesus Cristo crucificado (Gl 5,1): no Espírito (o poder do amor gratuito) de Jesus Cristo crucificado, a pessoa torna-se “nova criatura” (Gl 6,15), fica liberta de qualquer lei e de qualquer diferença que possa privilegiar uns e marginalizar outros (Gl 3,28).

4) Viver segundo o Espírito (Gl 5,5): quem caminha na fé e no amor do Crucificado é acompanhado pela força criadora, profética, sapiencial e libertadora do Espírito para viver do modo como Jesus viveu: na liberdade, na justiça e no amor, criando irmandade, paz e esperança.

5) Carregar o peso uns dos outros (Gl 6,2): a verdadeira liberdade cristã é fruto do Espírito de Deus, que leva à vida de caridade, justiça e fraternidade, sobretudo de amor-serviço aos outros (Gl 5,13-6,10).

6) Evangelizar com base na realidade (Gl 4,12): ao contrário do grupo judaizante, Paulo considerou e respeitou os anseios por liberdade e igualdade do povo sofrido e escravizado, formando comunidades de fraternidade sem a imposição das leis e costumes judaicos.

7) Evangelizar junto com os pobres (Gl 2,10): Paulo evangelizou as nações, pondo-se ao lado dos pobres, mergulhando no mundo deles, carregando os fardos do trabalho (Gl 6,2), organizando comunidades de partilha e de fraternidade junto com os pobres (1Cor 4,9-13).

8) Carregar as marcas de Jesus, que significam as cicatrizes dos maus-tratos sofridos e suportados pelo Nazareno (Gl 6,14.17; cf. 2Cor 4,10): quem assume o Evangelho de Jesus Cristo crucificado, Seu amor gratuito e o espírito da liberdade, será perseguido e maltratado no mundo do legalismo judaico e da escravização do império. As pessoas que seguem Jesus, porém, mesmo perseguidas, devem gloriar-se na Cruz de Jesus Cristo, porque é dela que nasce “o poder de Deus e a sabedoria de Deus” (1Cor 1,24), para construir o mundo da partilha e da fraternidade: o Reino antecipado de Deus.

Paulo pregou Jesus crucificado e ressuscitado e ousou caminhar na contracorrente, com a proposta do amor gratuito e da justiça do “servo sofredor”, escrevendo a Carta para uma comunidade que vivia no contexto do imperialismo romano e da religião legalista e ritualista do judaísmo oficial.

A Carta nos ilumina e nos leva a enfrentar tudo aquilo que devora pessoas inocentes mediante guerras, ditaduras brutais, trabalhos em condição de escravidão ou semiescravidão, economia selvagem, fomes, violências, de modo que é impensável Igrejas com um Cristo triunfalista, legalista e ritualista.

 

PS: ano de 2021


Uma síntese do Artigo “O Evangelho de Jesus Cristo Crucificado – entendendo a Carta aos Gálatas, publicado na Revista Vida Pastoral n.341 – ano 62 – pp.14-21- de Shigeyuki Nakanose, svd e Maria Antônia Marques.

https://www.vidapastoral.com.br/edicao/o-evangelho-de-jesus-cristo-crucificado-entendendo-a-carta-aos-galatas/




Busquemos em primeiro lugar o Reino de Deus...

 


                    

Busquemos em primeiro lugar o Reino de Deus...

 

devemos confiar como se tudo dependesse de Deus

e nos empenhar como se tudo dependesse de nós.

 

Muitas vezes, podemos nos preocupar com as exigências do dia a dia, sem colocar em primeiro lugar a busca pelo Reino de Deus, sem a necessária confiança no Senhor.

 

Na passagem do Evangelho de Mateus (Mt 6, 24-34), Jesus nos ensina a darmos o devido valor às coisas, colocando Deus em primeiro lugar: “Não podeis servir a Deus e a riqueza”.

 

E, também, convida a nos abandonarmos completamente à Providência de Deus: “Não vos preocupeis por vossa vida, pelo que comereis, nem por vosso corpo, pelo que vestireis.”

 

Não entendamos confiança como sinônimo de passividade ou de comodismo: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo.”

 

De fato, a ação divina não dispensa a ação humana, ao contrário, eleva-a como graça da possibilidade de participação na construção do Reino

 

Quanto maior for nossa confiança em Deus, tanto mais cresce nossa responsabilidade. Também poderemos dizer que a responsabilidade é diretamente proporcional à confiança que temos em Deus.

 

Santo Inácio de Loyola diz de forma límpida e contundente: “devemos confiar como se tudo dependesse de Deus e nos empenhar como se tudo dependesse de nós.”.

 

“Buscar o Reino de Deus” com absoluta confiança em Deus, como meros instrumentos, veículos de Sua Mensagem. Lembremo-nos que continuamos a refletir o desdobramento das Bem-Aventuranças, a missão de ser Sal e Luz (Capítulos 5 e 6 de Mateus).

 

Concluindo, podemos afirmar que ser Discípulo do Senhor é ter encontrado uma Pessoa que mudou nossa vida, e que ela só tem sentido e conteúdo quando em relacionamento contínuo e íntimo, renovado no Banquete da Eucaristia.

 

É preciso trilhar o caminho da santidade, empenhados na construção do Reino, com total confiança em Deus e em Sua força, com disponibilidade, fidelidade, alegria e com muito amor a fim de que correspondamos ao Amor Divino que jamais nos falta.

 

Somente assim, comunicaremos luz da Fonte de Luz nas mais diversas situações obscuras, nas "cavernas sombrias e escuras" da existência.

 

Plena confiança na providência divina

                                                  


Plena confiança na providência divina

 

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de Mateus (Mt 6,24-34), que nos convida a continuidade da reflexão sobre as Bem-Aventuranças (Mt 5, 12), anunciadas pelo Senhor na montanha para serem vividas na planície.

 

É sempre necessário rever quais são nossas prioridades, para que melhor correspondamos ao Amor de Deus, que cuida de nós com amor gratuito e incondicional, de modo que precisamos libertar nosso coração das tiranias materiais que possam nos escravizar em autossuficiência, individualismos e egoísmos que nos empobrecem.

 

Jesus nos exorta a confiar totalmente em Deus, no Pai de Amor, em quem confiou e colocou toda Sua vida em entrega de amor, confiança, doação e serviço.

 

Nisto consiste a mensagem do Senhor: a incompatibilidade entre o amor a Deus e o amor aos bens materiais, e a razão desta deve-se ao fato de que Deus deve ser o centro de nossa vida, e sobre Ele construirmos nossa existência, e o amor ao dinheiro como valor absoluto fecha o nosso coração, num empobrecedor egoísmo estéril que não abre espaço para a comunhão e a solidariedade para com o próximo.

 

Confiar num Deus de amor, providente e atento às nossas necessidades, para que sejamos felizes, tenhamos sal em nós, e façamos resplandecer a luz divina na planície sombria do cotidiano.

 

Somente assim buscaremos o Reino de Deus e a Sua justiça: crer em Deus e viver serenamente tranquilo, pois Deus não falha, e nada nos deixa faltar, mas não nos dispensa de sagrados compromissos na busca e promoção do bem comum, para uma vida digna que corresponda assim aos Seus desígnios.

 

Afirmar que Deus é providente não significa que possamos cruzar os braços, esperando que Deus faça chover do céu aquilo que necessitamos, mas é viver comprometidos e trabalhando todos os dias a fim de que o Seu sonho se realize: um mundo novo marcado por relações de justiça, verdade e paz. Afinal, Jesus falou na Montanha Sagrada: Bem-Aventurados os que têm fome e sede de justiça e Bem-Aventurados os que promovem a paz.

 

O amor de Deus não nos torna passivos, mas nos impulsiona a uma prática de caridade viva e operosa, esforçada e contínua.

 

Assim Jesus nos revela um Deus que nos conhece, sabe de nossas necessidades, carrega-nos colo, mas não nos infantiliza. Carrega-nos no colo para nos garantir o amor e a ternura, para que nossos passos sejam mais firmes e corajosos.

 

A segunda mensagem que aparece explicitamente é que nossas preocupações não são indiferentes a Deus, sempre solícito para conosco.

 

Jesus nos convida a olhar os lírios do campo e os pássaros, que não ficam sem a atenção de Deus, e assim muito mais nós, que fomos feitos à Sua imagem e semelhança.

 

Reflitamos:

 

- O que significa para nós – “é preciso confiar totalmente em Deus”?

- Adoramos a Deus ou ao dinheiro?

 

- Quais são as consequências que vemos e sentimos quando não adoramos a Deus acima de tudo e de todos, com toda força, alma, entendimento e de coração?

 

- Adorar a Deus ou ao dinheiro. Quais são as marcas presentes no cotidiano que revelam que o amor a Deus foi colocado em segundo plano, e o amor ao dinheiro falou mais alto, determinando interesses, leis, atitudes?

 

Oremos:

 

“Fazei ó Deus, que os acontecimentos deste mundo decorram na paz que desejais, e Vossa Igreja Vos possa servir, alegre e tranquila. Por N.S.J.C. na unidade do Espírito Santo. Amém.”

sexta-feira, 20 de junho de 2025

“Intrigas palacianas”

                                                     

“Intrigas palacianas”

A passagem bíblica proclamada na primeira Leitura da sexta-feira da 11ª Semana do Tempo comum (Ano par), (2Rs 11,1-4.9-18.20), retrata um período muito conturbado da história do Povo de Deus, no Antigo Testamento (ano 841 A.C.).

A história do povo de Israel corre o risco do desaparecimento devido às contínuas intrigas e morticínios.

Sejamos enriquecidos por este comentário do Lecionário Comentado:

 “A descrição das comuns intrigas palacianas, pretende fazer-nos compreender como o desígnio de Deus e a fidelidade divina caminham dentro das tortuosidades da História humana: as tristes figuras históricas, que nós somos, tão longe de poder satisfazer a necessidade de salvação do homem, fazem lembrar o Rei ideal que encarnará na Sua Pessoa a salvação e a paz.

Portanto, não é a bens materiais ou a salvadores de todos os gêneros (quantos se apresentam hoje!) que podemos apegar o nosso coração, mas sim ao Bem eterno, ‘todo o Bem, o sumo Bem’ (São Francisco de Assis), porque, como lemos no Evangelho, ‘onde está o teu tesouro, aí estará o seu coração’ (Mt 6,21)...

Com efeito, este tesouro, no texto evangélico é o Reino, mas o Reino é afinal uma Pessoa, o Senhor, o Rei que pede para tomar posse do nosso coração de forma a enchê-lo de luz e de vida”  (1)

Esta reflexão nos remete às tentações que Jesus venceu nos quarenta dias e quarenta noites no deserto: ser, ter, poder.

São estas tentações que geram outras tantas e que, seduzindo o coração humano, levam à multiplicação de páginas de sofrimento, intrigas, injustiças, fraudes, roubos e mortes, que mancham a história da humanidade com o pecado, e muitas vezes com o sangue dos inocentes.

Assim como na história do Povo de Deus, hoje também estas “intrigas palacianas” se repetem, nos diversos espaços em que circulamos: família, escola, trabalho, política e também dentro de nossas comunidades.

A cada um de nós cabe a vigilância para que estas tentações não nos seduzam, e não nos ceguem diante das necessidades do próximo, e tão pouco nos ensurdeçam diante dos clamores dos empobrecidos, que carregam as marcas da injustiça sofrida.

Urge por fim às “intrigas palacianas”, vivendo a Boa Nova do Evangelho de Jesus, buscando em primeiro lugar o Reino e a sua justiça, e tudo mais nos será acrescentado, como nos alertou e prometeu o Senhor.

Deste modo o desígnio de Deus e a fidelidade divina encontrarão em nós correspondência maior de amor e fidelidade ao Seu Projeto de amor, vida, alegria e paz.

Supliquemos ao Senhor que não sejamos envolvidos pelas “intrigas palacianas de cada dia”, para que assim nossa vida seja marcada pela doação, serviço, partilha e simplicidade de coração, confiando em Deus, e tão somente a Ele amar e adorar, pois assim, nosso amor ao próximo ganhará conteúdo e expressão autênticos.


(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - Lisboa - p. 551.

Ainda que percas...

                                      

Ainda que percas...

Por vezes, o verbo perder nos surpreende:
Ainda que percamos a lembrança de sua conjugação,
Poderá se fazer presente na história de cada pessoa.

Por vezes, se faz presente no subjuntivo:
Ainda que se perca a capacidade de sonhar,
Que seja tão apenas por um instante.

Ainda que se percam as forças, é preciso resistir,
Renovando-as em silêncio orante recolhido,
Pelo imensurável amor divino, renovado e envolvido.

Que apareça em nossa vida como imperativo afirmativo:
Perca você todo o medo, insegurança e n’Ele confie;
No Senhor, que nos acompanha e fortalece.

Na forma do imperativo negativa seja conjugado:
Não perca jamais o encanto e o sentido do viver,
Revitalizando os laços de ternura com o Amado Redentor.

perda das folhas das árvores no outono
São necessárias para novo florescer,
E no tempo certo novamente florir.

perda das oportunidades que tivemos,
Ainda que não voltem da mesma forma,
Viveremos à espera que possam se repetir. 

perda do brilho dos olhos pelas dificuldades
Ou pelas provações, incompreensões ou decepções,
O brilho voltará, se não houver a perda da fé.

perda de alguém que partiu para a eternidade,
Não é uma “perda”, como dizemos, pois alguém advertiu:
Porque cremos e sabemos onde se encontra: céu.

perda da própria vida por causa do Senhor,
Não será perda para sempre, pois Ele nos disse:
“Quem perder a sua vida por causa de mim, a encontrará” (Mt 16,25).

Exemplos que nos inspiram

 


Exemplos que nos inspiram

A última parte do Livro do Eclesiástico é dedicada ao elogio dos antigos patriarcas, que constituem nobre exemplo para as futuras gerações.

Enriquecedor o comentário do Missal Cotidiano sobre a passagem do Livro do Eclesiástico (Eclo 44,1.9-13), que nos fala destes exemplos de piedade e retidão, cujas boas obras não foram esquecidas e a posteridade herdou suas virtudes:

“Este elogio dos homens que foram grandes com Deus será retomado na Epístola aos Hebreus (c.11) e permanece na memória que a Igreja faz dos mártires e Santos, que construíram sua história, a história mais profunda e verdadeira, a do homem com Deus.

‘Em seu dia natalício a Igreja proclama o mistério pascal realizado nos Santos que sofreram com Cristo e com Ele são glorificados, e propõe aos fiéis o seu exemplo, que atrai a todos ao Pai por meio de Cristo’ (SC 104).

A luta pela oração, pela vitória sobre si mesmos, por uma ardente bondade, por um amor puro, pela fidelidade conjugal, pela virgindade, paz e a paciência é a vitória da Igreja.

Também da história de nossa vida, o que em verdade permanecerá, será a história de nosso amor com relação a Deus e aos irmãos” (1).

Reflitamos:

- Na Sagrada Escritura, quem inspira minhas ações, meus passos e decisões?

- Quais sãos os santos e santas na história da Igreja que me inspiram a imitar suas virtudes, na fidelidade a Jesus Cristo, como discípulo missionário d’Ele, o Caminho, a Verdade e a Vida?

- Quem são aqueles/as que já na glória de Deus, também me inspiram no meu dia a dia?

- Qual a história de amor a Deus e aos irmãos e irmãs eu tenho escrito?

“Pai Nosso que estais nos céus...”

 

(1) Missal Cotidiano – Editora Paulus – pp.835-836

Templo: lugar sagrado do encontro com Deus

                                                       

Templo: lugar sagrado do encontro com Deus

Uma breve reflexão sobre a passagem do Livro do Eclesiástico (Eclo 50, 5-10):

“Como era glorioso ao fazer a volta do santuário, ao sair da casa do Véu! Era como a estrela da manhã no meio da nuvem, como a lua cheia nos dias de festa; como o sol resplandecendo sobre o santuário do Altíssimo, como o arco-íris brilhando entre as nuvens de glória; como a flor das roseiras em dias de primavera, como o lírio junto às fontes das águas, como a vegetação do Líbano em dias de verão. Era como o fogo e o incenso no turíbulo, como um vaso de ouro maciço, ornado de toda espécie de pedras preciosas; como a oliveira carregada de frutos, como o cipreste, que se eleva até às nuvens”. 

Notamos dez comparações, que Simão de Onias, sumo sacerdote, faz sobre à Casa do Senhor, que restaurara (Eclo 50,1):

1.   como a estrela da manhã no meio da nuvem;
2.   como a lua cheia nos dias de festa;
3.   como o sol resplandecendo sobre o santuário do Altíssimo;
4.   como o arco-íris brilhando entre as nuvens de glória;
5.   como a flor das roseiras em dias de primavera, como o lírio junto às fontes das águas;
6.   como a vegetação do Líbano em dias de verão;
7.   como o fogo e o incenso no turíbulo;
8.   como um vaso de ouro maciço, ornado de toda a espécie de pedras preciosas;
9.   como a oliveira carregada de frutos;
0. como o cipreste, que se eleva até às nuvens. 

Ainda que humildes e simples sejam nossas Igrejas, cuidemos e agradeçamos pelas mesmas, pois é graça de Deus, lugar sagrado do encontro para a Celebração dos Sacramentos, do fortalecimento de nossa espiritualidade, sobretudo na Celebração da Eucaristia.

Glorifiquemos a Deus por nossas Igrejas, edificadas com tanto esforço e generosa colaboração de muitos. Cada Igreja tem sua história, pessoas que contribuíram e continuam contribuindo para sua manutenção, quer entre nós, quer conosco na comunhão dos santos.

Da mesma forma que cuidamos de nossas igrejas (templos), urge que  tenhamos mesmo amor e cuidado de cada pessoa, como templo sagrado de Deus, no qual Ele quis fazer Sua morada. Deste modo, urge, também, o fortalecimento de nossas Pastorais, no cuidado da vida, desde a concepção até o seu declínio natural.

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