sábado, 10 de maio de 2025

Em poucas palavras...

 


Mãe boa pastora, rogai por nós

Maria, na fidelidade a Deus, acolhendo ao bom Pastor, é aquela que O carregou no colo, também Mãe de todas as ovelhas pelas quais seu Filho entregou a própria vida.

Como não se sentir protegido, amado e seguro no colo de Maria?

Oremos:

Ó Mãe boa pastora, rogai por nós. Amém.

 

Simplesmente mãe

                                          

Simplesmente mãe


Não precisa ser mais do que simplesmente mãe,
E isto já é tudo, por isto a Deus louvo e agradeço.
 
Com suas fraquezas e dúvidas,
Quem não as tem, ela desde sempre me ensinou.
 
Com suas dores e angústias,
Que também por situações diversas, chora a cântaros.
 
Que me ensinou a contemplar
A beleza dos campos e vales, com suas flores e frutos.
 
Que também, noutras vezes,
Me ensinou contemplar oásis, quando tudo parece deserto.
 
De notável e humana sensibilidade,
Multiplica, incansável, gestos de carinho e afetividade.
 
Pode também ficar , e por que não,
Com nervos à flor da pele, sem a perda do controle.
 
Conhece como poucos,
Dos filhos, os pontos fracos e o calcanhar de Aquiles.
 
Porque se faz sempre presente,
Ainda que no céu esteja, vive eternamente.
 
Uma obra sempre inacabada,
Que pelas mãos divinas, cada dia lapidada.
 
Doce peregrina da esperança,
Que me orienta e conduz, quando envolto nas névoas do erro.
 
Caminha entre sombra e luz,
Suplicante do Santo Espírito, para o carregar da cruz.
 
Ainda que esmigalhada e cambaleante,
Refaz-se na Mesa da Palavra e da Eucaristia, pés a caminho.
 
Simplesmente mãe, porque me ensinou a amar a Mãe das Mães,
Maria, Estrela de Nazaré, Mãe da Luz, Mater Dolorosa e da Glória. Amém. 

Mãe, antes que o sol se ponha...

                                                       


Mãe, antes que o sol se ponha...

Mãe, antes que o sol se ponha,
levanto as mãos como se fosse alcançá-lo,
com os seus raios que iluminam o dia,
e nos envolvem com seu calor imprescindível.
 
Lembrei-me de ti, que és como o sol,
Tens sempre uma palavra divina para nos iluminar,
Quando a escuridão parece interminável,
E o frio dos pesadelos nos consome, tu nos aqueces.
 
Mãe, antes que o sol se ponha,
Ainda posso ver e tocar as pétalas de uma rosa,
E sentir a suavidade e beleza de suas pétalas,
Que aos poucos vão perdendo sua vitalidade.
 
Pensei em ti e na suavidade de teus gestos,
Bem como em tuas inesquecíveis palavras,
Que mesmo nas correções necessárias,
Conciliavas a firmeza e a suavidade.
 
Mãe, antes que o sol se ponha,
Uma última cena, antes da Ave Maria vespertina,
Que me ensinaste desde o ventre materno,
E, com certeza,  rezavas com as mãos sobre mim.
 
Contemplo um canário amarelo, na cerca pousado,
Como que recuperando as forças para novos voos,
que me fazem sentir o gosto da liberdade,
A liberdade com responsabilidade que me ensinaste.  
 
Oremos: Ó Deus, pela minha mãe e tantas que partiram,
Na eternidade contemplem a luz eterna, divino brilho.
Pelas mães que estão vivas entre nós, sinais do Vosso amor,
que jamais na fé vacilem e na esperança esmoreçam. Amém!

Mães: sábias discípulas do Verbo

                                                              

Mães: sábias discípulas do Verbo 

Das Mães, podemos esperar muito mais que uma perfeita conjugação,
Pois nos ensinam, a seu modo, os verbos que na vida haveremos de conjugar.
 
Nem todas as mães saberiam seus filhos, com precisão, gramática ensinar,
os verbos bem conjugar em seus modos ou tempos verbais.
 
Mas sempre nos ensinarão os verbos que devem nos acompanhar,
Para que cresçamos em tamanho, sabedoria e graça diante de Deus.
 
Desde pequenino, no colo de mãe, aprendemos os verbos indispensáveis:
Amar, rezar, perdoar, crer, abençoar, dividir, sorrir, andar, cair e levantar...
 
Vamos crescendo, e elas, por palavras e gestos, outros verbos nos ensinam a conjugar e viver:
Solidarizar, partilhar, compadecer, sonhar, utopias cultivar, horizontes novos buscar...
 
E assim crescemos, tendo a mãe como a primeira mestra dos mais belos verbos,
firmam nossos passos, iluminam nosso olhar, e o amor, no coração, faz transbordar.
 
A Maria, Mãe do Verbo que Se fez Carne e habitou entre nós, suplicamos:
Abençoa as mães que conosco convivem, e acolha no céu as que partiram.
 
Mãe e Mestra do Verbo, ajuda-nos a conjugar e a viver o verbo “Amar”,
Que teu Filho como Mandamento nos deu e plenamente viveu.
 
Ó Mãe de todas as Mães, ensina-nos outros verbos necessários,
Que tão bem viveste em total fidelidade ao Plano de Deus.  Amém.

Supliquemos, agradeçamos e louvemos a Deus por nossas mães

                                                        




Supliquemos, agradeçamos e louvemos a Deus por nossas mães

Senhor, Vós sois o Caminho que leva ao Pai.
Nós Vos suplicamos por todas as mães, para que trilhando O Caminho que sois, por suas palavras e exemplo, nos ajudem o mesmo caminho trilhar: o caminho do bem, do direito e da justiça, da fraternidade e da solidariedade, para ver despontar sempre um novo e belo horizonte de uma nova humanidade.

Cristo, Vós sois a Verdade que ilumina os povos.
Nós Vos agradecemos por todas as mães, que plantam nos corações de seus filhos, a Semente do Verbo, como jardineiras do Criador, para fazer florescer as mais belas flores, que exalam o mais suave e necessário odor da ternura e do amor, elas que tudo isto possuem e jamais nos deixam faltar.

Senhor, Vós sois a Vida que renova o mundo.
Nós Vos louvamos por todas as mães que combateram o bom combate, terminaram a sua corrida, e guardaram a fé, e hoje estão na glória de Deus (2 Tm 4,7-8), brilhando como o sol no Reino do Pai (Mt 13,43), vivas em nossa memória, a quem somos gratos por tudo que tenham feito, e delas sempre lembramos, de modo especialíssimo,  quando participamos do altar na Santa Celebração Eucarística. Amém.

Minha Mãe não foi...

                                                       

Minha Mãe não foi...

Minha mãe que na Glória está,
Eternizada em minha vida ficará.

Minha mãe não foi poetisa da escrita,
Mas compôs “belas canções” que me embalam em cada gesto,
Me orientam em cada pensamento, porque impressas na alma.
Minha mãe não foi artista,
Mas me ensinou que a vida é uma bela arte,
Que ora tem suas dramaticidades, ora suas glórias.
Minha mãe não foi teóloga de cátedra,
Mas me ensinou que os preceitos de Deus têm que ser conhecidos,
E mais do que isto, em todas as dimensões vividas.
Minha mãe não foi arquiteta,
Mas soube planejar, edificar a família nas estruturas sólidas
Da força da Palavra, da Eucaristia, da oração, da devoção.
Minha Mãe não foi pregadora de púlpito,
Mas me ensinou com sua vida que casamento é sagrado,
que tudo devemos fazer para que a família viva o amor e a fidelidade.
Minha mãe não foi canonista,
mas testemunhou o essencial do matrimônio:
A liberdade, o amor, a fidelidade, a fecundidade, a indissolubilidade.
Minha mãe não foi mestre de obra,
Mas me ensinou que a vida consiste numa permanente edificação,
Tijolo sobre tijolo, com a argamassa do amor, com Cristo em sua fundação.
Minha mãe não foi professora de escola ou faculdade,
Mas me fez um eterno aprendiz das mais belas lições que do Evangelho emanam;
Que minha vida, meus passos, em todo instante, ricamente me acompanham.
Minha mãe não foi cantora em palcos e presbitérios,
Mas ouço a melodia de seus lábios me comunicando ternura,
Pureza de alma, busca do inusitado que Deus incansavelmente nos prepara.

Minha mãe não foi uma pessoa notável em páginas de jornais e revistas,
Mas que me importa? Quem precisa de sucesso, fama e prestígio?
Sempre me ensinou que somente Deus merece toda honra, glória, poder e louvor.
Minha mãe não foi militante em partido político ou sindicatos,
Mas com seu modo de ser e viver me ensinou que a vida é luta, busca, conquista,
Militância, ética, honestidade, o bem comum promovido, essência da política.
Minha mãe não foi sacerdotisa do Altar,
Mas sua vida, com sacrifícios, amargando fome, pobreza, doença,
Me fez partícipe do Cálice Sagrado do Senhor, tão belo e Santíssimo Sacrifício.
Minha mãe não foi na Igreja uma catequista, ou mesmo Ministra,
Mas sua palavra é o grande eco de quem foi a minha primeira e
Insubstituível catequista, que as primeiras sementes do Verbo em mim plantou.
Minha mãe jamais impôs sobre mim sua vontade.
Em silêncio Mariano orante, padre desejava que eu fosse.
E, quando do meu desejo soube, se alegrou, confiou, apoiou.
Minha mãe simplesmente foi mãe.
De que mais precisaria?
De que mais preciso?
Obrigado minha mãe, mulher que santa e pecadora foi,
Que agora brilha como os justos no Reino do Pai.
Mães não morrem jamais.
Minha mãe não foi... Ela foi muito mais!

Ela me fez ver que cada mulher um quê de mãe possui,
Me ensinou que outra mãe temos: Maria.

Ave Maria, cheia de graça...

Mãe e Toalha

                                                             

Mãe e Toalha

Dia das Mães...
Que este dia não seja como tantos outros,
Com motivações tão apenas consumistas:
Presentes materiais por vezes desacompanhados
De conteúdo de amor e carinho, dia a dia vivenciados.

Quero falar das Mães a partir de algo tão comum:
A toalha, a toalha de banho! Sim, é isto mesmo!
Contemplar uma toalha, quanto vem à mente.
Uma toalha, sim, uma toalha tão simplesmente!

Aquela toalha que secou os primeiros banhos...
Talvez agora, por algumas Mães, sem poder usar,
Porque tão subitamente para o alto o filho partiu,
Passou pela porta do céu que cedo se abriu.

A toalha das Mães da Praça de Maio...
Não, não falo das suas, mas de seus filhos
Que hoje as contemplam silenciosamente.
Por onde andam? Que dor tão presente!

As tolhas das crianças de Realengo,
Uma página fria, tenebrosa e cruenta,
Guardá-las como trágica memória
Que se somam a outras na história.

A toalha de que já não mais precisa
Para enxugar o corpo do esposo amado,
Porque muito amou, e amou até o fim,
Antecipou-se nos céus do amor, enfim!

Aquela toalha que pela Mãe da Mãe, bordada,
Joia rara, relíquia para sempre guardada.
Já não borda mais com suas mãos tão hábeis,
Bordadeiras na eternidade não mais tão frágeis.

A toalha que secou o Corpo do Deus Menino.
A toalha que secou o Corpo do Deus Encarnado.
A toalha que secou o Corpo, por nós, doado.
A toalha que secou o Corpo do Filho Amado!

Maria a contemplou também,
Solitária e silenciosamente.
E chorou. Por que não?
Tão humana, tão coração...

Porém, sabe que não mais dela precisa,
Porque sabe onde o Filho Se encontra:
Nas alturas, porque a maldade foi vencida,
Não ficou morto a Fonte de Eternidade!

Toalhas são mais que toalhas...
Elas falam como falam as lágrimas,
Como falam todas as coisas...
Só as escutam, quem muito ama...
Ame, escute...

Quem sou eu

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG