sexta-feira, 25 de abril de 2025
Cuidemos do jardim de nossa alma!
Músicas boas nos devolvem a esperança de que a mediocridade não fez submergir o que de melhor Deus tenha em cada um de nós colocado, que plantado com raízes profundas no coração, e que em conexão com a mente, com a reflexão, fazem multiplicar salutares pensamentos e compromissos com um novo e belo amanhecer.
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho
Estou podando meu jardim
Refletindo...
É tempo de prepararmos uma nova primavera para nossas famílias, para as pessoas com quem convivemos no dia a dia.
Centralizemos nossa fé em Cristo Ressuscitado
Centralizemos nossa fé em Cristo Ressuscitado
Reflexão à luz da passagem da Carta de Paulo aos Romanos (Rm 5,12-15), o Apóstolo Paulo nos convida a refletir sobre a
nossa condição humana.
Em nossa vida, temos que decidir: viver no egoísmo e
autossuficiência que gera a morte ou pôr-se, decidida e corajosamente, numa
caminhada de fidelidade ao Projeto de Deus que gera vida nova.
Como discípulos
missionários, cremos que a Salvação vem pela fé em Jesus Cristo e se destina a
todos, indistintamente.
Porém, somente a
fidelidade a Jesus é garantia de vida nova e plena; um dom, uma doação por amor
à causa do Reino de Deus.
Urge, portanto,
centralizar e enraizar a nossa fé em Cristo Ressuscitado, e em Sua Palavra, nutridos
pelo Pão da Eucaristia, Pão da imortalidade, partícipes da Igreja, em comunhão
com os irmãos e irmãs, empenhados na missão evangelizadora.
Com o Ressuscitado, vencemos o medo
Com o Ressuscitado, vencemos o medo
“Não tenhais medo daqueles que matam o
corpo, mas não podem matar a alma!” Reflitamos sobre
a solicitude e o amor de Deus, para com aqueles que Ele chama e envia em
missão, uma vez que a perseguição estará sempre presente no horizonte dos
discípulos de Jesus.
À luz da passagem
do Evangelho de Mateus (Mt 10,26-33), o tema da inevitabilidade da perseguição
na vida dos discípulos é explícito, assim como vimos na primeira Leitura.
O Evangelista
exorta à superação do desânimo e frustração decorrentes das perseguições.
Apresenta como
que um “manual do missionário cristão”, que consiste no
“discurso da missão” – “Para
mostrar que a atividade missionária é um imperativo da vida cristã. Mateus
apresenta a missão dos discípulos como a continuação da obra libertadora de
Jesus.
Define também os conteúdos do anúncio e as
atitudes fundamentais que os missionários devem assumir, enquanto testemunhas
do Reino” (1)
Três vezes
aparece a expressão “Não temais”, assegurando a presença, ajuda e proteção
divina para superação do medo que impeça a proclamação da Boa Nova; o medo da
morte física; e neste medo se pode experimentar a solicitude de Deus, um
cuidado que desconhece limites.
A mensagem é que
a vida em plenitude é para quem enfrentar o medo, na fidelidade, até o fim. O
medo não pode nos deixar acomodados.
A ternura, a
bondade e a solicitude divina são imprescindíveis, pois fortalecem na missão. É
preciso se entregar confiadamente nas mãos de Deus:
“Jesus encoraja os Seus discípulos a alargar
o horizonte da vida e a avaliar os riscos vividos por Sua causa, no contexto
mais amplo da vida com Deus, da vida eterna.
O cristão é chamado a viver na confiança de
que o Pai não o abandona nas mãos dos perseguidores (v.28), que a sua vida, a
sua salvação custou o Sangue do Filho e tem por isso, aos Seus olhos, um valor
imenso (vv. 29-31).
A fidelidade e a confiança no Senhor serão
recompensadas por aquele ‘reconhecimento’ que já se manifestou na Ressurreição
de Cristo” (2).
No testemunho da
fé, é possível a perseguição, portanto é necessária a confiança. Anunciar e testemunhar
a Boa Nova é não deixar que o medo nos paralise, pois o medo nos impede de ser
autênticos discípulos missionários:
“O cristão não é chamado a procurar o
martírio como prova da sua fé, mas a viver constantemente a vida com os olhos
fixos no Alto, isto é, a alargar aquele horizonte que hoje, mais do que nunca,
tende a fechar-se no círculo dos benefícios desfrutáveis, aqui e agora.” (3)
Também nós
precisamos ouvir a todo instante: – “Não tenhais
medo”. É preciso que a
Palavra de Jesus ressoe em nossos ouvidos e fique entranhada no mais profundo
de nosso coração:
“Impressiona a história de tantos mártires
cristãos, antigos e atuais, que escolheram o caminho da coerência e da
fidelidade ao Senhor a custo da própria vida.
É com eles que nos encontramos na Comunhão
dos Santos, vivida, sobretudo, na Celebração Eucarística; uma companhia que a
comunidade dos crentes gosta de ter ao seu redor, mesmo com as pinturas, os
afrescos, os mosaicos que adornam as nossas Igrejas (hoje reduzidas muitas
vezes a belas obras que se admiram em igrejas-museu) expressões artísticas
surgidas para tornar humanamente visível o que vivemos na fé.” (4)
Concluindo, apresentemos
nas mãos de Deus nossa realidade humana, marcada pela fragilidade e necessitada
de Sua força e intervenção.
Como cristãos, levantemos
o olhar para a vida a que Cristo nos chama, ou seja, “viver a força de contestação profética que viveu Jeremias,
que Jesus levou perante as autoridades judaicas e romanos e conduziu os
Apóstolos ao martírio.
É na relação íntima e comunitária que
vivemos com Deus, no desejo de sermos reconhecidos por Ele que se reforça
a adesão a Cristo e ao Seu Evangelho, com a esperança libertadora de vivermos
confiando no Pai.” (5)
Oremos:
“Senhor, nosso Deus, dai-nos por toda a vida
a graça de Vos amar e temer, pois nunca cessais de conduzir os que firmais no
Vosso amor. Por N. S. J. C. Amém.”
(1) www.Dehonianos.org/portal
(2) (3) (4)
Lecionário Comentado p. 560.
(5) Idem p. 561.
“A Sabedoria de cada dia dai-nos hoje, Senhor!”
Fixemos nossos olhos no Senhor
Acreditemos no enviado Pai
Acreditemos no
enviado do Pai
“Então perguntaram:
‘Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?’ Jesus respondeu:
‘A obra de Deus é que acrediteis n’Aquele que Ele enviou.” (Jo 6, 28-29)
A vida cristã implica que tenhamos
uma decisão vital e radical: a fé n’Ele, o enviado Pai, o que exige uma opção
definitiva e total adesão à Sua Pessoa, Palavra e Projeto do Reino por Ele
inaugurado.
Deste modo, nossa felicidade não se
encontra nos bens que passam, que tão apenas utilizamos, mas no Bem Maior que
não passa, Jesus, o Verdadeiro Pão que sacia nossa fome de amor, vida plena e
autêntica felicidade.
Não podemos procurar Jesus por
motivações superficiais e materiais, pois não serão o bastante para nos
configurar como autênticos discípulos missionários Seus, como Ele mesmo nos
exortou:
“Esforçai-vos não
pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna,
e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com o Seu
selo.” (Jo 6,27)
A Ele acorramos e por Ele procuremos, não instalados numa fé acomodada, mágica ou até mesmo supersticiosa: alimentemo-nos do Pão da Eternidade, e que nossos olhos não se fixem nos dons em si mesmos, mas no doador dos dons, pelo qual o Pai nos enviou o mais belo dom: o Espírito Santo. Amém. Aleluia!







