sexta-feira, 18 de abril de 2025

Em poucas palavras...

                                                      


O Mistério da Cruz em nossa vida

“Em Jeremias, como em Cristo, há um aspecto trágico: o conhecimento do destino que lhe preparam os inimigos, sem possibilidade de evitá-lo. Não pode fazer outra coisa senão pôr-se nas mãos de Deus e esperar que este venha salvá-lo no cumprimento deste destino...

Deus, porém, mesmo em seu Mistério fulgurante, não esmaga a liberdade do homem; dar-se-á somente àquele que tiver o direito de cativá-lo. Aqui está a razão de ser da obediência de Cristo na cruz, que a Eucaristia nos convida a alcançar.” (1)

 

(1) Comentário Missal Cotidiano – Editora Paulus – pág. 280, sobre as passagens: Jr 11,18-20; Jo 7,40-53.

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Coração fortalecido, rosto iluminado

Coração fortalecido, rosto iluminado

Reflitamos sobre pequeno trecho da “Catequese de Jerusalém” (séc. IV):

“Se foste bem instruído pela doutrina da fé, acreditas firmemente que aquilo que parece pão, embora seja como tal sensível ao paladar, não é pão, mas é O Corpo de Cristo. E aquilo que parece vinho, muito embora tenha esse sabor, não é vinho, mas é o Sangue de Cristo.

Antigamente, bem a propósito, já dizia Davi nos Salmos: O pão revigora o coração do homem e o óleo ilumina a sua face (Sl 104,15). Fortifica, pois, teu coração, recebendo esse pão espiritual e faze brilhar a alegria no rosto de tua alma.

Com o rosto iluminado por uma consciência pura, contemplando como num espelho a glória do Senhor, possas caminhar de claridade em claridade, em Cristo Jesus, Nosso Senhor, a quem sejam dadas honra, poder e glória pelos séculos sem fim. Amém!”.

Voltemo-nos ao Salmo citado:

 “De vossa casa as montanhas irrigais,
Com vossos frutos saciais a terra inteira;
Fazeis crescer os verdes para o gado
E as plantas que são úteis para o homem;

Para da terra extrair o seu sustento
E o vinho que alegra o coração,
O óleo que ilumina a sua face
E o pão que revigora suas forças”.

Relacionando o Salmo com a Eucaristia, que Jesus instituiu como sinal permanente do Seu Amor por nós, concluímos:

Nela, na Palavra Proclamada, somos iluminados... Nosso coração arde! Nela, com o Pão e o Vinho, somos fortalecidos, revigorados, nutridos, inebriados… Nossos olhos se abrem! Na Eucaristia recebemos a força, a alegria e a luz!

Tenhamos, como eucarísticos que devemos ser, a alegria no rosto de nossa alma, porque não nos alimentamos de um pão qualquer, mas do Pão que não passa: o Pão da Eternidade!

O grande teólogo e Doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino, afirmou: 

“Não há outro Sacramento mais salutar do que este, pois nele, os nossos pecados são destruídos (nos renovamos e reconciliamos com a Trindade Santa); nossas virtudes crescem, bem como nossa alma é plenamente saciada, enriquecida de todos os dons espirituais.”

Santo Inácio de Antioquia definia o Pão eucarístico como “remédio de imortalidade e antídoto para não morrer”.

Tenhamos sempre o coração fortalecido e o rosto iluminado, como é próprio de quem acolheu a Luz do Santo Espírito.

Chamados à Santidade...

                                                     


Chamados à Santidade...

Na Quinta-feira Santa, celebramos com toda a Igreja, além da Instituição da Eucaristia, do Mandamento do Amor, que o Senhor nos deu na última Ceia com Seus discípulos, a instituição do Ministério Sacerdotal.

O Missal Dominical acentua que o Sacerdócio e a caridade estão estreitamente ligados ao Sacramento da Eucaristia, compreendido em sua globalidade, e de modo mais preciso. (1)

Deste modo, o Presbítero é colocado à frente da comunidade pelo Bispo, para colaborar com este no cuidado do rebanho.

Para aprofundar a missão do Presbítero, retomemos uma breve passagem que nos fala sobre a missão do Bispo, e quais as virtudes necessárias que este deve ter, no cultivo de uma autêntica espiritualidade que revela a presença e ação do Cristo Bom Pastor:

“Como os Apóstolos, o Bispo recebe o mandamento de pregar o Evangelho e de guiar o rebanho de Deus, à imagem do ‘grande Pastor’ das ovelhas (Hb 13,20; João 11, 11-15), o próprio Cristo; de oferecer a Deus, em virtude da autoridade sacerdotal, os dons da Igreja, de conferir encargos e mandatos para a utilidade e o bem comum, de julgar e de reconhecer os espíritos e os carismas. 

A serviço dessas tarefas, o Bispo deverá empenhar um coração puro, uma vontade firme, uma opinião segura, uma misericórdia incansável, uma coragem sem titubeios.

As virtudes que deverão predominar no Bispo são as mais nobres e certamente as mais árduas; as leituras propostas se comprazem em apontá-las: probidade de espírito, sobriedade de costumes, vida familiar exemplar, solidez de doutrina, rigor na disciplina e na verdade, um rigor temperado pela brandura do coração, pela capacidade de mediar entre contrastes e inimizades até se revelar sinal confiável da caridade e unidade”. (2)

Quanto aos Presbíteros, no que diz respeito à sua espiritualidade e virtudes, vale em grande medida o que se refere ao Bispo, mas com uma evidente predominância do destaque dado às virtudes que devem se fazer presentes na vida destes.

Oremos pelos Bispos e Presbíteros a serviço da Igreja, para que tenham uma espiritualidade bem cultivada e nutrida pela Eucaristia, enriquecidos por nobres virtudes.

Bem sabemos que Deus chama para cuidar do rebanho homens com limitações, fragilidades, e a cada passo, devem se deixar moldar pela Mão Divina, e se enriquecer por todos os dons do Espírito, que assiste, acompanha, ilumina e conduz a Sua Igreja, para que o rebanho não pereça por falta de Pastores. E que todos os que deram seu sim, pastores do rebanho o sejam, de fato.

Devem, portanto, mergulhar neste tempo favorável de silêncio e Oração para rever o Ministério Presbiteral, que Deus, por Sua infinita bondade, confiou, bem como, rever de que modo ajudar os irmãos no Ministério a viverem, com ardor, o chamado, reavivando no coração a chama do “primeiro Amor pelo Senhor”, que os levou a tudo renunciar, para, com maior disponibilidade, o Sublime e Divino Mestre seguir.

Assim, os Presbíteros, e todo o Povo de Deus, são chamados à santidade e à prática do Mandamento do Amor, com o mesmo e intenso zelo e apaixonamento por Cristo.

Que ao celebrarmos o Tríduo Pascal tudo isto possa se renovar no coração de todos os Presbíteros, para que com alegria e coragem, deem testemunho do Cristo Ressuscitado.


(1) Missal Dominical – p.286;
(2) Dicionário de Homilética - Manlio Sodi Achille M. Triacca (orgs) – p.1214.

Ó imenso e intenso Mistério...

                                                         

Ó imenso e intenso Mistério...

Sejamos iluminados pela reflexão do abade São Columbano (séc. VII), elevando nossa alma e mergulhando no Mistério mais profundo d’Aquele que por todo o sempre Se nos revela como Suprema Bondade, Ternura, Misericórdia, Amor...

“Deus está em todo lugar, imenso e próximo em toda parte, conforme o testemunho dado por Ele mesmo: Eu sou o Deus próximo e não o Deus de longe.

Não busquemos, então, longe de nós a morada de Deus, que temos dentro de nós, se o merecermos. Habita em nós como a alma no corpo, se formos Seus membros sadios, mortos ao pecado.

Então verdadeiramente mora em nós Aquele que disse: E habitarei neles e entre eles andarei. Se, portanto, formos dignos de tê-Lo em nós, em verdade seremos vivificados por Ele, como membros vivos Seus: n’Ele, assim diz o Apóstolo, vivemos, nos movemos e somos.

Quem, pergunto eu, investigará o Altíssimo em Sua inefável e incompreensível essência? Quem sondará as profundezas de Deus? Quem se gloriará de conhecer o Deus infinito que tudo enche, tudo envolve, penetra em tudo e ultrapassa tudo, tudo contém e esquiva-Se a tudo?

Aquele que ninguém jamais viu como é. Por isto, não haja a presunção de indagar sobre a impenetrabilidade de Deus, o que foi, como foi, quem foi.

São realidades indizíveis, inescrutáveis, ininvestigáveis; simplesmente, mas com todo o ardor, crê que Deus é como será, do modo como foi, porque Deus é imutável.

Quem, pois, é Deus? Pai, Filho e Espírito Santo, um só Deus. Não perguntes mais sobre Deus; porque os que querem conhecer a imensa profundidade, têm antes de considerar a natureza.

Com razão compara-se o conhecimento da Trindade à profundeza do mar, conforme diz o Sábio: E a imensa profundidade, quem a alcançará?

Do modo como a profundeza do mar é invisível ao olhar humano, assim a divindade da Trindade é percebida como incompreensível pelo entendimento humano.

Por conseguinte, se alguém quiser conhecer Aquele em quem deverá crer, não julgue compreender melhor falando do que crendo; ao ser investigada, a sabedoria da divindade foge para mais longe do que estava.

Procura, portanto, a máxima ciência não por argumentos e discursos, mas por uma vida perfeita; não pela língua, mas pela fé que brota da simplicidade do coração, não adquirida por doutas conjeturas da impiedade.

Se, por doutas investigações procurares o inefável, irá para mais longe de ti do que estava; se, pela fé, a sabedoria estará à porta, onde se encontra; e onde mora poderá ser vista ao menos em parte.

Mas em verdade até certo ponto também será atingida, quando se crer no invisível, mesmo sem compreendê-lo; deve-se crer em Deus por ser invisível, embora em parte o coração puro o veja”.

Oremos:

Onde encontrá-Lo? 
Quando e como? 
Como mensurar a profundidade de Seu amor? 
A minha alma está inquieta a procura de Ti, 
ó insondável profundidade de Amor!

Bem sei agora onde habitas. 
Sim, lá em não digno lugar quiseste ficar, 
lá no mais profundo de mim do que eu de mim mesmo. 

Desejo-Te. Procuro-Te. Encontro-Te.
Amo-Te. Continuo desejando encontrá-Lo para amá-Lo.
Amo-Te muito menos do que me amas.

Amar-Te-ei por todo o sempre, 
ó Suprema e Divina Onipotência de Misericórdia!

Tu que és Mistério de Amor tão profundo, 
realidade inexaurível.
Revela-Te a mim que por Ti busco.

Tu que és Mistério de Luz tão intenso, 
realidade iluminadora, 
ilumina o mais profundo de mim, 
ilumina minhas noites escuras.

Sê como um oásis, onde me refaço do cansaço 
e da secura em que muitas vezes minha alma possa encontrar-se.

Sê como águia, onde possa encontrar seguro voo 
na busca das coisas do alto onde Te encontras.

Sê como abismo de graça, e és, 
que me acolhe em mergulho revitalizador e inebriante.

Sê Palavra, e és, 
que não me permite cair em outros vãos  
e mortais abismos da  existência... Amém!

Sigamos os passos de Jesus Cristo

                                                            

Sigamos os passos de Jesus Cristo

Reflitamos sobre a passagem da Primeira Carta de Pedro (1Pd 2,21-24), em que o Apóstolo nos diz  como deve agir aquele que segue o Bom Pastor, respondendo à injustiça com o amor, ao mal com o bem.

“O Cristo por nós padeceu, deixou-nos o exemplo a seguir. Sigamos, portanto, Seus passos! Pecado nenhum cometeu, nem houve engano em Seus lábios.

Insultado, Ele não insultava; ao sofrer e ao ser maltratado, Ele não ameaçava vingança; entregava, porém, Sua causa Àquele que é justo juiz.

Carregou sobre Si nossas culpas em Seu corpo, no lenho da Cruz,  para que, mortos aos nossos pecados, na justiça de Deus nós vivamos. Por Suas chagas nós fomos curados”.

Por volta dos anos 80 d.C, a comunidade vivia um contexto de perseguição, dificuldades, hostilidade por parte daqueles que defendiam a ordem romana.

A comunidade vivia um momento de fragilidade diante das provações e dificuldades, e a tendência seria de que se tornaria menos favorável ainda.

Deste modo, o Apóstolo exorta a comunidade para que siga o exemplo de Jesus Cristo, que sofreu e morreu, antes de alcançar a Ressurreição.

Trata-se, portanto, de um convite à peregrinar na esperança: apesar dos sofrimentos a serem suportados, todos que se mantiverem firmes estarão destinados a triunfar com Cristo; por isso, devem viver com alegria e coragem a graça do compromisso batismal.

Deste modo, “Jesus é o modelo para os que creem, conduz e guarda a todos que n’Ele confiam. O cristão segue e testemunha a fidelidade a este Jesus que sofreu sem culpa e que suportou os sofrimentos com amor, rejeitando absolutamente o recurso da violência, com total mansidão, porque tão somente o amor gera a vida nova e transforma o mundo: ‘“Ele sofreu (v. 21) sem ter feito mal nenhum (v. 22); maltratado pelos inimigos, não respondeu com agressão e vingança (v. 23); pelo dom da Sua vida, eliminou o pecado que afastava os homens de Deus e uns dos outros (vers. 24); por isso, Ele é o Pastor que conduz e guarda os crentes (v. 25)’.” (1)

Contemplemos a Paixão voluntária de Jesus Cristo, o Servo de Deus, a Ele unidos e configurados, sobretudo vivendo intensamente este Tempo Quaresmal, preparando-nos para celebrar a Sua Gloriosa Ressurreição.

Com coragem e fidelidade sigamos os passos de Jesus Cristo, o Servo de Deus.

Trilhemos o itinerário quaresmal, cientes de que o caminho da glória passa, inevitavelmente, pela cruz. Amém.



Riquezas infinitas do Tríduo Pascal

                                                    


Riquezas infinitas do Tríduo Pascal

O Tríduo Pascal nos envolve completamente, e se vivido intensamente algo muda substancialmente na vida de quem o celebra ativa, consciente, piedosamente, para que seja abundante em frutos de alegria, vida e paz!

Com a Missa do Crisma, agradecemos a Deus a graça da Instituição do Sacerdócio, e somos enriquecidos com a bênção dos Santos Óleos dos Catecúmenos para o Sacramento do Batismo, o Óleo dos Enfermos e a Consagração do Óleo do Santo Crisma para também ser usado nas Ordenações Presbiterais, Episcopais, dedicação de altar e igrejas.

Na noite de quinta-feira, iniciando o Tríduo Pascal, celebrando a Missa da Ceia do Senhor, agradecemos a Deus de infinita bondade, a Instituição da Eucaristia, como memorial da Sua Nova e Eterna presença; recebemos o Mandamento Novo do Amor e aprendemos com Jesus, numa lição de humildade, a nos colocarmos sempre a serviço, quando lavou os pés dos discípulos.

Nessa Missa, a Palavra de Deus nos convida a refletir sobre a Eucaristia, ponto alto e fonte da vida cristã. Eucaristia celebrada no altar para no cotidiano ser vivida.

A Missa não tem fim em si mesma, continua em todo o nosso existir. Somos a presença d’Aquele que recebemos no mundo. Transformamo-nos n’Aquele que recebemos, vivendo o Novo Mandamento que Ele nos deu, criando laços mais humanos, belos e fraternos em atitude de servidores do Reino da Vida.

Em resumo, há um estreito vínculo indissolúvel entre a Eucaristia, a fraternidade universal, o amor e o serviço. Eucarísticos que somos, testemunhas críveis do amor também o seremos quando nossa vida for marcada por compromissos solidários em favor da vida, sobretudo dos mais empobrecidos – “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que Eu fiz...” (Jo 13,15).

Após a Missa, a Igreja fica em Vigília, em intensa adoração, recolhidos diante do Amor visível e tangível no Santíssimo Sacramento, a ser transladado para lugar oportuno.

As portas dos Sacrários ficam abertas e vazias, assim como Ele aniquilou-Se, despojou-Se de tudo para nos enriquecer de todos os bens e de toda graça, nos devolvendo a condição filial perdida, fazendo resplandecer a face sem brilho pelo pecado de nossos primeiros pais.

Quando a tarde de Sexta-Feira anunciar quinze horas, num silêncio profundamente tocante, sensíveis diante do incrível Mistério do Amor de Deus que nos amou até o fim, celebraremos a Paixão e Morte do Senhor.

A Palavra anunciada nos leva a refletir sobre o incrível Amor de Deus, que não sabe fazer outra coisa senão nos amar e nos amar até o fim, dando Sua vida em nosso favor.

Aprenderemos com o Servo Sofredor no que consiste o verdadeiro Amor que se concretiza na obediência filial, fidelidade incondicional e na sinceridade e transparência vivida contra todo abandono, traição, negação, ultraje, humilhação, aniquilamento, desfiguração “... – tão desfigurado Ele estava que nem parecia ser um homem ou ter aspecto humano...” (Is 52,14).

Contemplaremos Seu Coração trespassado: “... mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança e logo saiu Sangue e Água.” (Jo 19,34) – Água e Sangue jorram simbolizando o nascimento e o alimento, o Batismo e a Eucaristia. De onde nascemos jorra também o nosso Alimento. Deus não somente quis nos fazer renascer, mas quis Se fazer e Se dar em Alimento no Seu Corpo e Sangue: a Santa Eucaristia!

A Via Sacra completará nossa configuração com Jesus. Se com Ele vivemos, caminhamos, padecemos as múltiplas faces da Paixão, da dor, do sofrimento, do pranto, do luto, com Ele também Ressuscitaremos.

A Via Sacra, com sua extrema profundidade, nos traz à mente e ao coração os momentos máximos do Amor. Jesus leva-nos inevitavelmente a um clima de intensa oração, ao mergulho nas profundidades da Misericórdia Divina, às lágrimas, ao recolhimento, e silêncio orante.

Cada momento nos leva a pensar e rezar por tantos outros rostos que vivem verdadeiras “vias sacras”, não como algo do passado, mas memória da Verdadeira Paixão e Morte do Senhor.

Sábado Santo! Parece que as horas não passam... Estaremos aguardando a grande Vigília Pascal – a mãe de todas as vigílias, por ser a mais antiquíssima delas.

A grande Vigília tem sua beleza própria: a fogueira, o fogo novo, o Círio pascal, a proclamação da passagem, a nossa Páscoa, a riqueza da Palavra de Deus, a bênção da água e a renovação batismal de todos os fiéis, a Santa Eucaristia.

Que chegue a noite escura tão esperada! O Fogo novo do Círio Pascal, Palavra Proclamada, Água santificada e aspergida, batismo renovado, Eucaristia comungada – Será a Páscoa tão desejada, após um rico e longo Itinerário Quaresmal, e o culminar de um Santo Tríduo Pascal.

Que chegue a noite escura tão esperada!
Pois quando o sol se puser e a luz da lua vier iluminar a noite,  
celebraremos a Verdade que ilumina todas as noites escuras de nossa existência. Pouco a pouco, a alegria da Boa-Nova da Ressurreição
 vai aparecendo em nossos corações,  olhos e lábios, 
porque, de fato, Ele Ressuscitou! 
Então cantaremos o Aleluia!

Em poucas palavras...

                                                    


Maná: prefiguração da Eucaristia

“É com base nesta harmonia dos dois Testamentos (Dei Verbum 14-16) que se articula a catequese Pascal do Senhor (Lc 24,13-49) e, depois, a dos Apóstolos e dos Padres da Igreja.

Esta catequese desvenda o que estava oculto sob a letra do Antigo Testamento: o mistério de Cristo. É chamada «tipológica», porque revela a novidade de Cristo a partir das «figuras» (tipos) que a anunciavam nos fatos, palavras e símbolos da primeira Aliança.

Por esta releitura no Espírito de verdade a partir de Cristo, as figuras são desvendadas (2 Cor 3,14-16).

Assim, o dilúvio e a arca de Noé prefiguravam a salvação pelo Batismo (1 Pd 3,21), tal como a nuvem, a travessia do Mar Vermelho e a água do rochedo eram figura dos dons espirituais de Cristo (1 Cor 10,1-6); e o maná do deserto prefigurava a Eucaristia, «o verdadeiro Pão do céu» (Jo 6, 48).” (1)

 

(1) Catecismo da Igreja Católica - parágrafo n.1094

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