quarta-feira, 9 de abril de 2025

Rezando com os Salmos - Salmo 15 (16)

 


O Senhor é nosso refúgio e nossa herança

“=1 Guardai-me, ó Deus, porque em Vós me refugio!
2 Digo ao Senhor: 'Somente Vós sois meu Senhor:
nenhum bem eu posso achar fora de Vós!'

–3 Deus me inspirou uma admirável afeição
pelos Santos que habitam Sua terra.

–4 Multiplicam, no entanto, suas dores
os que correm para os deuses estrangeiros;
– seus sacrifícios sanguinários não partilho,
nem seus nomes passarão pelos meus lábios.

–5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,
meu destino está seguro em Vossas mãos!
–6 Foi demarcada para mim a melhor terra,
e eu exulto de alegria em minha herança!

–7 Eu bendigo o Senhor, que me aconselha,
e até de noite me adverte o coração.
–8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois se O tenho a meu lado não vacilo.

=9 Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,
e até meu corpo no repouso está tranquilo;

–10 pois não haveis de me deixar entregue à morte,
nem Vosso amigo conhecer a corrupção.

=11 Vós me ensinais Vosso caminho para a vida;
junto a Vós, felicidade sem limites,
delícia eterna e alegria ao Vosso lado!”

 

Rezemos o  Salmo 15(16) renovando nossa confiança e esperança no Senhor, pois tão somente Ele é nosso refúgio, herança e taça.

N’Ele confiando, jamais vacilaremos frente aos desafios que a vida nos apresenta, no testemunho das virtudes divinas que nos iluminam.

Cremos que Deus ressuscitou a Jesus, libertando-O das angústias da morte (At 2,24), e da mesma forma virá ao nosso encontro, para enxugar nossas lágrimas, refazer nossas forças, e nos ajudar na conquista de nossos sonhos e projetos, em todo o tempo, com a ação e presença do Santo Espírito. Amém.

Rezando com os Salmos - Salmo 14 (15)

 


                          “Quem morará em Vossa casa...?” Salmo 14(15)


“–1 'Senhor, quem morará em Vossa casa
e em Vosso Monte santo habitará?'

–2 É aquele que caminha sem pecado
e pratica a justiça fielmente;
– que pensa a verdade no seu íntimo
3 e não solta em calúnias sua língua;

– que em nada prejudica o seu irmão,
nem cobre de insultos seu vizinho;
–4 que não dá valor algum ao homem ímpio,
mas honra os que respeitam o Senhor;


– que sustenta o que jurou, mesmo com dano;
5 não empresta o seu dinheiro com usura,
– nem se deixa subornar contra o inocente.
Jamais vacilará quem vive assim!”

O Salmo nos ilumina e nos conduz, para que, como discípulos missionários do Senhor, peregrinando na esperança, tenhamos atitudes coerentes, em fecundo testemunho da fé, em expressão de caridade concreta. Pois, de fato, a fé opera através da caridade, em renovada esperança contra toda falta de esperança:

- “Pois, em Cristo, nem a circuncisão tem valor, nem a incircuncisão, mas apenas a fé agindo pela caridade.” (cf. Gl 5,6).

Procuremos viver, portanto, de modo digno a vocação que de Deus recebemos, pois nos aproximamos do monte Sião e da Cidade do Deus vivo (cf. Hb 12,22).

Deste modo, assim empenhados, nosso cotidiano será marcado por gestos e compromissos com a verdade e justiça, e seremos instrumentos da fraternidade e da paz, com a esperança de que estejamos contribuindo para a edificação de uma sociedade mais humana, em que a beleza e sacralidade da vida, sejam mais vivas e expressivas. Amém.

Rezando com os salmos - Sl 13 (14)

 

A inabalável confiança do justo em Deus

“–1 Diz o insensato em seu próprio coração:
'Não há Deus! Deus não existe!'
– Corromperam-se em ações abomináveis.
Já não há quem faça o bem!

–2 O Senhor, Ele se inclina lá dos céus
sobre os filhos de Adão,
– para ver se resta um homem de bom senso
que ainda busque a Deus.

–3 Mas todos eles igualmente se perderam,
corrompendo-se uns aos outros;
– não existe mais nenhum que faça o bem,
não existe um sequer.

–4 Será que não percebem os malvados
quanto exploram o meu povo?
– Eles devoram o meu povo como pão,
e não invocam o Senhor.

–5 Mas um dia vão tremer de tanto medo,
porque Deus está com o justo.
–6 Podeis rir da esperança dos humildes,
mas o Senhor é o seu refúgio!
–7 Que venha, venha logo, de Sião
a salvação de Israel!

– Quando o Senhor reconduzir do cativeiro
os deportados de seu povo,
– que júbilo e que festa em Jacó,
que alegria em Israel!”

O Salmo 13(14) nos fala da insensatez dos ímpios e o necessário cultivo de uma espiritualidade profética – “uma denúncia contra a sociedade injusta e opressora, apontando a ausência de Deus nas realizações humanas. Uma sociedade que nega ação de Deus perecerá na certa! Ele age na história, defendendo as vítimas da maldade humana. Não podemos esquecer que Deus está com os justos.”(1)

Para aqueles que buscam a Deus é preciso uma confiança inabalável n’Ele, sempre renovada em nossos corações. A justiça divina sempre se faz presente, e nas situações de pecado, Deus faz resplandecer Sua luz e graça: “Onde se multiplicou o pecado, aí superabundou a graça”(Rm 5,20).

 



(1) Comentário da Bíblia Edição Pastoral

Rezando com os Salmos - Sl 12 (13)

 


Confiança plena e incondicional no Senhor

“-1  Do mestre de canto. Salmo. De Davi.

–2 Até quando, ó Senhor, me esquecereis?
Até quando escondereis a vossa face?

=3 Até quando estará triste a minha alma?
e o coração angustiado cada dia?
Até quando o inimigo se erguerá?

=4 Olhai, Senhor, meu Deus, e respondei-me!
Não deixeis que se me apague a luz dos olhos
e se fechem, pela morte, adormecidos!

=5 Que o inimigo não me diga: 'Eu triunfei!'
Nem exulte o opressor por minha queda,
6 uma vez que confiei no vosso amor!

– Meu coração, por vosso auxílio, rejubile,
e que eu vos cante pelo bem que me fizestes!”

O Salmo 12(13)  é uma lamentação do justo que confia em Deus, vivendo numa situação clamorosa, mas numa confiança inabalável em Deus – “Que o Deus da esperança vos cumule de toda alegria e paz em vossa fé, a fim de que pela ação do Espírito santo a vossa esperança transborde” (cf. Rm 15,13).

Também podemos passar por momentos de turbulências, incertezas, angústias com o iminente apagar da luz dos olhos, do brilho, do encanto e entusiasmo.

Que está livre de contrariedades e provações?

Confiando no Senhor, permaneçamos firmes no bom combate da fé como peregrinos de esperança.

Oportunas as palavras do Apóstolo Paulo que nos convida a confiar na presença e ação divina – “Que o Deus da esperança vos cumule de toda alegria e paz em vossa fé, a fim de que pela ação do Espírito Santo a vossa esperança transborde.” (Rm 15,13). Amém.

De fato, a fé é fonte de justificação, e a esperança da salvação como fonte de paz e fruto do Espírito.

Peregrinemos na esperança, renovando nossa fé no Senhor, fazendo progressos contínuos na vivência da caridade, sem nos descuidarmos do amadurecimento e aperfeiçoamento espiritual cotidiano.

Mantenhamos a fidelidade e perseverança, sem desanimar do caminho do seguimento de Jesus, com os nossos olhos fixos n’Aquele que é o Autor e realizador de nossa fé: Jesus; Aquele que na Cruz viveu o amor que ama até o fim (cf. Hb 12,1-4).

Rezando com os Salmos -Sl 11 (12)

 


 

Uma súplica contra as más línguas

“-1 Do mestre de canto. Para instrumentos de oito cordas. Salmo. De Davi. 

–2 Senhor, salvai-nos! Já não há um homem bom!
Não há mais fidelidade em meio aos homens!
–3 Cada um só diz mentiras a seu próximo,
com língua falsa e coração enganador.

–4 Senhor, calai todas as bocas mentirosas
e a língua dos que falam com soberba,
–5 dos que dizem: ‘Nossa língua é nossa força!
Nossos lábios são por nós! – Quem nos domina?’

–6 ‘Por causa da aflição dos pequeninos,
do clamor dos infelizes e dos pobres,
– agora mesmo me erguerei, diz o Senhor,
e darei a salvação aos que a desejam!’

=7 As palavras do Senhor são verdadeiras,
como a prata totalmente depurada,
sete vezes depurada pelo fogo.

–8 Vós, porém, ó Senhor Deus, nos guardareis
para sempre, nos livrando desta raça!
– Em toda a parte os malvados andam soltos,
porque se exalta entre os homens a baixeza.”

Com o Salmo 11(12) fazemos uma súplica a Deus, para que nos liberte das más línguas, e nos colocamos em Suas mãos com toda a nossa pobreza, pois quando éramos pobres, o Pai enviou o Seu Filho para nos redimir.

Nossa súplica deve ser sempre acompanhada da vigilância, e conscientes de que não estamos imunes a comentários ou difamações.

Urge todo esforço, para que tenhamos uma vida coerente com os princípios de nossa fé, a fim de que estejamos com a consciência serena e coração puro, pois tão somente assim, veremos a Deus, como nos falou o Senhor (cf. Mt 5,8).

A vigilância também deve estar presente em cada um de nós para que não sejamos fonte de possíveis comentários malévolos, prejudicando aqueles e aquelas com quem convivemos, dentro ou fora da comunidade que participamos. Amém.

 

Rezando com os Salmos (10) (Sl 11)

 


Na angústia e tribulação, confiemos sempre no Senhor
 
“ =1 No Senhor encontro abrigo;
 como, então, podeis dizer-me: 
 ‘Voa aos montes, passarinho!
 
 –2 Eis os ímpios de arcos tensos,
 pondo as flechas sobre as cordas,
 – e alvejando em meio à noite
 os de reto coração!
 
 =3 Quando os próprios fundamentos
 do universo se abalaram,
 o que pode ainda o justo?’
 
 –4 Deus está no templo santo,
 e no céu tem o seu trono;
 – volta os olhos para o mundo,
 seu olhar penetra os homens.
 
 –5 Examina o justo e o ímpio,
 e detesta o que ama o mal.
 =6 Sobre os maus fará chover
 fogo, enxofre e vento ardente,
 como parte de seu cálice.
 
 –7 Porque justo é nosso Deus, 
 o Senhor ama a justiça.
 – Quem tem reto coração
 há de ver a sua face.”
 
Rezando o Salmo 10 (11), refletimos sobre as provações por que possamos passar.
 
Na fidelidade a Deus, o fiel é comparado a um pássaro que corre para a montanha em procura de refúgio.
 
O Apóstolo Paulo nos encoraja, com suas palavras e exortação, na Carta aos Filipenses:
 
“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos! Que a vossa moderação se torne conhecida de todos os homens. O Senhor está próximo! Não vos inquieteis com nada; mas apresentai a Deus todas as vossas necessidades pela oração e pela súplica, em ação de graças. Então a paz de Deus, que excede toda a compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos, em Cristo Jesus.” (cf. Fl 4,4-7).
 
A Deus, podemos sempre acorrer, n’Ele depositando toda a nossa confiança, pois Suas palavras são sempre alento e esperança, como nos falou o Senhor Jesus –“Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça porque serão saciados (cf. Mt 5,6). Amém.
 

Rezando com os Salmos 10,2-8 (11,2-8)

 


Serenidade necessária e confiança no Senhor

“–2 Senhor, salvai-nos! Já não há um homem bom!
Não há mais fidelidade em meio aos homens! 
3 Cada um só diz mentiras a seu próximo,
com língua falsa e coração enganador.

4 Senhor, calai todas as bocas mentirosas
e a língua dos que falam com soberba, 
5 dos que dizem: ‘Nossa língua é nossa força!
Nossos lábios são por nós! – Quem nos domina?’

6 ‘Por causa da aflição dos pequeninos,
do clamor dos infelizes e dos pobres, 
– agora mesmo me erguerei, diz o Senhor,
e darei a salvação aos que a desejam!’

=7 As palavras do Senhor são verdadeiras,
como a prata totalmente depurada,
sete vezes depurada pelo fogo.

8 Vós, porém, ó Senhor Deus, nos guardareis
para sempre, nos livrando desta raça! 
– Em toda a parte os malvados andam soltos,
porque se exalta entre os homens a baixeza.”

O Salmo 10,2-8 (11,2-8) é uma oração contra as más línguas, das quais ninguém está imune.

Mas no Senhor temos que colocar toda a nossa confiança e esperança, pois Ele veio, vem e virá sempre em socorro dos que são difamados injustamente.

Ele próprio foi injuriado, difamado e incompreendido e em Seu Sermão assim anunciou:

“Felizes sois, quando vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois foi assim que perseguiram os profetas, que viveram antes de vós.” (Mt 5,11-12).

Como discípulos missionários do Senhor, no Senhor podemos confiar, e manter a necessária serenidade, pois não estamos sós, como nos falou o bispo e Doutor Santo Agostinho (séc. V) – “Porque éramos pobres, o Pai enviou o seu Filho”.

 

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