sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
Divórcio do coração
Mensagem do Papa Francisco para o XXX Dia Mundial do Doente - Síntese (2022)
Mensagem do Papa Francisco para o XXX Dia Mundial do Doente - Síntese
A mensagem do Papa Francisco para o XXX Dia Mundial do Doente (11/02/2022) tem como tema: «Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso» (Lc 6, 36), e o convite para que nos coloquemos ao lado de quem sofre, num caminho da caridade, voltando nossos olhos para Deus que «rico em misericórdia» (Ef 2, 4), que olha sempre para os Seus filhos com amor de Pai, mesmo quando se afastam d’Ele.
A misericórdia é por excelência o nome de Deus, que expressa a Sua natureza não como um sentimento ocasional, mas como força presente em tudo o que Ele faz, e conjuntamente é força e ternura.
A prática da misericórdia nos faz testemunhas da caridade de Deus que, a exemplo de Jesus, misericórdia do Pai, derrama sobre as feridas dos enfermos o óleo da consolação e o vinho da esperança, tocando a carne sofredora do próprio Cristo:
“O convite de Jesus a ser misericordiosos como o Pai adquire um significado particular para os profissionais de saúde. Penso nos médicos, enfermeiros, técnicos de laboratório, auxiliares e cuidadores dos enfermos, bem como nos numerosos voluntários que doam tempo precioso a quem sofre. Queridos profissionais da saúde, o vosso serviço junto dos doentes, realizado com amor e competência, ultrapassa os limites da profissão para se tornar uma missão. As vossas mãos que tocam a carne sofredora de Cristo podem ser sinal das mãos misericordiosas do Pai. Permanecei cientes da grande dignidade da vossa profissão e da responsabilidade que ela acarreta”.
O Papa bendiz ao Senhor pelos progressos que a ciência médica realizou sobretudo nestes últimos tempos; as novas tecnologias que permitiram dispor de vias terapêuticas de grande utilidade para os doentes; a pesquisa que continua a dar a sua valiosa contribuição para derrotar velhas e novas patologias; a medicina de reabilitação que desenvolveu notavelmente os seus conhecimentos e competências.
É fundamental a proximidade na dimensão relacional com o enfermo com a sua escuta e consolo.
Quanto aos lugares para o tratamento dos enfermos, destaca as necessárias “estalagens do bom samaritano” (cf Lc 10,34); instituições sanitárias católicas, sobretudo neste grave contexto de pandemia e cultura do descarte.
Ressalta a importância da pastoral da saúde cada vez mais reconhecida e indispensável, e deste modo, todos somos responsáveis, no exercício do “ministério da consolação”:
“A propósito, gostaria de lembrar que a proximidade aos enfermos e o seu cuidado pastoral não competem apenas a alguns ministros especificamente deputados para o efeito; visitar os enfermos é um convite feito por Cristo a todos os Seus discípulos. Quantos doentes e quantas pessoas idosas há que vivem em casa e esperam por uma visita! O ministério da consolação é tarefa de todo o batizado, recordando-se das palavras de Jesus: «Estive doente e visitastes-me» (Mt 25, 36)”.
Finaliza intercedendo a Maria, Saúde dos Enfermos, confiando todos os doentes e as suas famílias, para que unidos a Cristo, que carrega sobre Si o sofrimento do mundo, possam encontrar sentido, consolação e confiança; reza por todos os profissionais de saúde para que, ricos em misericórdia, ofereçam aos pacientes, juntamente com os tratamentos devidos, a sua proximidade fraterna; e concede-nos a Bênção Apostólica.
Se desejar, confira a mensagem na integra:
https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/sick.html
Oração para depois da Santa Missa (Papa Clemente XI)
Oração para depois da Santa Missa
Oremos:
“Meu Deus, eu creio em Vós, mas fortificai a minha fé;
espero em Vós, mas tornai mais confiante a minha esperança;
eu Vos amo, mas afervorai o meu amor;
arrependo-me de ter pecado, mas aumentai o meu arrependimento.
Eu Vos adoro como primeiro princípio,
eu Vos desejo como fim último;
eu Vos louvo como benfeitor perpétuo,
eu Vos invoco como benévolo defensor.
Que Vossa sabedoria me dirija,
Vossa justiça me contenha,
Vossa clemência me console,
Vosso poder me proteja.
Meu Deus, eu Vos ofereço
meus pensamentos, para que só pense em Vós;
minhas palavras, para que só fale em Vós;
minhas ações, para que sejam do Vosso agrado;
meus sofrimentos, para que sejam por Vosso amor.
Quero o que quiserdes,
porque o que quereis
como o quereis,
e enquanto o quereis.
Senhor, eu Vos peço:
iluminai minha inteligência,
inflamai minha vontade,
purificai meu coração
e santificai minha alma.
Dai-me chorar os pecados passados,
repelir as tentações futuras,
corrigir as más inclinações
e praticar as virtudes do meu estado.
Concedei-me ó Deus de bondade,
ardente amor por Vós e aversão por meus defeitos,
zelo pelo próximo e desapego do mundo.
Que eu me esforce para obedecer aos meus superiores,
auxiliar os que dependem de mim,
dedicar-me aos amigos e perdoar os inimigos.
Que eu vença a sensualidade pela austeridade,
a avareza pela generosidade,
a cólera pela mansidão e a tibieza pelo fervor.
Tornai-me prudente nas decisões,
corajoso nos perigos,
paciente nas adversidades
e humilde na prosperidade.
Fazei, Senhor, que eu seja atento na oração,
sóbrio nos alimentos,
diligente no trabalho
e firme nas resoluções.
Que eu procure possuir
pureza de coração e modéstia de costumes,
um procedimento exemplar e uma vida reta.
Que eu me aplique sempre em vencer a natureza,
colaborar com a graça,
guardar os Mandamentos
e merecer a salvação.
Aprenda de Vós como é pequeno o que é da terra,
como é grande o que é divino,
breve o que é desta vida
e duradouro o que é eterno.
Dai-me preparar-me para a morte,
temer o dia do juízo,
fugir do inferno
e alcançar o paraíso.
Por Cristo Nosso Senhor. Amém”.
Fonte: Após a Missa o Missal Romano nos apresenta a oração atribuída ao Papa São Clemente XI (1649-1721) - Missal Romano – pp.1250-1252
“Maria, discípula e missionária do Senhor”
"Maria, discípula missionária do Senhor"
Maria é a discípula mais perfeita do Senhor, porque
é a máxima realização da existência cristã, em plena relação de amor com a
Santíssima Trindade.
Maria nos ensina, portanto, a viver como “filhos
no Filho”, pela sua fé e obediência à vontade de Deus, e por sua constante
meditação da Palavra e das ações de Jesus, na abertura ao sopro do Espírito
Santo.
Maria é a interlocutora do Pai, em Seu projeto de
enviar Seu Verbo para a salvação da humanidade, e com sua fé chega a ser o
primeiro membro da comunidade dos crentes em Cristo, e também se faz
colaboradora no renascimento espiritual dos discípulos.
Maria é a figura de mulher livre e forte, que emerge do
Evangelho, conscientemente orientada para o verdadeiro seguimento de Cristo,
porque viveu completamente toda a peregrinação da fé como mãe de Cristo,
procurando sintonia plena com o Projeto do Pai.
Maria é a Virgem de Nazaré com uma missão única na
história da salvação, concebendo, educando e acompanhando seu Filho até Seu
sacrifício definitivo, acompanhando passo a passo, com a espada transpassando
sua alma.
Maria é aquela a quem do alto da Cruz, Jesus Cristo
confiou a Seus discípulos, representados por João, o dom da maternidade de
Maria, que brota diretamente da hora pascal de Cristo: “E desse momento
em diante, o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19,27).
Maria alcançou, ao permanecer corajosamente aos pés
da Cruz de Seu Filho, em comunhão profunda, entrar plenamente no Mistério da
Aliança, e com ela, unida à plenitude dos tempos, chega-se
ao cumprimento a esperança dos pobres e o desejo de salvação.
Maria, perseverando junto aos Apóstolos, à espera
do Espírito, cooperou com o nascimento da Igreja missionária,
imprimindo-lhe um selo mariano, que a identifica profundamente.
Maria, como mãe de tantos, fortalece os vínculos
fraternos entre todos, estimula a reconciliação e o perdão e ajuda os
discípulos de Jesus Cristo a viverem como família, a família de Deus.
Maria nos favorece o encontro com o Cristo, com o
Pai e com o Espírito Santo, e, da mesma forma, com os irmãos. E assim, como na
família humana, a Igreja-família é gerada ao redor de uma mãe, que
confere “alma” e ternura à convivência familiar.
Maria, Mãe da Igreja, além de modelo e paradigma da
humanidade, é artífice de comunhão, e um dos eventos fundamentais da Igreja, é
quando o “sim” brotou de Maria. Ela atrai multidões à comunhão com Jesus e Sua
Igreja, como experimentamos nos santuários marianos.
Maria é Virgem e Mãe, assim como a Igreja também é
mãe, de modo que esta visão mariana da Igreja é o melhor remédio para uma
Igreja meramente funcional ou burocrática.
Maria é a grande missionária, continuadora da
missão de seu Filho e formadora de missionários, pois da mesma forma como deu à
luz o Salvador do mundo, trouxe o Evangelho à nossa América.
Maria, no acontecimento em Guadalupe, presidiu,
junto com o humilde João Diego, o Pentecostes que nos abriu aos dons do Espírito,
e a partir desse momento, são incontáveis as comunidades que encontraram nela a
inspiração mais próxima, para aprenderem como ser discípulos e missionários de
Jesus.
Maria tem feito parte do caminhar de cada um de
nossos povos, entrando profundamente no tecido de sua história e acolhendo as
ações mais nobres e significativas de sua gente, o que nos cumula de alegria.
Maria, com seus diversos títulos e santuários
espalhados por todo o Continente, é sinal de sua proximidade com pessoas e suas
realidades, e, ao mesmo tempo, lugar da manifestação da fé e confiança que os
devotos sentem por ela.
Maria brilha diante de nossos olhos como imagem
acabada e fidelíssima do seguimento de Cristo, a seguidora mais radical de
Cristo, de Seu magistério discipular e missionário.
Maria Santíssima, a Virgem pura e sem mancha, é
para nós escola de fé, destinada a nos conduzir e a nos fortalecer no caminho
que conduz ao encontro com o Criador do céu e da terra.
Maria, em sua escola permaneçamos, inspirados em
seus ensinamentos, acolhendo e guardando dentro do coração as luzes que, por
mandato divino, nos envia do alto.
Maria, que “conservava todas estas
recordações e as meditava no coração”,nos ensina o primado da escuta da
Palavra na vida do discípulo missionário.
Maria fala e pensa com a Palavra de Deus; a Palavra
de Deus se faz a sua palavra e sua palavra nasce da Palavra de Deus e, além
disso, assim se revela que seus pensamentos estão em sintonia com os
pensamentos de Deus, que seu querer é um querer junto com Deus.
Maria está intimamente penetrada pela Palavra de
Deus, e por isto se tornou Mãe da Palavra encarnada, e essa familiaridade com o
Mistério de Jesus é facilitada pela reza do Rosário, onde: “o povo
cristão aprende de Maria a contemplar a beleza do rosto de Cristo e a
experimentar a profundidade de Seu amor.”
Maria ajuda a manter vivas as atitudes de atenção,
de serviço, de entrega, solidariedade, gratuidade e fraternidade, que devem
marcar a vida dos discípulos de seu amado Filho.
Maria nos ensina qual pedagogia para que todos na
comunidade cristã,“sintam-se como em casa”, com atenção e acolhida
do outro, especialmente se o outro é pobre ou necessitado.
Maria, presente em nossas comunidades, enriquece
sempre a dimensão materna da Igreja e sua atitude acolhedora, para que ela
seja “casa e escola da comunhão”, um espaço
espiritual que prepara para a missão.
Ave Maria cheia de graça...
Livre adaptação dos parágrafos 266-272 da V Conferência Geral do
Episcopado Latino-Americano e do Caribe - Aparecida.
Vejo-Vos...
Eliminemos a tristeza do coração
Em busca da perfeição espiritual
Se preciso for, que eu chore por não Vos amar o bastante,
Que se intensifique e cresça em minha alma
Que eu alcance este alto grau de caridade e elevação espiritual