quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

“Amor Líquido” (Prefácio)

                                                          


“Amor Líquido” (Prefácio)

A modernidade líquida nos apresenta homens e mulheres desesperados por terem sido abandonados aos seus próprios sentidos e sentimentos facilmente descartáveis, ansiando pela segurança do convívio e pela mão amiga com que possam contar num momento de aflição, desesperados por “relacionar”, segundo Zygmunt Bauman (cf. p.8).

As relações são virtuais: “Ao contrário dos relacionamentos antiquados (para não falar daqueles com ‘compromisso’, muito menos dos compromissos de longo prazo), elas parecem feitas sob medidas par ao líquido cenário da vida moderna, em que se espera e se deseja que as ‘possibilidades românticas’ (e não apenas românticas) surjam e despareçam numa velocidade crescente em volume cada vez maior, aniquilando-se mutuamente e tentando impor aos gritos a promessa de ‘ser mais satisfatória e a mais completa’. Diferentemente dos ‘relacionamentos reais’, é fácil entrar e sair dos ‘relacionamentos virtuais’” (p. 12-13).

Conclui dedicando o livro aos riscos e ansiedades de se viver junto e separado, em nosso líquido mundo moderno.

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