“Amor Líquido”
Uma dos desafios na missão evangelizadora da Igreja é a criação, fortalecimento de laços verdadeiramente fraternos e duradouros, na mais pura expressão do Mandamento do Amor a Deus e ao próximo, como nos falam os Evangelhos.
Neste sentido, ofereço uma síntese, acompanhada da minha reflexão pessoal, do livro “Amor Líquido”, de Zigmunt Bauman (nascido 19/11/1925 e falecido 9/1/2017), que retrata o tema da fluidez da existência contemporânea, assim como a fragilidade dos laços humanos.
Na era da modernidade, vemos num mundo repleto de sinais confusos, que se transformam com rapidez e forma nunca antes vistas.
Segundo Bauman, a modernidade líquida é um mundo sem forma, de incertezas, de medos, de ausência da concepção de progresso e de fragilidade nas relações sociais.
Isto tem influência em todos os sentidos: na nossa capacidade amar o próximo, o parceiro e até a nós mesmos, e é esta colaboração do autor: ajuda-nos a investigar de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais flexíveis, menos duradouras, acompanhadas de inseguranças cada vez maiores.
Há a priorização dos relacionamentos em “redes”, com mais facilidade de serem mantidas, suprimidas ou excluídas (deletadas), com o desaprendizado de relacionamentos duradouros.
Assim, como em tempo de modernidade líquida a produção de lixo produzido pela humanidade é assustadora, devido ao consumismo e a cultura do descarte e da “última novidade”, também determina a forma com que os relacionamentos se dão: o descarte.
Na modernidade líquida, o amor vivido (“amor líquido’) também determina o rumo da própria humanidade, na forma de se ver o estranho, com o crescente medo, quando o autor analisa a realidade da Europa, mas que podemos estender a todo o mundo (como vemos os estrangeiros, refugiados).
PS: Os “posts” abaixo dão início à síntese do livro (prefácio e mais quatro partes)


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