quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

"Amor Líquido" (Introdução)

                                                              


“Amor Líquido”

Uma dos desafios na missão evangelizadora da Igreja é a criação, fortalecimento de laços verdadeiramente fraternos e duradouros, na mais pura expressão do Mandamento do Amor a Deus e ao próximo, como nos falam os Evangelhos.

Neste sentido, ofereço uma síntese, acompanhada da minha reflexão pessoal, do livro “Amor Líquido”, de Zigmunt Bauman (nascido 19/11/1925 e falecido 9/1/2017), que retrata o tema da fluidez da existência contemporânea, assim como a fragilidade dos laços humanos.

Na era da modernidade, vemos num mundo repleto de sinais confusos, que se transformam com rapidez e forma nunca antes vistas.

Segundo Bauman, a modernidade líquida é um mundo sem forma, de incertezas, de medos, de ausência da concepção de progresso e de fragilidade nas relações sociais.

Isto tem influência em todos os sentidos: na nossa capacidade amar o próximo, o parceiro e até a nós mesmos, e é esta colaboração do autor: ajuda-nos a investigar de que forma nossas relações tornam-se cada vez mais flexíveis, menos duradouras, acompanhadas de inseguranças cada vez maiores.

Há a priorização dos relacionamentos em “redes”, com mais facilidade de serem mantidas, suprimidas ou excluídas (deletadas), com o desaprendizado de relacionamentos duradouros.

Assim, como em tempo de modernidade líquida a produção de lixo produzido pela humanidade é assustadora, devido ao consumismo e a cultura do descarte e da “última novidade”, também determina a forma com que os relacionamentos se dão: o descarte.

Na modernidade líquida, o amor vivido (“amor líquido’) também determina o rumo da própria humanidade, na forma de se ver o estranho, com o crescente medo, quando o autor analisa a realidade da Europa, mas que podemos estender a todo o mundo (como vemos os estrangeiros, refugiados).



PS: Os “posts” abaixo dão início à síntese do livro (prefácio e mais quatro partes)

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