terça-feira, 15 de abril de 2025
“Fica conosco, Senhor, suplicamos...”
“Nunc Dimittis”
“Nunc
Dimittis”
A
Igreja reza à noite, todos os dias, a Oração das Completas, e nela está contido
o “Nunc Dimittis” - "agora deixe
partir", rezado por Simeão, homem justo e piedoso, quando da apresentação
do Senhor no Templo (Lc 2,29-32).
Cristo, Luz das nações e glória de Seu povo, é um cântico evangélico que pode também
ser rezado por quantos puderem nas orações da noite, ao terminar um dia de
intensas atividades, preocupações e eventual cansaço, para um bom descanso e um
novo dia bem iniciado:
“–29 Deixai, agora, Vosso servo ir em paz,
conforme prometestes, ó Senhor.
–30 Pois meus olhos viram Vossa salvação
31 que preparastes ante a face das nações:
–32 uma Luz que brilhará para os gentios
e para a glória de Israel, o Vosso povo.”
– Glória ao Pai e ao Filho e ao
Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Antífona: Salvai-nos, Senhor, quando
velamos, guardai-nos também quando dormimos! Nossa mente vigie com o Cristo, nosso
corpo repouse em Sua paz!
Olhos fixos no Senhor
“Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, para que ninguém possa gloriar-se diante dele. É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação”.
Senhor, tende piedade de nós, nós Vos imploramos
Senhor, tende piedade de nós, nós Vos imploramos
Senhor Jesus Cristo, Salvador da humanidade,
A Vós que nos remistes por Vossa Morte e Ressureição,
Trilhando o itinerário quaresmal,
Tempo favorável de conversão e salvação, imploramos:
Vós, que subistes a Jerusalém para sofrer a Paixão, e assim entrar na glória,
fortalecei e conduzi Vossa Igreja à Páscoa da eternidade,
fortalecei nossos vínculos fraternos de comunhão,
E como Igreja sinodal, sempre sigamos Vossos passos.
Vós, que elevado na cruz, deixastes a lança do soldado Vos traspassar,
curai as nossas feridas, que fragilizam nossa comunhão.
E revigorados na participação com diferentes ministérios e serviços,
Vivamos com alegria, zelo, amor e ardor a missão que nos confiastes.
Vós, que transformastes o madeiro da Cruz em árvore da vida,
concedei os frutos dessa árvore aos que renasceram pelo batismo,
A fim de edificarmos uma Igreja essencialmente evangelizadora
Firmados nos pilares da Palavra, Eucaristia, Caridade e Missão.
Vós, que pregado na Cruz, perdoastes o ladrão arrependido,
perdoai-nos também a nós, pecadores,
Para que vivamos relações marcadas pela misericórdia,
Em gestos de acolhida, reconciliação, ternura e perdão. Amém.
PS: Inspirado nas preces das Laudes da terça-feira da Semana Santa
O Senhor é fonte inesgotável de Amor e Perdão
Oremos:
“Ó Deus, que fizestes Vosso Filho padecer o suplício da Cruz para arrancar-nos à escravidão do pecado, concedei aos Vossos servos e servas, a graça da Ressurreição. Por N. S. J. C. Amém!”
Voltai para nós Vosso olhar de amor e perdão
Voltai para nós Vosso olhar de amor e perdão
Na Semana Santa e em todo o tempo, imploremos a Cristo Salvador, que nos remiu por Vossa morte e ressurreição, que Ele tenha piedade de nós e do mundo inteiro.
Oremos:
Senhor Jesus, Vós, que subistes a Jerusalém para sofrer a Paixão, e assim entrar na glória, conduzi Vossa Igreja à Páscoa da eternidade.
Concedei Seus frutos aos que renasceram pelo batismo, Vós que transformastes o madeiro da cruz em árvore da vida plena e eterna.
A Vós que fostes elevado na cruz, deixastes a lança do soldado Vos traspassar, curai as nossas feridas da infidelidade e incredulidade para que creiamos e correspondamos ao vosso indizível amor por nós.
Assim como pregado na cruz, perdoastes o ladrão arrependido, nós Vos suplicamos para que nos perdoeis, também a nós, pecadores, assim como nos perdoamos a quem nos tem ofendido.
Ajudai-nos, para que crendo na Vossa vitória sobre a morte, porque pelo Pai Ressuscitado fostes, como discípulos missionários Vossos, sejamos revigorados nas virtudes divinas que nos impelem: fé, esperança e caridade. Amém.
PS: Fonte - Preces das Laudes da Semana Santa
Semana Santa e Poesia
e então exultaremos de alegria. Amém.
Em poucas palavras...
Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística
“A liturgia eucarística processa-se em conformidade com uma estrutura fundamental, que se tem conservado através dos séculos até aos nossos dias.
Desdobra-se em dois grandes momentos, que formam basicamente uma unidade:
– a reunião, a liturgia da Palavra, com as leituras, a homilia e a oração universal;
– a liturgia eucarística, com a apresentação do Pão e do Vinho, a ação de graças consecratória e a comunhão.
Liturgia da Palavra e liturgia eucarística constituem juntas ‘um só e mesmo ato de culto’. Com efeito, a mesa posta para nós na Eucaristia é, ao mesmo tempo, a da Palavra de Deus e a do Corpo do Senhor”. (1)
(1) Catecismo da Igreja Católica n. 1346
Feridas de amor...
Feridas de
amor...
Um versículo do Evangelho:
“Olharão para
aquele que trespassaram” (Jo 19,37).
A intuição de São Boa Ventura:
“Através da ferida visível vemos a ferida do amor
invisível”.
Uma breve reflexão sobre o versículo:
“Olhar o coração trespassado liberta, ao mesmo
tempo, o olhar para o amor encarnado de Deus, que se manifesta no próprio Jesus” (1)
Um diálogo, contemplando o amor de Deus por nós por
meio do Seu Filho:
Senhor, quem mais poderia nos ter amado assim?
Ainda que nada mereçamos, nos amais
imensuravelmente, porque sois a Divina Fonte de Misericórdia, que nos ama não
pelos méritos que possuímos, ao contrário, porque pecadores e miseráveis o
somos.
Contemplo a ferida aberta, da qual jorrou a Água,
que nos fez renascer pelo Batismo; e o Sangue que Redentor que é, ao mesmo
tempo, a Verdadeira Bebida, oferecida em cada Banquete da Eucaristia.
Além da ferida visível, como que num mergulho,
sinto-me envolvido e submerso no mar de Vossa caridade para com os pobres;
misericórdia para com os pecadores que somos; e amor, porque quisestes ser de
nós o Amigo de todas as horas, incondicionalmente.
Oremos:
Senhor, que não apenas contemplemos esta ferida
visível que nos remete à ferida invisível e crível do Vosso amor por nós, mas
que vivamos o mesmo amor, para com todos aqueles pelos quais Vos tornastes grão
caído por terra, para morrer e gerar eterna e plena vida.
Senhor, que também nosso coração, frágil, pequeno,
por vezes duro, frio e egoísta, também seja ferido, cotidianamente, pela Vossa
Palavra, que esta penetre as entranhas de nossa alma, e nos capacite para
sermos, misericordiosos como o Pai (cf. Lc 6,36), com a força do Vosso
Espírito. Amém.
(1) Cardeal Walter Kasper – Edições Loyola – p.144
Fixemos nosso olhar na Cruz de Nosso Senhor
“Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, para que ninguém possa gloriar-se diante dele. É graças a Ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual Se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação”.
Que incrível troca, oh, Maria!
Maria, Mãe das Dores, depois dela nunca houve igual, e a nós cabe a mesma fidelidade e compromisso com os crucificados da história, em frutuosa devoção a Nossa Senhora das Dores e a Seu Filho, Redentor de todas as dores, que não nos permite sequer sombra de omissão frente aos incontáveis clamores de todos os tempos.
Riquezas infinitas do Tríduo Pascal
Rezando com os Salmos - Salmo 31 (32)
O perdão divino é
fonte de felicidade
“–1 Feliz o homem
que foi perdoado
e cuja falta já foi encoberta!
=2 Feliz o homem a quem o Senhor
não olha mais como sendo culpado,
e em cuja alma não há falsidade!
=3 Enquanto eu silenciei meu pecado,
dentro de mim definhavam meus ossos
e eu gemia por dias inteiros,
–4 porque sentia pesar sobre mim
a vossa mão, ó Senhor, noite e dia;
– e minhas forças estavam fugindo,
tal como a seiva da planta no estio.
–5 Eu confessei, afinal, meu pecado,
e minha falta vos fiz conhecer.
– Disse: 'Eu irei confessar meu pecado!'
E perdoastes, Senhor, minha falta.
–6 Todo fiel pode, assim, invocar-Vos,
durante o tempo da angústia e aflição,
– porque, ainda que irrompam as águas,
não poderão atingi-lo jamais.
–7 Sois para mim proteção e refúgio;
na minha angústia me haveis de salvar,
– e envolvereis a minha alma no gozo
da salvação que me vem só de Vós.
=8 'Vou instruir-te e te dar um conselho;
vou te dar um conselho a seguir,
e sobre ti pousarei os meus olhos:
=9 Não queiras ser semelhante ao cavalo,
ou ao jumento, animais sem razão;
eles precisam de freio e cabresto
– para domar e amansar seus impulsos,
pois de outro modo não chegam a ti'.
=10 Muito sofrer é a parte dos ímpios;
mas quem confia em Deus, o Senhor,
é envolvido por graça e perdão.
=11 Regozijai-vos, ó justos, em Deus,
e no Senhor exultai de alegria!
Corações retos, cantai jubilosos!”
Com o Salmo 31(32) de coração contrito e humilhado elevemos a
Deus nossa súplica de perdão, e alcançados pela misericórdia divina, acolhamos
o perdão que nos renova, refaz nossas forças, alarga os horizontes de um novo
dia, e finalmente nossos pés são firmados.
De fato “Feliz o homem que
foi perdoado!” E Davi declara feliz
o homem a quem Deus credita a justiça independentemente das obras (Rm 4,6):
“O
pecador não encontra a felicidade enquanto não reconhece o próprio erro e entra
num processo de conversão. Mas se o fizer, abre as portas ao perdão divino, que
vem acompanhado de uma alegria profunda.” (1)
Como peregrinos da esperança, é sempre oportuno e necessário, que reconheçamos nossos pecados e os confessemos diante de Deus, sobretudo no Sacramento da Penitência, seja no Tempo da Quaresma, Tempo do Advento, ou em qualquer outro tempo.
(1) Comentário da Bíblia Sagrada - Edições CNBB - pág. 751