segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

Que a indolência e a pusilanimidade deem lugar à vigilância ativa!

                                              

Que a indolência e a pusilanimidade deem lugar à vigilância ativa!

O Tempo do Advento é tempo de conversão, revisão de pensamentos, atitudes e de reprogramar atividades que manifestem a tantos quantos possamos a luz do Verbo em mais um Natal que se anuncia...

Para aprofundarmos este santo propósito, acolhamos a exortação do Diácono Santo Efrém (séc IV):

“... Permanecei vigilantes porque, quando o corpo dorme, é a natureza que nos domina e nossa atividade é então dirigida, não por nossa vontade, mas pelos impulsos da natureza. E quando a alma está dominada por um pesado torpor, como por exemplo, a pusilanimidade ou a tristeza, é o inimigo que a domina e a conduz, mesmo contra a sua vontade. Os impulsos dominam a natureza e o inimigo domina a alma.

Por isso, o Senhor recomendou ao homem a vigilância tanto da alma como do corpo: ao corpo, para que se liberte da sonolência; e à alma, para que se liberte da indolência e pusilanimidade. Assim diz a Escritura: Vigiai justos (1Cor 15,34); e também: Despertei e ainda estou contigo (Sl 138,18); e ainda: Não desanimeis (Jo 16,33). Por isto não desanimamos no exercício do ministério que recebemos (2Cor 4,1)”

Indolência?! Pusilanimidade?! Seja no tempo do Diácono, como em todo tempo, indolente pode ser entendido como aquele que não possui vitalidade, energia para agir ou fazer algo; alguém que não é muito dado ao esforço, ou mesmo insensível, indiferente, e ainda mais, negligente, desleixado, descuidado...

Da mesma forma pusilanimidade entendamos como fraqueza, frouxidão de ânimo, desprovido de vontade, e também podemos dizer que é não ter coragem, às vezes até mesmo entendido como covardia, privado de audácia. 

Diante disto, é preciso que em atitudes renovadas, sobretudo no Advento não sejamos indolentes nem pusilânimes, mas vigilantes na espera d’Aquele que vem nos revigorar as forças para mais um ano de testemunho corajoso da fé, em ardente caridade e assim ver realizar a mais bela e santa esperança que Deus no coração humano cultiva...

Neste Tempo de Advento, o Senhor, veio, vem e virá para aqueles que não se prostrarem em atitudes indolentes e pusilânimes, preparando para Ele a manjedoura preferida, o coração humano, onde Ele quis para sempre habitar, e assim mais íntimo a nós do que nós mesmos, deleitosamente ficar...

É próprio do amor de Deus visitar-nos sempre em agradáveis surpresas. É preciso estar acordados para que possamos inebriar-nos com a vitalidade de Sua presença.

Para que o “Novo de Deus” encontre lugar em nosso coração, 
nada de indolência e pusilanimidade.
É tempo oportuno de vivermos
intensamente a caridade
para que o verdadeiro Natal do Senhor
seja a Festa da Luz e do Amor!

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG