Ela está cansada, de forças exauridas.
Gaia, como é chamada na mitologia grega,
E, mais comumente, Planeta Terra.
É a nossa mãe comum, que suplica agonizante
Por um novo olhar da humanidade;
Uma forma de relacionamento sustentável.
Ela está assaz mutilada, vilipendiada,
Às vezes pela nossa cobiça e materialismo execrável,
Fruto da sede de um consumismo deplorável.
Às vésperas de mais um Natal, é tempo oportuno
De nos distanciarmos dela por um instante,
Como se pudéssemos vê-la do alto, distante...
Veríamos o Globo terráqueo, a Terra Azul,
Manchada pelo vermelho sangue das
Vítimas de fanatismos e fundamentalismos.
Veríamos a Azulada com manchas escuras
Da poluição assustadoramente multiplicada
Em dejetos e resíduos nunca dantes vistos.
Isto se nosso olhar pudesse ultrapassar
As nuvens de fumaça das queimadas,
Dos monóxidos em camadas de ozônio.
É Natal! Homens e mulheres, sejamos todos:
Urbanos ou suburbanos, citadinos ou rurais,
Em palácios ou em casebres morando,
Recuperemos a Terra e sua exuberância edílica;
Missão de todos nós, sem possibilidade de omissão,
Em atitude nova, sincera e corajosa de conversão.
Que neste espaço a nós oferecido,
Reaprendamos com Aquele pelo qual tudo foi criado:
Amor e solidariedade, convivência e tolerância.
É Natal quando se reacende em nós algumas chamas.
Entre elas a esperança de uma nova humanidade,
Que cria laços indestrutíveis de maior fraternidade.
É Natal! É tempo de a vida toda humanar,
Nos canteiros das almas, boas sementes plantar.
Somente assim é que nascerá a verdadeira Paz!
Vivendo sobre esta nebulosa que o Criador nos confiou,
Acolhamos mais uma vez Aquele que veio, vem e virá
Para nos redimir, e um novo mundo construir.
É Natal! Nascimento do Deus Menino. Exultemos!
Que a Terra e o Céu, com todos os homens de boa vontade, e com
Todos os Anjos cantem: “Glória a Deus no mais alto dos céus...” (cf. Lc 2,1-14).
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