sábado, 4 de novembro de 2023

Eucaristia e serviço ao próximo

                                           

Eucaristia e serviço ao próximo

“Porque quem se eleva será humilhado e 
quem se humilha será elevado” (Lc 14, 11)

Na Liturgia do Sábado da 30ª Semana do Tempo Comum, ouvimos a passagem do Evangelho de Lucas (Lc 14,1.7-11), e refletimos sobre os valores fundamentais para a construção do Reino de Deus: humildade, gratuidade e amor desinteressado.

Temos a apresentação dos critérios para uma autêntica participação do Banquete do Reino e não do banquete farisaico; e também em que consiste a lógica divina, que contrapõe a humildade à superioridade, a simplicidade ao orgulho, o serviço à ambição, o ocupar o último lugar ao invés dos primeiros, a solidariedade para com os últimos e não se servir do próximo. 

É bom esclarecer que a competição é necessária, desde que não leve à destruição do outro, mas à busca de maior qualificação para melhor servir. Esta deve ser a marca daqueles que se põem a caminho com o Divino Mestre Jesus. 

Iluminadora a citação do Missal Dominical: “Para todos, em qualquer plano da hierarquia social que se encontrem, escolher o último lugar significa usar o próprio lugar para o serviço dos últimos e não para o domínio sobre eles” (1).

Deste modo, a conversão é um apelo constante em nossa caminhada cristã. Cremos e professamos a fé em Jesus Cristo que, com Sua morte, assumida livremente na Cruz, nos apresentou um Deus cuja Sabedoria é imprevisível e impensável e tão distante da sabedoria humana.

Assim afirma o Missal Dominical: “Jesus seria um entre os muitos mestres de virtude, se não tivesse vivido até o fim Sua Palavra, e se Sua Pessoa, Sua Palavra, Sua vida não fossem a revelação definitiva de Deus (2).

A Cruz é Sua Sabedoria, Seu Livro, Sua Palavra reveladora. A morte de Jesus não é o fim de uma tentativa de instaurar um novo Reino; é o Seu ato de nascimento;... Converter-se à Sabedoria de Deus é ver na Cruz que a verdade do Amor tem na morte o seu teste. Quem entra no Reino começa uma nova sabedoria.”

Reflitamos:

 - Quais são os convidados para os nossos banquetes?
 - Qual a lógica do banquete que celebramos?
 - Pautamos a nossa vida pela humildade, gratuidade e amor desinteressado?
- -  Nossa prática pastoral também é marcada por estes valores?


Notas:
(1) Missal Dominical – p.1223
(2) Idem – pp.1222-1223

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