Síntese da
Mensagem do Papa Francisco para o 60º Dia Mundial De Oração Pelas Vocações (30
de abril de 2023 - IV Domingo de Páscoa)
Vocação:
graça e missão
Para o sexagésimo Dia
Mundial de Oração pelas Vocações, instituído por São Paulo VI em 1964, durante
o Concílio Ecuménico Vaticano II, o Papa Francisco nos apresenta uma mensagem
com o Tema – “Vocação: graça e missão”.
Trata-se de preciosa
ocasião para redescobrir, maravilhados, que a chamada do Senhor é graça, dom
gratuito e, ao mesmo tempo, é empenho de partir, sair para levar o Evangelho.
No decurso da nossa
vida, esta chamada, é inscrita nas fibras do nosso ser e portadora do segredo
da felicidade, e nos alcança pela ação do Espírito Santo, de maneira sempre
nova, ilumina a nossa inteligência, infunde vigor na vontade, enche-nos de
admiração e faz arder o nosso coração, afirma o Papa.
Neste sentido, dá testemunho
pessoal – “Assim aconteceu comigo em 21 de setembro de 1953, quando, a
caminho da festa anual do estudante, senti o impulso de entrar na igreja e me confessar.
Aquele dia mudou a minha vida, dando-lhe uma fisionomia que dura até hoje...”
Afirma que a vocação é
uma “combinação entre a escolha divina e a liberdade humana”, uma relação
dinâmica e estimulante que tem como interlocutores Deus e o coração humano.
Apresenta-nos a vocação
de Santa Teresa do Menino Jesus - «Encontrei finalmente a minha vocação! A
minha vocação é o amor! Sim, encontrei o meu lugar na Igreja (…): no coração da
Igreja, minha Mãe, eu serei o amor».
Toda vocação implica em
missão, afirma o Papa – “Eu sou uma missão nesta terra”, e esta chamada
inclui o envio.
A chamada divina ao amor
é uma experiência que não se pode calar. «Ai de mim, se eu não
evangelizar!»: exclamava São Paulo (1 Cor 9, 16). E a 1ª Carta de João
começa assim: «O que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que
contemplamos e as nossas mãos tocaram relativamente ao Verbo da Vida [feito
carne] (…), isso vos anunciamos (…) para que a nossa alegria seja completa»
(1, 1.3.4).
Há uma missão comum para
todos os cristãos: “...testemunhar com alegria, em cada situação, por
atitudes e palavras, aquilo que experimentamos estando com Jesus e na sua
comunidade, que é a Igreja. E traduz-se em obras de misericórdia materiais e
espirituais, num estilo de vida acolhedor e sereno, capaz de proximidade,
compaixão e ternura, em contracorrente à cultura do descarte e da indiferença.
Fazer-nos próximo como o bom samaritano (cf. Lc 10, 25-37) permite-nos
compreender o «núcleo» da vocação cristã: imitar Jesus Cristo que veio para
servir e não para ser servido (cf. Mc 10, 45).”
Apresenta-nos um ícone
evangélica para a missão que é a experiência dos dois discípulos de Emaús (cf. Lc
24, 32).
Podemos ver neles o que
significa ter «corações ardentes e pés ao caminho».
Deste modo, uma vocação somente
se revela plenamente com a sua própria verdade e riqueza, se vivida na relação
com todas as outras – “Neste sentido, a Igreja é uma sinfonia vocacional,
com todas as vocações unidas e distintas em harmonia e juntas «em saída» para
irradiar no mundo a vida nova do Reino de Deus.”
Finalizando, exorta que
as iniciativas de oração e animação pastoral ligadas a este Dia reforcem a
sensibilidade vocacional nas nossas famílias, nas paróquias, nas comunidades de
vida consagrada, nas associações e nos movimentos eclesiais.
Suplica ao Espírito do Ressuscitado que nos faça sair da apatia e nos dê simpatia e empatia, para vivermos cada dia regenerados como filhos de Deus-Amor (cf. 1 Jo 4, 16) e sermos, por nossa vez, geradores no amor, com a capacidade de levar a vida a todos os lugares, especialmente onde há exclusão e exploração, indigência e morte; e deste modo serão alargados os espaços de amor e Deus reinará cada vez mais neste mundo.
Conclui invocando a presença
e proteção de Maria, e retoma a oração composta por São Paulo VI para o 1º Dia
Mundial das Vocações (11 de abril de 1964):
“Ó Jesus,
divino Pastor das almas, que chamastes os Apóstolos para fazer deles pescadores
de homens, continuai a atrair para Vós almas ardentes e generosas de jovens, a
fim de fazer deles vossos seguidores e vossos ministros; tornai-os
participantes da vossa sede de redenção universal, (…) abri-lhes os horizontes
do mundo inteiro, (…) para que, respondendo à vossa chamada, prolonguem aqui na
terra a vossa missão, edifiquem o vosso Corpo místico, que é a Igreja, e sejam
“sal da terra”, “luz do mundo” (Mt 5, 13)”.
PS: Se
desejar, confira a mensagem na integra:
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