quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Oração do mês missionário 2024

 


Oração do mês missionário 2024

Senhor Deus,
Pai de todos os seres humanos,
faze com que nós cristãos,
ungidos com a força do Espírito Santo,
cooperemos com a tua missão
até os confins do mundo,
testemunhando Jesus
e anunciando o Evangelho do Reino
com urgência, respeito e gentileza.

Abre nossos ouvidos
para acolher o teu mandato: “Ide”!
Abre nossa boca para convidar a todos
para o banquete do teu Filho!
Abre nossos olhos para reconhecer
todas as situações de indiferença,
injustiça e rejeição presentes no mundo!

Ajuda-nos a ser Igreja sinodal em missão,
peregrinos da esperança, construindo pontes
de fraternidade e solidariedade entre os povos.
Maria, Estrela da Evangelização, rogai por nós.
Amém!

 

PS: Pontifícias Obras Missionárias / CNBB

 

Quaresma: a prática da misericórdia nos faz fraternos

                                                        

Quaresma: a prática da misericórdia nos faz fraternos

Reflexão sobre a passagem do Evangelho sobre o julgamento final, ao qual seremos todos submetidos (Mt 25,31-46).

A Palavra proclamada, escutada, acolhida, meditada e vivida, nos propõe e nos inspira a um balanço de nossa vida cristã, na vigilante expectativa da última vinda do Senhor, servindo-O na alegria, fazendo frutificar o amor que vence no dia do juízo final.

Jesus nos fala do juízo final, nos revela  qual será o fim daqueles que se mantiveram ou não vigilantes e preparados para a Sua vinda vitoriosa “... para que Deus seja tudo em todos)” (1Cor 15,28).

Lembremo-nos do contexto da comunidade de Mateus, que é de desinteresse, instalação, acomodação, rotina. É preciso despertá-la para uma atitude vigilante e comprometida na espera do Senhor que vem. Vigilância para o juízo final.

O critério de julgamento será o amor ou a indiferença vivida para com os pobres (famintos, sedentos, doentes, presos, estrangeiros, nus). Somente o amor concreto e a solidariedade ativa nos credenciam para a eternidade. 

Somente o amor na simplicidade e na gratuidade nos eterniza. Quem vive a misericórdia, o amor, a solidariedade ativa não tem motivo para temer o julgamento final (Tg 2,12-13).

Os discípulos têm que amar Cristo e viver como Ele. Deus não quer condenar ninguém. A autoexclusão de Seu amor está em nossas mãos. Não há lugar para egoísmo e indiferença na construção do Reino de Deus, como Jesus nos falou através de diversas Parábolas.

Cabe a nós, como discípulos missionários, edificá-lo na história através do amor concreto, em solidariedade ativa até que Ele venha e instaure o Reino definitivo, na realização da Parusia.

Jesus também reconhece que existe um cristianismo autêntico mesmo fora da Igreja visível, e que aqueles que não O conheceram mediante o Evangelho, nem por isto ficam isentos do Mandamento do Amor, que se estende a toda a humanidade, nem da sua manifestação na solidariedade ativa.

Reflitamos:

- Como vivemos o amor e a solidariedade ativa?

- O que fazemos para que o Reino de Deus deixe de ser uma imagem e seja, de fato, o Reino do amor, da verdade, da graça, da liberdade, da santidade e da vida?

- Fazemos da religião um ópio que nos anestesia, nos entorpece ou ela é, de fato, a expressão e o revigoramento de nosso compromisso com os empobrecidos, na verdadeira adoração a Deus?

Vivendo a Quaresma, mais configurados a Jesus Cristo no Mistério de Sua Paixão e Morte, contemplemos a Cruz de nosso Senhor: O Seu trono.
Contemplemos Sua coroa, a coroa de espinhos dada pelos homens, a Coroa da Glória dada pelo Pai.

Fixemos nosso pensamento e abramos nosso coração ao Seu Novo Mandamento, o Mandamento do Amor.

A Sua Lei seja a nossa Lei: o amor, vivenciado na mais bela página das Bem-Aventuranças. Que ela seja nosso programa de vida para que um dia também participemos do Reino definitivo, quando Ele vier em Sua glória.

Sejamos armados em Seu exército com a arma do amor.

Testemunhando nossa fé,  
damos corpo e conteúdo à caridade no coração inflamada, 
e somos movidos pela fé na Ressurreição.


A solidariedade, a fraternidade, o amor à vida, 
a paixão pelo Reino nos consome, 

e nos sentimos fascinados por Sua Palavra, 
em nosso pregar e viver,
provocando o mesmo fascínio
naqueles que nos ouvem.


PS: Oportuno para reflexão sobre a passagem do Evangelho de Mateus (Mt 25,31-46)

terça-feira, 29 de outubro de 2024

A Igreja é a esposa de Cristo

                                                           


A Igreja é a esposa de Cristo

“O amor é a nossa missão:
a família plenamente viva”

Apresento um parágrafo do Catecismo da Igreja Católica (n. 796) fundamental para a compreensão da Igreja como esposa de Cristo, de modo especial à luz da passagem da Carta de Paulo aos Efésios (Ef 5,21-32):

“A unidade de Cristo e da Igreja, Cabeça e membros do Corpo, implica também a distinção entre ambos, numa relação pessoal. Este aspecto é, muitas vezes, expresso pela imagem do esposo e da esposa.

O tema de Cristo Esposo da Igreja foi preparado pelos profetas e anunciado por João Batista. O próprio Senhor Se designou como ‘o Esposo’.

E o Apóstolo apresenta a Igreja e cada fiel, membro do seu Corpo, como uma esposa ‘desposada’ com Cristo Senhor, para formar com Ele um só Espírito. Ela é a Esposa imaculada do Cordeiro imaculado (Ap 22,17; 1,4.5.27) que Cristo amou, pela qual Se entregou ‘para a santificar’ (Ef 5, 26), que associou a Si por uma aliança eterna, e à qual não cessa de prestar cuidados como ao Seu próprio Corpo (Ef 5,29)”.

Citando o Bispo Santo Agostinho:

‘Eis o Cristo total, Cabeça e Corpo, um só, formado de muitos [...]. Quer seja a Cabeça que fale, quer sejam os membros, é Cristo que fala: fala desempenhando o papel de Cabeça (ex persona capitis), ou, então, desempenhando o papel do Corpo (ex persona corporis).

Conforme ao que está escrito: ‘Serão os dois uma só carne. É esse um grande mistério; digo-o em relação a Cristo e à Igreja’ (Ef 5, 31-32). E o próprio Senhor diz no Evangelho: ‘Já não são dois, mas uma só carne’ (Mt 19, 6). Como vedes, temos, de algum modo, duas pessoas diferentes; no entanto, tornam-se uma só na união esponsal [...] ‘Diz-se ‘Esposo’ enquanto Cabeça e ‘esposa’ enquanto Corpo’”. (1)

É sempre tempo favorável e fecundo para que a Família encontre espaço de oração, para que, de fato, seja um santuário da vida, espaço sagrado de relacionamentos mais fraternos, marcados pela doação, respeito, diálogo, ternura, paciência, mansidão, solidariedade, compreensão e superação para o que o Mandamento do Amor a Deus e ao próximo seja a Lei a ser vivida, para saborosos frutos produzir.

Urge que o amor vivido no espaço sagrado da família a torne plenamente viva; primeira escola de sagrados aprendizados, que nos permitam sonhar e pensar um mundo novo possível.

Deste modo, é preciso dedicar tempo para a família: é a “Hora da Família”, ontem, hoje e sempre, pois “O amor é a nossa missão: a família plenamente viva”.

(1) Citação do Bispo Santo Agostinho – Em. in Psal. 74,4

PS: Oportuno para a reflexão da passagem da Carta de Paulo aos Efésios (Ef 5,21-33)

As parábolas da semente de mostarda e do fermento

                                        

As parábolas da  semente de mostarda e do fermento

Na Liturgia, da Palavra da terça-feira da 30ª semana do Tempo Comum, refletimos sobre duas Parábolas, em que Jesus nos fala do Reino de Deus (Lc 13,18-21): o grão de mostarda e o fermento na massa.

As Parábolas nos ajudam no crescimento espiritual, pois nos questionam, exortam, animam, ensinam, fortalecem a fé e nos levam ao mergulho tão necessário dentro de nós mesmos.

São elas, como injeção de ânimo, de esperança e renovação de compromissos com o Reino de Deus.

Ainda que tão pequenos como o grão de mostarda, aparentemente tão insignificantes, nossas ações aos olhos de Deus não o serão, pois o mesmo que acontece com o grão de mostarda acontece com o bem que fazemos.

O Reino de Deus não acontece pela grandiosidade, celebridade etc.; mas pela ação dos simples dos pequenos, dos pobres, de nossos pequenos esforços e entregas, doação total. Ainda que não mude o mundo na totalidade visibiliza a graça do Reino.

Bem disse São Paulo: Deus escolhe os fracos para confundir os fortes. A Cruz, verdadeiramente é loucura para os gregos e escândalo para os judeus.

Um discípulo missionário não fica medindo o tamanho da ação, tão pouco a recompensa recebida, mas antes, por amor, não economiza no multiplicar dos pequenos grandes gestos de amor. Isto é o que nos ensina a Parábola do grão de mostarda.

Mas tudo isto nos pede um fermento para levedar a massa, para fazer crescer o Reino o fermento indispensável: o amor, certos de que Deus  reina por Seu Amor, e o amor jamais força alguém, mas cativa para a livre adesão.

Trabalhar na construção do Reino de Deus é multiplicar palavras e ações feitas com amor, e por menor que sejam, tornarão grandes aos olhos de Deus.

Esta participação se dá quando cremos na força transformadora do melhor fermento, que somente Deus pode nos oferecer: o fermento do Seu Divino Amor.

Em poucas palavras...

 


A mitra e o esplendor da santidade

Na Ordenação Episcopal, o Bispo sagrante principal impõe a mitra ao Bispo ordenado, dizendo:


“Recebe a mitra e brilhe em ti o esplendor da santidade, para que quando vier o Príncipe dos pastores, mereças receber a imarcescível coroa da glória”
.

 

Enraizados e edificados no Senhor

                                                  


 
Enraizados e edificados no Senhor
 

“Irmãos, assim como aceitastes a Cristo Jesus como Senhor,
assim continuai a guiar-vos por Ele; enraizados n’Ele
e edificados sobre Ele, apoiados na fé que vos foi
ensinada, dando-lhe muitas ações de graças”
(Cl 2,6-7)

 

Senhor Jesus Cristo, Vós sois a raiz e a pedra fundamental do cristianismo (1 Cor 3,11), Vos pedimos, por meio do Vosso Espírito, para que jamais busquemos segurança nas filosofias profanas e mundanas.

Senhor Jesus Cristo, fortalecei nossa fé vem unicamente de Vós, que sois a raiz de tudo o que é humano, base do templo constituído pelos cristãos e em permanente construção, habitação da plenitude da Vossa divindade.

Senhor Jesus Cristo, cremos que tão somente em Vós se encontra tudo o que possamos procurar e desejar, pois sois Aquele de quem vivemos e para quem vivemos, e continuaremos sempre a procurar.

Senhor Jesus Cristo, Vós sois o amor que acende o fogo na terra, aquecei nosso coração e iluminai a nossa fé, desde o memorável acontecimento de Pentecostes.

Senhor Jesus Cristo, por amor a Vos e aos nossos irmãos e irmãs, ajudai-nos para que sejamos fermento de fraternidade, comunhão e participação para toda a humanidade.

Senhor Jesus Cristo, concedei-nos, portanto, a graça de cada vez mais enraizados e edificados sobre Vós, para que possamos produzir frutos de amor, justiça, verdade, bondade e solidariedade. Amém.

 

Fonte de inspiração: Comentário Missal Cotidiano – Editora Paulus – 1995 -  p.1248 – passagem bíblica - Cl 2,6-15


PS: Apropriado para a passagem da Carta de Paulo aos Efésios (Ef 3,14-21)

Uma comunidade verdadeiramente cristã

                                       

Uma comunidade verdadeiramente cristã

Uma reflexão sobre a passagem da Carta de Paulo aos Romanos (Rm 12,5-16a), em que nos apresenta numa “parênese”, ou seja, uma exortação moral para os membros da comunidade que professa a fé no Cristo Ressuscitado.

Nesta, destacam-se alguns pontos a serem testemunhados pela comunidade:

1 – A comunidade forma um Corpo em que todos são membros uns dos outros, com dons diferentes, de acordo com a graça recebida (vv. 5-8);

2 – A autenticidade do amor deve ser a marca da comunidade, expresso na prática do bem, no amor fraterno, com atenções recíprocas  (vv.9-10);

3 – Deve ser uma comunidade zelosa, diligente e fervorosa de espírito, servindo sempre ao Senhor, alegres por causa da esperança, fortes nas tribulações e perseverantes na oração (vv.11-12);

4 – Solidária com os necessitados e praticante da hospitalidade (v.13);
5 – Alegria e compaixão com quem sofre (v.15);

6 – Abertura e entendimento nas relações entre seus membros, fortalecendo os vínculos fraternos (v.16);

7 – Humildade na vivência da fé e simplicidade de vida (v. 16).
Participantes de uma comunidade, podemos refletir sobre como elas vivem, e o mais importante, rever a própria conduta e pertença  à comunidade.

A exortação do Apóstolo não pode ser para os outros, como se não tivéssemos nada a mudar, a converter e a melhorar na vivência da fé.

Roguemos a Deus que estes pontos centrais da exortação se façam presentes na vida da comunidade e de cada um de nós, não importa o título que tenhamos, ou a Pastoral na qual nos encontramos.

É sempre tempo de fazermos progressos maiores ainda, crendo no Ressuscitado e na vida nova que Ele nos concede desde o dia de nosso Batismo

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4º Bispo da Diocese de Guanhães - MG