sexta-feira, 26 de dezembro de 2025
Anunciemos Aquele que foi apresentado! (Sagrada Família - Ano B)
Anunciemos Aquele que foi apresentado!
quinta-feira, 25 de dezembro de 2025
Vendaval de fé, esperança e caridade
Lágrimas que se misturam e se escondem nas gotas da chuva.
Desilusão e desencanto por vezes querem fincar raízes, teimosamente, no mais profundo de nós.
Pesadelo prolongado de uma pandemia que persiste e nos rouba forças, projetos, sonhos e a vida de tantos que amamos e para sempre amaremos.
Arautos mentem e fazem adeptos e fiéis discípulos ao lado e virtualmente.
Lágrimas que se misturam e se escondem nas gotas da chuva.
Dói a alma tantas páginas de histórias desterradas, em migração para sobrevivência e em busca de sonhos e liberdade.
Corrói a alma, os que “moram sem morar” nas ruas e praças, ao relento e frutos de uma sociedade, em números dia a dia em aumento.
Cenário de desmatamento, queimadas, frutos de práticas sem escrúpulos, onde se objetiva apenas o lucro, capital, pois isto tão apenas interessa.
Rios e matas e vales gemem em dores de parto, na espera da reconciliação, a fim de que sejam preservados como obra divina da Criação.
Lágrimas que se misturam e se escondem nas gotas da chuva.
É tempo de secar as lágrimas e deixar que as gotas da chuva venham fecundar nossa fé na Palavra do Senhor, que assim falou à viúva de Naim diante da morte de seu único filho:
“O Senhor ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe: ‘Não chores!’. Depois aproximando-se, tocou o esquife, e os que o carregavam pararam. Disse Ele então: ‘Jovem, Eu te ordeno, levanta-te” (Lc 7,13-14).
É tempo de ouvir o assobio do sopro da fé nos vãos de nossas janelas,
Que aos poucos vai se tornando um vendaval incontrolável de vigorosa fé.
Fé que, ainda pequena, como um grão de mostarda, move montanhas, que em Deus confia e se entrega, em resposta fiel e com o Reino comprometido.
Fé que ilumina os passos para que não tropecemos e nem os pés firamos, se a escuridão, teimosamente, se fizer no caminho.
Fé na promessa divina de que novo céu e nova terra, teremos e veremos, sem choro, dor, pranto, luto e lamento.
É tempo de secar as lágrimas, e deixar as gotas da chuva regar o chão fecundo do coração da humanidade.
É tempo de ouvir o assobio do sopro da esperança nos vãos de nossas janelas,
Que aos poucos vai se tornando um vendaval incontrolável de virtuosa esperança.
Esperança de ver a humanidade fortalecendo laços de fraternidade universal, em luminosa amizade social.
É tempo de secar as lágrimas com os raios do Sol Nascente;
É tempo de ouvir o assobio do sopro da caridade nos vãos de nossas janelas, que aos poucos vai se tornando um vendaval envolvente de caridade, abundante como chuva derramada em nós, porque assim é o amor de Deus.
É tempo incessante de ouvir o Apóstolo que nos diz:
“Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como bronze que soa ou como címbalo que tine. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, nada seria” (1 Cor 13,1-2)
Venha, Senhor, o tão esperado vendaval de fé, esperança e caridade.
Tão somente assim, promotores da beleza e sacralidade da vida, seremos.
Vossa luz faremos, pelas obras, resplandecer, porque assim é a fé que opera através da caridade (Gl 5,6), em renovada esperança contra toda falta de esperança. Amém.
PS: escrito em novembro de 2020
Sejamos alegres mensageiros do Verbo! (Natal do Senhor)
Cristo é a Plenitude da Revelação (Natal do Senhor)
Cristo é a Plenitude da Revelação
Professemos nossa fé à luz da Constituição dogmática Dei Verbum sobre a revelação divina, do Concílio Vaticano II (séc. XX), que nos apresenta Cristo, como a plenitude da Revelação da presença e o amor de Deus por todos nós.
Cremos em Deus, que nos criou e nos conserva pelo Seu Verbo o Universo, e apresenta-Se à humanidade, nas coisas criadas, um contínuo testemunho de Si mesmo; além disso, querendo abrir o caminho da Salvação eterna, manifestou-Se desde o princípio a nossos primeiros pais.
Cremos em Deus, que nunca nos abandona, pois depois que nossos pais caíram, com a promessa da redenção, deu-nos a esperança da Salvação e cuidou sem cessar do gênero humano, acompanhado da prática das boas obras.
Cremos em Deus, que no tempo próprio, chamou Abraão para fazer dele um grande povo; depois dos patriarcas, ensinou esse povo, por meio de Moisés e dos profetas, a conhecê-Lo como único Deus vivo e verdadeiro, Pai providente e Juiz justo, e a esperar o Salvador prometido
Cremos que Deus, preparou o caminho para o Evangelho, e depois de ter falado muitas vezes e de muitos modos por meio dos profetas, nestes dias que são os últimos, Ele nos falou por meio do Seu Filho (cf. Hb 1,1-2).
Cremos em Jesus Cristo, o Verbo feito Carne, homem igual a nós, exceto no pecado, veio para nos comunicar a Palavra (Jo 3,34) e consumar a obra da salvação que o Pai Lhe confiou.
Cremos que Deus nos enviou Seu Filho, o Verbo eterno que nos ilumina, para habitar entre nós e nos dar a conhecer os Seus segredos de vida plena, eterna e feliz.
Cremos que quem O vir, vê também o Pai, por toda a Sua presença e por tudo o que manifesta de Si mesmo, por Suas palavras e obras, Seus sinais e milagres, sobretudo, por Sua morte e gloriosa Ressurreição dentre os mortos, e finalmente, pelo envio do Espírito da Verdade, que aperfeiçoa e completa a Revelação de que Deus está conosco para nos libertar das trevas do pecado e da morte e nos ressuscitar para a vida eterna.
Cremos, portanto, que com Jesus celebramos a Nova e Eterna Aliança, que jamais passará; e já não haverá nova revelação pública a esperar antes da manifestação gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo, que aguardamos vigilantes, perseverantes e orantes. Amém.
(1) Dei Verbum – capítulos 3 e 4
Com o Verbo reaprendamos imprescindíveis verbos! (Natal do Senhor)
Repropor ao mundo os valores do Evangelho
revisitemos a Manjedoura de tão grande Hóspede – Jesus,
o mesmo ontem, hoje e sempre.
Na Manjedoura,
na Cruz,
Natal: Com Jesus, as necessárias mudanças (Natal do Senhor)
Natal: Com Jesus, as necessárias mudanças
“Ele (Jesus), portanto, foi pequeno, foi criança,
para que possais vós,
ser perfeitos adultos;
Ele foi envolvido em
faixas, para que sejais, vós,
libertados das garras da
morte;
Ele, na manjedoura, para
vos por sobre o Altar;
Ele, na terra, para que
estejais vós entre as estrelas;
não havia lugar para Ele
na sala comum,
para que tenhais vós
várias moradas na casa do Pai” (1)
Vigilantes,
esperamos a chegada da noite tão esperada:
Celebrar
o Natal do Senhor - nasceu para nós o
Salvador.
Olhos
fixos nos olhos daquela criança, um Deus Menino,
Com
os anjos, demos glória a Deus, em coro, num alegre hino.
Soem
forte os sinos em todas as capelas e matrizes;
A
luz veio iluminar nossos caminhos tão obscuros,
Pelas
marcas da infidelidade, em pequenos ou grandes atos;
Agora,
com Ele, novas atitudes, novos compromissos, de fato.
Com
Ele renasce, em todo lugar e corações, a esperança ,
Com
o imperativo, para toda a humanidade, de novas mudanças,
Em
que se renovam compromissos com a vida, marca de fraternidade,
Nas
ruas, nas praças, no campo e nas cidades.
Mudanças
de faces e expressões múltiplas anunciadas:
Mudança
de rumos que conduzam a uma nova realidade,
Em
que haja marcas do sorriso, acompanhado de cantos,
Reapaixonamento
pela vida, lágrimas enxugadas de prantos.
Mudança
de assuntos reais ou virtuais, com novas pautas,
Não
mais a promoção de discursos de ódios e divisões,
Superação
de toda forma de rotulações marcadas pelo preconceito,
Que
não edificam pontes, mas apenas erguem indesejáveis muros.
É
Natal, tempo de virar tantas páginas,
Escrever
novas linhas, uma nova história,
Com
mudanças radicais e completas,
Que
deem à vida novos conteúdos e cores.
É
Natal, tempo de tomarmos consciência de que tudo passa,
Consciência
de nossas limitações, fragilidades e finitudes,
Superação
de toda petulância, arrogância, autossuficiência;
Renascimento,
no mais profundo de nós, da necessária ternura.
Natal:
repensar caminhos, novas diretrizes a nos conduzir,
Iluminados
pela Palavra do Verbo que Se fez Carne,
Para
nos ensinar a mais bela e imprescindível lição:
Amor
a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como Ele nos amou.
Amém.
(1).Santo Ambrósio -
séc. IV
É Natal! (Natal do Senhor)
Exultemos de Alegria!







