quinta-feira, 4 de setembro de 2025
Vivamos na luz
Vivamos na luz
Eternos aprendizes do amor divino
O Apóstolo enumera 15 características ou qualidades do verdadeiro amor, sendo sete apresentadas de forma positiva, e as outras de forma negativa.
As perigosas tentações na vida cristã
As perigosas tentações na vida cristã
Na Santa Missa do Crisma, de 06 de abril de 2023, o Papa Francisco, na homilia, refletiu sobre o Ministério Presbiteral, partindo do versículo do Evangelho de Lucas (Lc 4,18) – “O Espírito do Senhor está sobre mim”, anunciado na passagem de Isaías (Is 61,1).
Apresentou três perigosas tentações, que podem se fazer na vida de todo presbítero:
“Três perigosas tentações: a da acomodação, em que a pessoa se contenta com o que pode fazer; a da substituição, em que se tenta «recarregar» o espírito com algo diferente da nossa unção; a do desânimo – a mais comum –, em que, insatisfeitos, se avança por inércia.”
Acomodação, substituição e desânimo. Quem destas tentações está imune, Presbítero ou não?
À luz destas três tentações, uma breve reflexão:
Na vida de comunidade, na vivência da fé, todos podemos cair na tentação da “acomodação”, contentando-nos com o que já sabemos, ou com o que fazemos, sem atenção à Palavra do Senhor, que nos convida a lançar as redes em águas mais profundas (cf. Lc 5,1-11).
Acomodar-se às atividades restritas nos espaços internos da comunidade, ou da própria pastoral, sem maiores compromissos com a realidade social em que se encontra inserido.
Acomodar-se e se tornar indiferente, ou até mesmo surdo, aos clamores que brotam das dores de quem padece a fome, o abandono ou qualquer outra forma que vilipendia a existência.
Acomodar-se numa pastoral de manutenção e conservação, sem abertura ao Espírito, que nos acena para a necessária conversão, para maior proximidade, ternura, compromissos solidários e compaixão.
Acomodar-se numa postura eclesial pouco ou nada sinodal, sem a coragem de se pôr a caminho juntos, e enfrentar as dores possíveis de tantas pedras que se possam encontrar no caminho.
Na vida de comunidade, na vivência da fé, todos podemos cair na tentação da “substituição”, com práticas até mesmo de valor duvidoso, e que pouco ou nada possam reverter em mais vida e dignidade para si e para toda a comunidade.
Substituir o essencial pelo acessório, o eterno pelo passageiro, o verdadeiro esplendor pela luz que se apaga.
Substituições que aparentemente preenchem o tempo, mas mergulham aos poucos num vazio sem sentido, até mesmo irreversível.
Na vida de comunidade, na vivência da fé, todos podemos cair na tentação do “desânimo”, e com ele, a inércia, o imobilismo, a perda do esplendor da graça do batismo; o não mais exalar do odor do amor, no dia da unção do crisma (no Sacramento da Crisma ou da Ordenação), compromisso um dia assumido; a não mais a santificação de si e do mundo; a não busca do aperfeiçoamento espiritual.
Desânimo, apatia, indiferença, vacilações na fé, esmorecimentos da esperança, e esfriamento da caridade, mais que indesejáveis, com consequências danosas e indizíveis.
Todos temos que lutar contra estas tentações, em todo o tempo, reavivando a chama do primeiro amor (2 Tm 1,6), viver a graça da unção (Lc 4,18).
Ouvir em todo o instante o Senhor, que nos olha com olhar terno e cheio de amor e compaixão:“Vem e segue-me” (Mt 19,21).
Em poucas palavras...
O
Mistério do perdão
“A
liturgia bizantina tem várias fórmulas de absolvição, em forma deprecativa, que
exprimem admiravelmente o mistério do perdão:
«Deus, que pelo profeta Natan perdoou a David, quando ele
confessou os seus próprios pecados, a Pedro depois de ele ter chorado amargamente,
à pecadora depois de ela ter derramado lágrimas a seus pés, ao publicano e ao
pródigo, este mesmo Deus vos perdoe, por intermédio de mim pecador, nesta vida
e na outra, e vos faça comparecer, sem vos condenar no seu temível tribunal:
Ele que é bendito pelos séculos dos séculos. Amém»” (1).
1)
Euchológion tò méga (Atenas 1992) p. 222 – citado no parágrafo n. 1481 do
Catecismo da Igreja Católica
A justiça social
Tríplice Mistérios de Jesus Cristo
Tríplice
Mistérios de Jesus Cristo
À
luz dos parágrafos 516-518, reflitamos sobre os três traços comuns dos
Mistérios de Jesus Cristo, nosso Salvador.
O primeiro Mistério
é a Revelação do Pai:
considerando que toda a Sua vida é revelação do Pai por Suas palavras, atos,
silêncios, sofrimentos, modo de falar e de ser.
Ao
Se encarnar no ventre de Maria e habitando entre nós (Jo 1,14), veio para
cumprir plenamente a vontade do Pai (Hb 10,5-7).
Deste
modo, pôde afirmar: “Quem Me vê, vê o Pai”
(Jo 14, 9); e o Pai pôde no-Lo apresentar: “Este
é o meu Filho predileto: escutai-O” (Lc 9, 35), de modo que os pequenos
pormenores de Seus Mistérios manifestam o imenso amor que Deus tem para conosco
(1 Jo 4,9).
O segundo Mistério é
o de Redenção: ela
nos vem pelo Seu Sangue na Cruz (Ef 1,7; 1 Pd 1,18-19), mas revelado por Sua
Encarnação, pela qual, fazendo-Se pobre, nos enriquece com a sua pobreza (2Cor
8,9); na vida oculta que, pela sua obediência, repara a nossa insubmissão Lc
2,51); na palavra que purifica os seus ouvintes (Jo 15,3); nas curas e
expulsões dos demônios, pelas quais “toma
sobre Si as nossas enfermidades e carrega com as nossas doenças” (Mt 8, 17:
Is 53,4); na ressurreição, pela qual nos justifica (Rm 4,25).
O terceiro Mistério
é de Recapitulação: tudo
o que Jesus fez, disse e sofreu tinha por fim restabelecer o homem decaído na
sua vocação originária: “Quando Ele
encarnou e Se fez homem, recapitulou em Si a longa história dos homens e
proporcionou-nos, em síntese, a salvação, de tal forma que aquilo que havíamos
perdido em Adão – isto é, sermos imagem e semelhança de Deus – o recuperássemos
em Cristo Jesus” (Santo Irineu de Lion), e ainda –“Aliás, foi por isso que Cristo passou por todas as idades da vida,
restituindo assim a todos os homens a comunhão com Deus” (idem).
Contemplemos o tríplice Mistério de Jesus: Revelação, Redenção e Recapitulação, e por Ele termos sidos
chamados para a missão evangelizadora, para firmamos os pilares da evangelização
(Palavra, Eucaristia, Caridade e Ação Missionária).
Contemplemos e glorifiquemos o divino Mistério de Jesus, que
cremos e professamos não apenas com nossos lábios, mas com o coração e com toda
a nossa vida. Amém.
O Perdão Divino cura as feridas de nosso pecado
Tendo oportunidade, como nos ensina a Igreja e a fé que professamos, procuremos um Presbítero para uma frutuosa confissão de nossos pecados.
O pecado nos fragiliza, o perdão nos cura e renova.
Reconheçamos, pois, nossa condição pecadora!