sábado, 10 de maio de 2025

Supliquemos, agradeçamos e louvemos a Deus por nossas mães

                                                        




Supliquemos, agradeçamos e louvemos a Deus por nossas mães

Senhor, Vós sois o Caminho que leva ao Pai.
Nós Vos suplicamos por todas as mães, para que trilhando O Caminho que sois, por suas palavras e exemplo, nos ajudem o mesmo caminho trilhar: o caminho do bem, do direito e da justiça, da fraternidade e da solidariedade, para ver despontar sempre um novo e belo horizonte de uma nova humanidade.

Cristo, Vós sois a Verdade que ilumina os povos.
Nós Vos agradecemos por todas as mães, que plantam nos corações de seus filhos, a Semente do Verbo, como jardineiras do Criador, para fazer florescer as mais belas flores, que exalam o mais suave e necessário odor da ternura e do amor, elas que tudo isto possuem e jamais nos deixam faltar.

Senhor, Vós sois a Vida que renova o mundo.
Nós Vos louvamos por todas as mães que combateram o bom combate, terminaram a sua corrida, e guardaram a fé, e hoje estão na glória de Deus (2 Tm 4,7-8), brilhando como o sol no Reino do Pai (Mt 13,43), vivas em nossa memória, a quem somos gratos por tudo que tenham feito, e delas sempre lembramos, de modo especialíssimo,  quando participamos do altar na Santa Celebração Eucarística. Amém.

Minha Mãe não foi...

                                                       

Minha Mãe não foi...

Minha mãe que na Glória está,
Eternizada em minha vida ficará.

Minha mãe não foi poetisa da escrita,
Mas compôs “belas canções” que me embalam em cada gesto,
Me orientam em cada pensamento, porque impressas na alma.
Minha mãe não foi artista,
Mas me ensinou que a vida é uma bela arte,
Que ora tem suas dramaticidades, ora suas glórias.
Minha mãe não foi teóloga de cátedra,
Mas me ensinou que os preceitos de Deus têm que ser conhecidos,
E mais do que isto, em todas as dimensões vividas.
Minha mãe não foi arquiteta,
Mas soube planejar, edificar a família nas estruturas sólidas
Da força da Palavra, da Eucaristia, da oração, da devoção.
Minha Mãe não foi pregadora de púlpito,
Mas me ensinou com sua vida que casamento é sagrado,
que tudo devemos fazer para que a família viva o amor e a fidelidade.
Minha mãe não foi canonista,
mas testemunhou o essencial do matrimônio:
A liberdade, o amor, a fidelidade, a fecundidade, a indissolubilidade.
Minha mãe não foi mestre de obra,
Mas me ensinou que a vida consiste numa permanente edificação,
Tijolo sobre tijolo, com a argamassa do amor, com Cristo em sua fundação.
Minha mãe não foi professora de escola ou faculdade,
Mas me fez um eterno aprendiz das mais belas lições que do Evangelho emanam;
Que minha vida, meus passos, em todo instante, ricamente me acompanham.
Minha mãe não foi cantora em palcos e presbitérios,
Mas ouço a melodia de seus lábios me comunicando ternura,
Pureza de alma, busca do inusitado que Deus incansavelmente nos prepara.

Minha mãe não foi uma pessoa notável em páginas de jornais e revistas,
Mas que me importa? Quem precisa de sucesso, fama e prestígio?
Sempre me ensinou que somente Deus merece toda honra, glória, poder e louvor.
Minha mãe não foi militante em partido político ou sindicatos,
Mas com seu modo de ser e viver me ensinou que a vida é luta, busca, conquista,
Militância, ética, honestidade, o bem comum promovido, essência da política.
Minha mãe não foi sacerdotisa do Altar,
Mas sua vida, com sacrifícios, amargando fome, pobreza, doença,
Me fez partícipe do Cálice Sagrado do Senhor, tão belo e Santíssimo Sacrifício.
Minha mãe não foi na Igreja uma catequista, ou mesmo Ministra,
Mas sua palavra é o grande eco de quem foi a minha primeira e
Insubstituível catequista, que as primeiras sementes do Verbo em mim plantou.
Minha mãe jamais impôs sobre mim sua vontade.
Em silêncio Mariano orante, padre desejava que eu fosse.
E, quando do meu desejo soube, se alegrou, confiou, apoiou.
Minha mãe simplesmente foi mãe.
De que mais precisaria?
De que mais preciso?
Obrigado minha mãe, mulher que santa e pecadora foi,
Que agora brilha como os justos no Reino do Pai.
Mães não morrem jamais.
Minha mãe não foi... Ela foi muito mais!

Ela me fez ver que cada mulher um quê de mãe possui,
Me ensinou que outra mãe temos: Maria.

Ave Maria, cheia de graça...

Mãe e Toalha

                                                             

Mãe e Toalha

Dia das Mães...
Que este dia não seja como tantos outros,
Com motivações tão apenas consumistas:
Presentes materiais por vezes desacompanhados
De conteúdo de amor e carinho, dia a dia vivenciados.

Quero falar das Mães a partir de algo tão comum:
A toalha, a toalha de banho! Sim, é isto mesmo!
Contemplar uma toalha, quanto vem à mente.
Uma toalha, sim, uma toalha tão simplesmente!

Aquela toalha que secou os primeiros banhos...
Talvez agora, por algumas Mães, sem poder usar,
Porque tão subitamente para o alto o filho partiu,
Passou pela porta do céu que cedo se abriu.

A toalha das Mães da Praça de Maio...
Não, não falo das suas, mas de seus filhos
Que hoje as contemplam silenciosamente.
Por onde andam? Que dor tão presente!

As tolhas das crianças de Realengo,
Uma página fria, tenebrosa e cruenta,
Guardá-las como trágica memória
Que se somam a outras na história.

A toalha de que já não mais precisa
Para enxugar o corpo do esposo amado,
Porque muito amou, e amou até o fim,
Antecipou-se nos céus do amor, enfim!

Aquela toalha que pela Mãe da Mãe, bordada,
Joia rara, relíquia para sempre guardada.
Já não borda mais com suas mãos tão hábeis,
Bordadeiras na eternidade não mais tão frágeis.

A toalha que secou o Corpo do Deus Menino.
A toalha que secou o Corpo do Deus Encarnado.
A toalha que secou o Corpo, por nós, doado.
A toalha que secou o Corpo do Filho Amado!

Maria a contemplou também,
Solitária e silenciosamente.
E chorou. Por que não?
Tão humana, tão coração...

Porém, sabe que não mais dela precisa,
Porque sabe onde o Filho Se encontra:
Nas alturas, porque a maldade foi vencida,
Não ficou morto a Fonte de Eternidade!

Toalhas são mais que toalhas...
Elas falam como falam as lágrimas,
Como falam todas as coisas...
Só as escutam, quem muito ama...
Ame, escute...

Mãe: De sol a sol, em todas as estações

                                                              

Mãe: De sol a sol, em todas as estações

Mãe,
Na primavera, estação marcada pelo reflorescimento da flora e da fauna terrestre, você estava presente como uma flor tão bela! Uma flor tão diferente, porque não perde as pétalas, sinônimo de beleza, reveladas na presença das rugas e dos cabelos agrisalhados que, como a neve, os cobriu com o passar dos anos.

Mãe, 
No verão, com as temperaturas elevadas, os dias mais longos que em outras estações, um período geralmente reservado às férias, você  estava presente, com sua doce preocupação, para abrandar o calor; com um abano, um ventilador, oferecia-me água cristalina, e mesmo com parcos recursos, preparava-me um suco. Confesso que mais quente que a temperatura, foi o calor do seu afeto que nunca me deixou faltar.

Mãe,
No outono, com a queda da temperatura, uma estação marcada pelo amarelar e o cair das folhas das árvores, você estava presente, me ensinando que o aparente crepúsculo da vida é necessário para um novo recomeço; que quando não mais parece haver esperança, algo novo se vislumbra no horizonte, de modo especial, no coração daqueles que têm fé, como você tinha presente em seu coração. Eu vi, eu testemunhei.

Mãe,
No inverno, com as noites mais longas que os dias e a incidência de raios solares menores, o frio é nossa companhia. Nesta estação, quando várias espécies de aves migram com o intuito de fugir do frio, você estava presente, para que neu não ficasse a tremer de frio; com o seu calor terno de mãe, aquecia-me, cuidando das blusas, cachecol e do cobertor, para que à noite, tranquilamente, eu pudesse dormir.

Mãe,
Você estava presente em minha vida, estação pós-estação. Ora como o sol que se põe, mas não deixa de existir, porque cede lugar à lua que vem iluminar a noite com seu brilho.

Mãe,
Você, como a lua e o sol, estava sempre comigo, para que os dias e as noites fossem aquecidos e iluminados, e isto somente se tornou possível porque você soube adorar e amar o Sol Nascente que jamais se põe, Jesus, e plantou em meu coração esta fé, levando-me ao mesmo encontro, que marcou para sempre a minha vida.

Mãe,
Lembro-me de você em cada Eucaristia, Oração Maior de quem no Senhor confia e em Sua presença real crê. Foi este um dos seus mais belos ensinamentos.

Mãe,
Agora no céu, você continua comigo, na comunhão dos santos, que também me ensinou, e de modo especial com Maria, aquela a quem me ensinou a amar como a mais bela flor da criação.

Mãe,
De sol a sol, em todas as estações você estava comigo, você está comigo.

E se você tiver a sua mãe ao seu lado, é tempo de saborear sua amável, doce e imprescindível presença. Não espere a próxima estação... 

A Mãe sempre tem...

 


A Mãe sempre tem...

A Mãe sempre tem sementes de esperança a plantar
Na fertilidade do coração dos que nela gerados,
Porque antes, no próprio, fé e caridade enraizadas.
 
A Mãe sempre tem uma palavra a dizer,
Quando o vazio,  a falta de sentido
Se fazem presentes, devorando os sonhos.
 
A Mãe sempre tem uma suave brisa
A envolver o fruto de sua entranha,
Na aridez dos desertos em travessias.
 
A Mãe sempre tem a pureza de um sorriso,
Na compreensão de nossas falhas e fraquezas,
Como que dizendo: “Levante, você consegue...”
 
A Mãe sempre tem também, se preciso for,
Uma palavra cortante, para reorientar percursos e rotas,
Para que não afundemos em situações abissais.
 
Mas a mãe sempre tem e terá direito de ser quem é,
Com suas limitações da humana condição.
Pode se cansar, silenciar, recolher-se, lágrimas verter...
 
Amemo-las, se conosco ainda estiverem;
Compreendamo-las, ainda que por um instante.
Mais que homenagens, presença, afeto, escuta...
 
Se não mais conosco estiverem, na eternidade vivendo,
Dobremos nossos joelhos, mãos aos céus, e supliquemos.
No altar da Eucaristia, jamais delas nos esqueçamos.
 
E com a  Mãe de todas as mães, a Mãe amada Maria,
Vivamos a mais bela lição que com ela aprendemos:
“Fazei tudo o que Ele vos disser” , vida plena e feliz, teremos.
 
“Salve Rainha, Mãe de Misericórdia... Amém.
 
 

 

Mãe e luar

                                                              

Mãe e luar

Quando não vi a Lua nova, pensei em você, Mãe,
Pois ainda que não a veja, 
você está sempre cuidando de mim, 
preocupada com cada detalhe que me diga respeito, 
para que eu tenha o melhor e seja feliz.

Ainda que não a veja, está, com certeza, 
conectada, me acompanhando em pensamento e oração, 
para que nenhum mal me aconteça, onde quer que eu esteja.

Ainda que não a veja, porque muitas vezes 
é capaz de suportar o não ser percebida por mim, 
que progressos em todos os âmbitos eu faça, é o que mais deseja.

Quando vi a Lua “quarto crescente”, contemplei você, Mãe...
Pensei no momento em que fui concebido, 
e que embora ainda não me visse, 
sabia que minha vida já era sagrada, 
e assim haveria de ser, até um dia, no declínio natural.

Pensei que o desejo de toda Mãe, como uma lua crescente, 
é que seus filhos cresçam em tamanho, graça e sabedoria, 
num processo contínuo de amadurecimento.

Pensei em você, Mãe, que aos poucos me ajudou 
a crer na Luz do Sol Nascente, Jesus, 
que aos poucos fui conhecendo, 
e deste conhecimento e encontro, 
eterno e pleno apaixonamento.

Quando vi a lua cheia Lua cheia, também pensei em você, Mãe, e o meu coração bateu mais forte!
Bateu mais forte, porque assim a vejo, Mãe querida, 
Mãe educadora, Mãe reveladora da Luz Divina, 
Luz resplandecente em seu olhar, 
que me dá tanta segurança no caminho, ainda que escuro.

Bateu mais forte, Mãe, 
porque você é iluminada e iluminante, 
aberta à Luz do Santo Espírito, 
que um dia também a Igreja pediu 
para que eu O recebesse 
e também iluminado por Ele o fosse.

Bateu mais forte, porque não somente se preocupa 
em me apresentar a Luminosidade Divina, 
mas também em anunciar a Palavra, 
que é luz para o caminho de tantos que dela precisam 
e a Deus não conhecem.

Por fim, Mãe, vi a última fase da Lua: quarto – minguante, pensei em você e rezei...
Rezei pelas Mães que vão aos poucos as forças perdendo, 
como vela que foi se consumindo, 
mas os filhos, em todo tempo, na fé, conduziram; 
seus passos, nos passos da esperança firmaram, 
e a chama da caridade sempre acesa mantiveram.

Mães que aos poucos foram, silenciosamente, 
lavando suas vestes no Sangue do Cordeiro, 
no martírio silencioso do amor, 
em doação discreta e certa 
de que se o grão de trigo não morrer 
será apenas um grão, 
mas se morrer muitos frutos haverá de produzir.

Mães que assim viveram, 
passando tribulações momentâneas ou prolongadas, 
a cruz com fidelidade carregaram, 
porque, pela Palavra, a vida conduziram, 
e pela Santa Eucaristia, Pão de Eternidade, 
se nutriram, e hoje, na glória dos céus se encontram.

Mãe, impossível olhar a beleza da lua 
e não me lembrar de você, 
não me lembrar da beleza indispensável do Sol, 
o Sol dos sóis, Jesus, 
porque assim como a lua pelo sol é iluminada, 
pelo Sol Nascente também você sempre é. Amém.

Ser Mãe é como ter o céu dentro de si

                                                               

Ser Mãe é como ter o céu dentro de si

Ser Mãe é como ter o céu dentro de si;
ter uma missão que é graça divina,.
esteja ela ao nosso lado,
ou a coroa da glória já alcançada.

Ela tem o poder de não apenas falar de Deus,
mas de ser a Sua própria voz. E uma vez tendo falado,
suas palavras sempre ressoarão em nossa alma,
porque a Palavra fincou raízes no coração.

Mãe...
Tendo dentro de si o céu, nos faz sentir a presença do Senhor sempre conosco,
Em situações favoráveis ou adversas; e a certeza de que Ele não nos abandona.

Mãe...
Tendo dentro de si o céu, ensina-nos a viver a graça do perdão, que recria a vida e a história,
Porque, antes, foi pelo Senhor resgatada e obteve o perdão de todas as suas faltas.

Mãe...
Tendo dentro de si o céu, pelos filhos se consome, sem holofotes e confetes, porque crê no Senhor que deu Sua vida por nós, pecadores que somos, para que, felicidade e eternidade, saboreássemos.

Mãe...
Tendo dentro de si o céu, conhece nossas fraquezas, ainda que dela queiramos ocultar, 
está sempre pronta a nos reerguer e os passos, com fé no Senhor, firmar.

Mãe...
Tendo dentro de si o céu, sabe que os filhos não são seus, porque a Deus pertencem;
São dádivas imerecidas para serem cuidadas, e pelo amor envolvidas.
E sabem que, se a morte de um filho à sua preceder,
Darão passos silenciosos, firmados na promessa e esperança da Ressurreição.

Mãe...
Tendo dentro de si o céu, nos dá coragem quando o medo toma conta de nós.
E quando o perigo vier, sentiremos a presença de Deus, por sua incessante oração.

Mãe...
Tendo dentro de si o céu, ajuda-nos a não desistir jamais, diante das possíveis provações que a vida nos propicia, e a continuarmos a busca da verdadeira alegria.

Mãe...
Tendo dentro de si o céu, inspirada em Maria, a Mãe do Senhor, é incansável em sua missão,
E ama o filho incondicionalmente, para que o melhor de Deus ele possa alcançar.

Mãe...
Tendo dentro de si o céu, revela-nos o amor da Trindade, pois,
por Deus abençoada, pelo Senhor amada, e pelo Espírito iluminada. Amém.

Quem sou eu

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