terça-feira, 6 de maio de 2025
“Ajudai-me, Senhor!
Temos fome do “Pão da Vida”
- Corremos avidamente e decididamente para este encontro?
- Alimentados por Cristo, Pão da Vida, Pão de eternidade, quais os nossos compromissos com aqueles que são privados do pão do cotidiano?
mentalidades e atitudes.
Cantar o que vivemos, viver o que cantamos...
“Vós sereis o Seu maior louvor, se viverdes santamente”, uma afirmação profundamente questionadora! Eis a oportunidade de avaliarmos o conteúdo do que cantamos, e a necessária correspondência em atitudes.
Papa Francisco: sua vida e voz profética ressoarão em nossos corações
Papa
Francisco: sua vida e voz profética ressoarão em nossos corações
Como Vigário de Cristo e Pastor de toda a Igreja, o Papa detém o
ofício universal de ensinar e governar, sempre visando ao e desenvolvimento
espiritual do Povo de Deus.
O cânon 331 do Código de Direito Canônico afirma que o Papa é o sucessor
de Pedro - "O Bispo da Igreja de
Roma, no qual perdura o múnus concedido pelo Senhor singularmente a Pedro,
primeiro dos Apóstolos, para ser transmitido aos sucessores, é a cabeça do
Colégio dos Bispos, Vigário de Cristo e aqui na terra Pastor da Igreja universal.”
E ainda, no mesmo Cânon, sobre o poder do Papa, declara-se – “ele tem poder ordinário supremo, pleno,
imediato e universal, que pode sempre exercer livremente” (CDC – can. 331).
O Papa Francisco nos ajudou a rever os caminhos, para que sejamos uma Igreja cada vez mais sinodal, misericordiosa e missionária.
Ressalto seu testemunho de pobreza, poder traduzido em serviço,
conforme nos ensinou Jesus Cristo nas páginas dos Evangelhos; sua defesa
profética e incondicional aos pobres, e da vida de todas as pessoas, sobretudo das
mais vulneráveis; seu empenho como promotor de uma consciência ecológica no
cuidado com a nossa Casa Comum, expresso em seus escritos, discursos e
Encíclicas; sua atuação como um arauto da paz, com a corajosa denúncia dos
conflitos, chegando a afirmar que vivemos uma “terceira guerra mundial em pedaços.”
Rezemos pelo descanso eterno do nosso querido Papa, que viveu seu Pontificado com zelo, amor e ardor, e elevemos nossas orações para que o Espírito Santo anime, conduza e ilumine a escolha de seu sucessor.
“Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis...”
segunda-feira, 5 de maio de 2025
Fé, provação e vitória
Fé, provação e vitória
“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam,
a convicção de fatos que se não veem.” (Hb 11,1)
Atentos ao chamado de Deus, que olha bem dentro de cada um de nós, como olhou para Pedro (Jo 1,42), prontamente e corajosamente, demos nossa resposta a Ele: viver a fé devidamente nutrida, para que não vacilemos nos momentos da provação própria da condição humana, porque a fé já é a nossa vitória (Hb 11, 1).
Assim foi a História do Povo de Deus no deserto, marcada por um momento do não reconhecimento dos dons do Senhor, fechando-se nos estreitos confins da murmuração e contestação contra Deus.
Ser cristão é possuir um dom maior ainda e indizível, ou seja, a participação no Mistério de Cristo (a salvação), sobretudo a partir do dia do nosso Batismo, quando nos tornamos santuário do Espírito Santo (1 Cor 6, 19)
Como templos do Espírito Santo, somos exortados pelo Apóstolo Paulo a viver a vida nova que nasce no dia do Batismo, em contínua conversão para que o pecado não nos domine, e nem manche nossa veste batismal, abandonando toda imoralidade que nos macule, e glorificando a Deus com nosso corpo, com a nossa vida, conscientes de que fomos resgatados por um preço muito alto, o próprio Sangue do Senhor na Cruz derramado por Amor de Deus, Amor que nos amou até o fim (cf. 1 Cor 6, 20; Jo 13, 1).
A Salvação não prescinde de nossa liberdade e devemos guardar na vigilância, dia após dia, na fé, de tal modo que esta fé deve ser alimentada permanentemente pela Palavra e pela Eucaristia, em momentos multiplicados de Oração, para que prospere no tempo da provação por que possamos passar.
Mais uma vez voltamos ao que disse o Bispo Santo Agostinho: “Deus que nos criou sem nossa participação, não quer nos salvar sem ela”.
Fé revigorada é a certeza de que nossa esperança nos impulsionará a cada dia, para que jamais se apague a chama da caridade que em nós um dia foi acesa (Hb 3,7-14).
A fé deve ser alimentada e prosperar no tempo da provação. O grande risco que corremos, como o Povo de Israel no deserto, é não reconhecer os dons do Senhor, fechando-se nos estreitos confins da murmuração.
Oportuno que rezemos o Salmo 94 – “Não fecheis o vosso coração, mas ouvi a voz do vosso Deus”. Trata-se de um convite ao Povo de Deus ser fiel à Aliança, citando o episódio que é símbolo da infidelidade e revolta contra Moisés em Massa e Meriba (cf. Ex. 17,1-7).
Oremos:
“Ó Deus, com o nascimento do Vosso Filho, alegramo-nos com a aurora do Vosso dia eterno que despontou sobre todas as nações, para que não caminhemos nas trevas do pecado e da morte.
Concedei-nos conhecer a fulgurante glória de Nosso Redentor, O Senhor Jesus, para que por meio d’Ele chegar à luz que jamais se extingue.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.” Amém.
A caridade acima de tudo!
Na verdade, queremos apenas que não se diga “menas”, apenas que se diga menos. Será querer muito? Não! Pois erros tão comuns quanto menos acontecerem, menos estarão fadados a serem dito... Suaremos menos, nos alegraremos mais...
Mas todos os erros esperam a atitude de misericórdia para que não se destrua o erro e o seu sujeito. Assim é o Amor de Deus, não faz pacto com o pecado, mas com a vida do pecador, a fim de que seja reconciliado, redimido...
Santo Estêvão, protomártir do Senhor, “sua arma era a caridade...” (26/12)
Santo Estêvão, protomártir do Senhor, “sua arma era a caridade...”
Sejamos enriquecidos por um dos Sermões de um dos Sermões escrito pelo Bispo São Fulgêncio de Ruspe (Séc. VI):
“Ontem, celebrávamos o nascimento temporal de nosso Rei eterno; hoje celebramos o martírio triunfal do seu soldado.
Ontem o nosso Rei, revestido de nossa carne e saindo da morada de um seio virginal, dignou-Se visitar o mundo; hoje o soldado, deixando a tenda de seu corpo, parte vitorioso para o céu.
O nosso Rei, o Altíssimo, veio por nós na humildade, mas não pôde vir de mãos vazias. Trouxe para Seus soldados um grande dom, que não apenas os enriqueceu imensamente, mas deu-lhes uma força invencível no combate: trouxe o dom da caridade que leva os homens à comunhão com Deus.
Ao repartir tão liberalmente o que trouxera, nem por isso ficou mais pobre: enriquecendo do modo admirável a pobreza dos Seus fiéis, Ele conservou a plenitude dos Seus tesouros inesgotáveis.
Assim, a caridade que fez Cristo descer do céu à terra, elevou Estêvão da terra ao céu. A caridade de que o Rei dera o exemplo logo refulgiu no soldado.
Estêvão, para alcançar a coroa que seu nome significa, tinha por arma a caridade e com ela vencia em toda parte. Por amor a Deus não recuou perante a hostilidade dos judeus, por amor ao próximo intercedeu por aqueles que o apedrejavam.
Por esta caridade, repreendia os que estavam no erro para que se emendassem, por caridade orava pelos que o apedrejavam para que não fossem punidos.
Fortificado pela caridade, venceu Saulo, enfurecido e cruel, e mereceu ter como companheiro no céu aquele que tivera como perseguidor na terra. Sua santa e incansável caridade queria conquistar pela Oração, a quem não pudera converter pelas admoestações.
E agora Paulo se alegra com Estêvão, com Estêvão frui da glória de Cristo, com Estêvão exulta, com Estêvão reina. Aonde Estêvão chegou primeiro, martirizado pelas pedras de Paulo, chegou depois Paulo, ajudado pelas Orações de Estevão.
É esta a verdadeira vida, meus irmãos, em que Paulo não se envergonha mais da morte de Estêvão, mas Estevão se alegra pela companhia de Paulo, porque em ambos triunfa a caridade. Em Estêvão, a caridade venceu a crueldade dos perseguidores, em Paulo, cobriu uma multidão de pecados; em ambos, a caridade mereceu a posse do Reino dos céus.
A caridade é a fonte e origem de todos os bens, é a mais poderosa defesa, o caminho que conduz ao céu. Quem caminha na caridade não pode errar nem temer. Ela dirige, protege, leva a bom termo.
Portanto, meus irmãos, já que o Cristo nos deu a escada da caridade pela qual todo cristão pode subir ao céu, conservai fielmente a caridade verdadeira, exercitai-a uns para com os outros e, subindo por ela, progredi sempre mais no caminho da perfeição.”
Reflitamos sobre o martírio do diácono Santo Estêvão, a quem a Sagrada Escritura chama de "homem cheio de fé e do Espírito Santo".
Os Santos Padres tecem grandes elogios a Santo Estêvão, pondo em relevo suas virtudes: pureza, zelo apostólico, firmeza e constância, grande amor ao próximo, verdadeiramente heroico, rezar pelos próprios assassinos.
Chamado de protomártir por ter sido o primeiro a derramar seu sangue em testemunho da fé em Jesus Cristo.
Seu nome em grego significa "coroa", e evoca a ideia de martírio, porque nos séculos a seguir a coroa foi símbolo do martírio. Sua paixão é de fundamental importância por não ter nada de fabuloso ou lendário.
Sua Oração com certeza mereceu a conversão de São Paulo, pois, como disse Santo Agostinho, "Se Estêvão não tivesse rezado, a Igreja não teria o grande São Paulo!".
Somos convidados a aprender com os Santos e mártires, que deram corajoso testemunho da fé. Santo Estêvão é, por tudo que se disse, um exemplo para que cresçamos em maior fidelidade ao Senhor.
Talvez não tenhamos que viver semelhante martírio, mas cada um em sua própria história pode também desenvolver virtudes tão invejáveis e desejáveis.
Sejamos como Estêvão, homens e mulheres cheios de fé e do Espírito Santo no testemunho do Ressuscitado, em incondicional amor ao Pai.
Santo Estêvão, um exemplo para o nosso discipulado.
O mundo e a Igreja precisam de “Estêvãos”.
PS: No dia 26 de dezembro, proclama-se Atos dos Apóstolos (At 6,8-10;7,54-59), e na segunda-feira da terceira semana da Páscoa (At 6,8-15)







