quinta-feira, 11 de julho de 2024

“Amor exige amor. E amor fiel”(10/07)

                                                     

“Amor exige amor. E amor fiel”

No comentário do Lecionário Comentado, sobre a primeira Leitura da Missa (quinta-feira da 14ª semana do Tempo Comum - ano par) - (Os 11,1-4-8.c-9), assim lemos:

“Há quem diga que, de calcar a mão sobre a bondade e misericórdia de Deus, corre-se o risco de debilitar a mensagem cristã e tornar vazia a própria vida cristã, a tal ponto é sempre possível o perdão...

Mas nossa própria experiência humana nos diz que não pode ser assim. Um perdão forte, generoso, que procura redimir, muitas vezes vence a ofensa; trará o filho ao pai, o esposo à esposa. Ainda, porém, que nunca se dê isso entre os homens (o que não é verdade), dá-se entre Deus e nós. Amor exige amor. E amor fiel.” (1)

A passagem do Livro de Oseias acima mencionada é uma das mais belas de todo o Antigo Testamento, na qual mediante uma linguagem humana cheia de experiência da intimidade familiar, Deus Se apresenta com o Coração de Pai e Mãe. Já havia Se apresentado com a imagem esponsal, e agora como Pai.

Quanto nos impressiona o Amor de Deus que é diferente do amor humano, pois o Seu ardor é totalmente consumado na misericórdia irrevogável e eterna.

Contemplamos uma das mais ternas imagens para descrever o Amor de Deus por nós, o carinho e cuidado materno e paterno que tem para conosco, Seus filhos.

De santidade infinita, o Senhor Deus é o “totalmente outro” do homem e da mulher, e assim Sua fidelidade é eterna, e Seu amor e perdão são sempre possíveis.

Deus sendo totalmente outro, é o mais belo e puro e eterno Amor, que acolhe, acompanha, perdoa, renova, recria, reconduz... Deus exige tão apenas amor, porque de fato, amor exige amor, e não amor qualquer, mas um amor fiel.

Assim é o amor de Deus, o mesmo amor a ser vivido e testemunhado pelos seus discípulos na missão na construção do Reino:

Todos os tons e vocábulos do amor (esponsal, amigável, paterno/materno) são utilizados pelo Profeta (Oseias) para exprimir o que é inexprimível, isto é, a ternura infinita do Deus enamorado loucamente do homem [...] o amor é contagioso e pede amor: e eis que o nosso programa de vida, necessariamente missionário, porque quem recebe deve dar – tem por modelo Jesus e Seu Ministério (Evangelho do dia Mt 10,7-15).” (2)

Continuemos a reflexão sobre a ternura infinita do Deus enamorado loucamente do homem, como Oseias tão bem nos apresenta...


(1) Missal Cotidiano -Editora Paulus - pp. 1005
(2) 
Lecionário Comentado - Volume I - Tempo Comum - Editora Paulus - Lisboa - pp. 693-694

Com amor Eterno, Deus nos ama (10/07)

                                                    

Com amor Eterno, Deus nos ama


"Eu os atraía com laços de humanidade, com laços de amor; era para eles como quem leva uma criança ao colo, e rebaixava-me a dar-lhes de comer. Meu coração comove-se no íntimo e arde de compaixão" (Os 11,4.8).

Na quinta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum (ano par), ouvimos a passagens do Livro do Profeta Oseias (Os 11,1-4-8.c-9).

Trata-se de  uma das mais belas passagens de todo o Antigo Testamento, na qual mediante uma linguagem humana cheia de experiência da intimidade familiar, Deus Se apresenta com o Coração de Pai e Mãe. Já havia Se apresentado com a imagem esponsal, e agora como Pai.

Quanto nos impressiona o Amor de Deus que é diferente do amor humano, pois o Seu amor é totalmente consumado na misericórdia irrevogável e eterna.

Contemplamos uma das mais ternas imagens para descrever o Amor de Deus por nós, o carinho e cuidado materno e paterno que tem para conosco, Seus filhos.

De santidade infinita, o Senhor Deus é o “totalmente outro” do homem e da mulher, e assim Sua fidelidade é eterna, e Seu amor e perdão são sempre possíveis.

Deus sendo totalmente Outro, é o mais belo e puro e eterno Amor, que acolhe, acompanha, perdoa, renova, recria, reconduz... Deus exige tão apenas amor, porque de fato, amor exige amor, e não amor qualquer, mas um amor fiel.

Vejamos o que nos diz o Lecionário Comentado sobre esta passagem:

“Há quem diga que, de calcar a mão sobre a bondade e misericórdia de Deus, corre-se o risco de debilitar a mensagem cristã e tornar vazia a própria vida cristã, a tal ponto é sempre possível o perdão...

Mas nossa própria experiência humana nos diz que não pode ser assim. Um perdão forte, generoso, que procura redimir, muitas vezes vence a ofensa; trará o filho ao pai, o esposo à esposa. Ainda, porém, que nunca se dê isso entre os homens (o que não é verdade), dá-se entre Deus e nós. Amor exige amor. E amor fiel.” (1)

Ainda mais sobre o amor de Deus:

Todos os tons e vocábulos do amor (esponsal, amigável, paterno/materno) são utilizados pelo Profeta (Oseias) para exprimir o que é inexprimível, isto é, a ternura infinita do Deus enamorado loucamente do homem [...] o amor é contagioso e pede amor: e eis que o nosso programa de vida, necessariamente missionário, porque quem recebe deve dar – tem por modelo Jesus e Seu Ministério (Evangelho do dia Mt 10,7-15).” (2)

Contemplemos a ternura infinita do Deus, enamorado loucamente do homem e da mulher, como Oseias tão bem nos apresenta.


(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus -  pp.693-694.
(2) Idem

Da ignominiosa idolatria à prelibação da alegria do Amor de Deus! (10/07)

                                                       

Da ignominiosa idolatria à prelibação da alegria do Amor de Deus!

“Oseias, Profeta do amor, canta a fidelidade do Amor de Deus
para com a humanidade e Sua capacidade de perdão”.

Na Liturgia da Quinta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum (ano Par), nos apresenta a passagem do Livro do Profeta Oseias (Os 11,1-9), na qual contemplamos a face misericordiosa de Deus, Sua fidelidade irrevogável que se manifesta no perdão, no convite a conversão.

É sempre imperativo para o profetismo a ser vivido, voltar-se para Deus em absoluta relação de amor com Ele, aprofundando nossa fidelidade aos Seus preceitos, em relacionamentos de gratuidade para com Ele e com nosso próximo. 

A confiança incondicional na Sua presença deve ser sempre acompanhada de frutuosa prática da justiça para que o culto seja a Ele agradável, de modo que, o suor e o sangue, se necessário no chão derramados reguem sementes de um novo amanhecer, tão somente assim o incenso que se sobe no culto, será por Ele aceito.

Profecia é sinal de sangue e suor derramados, incenso ao Deus Vivo e Verdadeiro elevado!

Assim diz o Missal Cotidiano:

“Quando Israel era criança, Eu já o amava, e desde o Egito chamei meu filho... Ensinei Efraim a dar os primeiros passos, tomei-o em meus braços, mas eles não reconheceram que Eu cuidava deles.

Eu os atraía com laços de humanidade, com laços de Amor; era para eles como quem leva uma criança ao colo; e rebaixava-me a dar-lhes de comer. Meu coração comove-se no íntimo e arde de compaixão...”

O Profeta nos convida a refletir, a tomar consciência e abandonar o ignominioso serviço às divindades inexistentes, materializada na adoração muito presente entre nós como nos diz com toda profundidade o Missal Cotidiano (pág. 996):

“Hoje gritariam os Profetas contra muitas divindades a quem os cristãos queimam incenso de sua devoção, pretendendo ao mesmo tempo continuar cristãos: a divindade do dinheiro, do sexo, do comodismo e dos bens de consumo, a divindade do carro, da televisão, do estrelismo em todas as formas, esportes, cinema, moda...

‘Afinal de contas, que mal há nisso?’ pergunta-se. O cristão, porém, não deve caminhar levianamente; deve examinar-se, para ver se e em que medida alguma dessas divindades o impede de ter verdadeiro relacionamento com Deus”.

Somente a fidelidade a Deus e Seu Projeto conduzirá a humanidade à verdadeira felicidade, na construção de relacionamentos fundados na prática da justiça, externados em gestos solidários que levem à edificação da fraternidade universal. 

Eclipsá-lo, mesmo afirmar Sua morte, têm sido motivos para o caos em que muitas vezes nos encontramos mergulhados, sem perspectivas utópicas, sem horizontes promissores...

A reflexão do Livro do Profeta Oseias nos leva a tomar uma atitude: ceder ao ignominioso serviço idolátrico voltando-nos contra nós mesmos ou viver na fidelidade e adoração verdadeira do retorno para Deus em absoluta fidelidade a Sua Lei, que se resume no amor a Ele e ao próximo, prelibando a alegria da conversão, do perdão obtido em alegre e verdadeiro louvor a Ele também oferecido.

A idolatria, a infidelidade e a ingratidão para com Deus levam-nos, inevitavelmente, a uma ignominiosa realidade. Indubitavelmente a adoração e o culto a Deus, expressos no amor e no serviço ao próximo, levar-nos-á a prelibação da alegria no mais fundo de nosso coração, onde Ele fez Sua morada.

Ah, o Amor de Deus, como compreendê-lo?
Impossível para nossos critérios e conceitos.
Amor de Deus, mais que compreendido,
Precisa ser correspondido e vivido,
eis o caminho a percorrer e melhor viver!

Nada prefiramos ao amor de Deus (11/07)

Nada prefiramos ao amor de Deus

No dia 11 de julho, celebramos a Memória de São Bento, e a Liturgia das Horas nos apresenta um de seus textos da Regra de São Bento (Séc. VI), que nos exorta a nada absolutamente preferir a Cristo.

“Antes de tudo, quando quiseres realizar algo de bom, pede a Deus com oração muito insistente que seja plenamente realizado por Ele. Pois já tendo Se dignado contar-nos entre o número de Seus filhos, que Ele nunca venha a entristecer-Se por causa de nossas más ações.

Assim, devemos em todo tempo pôr a Seu serviço os bens que nos concedeu, para não acontecer que, como Pai irado, venha a deserdar Seus filhos; ou também, qual Senhor temível, irritado com os nossos pecados nos entregue ao castigo eterno, como péssimos servos que O não quiseram seguir para a glória.

Levantemo-nos, enfim, pois a Escritura nos desperta dizendo: Já é hora de levantarmos do sono (cf. Rm 13,11). Com os olhos abertos para a luz deífica e os ouvidos atentos, ouçamos a exortação que a voz divina nos dirige todos os dias: Oxalá, ouvísseis hoje a Sua voz: não fecheis os corações (Sl 94,8); e ainda: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas (Ap 2,7).  E o que diz Ele? Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor (Sl 33,12). Correi, enquanto tendes a luz da vida, para que as trevas não vos alcancem (cf. Jo 12,35).

Procurando o Senhor o Seu operário na multidão do povo ao qual dirige estas palavras, diz ainda: Qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias? (Sl 33,13). E se tu, ao ouvires este convite, responderes: Eu, dir-te-á Deus: Se queres possuir a verdadeira e perpétua vida, afasta a tua língua da maldade, e teus lábios, de palavras mentirosas. Evita o mal e faze o bem, procura a paz e vai com ela em seu caminho (Sl 33,14-15).

E quando fizeres isto, então meus olhos estarão sobre ti e meus ouvidos atentos às tuas preces; e antes mesmo que me invoques, Eu te direi: Eis-me aqui (Is 58,9). Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor que nos convida? Vede como o Senhor, na Sua bondade, nos mostra o caminho da vida!

Cingidos, pois, os nossos rins com a fé e a prática das boas ações, guiados pelo Evangelho, trilhemos os seus caminhos, a fim de merecermos ver Aquele que nos chama a Seu Reino (cf. 1Ts 2,12). Se queremos habitar na tenda real do acampamento desse Reino, é preciso correr pelo caminho das boas ações; de outra forma, nunca  chegaremos lá.

Assim como há um zelo mau de amargura, que afasta de Deus e conduz ao inferno, assim também há um zelo bom, que separa dos vícios e conduz a Deus. É este zelo que os monges devem pôr em prática com amor ferventíssimo, isto é, antecipem-se uns aos outros em atenções recíprocas (cf. Rm 12,10).

Tolerem pacientissimamente as suas fraquezas, físicas ou morais; rivalizem em prestar mútua obediência; ninguém procure o que julga útil para si, mas, sobretudo o que o é para o outro; ponham em ação castamente a caridade fraterna; temam a Deus com amor; amem o seu abade com sincera e humilde caridade; nada absolutamente prefiram a Cristo; e que Ele nos conduza todos juntos para a vida eterna”.

Além de nos exortar a nada absolutamente preferir a Cristo, o Abade nos enriquece, na vivência de nossa fé, com outros ensinamentos, que, como discípulos missionários do Senhor, podemos retomar:

- “Antes de tudo, quando quiseres realizar algo de bom, pede a Deus com oração muito insistente que seja plenamente realizado por Ele”;

- “...devemos em todo tempo pôr a Seu serviço os bens que nos concedeu, para não acontecer que, como Pai irado, venha a deserdar Seus filhos”;

“Cingidos, pois, os nossos rins com a fé e a prática das boas ações, guiados pelo Evangelho, trilhemos os seus caminhos, a fim de merecermos ver Aquele que nos chama a Seu Reino (cf. 1Ts 2,12)”;

- “Assim como há um zelo mau de amargura, que afasta de Deus e conduz ao inferno, assim também há um zelo bom, que separa dos vícios e conduz a Deus”;

- “...antecipem-se uns aos outros em atenções recíprocas (cf. Rm 12,10)”;

- “...ninguém procure o que julga útil para si, mas sobretudo o que o é para o outro”.

Oremos:

“Ó Deus, que fizestes o Abade São Bento preclaro mestre na escola do Vosso serviço, concedei que, nada preferindo ao Vosso amor, corramos de coração dilatado no caminho dos Vossos mandamentos. Por N.S.J.C. Amém.”

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Servo por amor (10/07)

                                                         

Servo por amor

“Entretanto, não vos aflijais, nem vos atormenteis, por me terdes vendido a este país. Porque foi para a vossa salvação que Deus me mandou adiante de vós, para o Egito”.

José, que ama e perdoa seus irmãos,
Uma história que nos comove e nos ilumina.
José, imagem tão emblemática do Povo de Deus,
Porque representa todo aquele
Que mesmo repelido, maltratado, exilado,
Nas mãos Deus se coloca e confia.

José, que ama e perdoa seus irmãos,
Ele, o preferido do pai, dos irmãos vítima.
Por eles atraiçoado e por eles vendido,
Mais tarde instrumento de salvação dos mesmos,
Em atitude exemplar e admirável,
Cumprindo a missão de servo por amor.

José, prefigura o próprio Cristo,
O único Inocente de fato,
Que pecado algum conheceu.
O Filho amado, pelos Seus traídos,
À morte conduzido pelos próprios irmãos,
E deles Se tornando fonte de Salvação.

José, o servo de Deus por amor.
Jesus, o Verbo de Deus, Encarnação do Amor.
Aprendizes destes, sejamos, em todo o tempo,
Aprendendo a contemplar a misericórdia de Deus
Nas vicissitudes da História,
Com confiança n’Aquele que nos concede todo o bem. Amém.



Fonte: Gn 44,18-21.23b-29;45,1-5
Lecionário Comentado – Tempo Comum – vol. I – Editora Paulus – pp.690-691

Enviados para testemunhar a Palavra da Salvação (09/07)

                                                  

Enviados para testemunhar a Palavra da Salvação

“A Palavra da Salvação
coloca-nos a caminho...”

Na passagem do Evangelho (Mt 10,1-7), proclamada na quarta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum, Jesus escolhe e envia os doze Apóstolos em missão. 

Bem sabemos que "doze" representa a “totalidade” da população (doze Patriarcas, doze tribos, etc.).

A eles Jesus confere a Sua autoridade, com o poder de expulsar demônios, curar enfermidades e pregar a Boa Notícia da chegada do Reino, como Apóstolos (enviados).

Jesus os envia com sua realidade existencial concreta, marcada por ímpetos de heroísmos, intuições, interrogações sinceras, renegações, fugas e, por fim, a traição.

São Enviados para comunicar a Palavra da Salvação, que tantas vezes aclamamos, quando ao terminar a proclamação do Evangelho, dizemos: –“Glória a Vós Senhor!”.

A Palavra da Salvação ouvida, acolhida, acreditada, precisa ser vivida, testemunhada e, assim, com ela, sermos sinais e instrumentos do Reino:

"A Palavra da Salvação coloca-nos a caminho, na Igreja, para a dimensão de plenitude do Reino”.(1)

A Palavra da Salvação, encarnada corajosamente em nossa vida, tornará iluminado nosso caminho, e de quantos possamos esta luz comunicar.

Portanto, torna-se necessário que estejamos sempre atentos à voz do Espírito Santo que anima, conduz, ilumina, orienta a Igreja, guiando-a com o esplendor da verdade, para que a fé seja luminosa, dando razão de nossa esperança, e a caridade vivida, gere um mundo novo, tão desejado, como sinal do Reino de Deus.

A fé não se vive isoladamente, como gesto intimista, porque possui dimensão comunitária, eclesial.

Alimentados e revigorados com a força da Palavra (Pão) e saciados pelo Pão de Imortalidade (Eucaristia), continuamos nossa viagem para a eternidade, comprometidos na transformação de nossa provisoriedade, até o esplendor da glória na eternidade. A Eucaristia é verdadeiramente o viático, o Alimento nesta viagem para a eternidade.

Por vezes moribundos e fracos, devido às dificuldades a serem enfrentadas, temos que nos alimentar sempre deste Pão Eucarístico, acolhendo no mais profundo de nós a Palavra de Salvação, que ilumina os recônditos mais obscuros de nossa alma e de nossa história.

A Eucaristia é, de fato, Banquete luminoso, porque é o Mistério da Fé que professamos.

Concluindo, meditemos estas Palavras que são ditas nas Missas, e que devem, com toda intensidade de piedade, nos comprometer com a Sua segunda vinda:

“Anunciamos Senhor a Vossa Morte e proclamamos a
Vossa Ressurreição, Vinde Senhor Jesus”.



(1) Lecionário Comentado - Editora Paulus - Tempo Comum - Volume I - pág. 681

terça-feira, 9 de julho de 2024

Operários da messe e testemunhas da compaixão divina (08/07)

                                                      

Operários da messe e testemunhas da compaixão divina


“A messe é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe
 que mande trabalhadores para a colheita” (Mt 9,37-38)

Reflexão à luz da passagem do Evangelho de São Mateus (Mt 9,32-38), em que Jesus foi tomado de compaixão pela multidão, pois andavam como ovelhas sem pastor.

Renovemos nossos compromissos no aprofundamento e anúncio da nossa fé, para que a mesma resplandeça à luz da Palavra de Deus, como testemunhas da compaixão divina, vivendo a graça de discípulos missionários do Senhor.

Testemunhamos a nossa fé quando não nos dobramos aos pecados capitais que maculam a vida (soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja e preguiça), que roubam o que ela tem de mais belo e sagrado.

Testemunhar a nossa fé resplandecendo a luz divina, exige também que lancemos mão dos diversos meios de comunicação, e a internet sem dúvida é um instrumento eficaz para comunicarmos o Evangelho a todos os povos, manifestarmos nosso amor a Deus na construção de relações mais fraternas com o nosso próximo. Todavia é preciso que estejamos atentos às implicações que seu uso indevido pode nos causar.

Viver intensamente a Fé exige corajosa e generosa resposta ao Senhor que nos chama para o cuidado da messe, pois como Ele disse “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos” (L 10,2).

Renovemos nossa alegria de amar e servir a Igreja, colocando nossos dons e carismas a serviço nas  diversas pastorais, movimentos e serviços.

Jesus volta permanentemente o seu olhar cheio de amor para nós pede que vendamos tudo para segui-Lo com alegria, disponibilidade, desapego, confiança e coragem, e nos garante cem vezes mais tudo que tenhamos renunciado, mas não sem perseguição.

Enfim, peçamos ao Senhor da messe, o verdadeiro consumador da nossa fé, que em todo tempo muitos corações se abram à alegria da Boa Nova do Reino, que a exemplo de Maria, respondam “sim” a vontade de Deus, para que empenhados e dedicados, dentro e fora da Igreja, construamos um mundo melhor.

Urge vivermos uma fé autêntica, fecunda, correspondendo ao chamado do Pai, para que nosso coração seja como a terra boa onde a Palavra de Deus cai e produz frutos de amor, alegria, vida e paz. Não há porque temer, recuar... Sua presença, força, ternura, amor e coragem nunca há de nos faltar na prática da compaixão divina, como indignos operários da messe do Senhor.

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